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‘Foi necessária uma liminar para salvar nossa bebê’, diz mãe de recém-nascida

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O que deveria ser festa e celebração da vida para uma família francana, se tornou uma briga na Justiça. Mas sempre com muita fé. A pequena Antonella Fernanda Reis Santos nasceu no último dia 11 de junho, às 8h50, com 3.220 gramas, na Santa Casa de Franca. Porém, após nascer, a bebê apresentou alguns sintomas, e foi constatada uma cardiopatia congênita grave do lado esquerdo.

Mas o drama da família começou quando a mãe Daiana Cristina Reis, de 33 anos, que trabalha como sapateira, começou a passar mal, ainda grávida. Ela destacou que fez todo o pré-natal corretamente, mas que achou estranho o médico não ter a deixado ver a neném no monitor na hora do último ultrassom.

“Cheguei a ir ao hospital mais de três vezes, até me atenderem. Disseram que não era contração, até que achei que estava fazendo xixi de dor e, na verdade, a bolsa tinha rompido. Pedi pelo amor de Deus para o médico não me mandar para casa. A minha bebê nasceu no dia 11, eu estava com 38 semanas, tão linda e perfeita. Porém, um dia depois, as enfermeiras chegarem para ver se estava tudo bem, elas me perguntar se eu tinha notado ela pálida ou cansadinha. Nesse momento, fiquei assustada”, contou a mãe.

Foi quando uma enfermeira realizou um exame para ouvir o coração da bebê e notou um problema. O médico responsável examinou a criança e, em seguida, ela foi entubada. “Foram me explicar que ela tinha um probleminha na formação do coração e que teria que passar por uma cirurgia. Estranho, pois é um problema que poderia ter sido identificado pelos exames que fiz no pré-natal, e o médico sempre dizia que estava normal”, disse a mãe.

“A cirurgia que ela tinha que fazer não poderia ser em Franca. Comecei a correr atrás para conseguir encaminhamento para ela. Foi quando um anjo em forma de enfermeira me disse que eu conseguiria mais rápido se fosse até o Ministério Público, pois não tínhamos condições financeiras de pagar, já que a cirurgia é cara”, continuou.

Com toda a documentação hospitalar da filha, Daiana foi até o Ministério Público, que ingressou na Justiça e conseguiu uma liminar, determinando que a bebê deveria ser transferida para um hospital para realizar a cirurgia com urgência.

“Consegui um contato com um médico de Ribeirão Preto, que me explicou que o caso dela era grave e ela deveria ter sido operada nos três primeiros dias de vida, que quanto mais esperasse, mais riscos ela corria. Ela já estava inchadinha. Estávamos desesperados. Esse médico disse que tinha um programa nacional que poderíamos tentar incluir ela, mas só se ela fosse recusada pelo Estado”, explicou.

A mãe disse que chegou a buscar ajuda com o setor da Santa Casa, mas o mesmo alegou que iria buscar entender esse programa nacional. Porém, como a família tinha uma liminar para ser cumprida, na manhã desta terça-feira, 20, a criança conseguiu ser transferida.

“Ela teve anemia e precisou ser medicada durante a noite. Foi quando conseguiram a vaga para ela no Hospital do Coração, em São Paulo. Saímos de Franca às 4h50. Chegamos e ela já foi direto para UTI. Estamos com fé, que tudo vai dar certo”, finalizou a mãe.

Na manhã desta terça-feira, 21, Daiana foi informada que o quadro da bebê é estável. Nesta tarde, ela deve falar com o médico para agendar a cirurgia. (GCN)

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