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Renda média dos produtores rurais do Sul de Minas Gerais apresenta queda

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Renda média dos produtores rurais do Sul de Minas Gerais apresenta queda - Foto: reprodução
Renda média dos produtores rurais do Sul de Minas Gerais apresenta queda – Foto: reprodução

A Renda Média do produtor rural do Sul de Minas Gerais apresentou uma queda de 6,63%, no ano de 2023, conforme pesquisa do Departamento de Gestão do Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (DGA/UFLA).

Conforme o coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes, a movimentação de preços da commodity é normal no setor de produção agropecuária, pois o mercado se organiza de forma bastante pulverizada na produção agropecuária, caracterizando como mercado em concorrência perfeita, onde o preço das commodities é dado pela interação da oferta e demanda.

Neste ano, notou-se queda em diversos setores de produção. Contudo, o setor de grãos se destacou, apresentando uma redução de 26,65%. A maior expressividade de queda foi vista no preço do feijão, que em janeiro custava R$400,00 e em dezembro foi comercializado por R$245,00, indicando uma queda de 37,75%. Apesar da soja e do milho terem uma recuperação nos seus preços no último mês do ano, seus índices ainda representam uma redução em relação a janeiro de 16,9% e 11,68% respectivamente.

Essa queda ocorreu, principalmente, pela boa safra, devido ao grande aumento na produção e/ou produtividade. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sobre a safra 22/23, o feijão, a soja e o milho tiveram um aumento nas suas produtividades de 7,9%, 15,9% e 13% respectivamente.

O setor das proteínas animais, formado pelo conjunto de carnes de boi, ave, suíno e peixe, apresentou uma queda média de 18,5%, resultado de uma expansão na oferta, de preços melhores no passado. Um fator que amenizou este resultado na renda dos produtores de carne foi o barateamento dos insumos utilizados em sua produção. Contudo, houve destaque para o movimento do preço do boi gordo que diminuiu em 19,2% em relação a janeiro, sendo resultado do grande volume de abates no ano de 2023.

As verduras também tiveram uma diminuição substancial no índice, com destaque para queda nos preços da cebola, 46,04%, e o tomate, 16,13%. No caso do tomate, essa variação se deu pelo aumento da oferta no mercado devido a maturação acelerada do fruto, com o calor, fazendo com que houvesse um direcionamento do produto ao mercado. No caso da cebola e outras commodities que também tiveram queda, a variação acontece regionalmente, variando, portanto, de acordo com o local de coleta de dados, já que, esse setor é caracterizado por uma grande pulverização de produção no território nacional.

Outra queda expressiva de preço ocorreu no mercado leiteiro. Preço elevado no passado estimulou a oferta no mercado interno, junto com a elevada importação de lácteos e uma maior dificuldade financeira por parte da população em consumir derivados lácteos de maior valor agregado, trouxe um novo rearranjo entre a oferta e demanda e o mercado interno não foi suficiente para absorver o aumento da oferta, acarretando em uma queda sequencial nos preços, terminando o ano com uma queda de preço no leite na ordem de 12,2%.

Em contrapartida à queda, destaca-se a recuperação no preço do café no final de 2023, uma vez que vinha acumulando baixa de preços no decorrer do ano. A commodity café obteve uma alta de 9,47% no valor de sua saca.

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