Jornal Folha Regional

Clima ajuda e colheita do café começa adiantada no Sul de Minas

Clima ajuda e colheita do café começa adiantada no Sul de Minas - Foto: reprodução
Clima ajuda e colheita do café começa adiantada no Sul de Minas – Foto: reprodução

Agricultores do Sul de Minas aproveitaram a maturação dos grãos de café que aconteceu adiantada para antecipar a colheita do café. O grande volume da safra é colhido a partir da segunda quinzena de maio, mas há propriedades que começaram o trabalho em abril.

Na propriedade do cafeicultor José Carlos Mendonça, em São Sebastião do Paraíso (MG), 20% dos 10 mil pés de café já foram colhidos.

“Devido a algumas quadra terem dado menos café, por ter dado uma seca forte no ano passado, a gente resolveu colher um pouco adiantado e aproveitar porque a mão de obra fica mais em conta nesse momento”, disse.

Apesar de alguns pé com pouca produção, ele espera colher 30% a mais que na safra passada.

“Está correndo tudo bem, está dando tudo certinho e para o ano que vem, se Deus quiser, vai ser melhor ainda”, afirmou.

Em outra fazenda, foi iniciada a colheita manual, que dá base para saber como está a maturação dos grãos.

“Primeiro a gente colhe um pouquinho para ver a maturação do café, se está no ponto da colheita. Porque nós temos café seco, temos café maduro e temos café verde. Então, essa quantidade de verde que vai me estabelecer quando que eu devo começar a colheita”, afirma o produtor Carlos Alberto Ferreira.

Este ano, ele espera colher 1,6 mil sacas de café, o dobro de 2024. A lavoura dele, plantada em uma área de 80 hectares, passa por um processo de renovação por conta da seca enfrentada no ano passado.

De acordo com o engenheiro agrônomo Ramiro Machado Rezende, vários fatores influenciam na maturação dos grãos.

“Em uma região com altitude maior, com um clima mais ameno, essa maturação é um pouco mais uniforme e mais tardia também. Quando a gente pega regiões mais quentes, mesmo no Sul de Minas, você pode acelerar um pouquinho esse processo de maturação e adiantar a colheita. O [tipo de café] mundo novo, acaiá, os catucaís têm uma maturação um pouquinho mais precoce, de precoce à média. E um exemplo de uma variedade que a gente tem plantado muito na região recentemente é o arara, que é um material mais tardio, vai demorar um pouquinho mais para chegar no ponto ideal de colheita”, explicou.

Um levantamento mostra que as regiões produtoras de café no Sul de Minas já começaram a colheita. Apenas a região da Mantiqueira deve iniciar no final de maio e começo de junho. A colheita deve seguir até setembro.

Colheita menor

Em 2024, Minas Gerais colheu 28,1 milhões de sacas de café. O Sul e o Centro-Oeste mineiros foram responsáveis por 48% desta produção.

A projeção para este ano é de uma redução de 11,7%, o que significa uma colheita de 24,8 milhões de sacas de café, das quais o Sul e o Centro-Oeste deverão produzir 46,8%.

Mesmo com participação maior no total, essas regiões deverão colher quase 2 milhões de sacas a menos do que na safra passada.

Via: G1

Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira

Como encontros de produtoras rurais tem fortalecido lideranças femininas no Agro. Em Guaxupé, mais de 600 mulheres se reuniram para debater o tema

Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira - Foto: divulgação
Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira – Foto: divulgação

A cafeicultura brasileira está sendo protagonista de uma transformação importante: o fortalecimento da presença feminina na gestão e nas decisões estratégicas. Em regiões tradicionalmente reconhecidas pela produção de café, as mulheres não apenas contribuem com a lida diária, mas assumem papéis cada vez mais centrais na condução das propriedades e no futuro do setor.

Quando falamos de agronegócio em geral, ou seja, todas as atividades relacionadas à agricultura, pecuária e agroindústria no país, vemos um cenário de crescente protagonismo feminino. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as mulheres administram cerca de 30 milhões de hectares no Brasil – o equivalente a 8,5% da área total ocupada por sítios e fazendas. Além disso, elas estão à frente de quase 1 milhão de estabelecimentos rurais (exatamente 947 mil, segundo o IBGE), o que representa aproximadamente 19% do total nacional.

Já quando olhamos especificamente para a cafeicultura, o Censo Agropecuário do IBGE de 2017 aponta que as mulheres estão à frente de mais de 40 mil estabelecimentos agrícolas dedicados ao café, representando 13,2% do total de propriedades cafeeiras do país.

Em Minas Gerais, esse protagonismo feminino é mais evidente na cafeicultura. Embora não haja um número oficial específico para a cafeicultura no estado, análises do IBGE, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) mostram que, dos 594 mil hectares cultivados por mulheres no Sudeste, 65,7% estão localizados em Minas Gerais. Esses números consolidam o estado como referência nacional no protagonismo feminino na cafeicultura.

Assim, enquanto o agronegócio brasileiro avança com a liderança das mulheres em diferentes cadeias produtivas, a cafeicultura se destaca como um dos setores em que essa presença feminina é especialmente forte e transformadora.

A valorização e o fortalecimento das mulheres no agronegócio mineiro vêm sendo impulsionados por uma série de eventos realizados em todo o estado, que estimulam capacitação, proporcionam networking e o reconhecimento das produtoras rurais, especialmente das cafeicultoras de Minas Gerais.

No Sudoeste de Minas, um exemplo marcante é o Encontro de Produtoras Rurais de Guaxupé, São Pedro da União e região, que, pelo terceiro ano consecutivo, tem sido um sucesso de público e um exemplo inspirador de valorização da mulher no campo. A edição de 2025, realizada no último dia 26 de abril, no Sítio Jaboti, reuniu mais de 600 mulheres do campo, consolidando o evento como uma verdadeira rede de apoio, troca de experiências e fortalecimento da liderança feminina no agro.

Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira - Foto: divulgação
Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira – Foto: divulgação

A programação diversificada incluiu palestras sobre liderança, gestão rural, sustentabilidade e inovações no agronegócio, além de estandes com produtos e serviços voltados ao público feminino rural, proporcionando um ambiente de aprendizado e acolhimento.

Realizado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Guaxupé, com apoio do Sistema Faemg Senar, Emater, Cooxupé, prefeituras de Guaxupé e São Pedro da União, além de instituições financeiras e entidades ligadas ao agronegócio, o evento contou com a presença de diversas de lideranças do agro e autoridades políticas: o prefeito de Guaxupé, Jarbas Corrêa Filho, e do prefeito de São Pedro da União, Ronaldo Tijolo; a deputada federal Greyce Elias; e dos deputados estaduais Antônio Carlos Arantes, Carol Caran e Cássio Soares.

A Agente de Desenvolvimento Rural Maria José Cyrino, responsável pela organização do evento e mobilização das produtoras, destacou o compromisso em dar visibilidade e suporte às mulheres do agro: “Nosso objetivo é sempre mostra o valor das produtoras rurais, mostrando a elas que não são invisíveis e suas funções dentro da propriedade fazem toda diferença”.

A proprietária do Sítio Jaboti, Alice Fukumoto Queiroz, que é cafeicultora, ressaltou: “Nós já estamos no terceiro encontro das produtoras rurais, e eu acho esse encontro muito importante para valorizar as mulheres do campo. Todas são produtoras, todas ajudam na colheita, no terreirão. Temos que valorizar as mulheres.”

O presidente do Sindicato, Mário Guilherme Perocco Ribeiro do Valle, o Maé, também reforçou a importância de criar espaços de valorização feminina: “O papel do sindicato rural é promover essa experiência, é fazer esse congraçamento, é trazê-las para perto da gente, é mostrar para as mulheres a sua importância. E isso é um trabalho que nós, os sindicatos, junto com a Faemg e o Senar, já estamos fazendo há muito tempo. É importantíssimo nesse mundo de hoje.”

A capacitação como alavanca para o avanço das mulheres no agro

Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira - Foto: divulgação
Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira – Foto: divulgação

Embora o protagonismo feminino no campo não seja mais novidade, a capacitação continua sendo a chave para garantir que as mulheres conquistem visibilidade, autonomia e segurança em suas atividades. A engenheira agrônoma Silvana Novaes, do Sistema Faemg Senar, sublinha a importância da formação contínua: “Escutamos muito que o lugar da mulher é onde ela quiser, mas ela só vai conseguir estar onde ela quiser se ela se capacitar para isso.”

Por meio de programas como o Faemg Mulher, o Sistema Faemg Senar tem criado oportunidades de qualificação e fortalecido redes de apoio para as mulheres do agro. Segundo Silvana, a força do programa está na conexão entre as participantes e nas possibilidades de desenvolvimento com suporte institucional do Sistema Faemg Senar, que, através dos Sindicatos dos Produtores Rurais, oferece gratuitamente e durante todo o ano, cursos importantes para capacitar produtoras rurais nas mais diversas cadeias produtivas do agro, entre elas, a cafeicultura: “É uma rede viva e crescente de lideranças para que o agro se torne cada vez mais forte e competitivo.”

A segurança das mulheres rurais foi tema de destaque com a presença da delegada Mireli Léa Mafra, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Guaxupé, que ressaltou o compromisso da Polícia Civil: “A Polícia Civil, a Delegacia Rural e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher estão juntas com a mulher do campo, para que haja segurança em todos os ambientes. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher cuida da mulher no âmbito doméstico e familiar e a Delegacia Rural dos crimes relacionados a furtos e roubos na zona rural. É preciso fortalecer a mulher, para que ela possa trabalhar na terra e com segurança em todos os ambientes. É muito importante que a polícia e as forças de segurança estejam presentes nesses eventos”

A presença da mulher no agro é um caminho sem volta. Com capacitação, valorização e redes de apoio, elas ocupam cada vez mais espaços no campo. O lugar da mulher é onde ela quiser – e cada vez mais, elas sabem onde devem estar: na liderança da cafeicultura, fortes, competentes e cheias de futuro.

Depoimentos das participantes do 3º Encontro das Mulheres da Zona Rural de Guaxupé, São Pedro da União e Região:

Durante o 3º Encontro de Produtoras Rurais de Guaxupé, São Pedro da União e região, participantes de diferentes realidades compartilharam experiências, ideias e perspectivas:

Letícia Helena de Oliveira Faria – São Pedro da União: 

“Eu sou produtora rural e acho muito importante. Deveria ter mais vezes em outra cidade também, porque é uma forma das mulheres aparecerem mais no negócio. A mulher sempre está presente, mas sempre está esquecida também. Então eu espero que isso aí seja exemplo para outra cidade, fazer um evento assim, mostrando a importância da mulher na agricultura.”

Flávia Ananias – Guaxupé:

“Esse evento é maravilhoso para nós, mulheres. Mesmo não sendo agricultora, me sinto acolhida e inspirada. Já é o terceiro ano que participo e espero continuar vindo sempre. Os temas abordados são incríveis, nos fazem refletir e aprender. Quem sabe, no futuro, eu também não me torne agricultora.”

Regina dos Reis Salles – São Pedro da União:

“É muito bom estar com o pessoal, escutar o que falam. Minha filha trabalha na roça, então entende um pouco dessas coisas que foram faladas. Eu acho muito bom.”

Melhoramento genético impulsiona qualidade e produtividade do café de Minas Gerais

Melhoramento genético impulsiona qualidade e produtividade do café de Minas Gerais - Foto: reprodução
Melhoramento genético impulsiona qualidade e produtividade do café de Minas Gerais – Foto: reprodução

Minas Gerais se destaca na produção de café do Brasil, e o segredo do sucesso está na combinação de clima favorável, dedicação dos produtores e aplicação da ciência.

Pesquisas conduzidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e universidades, mostram que o desenvolvimento de novas cultivares é responsável por saltos de produção e sabores particulares. Entre elas, destacam-se os estudos em melhoramento genético do cafeeiro, que desenvolveram cultivares adaptadas para os diferentes sistemas de produção da cafeicultura mineira.

O pesquisador em cafeicultura da Epamig, Gladyston Carvalho, explica que as pesquisas buscam gerar conhecimento para o cafeicultor e oferecer, por meio da genética do café, aumento de produtividade e transformação no sistema produtivo.

“São 587 municípios cultivando café, somos o maior produtor de café do Brasil, detemos média de 50% da área cafeeira e 40% da produção nacional. São muitos produtores que dependem da cultura e da pesquisa agropecuária”, justifica.

​Também pesquisador da Epamig, Vinícius Andrade relembra que a área de plantio de café no Brasil não registrava grande crescimento. No entanto, a produtividade aumentou significativamente desde a década de 1980.

“A média, que era de sete sacas por hectare, agora atinge de 25 a 30 sacas por hectare”, compara. Ele complementa que as pesquisas também têm por objetivo manter o cafeicultor na atividade, bem remunerado, além de criar condições para a sucessão familiar, mantendo a tradição de uma das culturas mais relevantes para o Brasil.

Pesquisas em genética

Décadas de pesquisas científicas alçaram Minas Gerais ao patamar de maior produtor de café do Brasil. Topázio MG1190, MGS Paraíso 2, MGS EPAMIG 1194, MGS Aranãs e MGS Ametista são nomes de algumas das cultivares desenvolvidas para as condições do estado e que vêm potencializando a produtividade, o vigor e a qualidade do café mineiro. Ao todo, a Epamig já registrou mais de 20 cultivares.

Como nasce uma cultivar

O processo de desenvolvimento de uma nova cultivar leva de 20 a 30 anos. A técnica envolve a hibridação, que cruza características desejadas de diferentes plantas. Nos primeiros 12 anos, as pesquisas ocorrem em campos experimentais, e só depois de testadas em diversos ambientes as cultivares são registradas e recomendadas para uso.

A Epamig desenvolveu um projeto robusto de avaliação de cultivares de café na região do cerrado mineiro entre 2016 e 2022. Com o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e do Consórcio Pesquisa Café, foram instaladas unidades demonstrativas em propriedades de produtores parceiros.

Pelos resultados obtidos, foram identificadas cultivares com maior potencial para a região. “Com essa experiência de sucesso, avançamos para o projeto de validação de cultivares de cafeeiros e transferência de tecnologias para as regiões cafeeiras de Minas Gerais”, conta Gladyston.

Atualmente, os estudos continuam em todo o estado, subsidiando tecnicamente a renovação do parque cafeeiro mineiro. Com o avanço da ciência e da tecnologia, Minas segue consolidando sua posição como referência mundial na produção de café de excelência.

Produção na prática

Alexandre Vilela é a quarta geração de produtores de café na família. No Sítio Refazenda, em Nepomuceno, Sul de Minas, ele apostou na reestruturação das lavouras com a introdução de novos materiais genéticos.

“Nós acreditamos na ciência e, quando a gente observa as pesquisas, os materiais da Epamig têm entregado bastante. Dentre essas renovações que temos aqui, Catiguá MG2, MGS Aranãs e MGS Paraíso 2 entraram para nossa realidade com maior produtividade e qualidade”, relata.

Safra de soja e milho sofre impacto de seca inesperada e calor extremo

Condições climáticas fora das previsões afetam produtividade e preocupam setor agrícola

Safra de soja e milho sofre impacto de seca inesperada e calor extremo - Foto: reprodução
Safra de soja e milho sofre impacto de seca inesperada e calor extremo – Foto: reprodução

A reta final da safra de soja e o plantio do milho safrinha enfrentam desafios significativos devido à seca intensa e temperaturas elevadas, não previstas pelos principais órgãos meteorológicos. Esse cenário tem gerado perdas inesperadas para os produtores, especialmente na região do Sul de Minas.

A principal consequência desse clima adverso tem sido o prejuízo na fase de enchimento de grãos da soja, momento crucial para a definição da produtividade. Segundo Castelli, a falta de umidade e o calor excessivo fazem com que as plantas abortem algumas vagens e reduzam o tamanho dos grãos, o que impacta diretamente no rendimento das lavouras.

O diretor comercial da Agrobom, Marco Castelli, destaca os impactos que já estão sendo sentidos no campo. “Já observamos perdas de 20% a 25% em áreas nessa fase. Além disso, as lavouras que já estão sendo colhidas enfrentam outro problema: a umidade dos grãos está muito abaixo do ideal, que seria 14%. Temos áreas sendo colhidas com 10%, até 8% de umidade, o que torna os grãos mais leves e compromete a produtividade final”, explica.

Além da soja, o milho safrinha também está sendo afetado. Como essa cultura está na fase de implantação, as áreas plantadas antes do período de estiagem já demonstram sinais de perda de produtividade. Outro fator preocupante é que, em muitas regiões, o plantio foi interrompido devido à seca, comprometendo a chamada “janela ideal” para o cultivo.

“Cada dia de atraso no plantio do milho safrinha significa perda de produtividade futura. Com a seca, muitas áreas tiveram que paralisar o plantio, e isso pode impactar significativamente o resultado da safra”, alerta Castelli.

A situação exige atenção dos produtores e acompanhamento contínuo das condições climáticas para avaliar possíveis estratégias de mitigação dos danos. Com as perdas já constatadas, o setor agrícola segue atento aos próximos desdobramentos dessa safra desafiadora.

Após 18 anos, doença da banana é identificada em plantação no interior de Minas

Secretaria de Agricultura prevê adoção de medidas rigorosas de controle sanitário, mas diz que ressurgimento da doença não representa um risco imediato para a produção

Doença da banana é identificada em plantação no interior de Minas - Foto: reprodução
Doença da banana é identificada em plantação no interior de Minas – Foto: reprodução

Um foco de Sigatoka Negra, doença provocada por fungos que compromete a produtividade das plantações de banana, foi identificado em uma propriedade em Jaíba, no Norte de Minas Gerais, informou a Secretaria de Agricultura do Estado na terça-feira. Não existe risco para a população relacionada ao consumo da fruta.

A descoberta foi realizada durante uma fiscalização de rotina do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O maior dano provocado pela praga, se não for controlada adequadamente, é a morte prematura das folhas, que causa redução da área foliar, e leva a perdas na produtividade e qualidade do plantio.

A consequência para a planta acometida pela doença é a diminuição do número de pencas por cacho, redução do tamanho do cacho e maturação precoce dos frutos no campo ou mesmo durante o transporte. O último caso de Sigatoka Negra em áreas de grande produção de bananas em Minas havia sido registrado em 2007.

Segundo a Secretaria de Agricultura, todas as medidas de contenção já foram definidas em parceria com o IMA, além da pasta de Pecuária e Abastecimento (Seapa), com anuência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e serão implementadas imediatamente.

“O surgimento deste foco reforça a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário, mas não representa um risco imediato para a produção de banana no estado”, diz o comunicado da Secretaria.

Eles acrescentam que todos os produtores de banana do município deverão aderir ao protocolo de mitigação de riscos disponível no site do IMA ou nos escritórios regionais. Aqueles que não o fizerem, sofrerão restrições sanitárias, e serão impedidos de comercializar as frutas. Também haverá fiscalização de trânsito de cargas.

Veja outras medidas sanitárias que estão sendo adotadas:

  • Levantamento fitossanitário no raio de 1 km da propriedade afetada, com inspeção de 100% das áreas produtivas;
  • Monitoramento ampliado em um raio de até 10 km, abrangendo pelo menos 50% das propriedades bananicultoras;
  • Notificação dos produtores da região, que devem aderir ao Sistema de Mitigação de Riscos da Sigatoka Negra;
  • Verificação e atualização dos cadastros das Unidades de Produção (UPs) para garantir o mapeamento das áreas de cultivo;
  • Reunião com responsáveis técnicos (RTs) que emitem Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) para reforçar os protocolos de segurança sanitária;
  • Fiscalização intensificada no trânsito de cargas e caixarias, a fim de evitar a propagação da doença para outras regiões;
  • Toda e qualquer plantação de banana abandonada na região será eliminada, conforme prevê a legislação sanitária vigente;

Ataque da “mosca branca” pode inflacionar o tomate

Ataque da “mosca branca” pode inflacionar o tomate - Foto: reprodução
Ataque da “mosca branca” pode inflacionar o tomate – Foto: reprodução

Produtores de tomate correm contra o tempo para se defenderem de uma praga chamada “mosca branca”, que começa a atacar as plantações de tomate em Goiás e no Paraná.

A “mosca branca” advém da soja que está na reta final de sua colheita, entretanto atrasada, retardando o plantio do milho cujos preços estão subindo.

Como boa parte das plantações de tomate é vizinha da soja, o ataque da praga é inevitável podendo comprometer uma produção. Alguns ataques foram registrados e combatidos, mas atenção é 24 horas por dia.

Para que possamos entender bem como funciona o cultivo do tomate e vários outros produtos agrícolas, é o seguinte:

Goias é o líder nacional no cultivo do tomate industrial. O fruto vai direto para o processamento na industria. Os produtores já tem contratos assinados com as fábricas e recebem assistência tecnica para que seja mantido um volume mínimo de produção anual.

O tomate que comemos é chamado de tomate de mesa, um fruto mais sensível, uma casca mais fina também ideal para exportação.

Por aqui também há o risco do ataque da “mosca branca”, porém boa parte do plantio não está próximo das lavouras de soja.

São Paulo lidera a produção do tomate de mesa, seguido por Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O tomate já é sensível as bruscas alterações climáticas e se for pego pela “mosca branca” os preços sobem de novo.

O produtor rural acordou hoje na expectativa do governo editar uma medida provisória, liberando cerca de 4 bilhões de reais para o credito agrícola continuar vivo ate o final da safra em julho.

Via: Itatiaia

Exportações do agro em Minas somam US$ 17,1 bilhões em 2024, melhor resultado desde 1997

Exportações do agro em Minas somam US$ 17,1 bilhões em 2024, melhor resultado desde 1997 - Foto: reprodução
Exportações do agro em Minas somam US$ 17,1 bilhões em 2024, melhor resultado desde 1997 – Foto: reprodução

As exportações do agronegócio mineiro alcançaram o valor recorde de US$ 17,1 bilhões em 2024. O resultado foi o melhor das vendas externas dos produtos com origem no campo desde 1997. O desempenho superou em 2,5% a receita da mineração, segmento tradicionalmente dominante das exportações do estado, que alcançou US$ 15,7 bilhões no ano passado.

No acumulado de janeiro a dezembro, a receita teve acréscimo de 19,2%, na comparação com o mesmo período de 2023. Os embarques de produtos agropecuários de Minas Gerais representaram cerca de 42% da pauta mineira de exportação, conforme balanço divulgado pelo governo do estado.

Além do valor, o volume cresceu 8%, com o embarque de 17 milhões de toneladas, também se destacando como o maior já comercializado, de acordo com o Executivo. No ranking nacional dos estados exportadores de produtos agropecuários, Minas Gerais subiu uma posição e agora ocupa o quarto lugar, ultrapassando o Rio Grande do Sul.

Em relação ao comércio com a União Europeia, o estado foi o principal fornecedor de produtos do agro, contabilizando US$ 4,4 bilhões de dólares, superando o estado de São Paulo. A pauta exportada pelo agronegócio mineiro engloba um mix de 644 diferentes produtos agropecuários, que foram enviados para 175 países.

Os principais destinos foram a China (US$ 4,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,9 bilhão), Alemanha (US$ 1,4 bilhão), Bélgica (US$ 788 milhões) e Itália (US$ 726 milhões).

Café segue tradição
O café manteve a escrita e foi o carro-chefe das exportações do agro mineiro. A valorização do dólar e a redução dos estoques dos principais países produtores puxaram para cima a cotação na bolsa, influenciando o cenário de comercialização.

Em 2024, o café registrou seu melhor desempenho em receita e volume embarcados com US$ 7,9 bilhões e 31 milhões de sacas. A commodity representou 46,1% do total comercializado no ano passado, afirmou o governo.

Outras culturas

O complexo soja (grão, farelo e óleo) registrou queda de 10,2% na receita e aumento de 7,1% no volume. O resultado foi de US$ 3,2 bilhões e 7,2 milhões de toneladas. O complexo sucroalcooleiro manteve-se na terceira posição, entre os principais produtos do agro, com a marca de US$ 2,5 bilhões e 5,2 milhões de toneladas.

No caso das carnes, todas as proteínas – bovina, frango e suína – obtiveram crescimento em receita e volume. O setor alcançou US$ 1,7 bilhão e 502 mil toneladas. Já no setor florestal, o setor atingiu o recorde em receita de US$ 1,1 bilhão e 1,7 milhão de toneladas.

Setor agropecuário mineiro gera mais de 1,9 mil empregos com carteira em julho

O agronegócio é um dos motores da economia mineira com recordes na safra de grãos, que atingiu 16,8 milhões de toneladas em 2022, e também nas exportações, com US$ 15,3 bilhões de dólares embarcados no mesmo período. A força do setor se reflete na geração de empregos.  Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em julho deste ano, as atividades agropecuárias geraram 1.981 empregos com carteira assinada, a grande maioria do segmento das lavouras temporárias, com destaque para o alho. 

Setor agropecuário mineiro gera mais de 1,9 mil empregos com carteira em julho – Foto: Sirley Alves / Crédito: André Cruz

Quem ocupa postos gerados pela expansão da agricultura, comemora as oportunidades. Trabalhadora rural há 21 anos, Sirley Alves da Silva saiu de Arapuá, com o marido, irmã e amigos, por falta de emprego.  Nas lavouras de alho e cenoura, em São Gotardo, encontrou emprego no setor de toaletagem, ou seja, a limpeza do alho. A mudança de vida compensou. “Para mim, só melhorou. A gente quer trabalhar, formar um filho e pagar as contas em dia”, afirma Sirley.  

Minas Gerais é o maior produtor de alho do país e vem registrando aumento na safra desde 2018. A produção mineira alcançou 80 mil toneladas, em 2022, com crescimento de 8,3% em relação à safra anterior, de acordo com dados preliminares do IBGE.  A área também registrou crescimento de 7,7%, chegando a 5,2 mil hectares. 

O município de São Gotardo, na região do Alto Paranaíba, é um dos principais polos produtores de alho do estado e recebe mão de obra de todo o país.  “A cada hectare de alho plantado, a gente tem de três a quatro pessoas trabalhando. O plantio e a colheita são feitos manualmente um a um, tem também o processo de limpeza e isso requer muita mão de obra”, afirma a produtora rural Juliana Lisboa Ribeiro.  

Evolução em números 

No acumulado janeiro a julho deste ano, foram gerados 29.554 empregos no setor agropecuário, com crescimento de 2% comparado ao mesmo período de 2022. Atualmente, o total de empregos do setor agropecuário mineiro é de 309. 607 postos de trabalho. 

Setor agropecuário mineiro gera mais de 1,9 mil empregos com carteira em julho – Foto: Eduardo Sekita / Crédito: André Cruz

Outro dado que sinaliza a continuidade deste bom momento da atividade na promoção do emprego e renda é o crescimento dos recursos do crédito rural. De acordo com os levantamentos da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), na safra 2022/2023, foram destinados R$ 656,5 milhões para o custeio das lavouras de alho, com crescimento de 33,7% em relação à safra anterior.  

Novas tecnologias

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, lembrou que o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura e suas vinculadas, Emater-MG, Epamig e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), está presente no campo, ao lado do produtor, levando tecnologias, desenvolvendo pesquisas e garantindo a vigilância sanitária dos produtos mineiros. “O Sistema Estadual da Agricultura trabalha para garantir o crescimento sustentável do agro mineiro, com o aumento da produtividade e a conquista de novos mercados”, afirmou. O setor agropecuário respondeu em julho por 16% do saldo total de 12.353 empregos gerados no estado.  

Comércio Aquecido 

Além de gerar emprego e renda no campo, o bom desempenho das atividades agropecuárias influencia a criação de novos postos de trabalho nos centros urbanos das cidades e no comércio. “Contando todas as culturas que temos na região de São Gotardo, alho, cenoura, beterraba e repolho, são mais de 10 mil empregos gerados. Isso implica em crescimento de consumo que, por sua vez, movimenta o comércio. A região não tem indústria, é o agronegócio que movimenta toda a tenda no comércio”, relata o engenheiro agrônomo e diretor executivo da Sekita Agronegócios, Eduardo Sekita de Oliveira. 

Exportações do agro mineiro atingem cerca de US$ 9,5 bilhões de janeiro a agosto

Exportações do agro mineiro atingem cerca de US$ 9,5 bilhões de janeiro a agosto – Foto: reprodução

As exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 9,49 bilhões e 10 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e agosto deste ano. Os números representam um acréscimo de 12,5% no volume e uma retração de 7,6% na receita em comparação ao mesmo período de 2022. O cenário é influenciado pelo declínio de 17% no preço médio das commodities no mercado internacional, fator que impacta o comércio externo de todo o Brasil. 

“O recuo no valor pode ser explicado, de forma global, pela diminuição do preço médio pago pelas commodities, bem como, de forma pontual, pelo arrefecimento das compras dos nossos maiores parceiros comerciais, a China, a Alemanha e a Itália”, explica a assessora técnica da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira. 

Nos primeiros oito meses de 2023, o agro foi responsável por 36,1% das vendas de Minas Gerais no exterior. Os principais destinos da produção agropecuária mineira foram China (US$ 3,3 bilhões), Estados Unidos (US$ 750 milhões), Alemanha (US$ 554 milhões), Japão (US$ 382 milhões) e Itália (US$ 378 milhões). No total, 171 países receberam produtos do estado.  

Os itens mais exportados do catálogo em Minas, no intervalo, foram café (36%), complexo soja (31%), complexo sucroalcooleiro (11%), carnes (9%) e produtos florestais (8%). O levantamento é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).  

Café 

O café, carro-chefe das exportações do agronegócio mineiro, registrou vendas no valor de US$ 3,40 bilhões, com o embarque de 15 milhões de sacas no acumulado dos oito primeiros meses de 2023.  

O produto, que vem sofrendo recuos de preços ao longo do ano, apresentou recuperação em agosto, com alta de 22% em comparação ao oitavo mês do ano passado, enquanto o volume cresceu 31% no período. Os registros correspondem a US$ 463 milhões e 2,17 milhões de sacas. A boa notícia reforça a perspectiva de restabelecimento no segundo semestre deste ano.  

Complexos soja e sucroalcooleiro 

O complexo soja segue na segunda colocação do ranking de produtos mais exportados do agro em Minas, seguido pelo complexo sucroalcooleiro. O faturamento das vendas externas da soja em grãos, farelo e óleo somou US$ 2,9 bilhões. Os grãos representam os itens mais comercializados no segmento. 

Já o complexo sucroalcooleiro apresentou receita de US$ 1 bilhão, com expressivo aumento de 39% em comparação ao período de janeiro a agosto de 2022. O açúcar é o campeão do segmento, com US$ 992 milhões e acréscimo de 43%. O desempenho do álcool também foi positivo, de US$ 86 milhões, 5% superior ao intervalo semelhante do ano passado.  

Carnes 

O cenário das carnes permanece arrefecido, com US$ 870 milhões e 264 mil toneladas, números que correspondem às baixas de 25% no valor e 6,5% no volume exportado, no comparativo com janeiro a agosto de 2022.  

As carnes bovinas lideram o comércio exterior no período, registrando US$ 601 milhões e 129 mil toneladas, seguidas pelas suínas, com US$ 31 milhões e 14 mil toneladas. A carne suína teve o melhor desempenho no intervalo, com avanço de 43%, e a novidade de o Uruguai ter ultrapassado Hong Kong como o maior parceiro comercial na compra do produto. 

Produtos florestais 

As vendas externas dos produtos florestais mineiros continuam aquecidas, tendo contabilizado US$ 749 milhões e 1,14 milhão de toneladas de janeiro a agosto. A celulose é novamente o item mais embarcado do segmento, especialmente para a China, que adquiriu 46% das remessas. 

Deputado Arantes destina R$ 90 mil para compra de implementos agrícolas à Associação dos Produtores Rurais do Bairro Serrinha em São José da Barra

Deputado Arantes destina R$ 0 mil para compra de implementos agrícolas à Associação dos Produtores Rurais do Bairro Serrinha em São José da Barra – Foto: Divulgação

O Deputado Estadual Antônio Carlos Arantes (PL), recentemente destinou uma emenda parlamentar no valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), para aquisição de implementos agrícolas à Associação dos Produtores Rurais do Bairro Serrinha em São José da Barra (MG).

Os implementos já foram comprados e estão em posse da entidade, os quais beneficiarão diversos produtores e a população local.

O fortalecimento da agricultura familiar com a melhoria do trabalho de centenas de agricultores do município de São José da Barra, contemplados com implementos agrícolas, é razão de satisfação e de reafirmação do compromisso do deputado Arantes para com o setor produtivo nos municípios.

“Hoje, o setor produtivo, principalmente os pequenos produtores rurais, que vivem da agricultura familiar sofrem com a falta de incentivo através de emendas para manter a agricultura forte e pujante. Os agricultores mineiros estão comprometidos com o uso de novas tecnologias para alcançar melhores resultados. Este é mais um compromisso nosso que foi atendido”, destacou Antônio Carlos.

Para o presidente da Associação, Adão Messias de Lima, com o apoio e parceria do deputado os agricultores avançarão em sua produção rural proporcionando bem estar das pessoas.

Arantes já beneficiou diversas outras Associações de São José da Barra por meio de suas emendas.

Deputado Arantes destina R$ 0 mil para compra de implementos agrícolas à Associação dos Produtores Rurais do Bairro Serrinha em São José da Barra – Foto: Arquivo pessoal
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