Mulher morre após ser atacada por cão da raça pitbull no bairro Feira de Gado, em Três Corações – Foto: redes sociais
Uma mulher morreu após ser atacada por um cão da raça pitbull neste fim de semana no bairro Feira de Gado, em Três Corações (MG). Segundo o Corpo de Bombeiros, o caso aconteceu na madrugada de domingo (30).
Conforme o registro feito pela PM, a mulher foi encontrada caída no chão, se debatendo e falando frases desconexas, aparentando estar sob efeito de entorpecentes ou álcool. A vítima não teve como falar com os militares para relatar sua versão dos fatos.
Já a mulher, dona do cachorro, que também aparentava estar sob efeito de drogas, disse à polícia que a mulher chegou à casa dela transtornada e tentou entrar no imóvel pelo muro. Ainda conforme ela, neste momento, o cão da raça pitbull a atacou.
Já uma testemunha disse que o cão atacou a mulher na rua há alguns metros do portão da residência e que os vizinhos tiveram que intervir para cessar o ataque. Ela também disse que o pitbull já atacou outros moradores no passado e que o animal foge com frequência da casa.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima, Isamara Eleoterio Balbino, de 40 anos, foi socorrida com vários ferimentos nos dois braços até o pronto-socorro do Hospital São Sebastião. Durante o deslocamento, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser animada, mas não resistiu e morreu posteriormente.
A dona do pitbull recebeu voz de prisão, mas foi liberada após assinar um termo circunstanciado de ocorrência. Ela pode responder por omissão de cautela, por não guardar com a devida cautela animal perigoso.
O corpo de Isamara Eleoterio Balbino foi sepultado na tarde deste domingo (30) em Três Corações (MG). A Polícia Civil informou que o caso será investigado.
Produtores mineiros de leite, mel e ovos têm mercado de comercialização ampliado para todo o país – Foto: reprodução
Produtores de leite fluido, mel e ovos in natura em Minas Gerais poderão comercializar seus produtos em todo o país até março de 2026. A mudança, autorizada pelo decreto federal nº 12.408, amplia mercados para os produtores do estado e fortalece os serviços de inspeção municipais.
Antes da nova regra, produtos de origem animal sujeitos à inspeção obrigatória só podiam ser vendidos dentro do território definido pelo órgão responsável pela fiscalização. Com a nova medida, os produtores mineiros ganham mais oportunidades de negócios em nível nacional.
Com validade de um ano, a partir da publicação em 13/03 deste ano, a medida tem caráter excepcional e traz como benefício imediato para a classe produtiva a possibilidade de acessar novos mercados formais, de maneira legalizada, garantindo a geração de renda, empregos, sem esquecer a segurança do consumidor.
Regras anteriores
Em Minas Gerais, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o órgão público responsável pela inspeção estadual e os produtos inspecionados pela instituição podiam ser comercializados somente dentro do estado.
No caso de empreendimentos habilitados por órgãos municipais (individuais ou consorciados), a comercialização era restrita ao município ou à área de abrangência do consórcio.
Já a inspeção feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) permitia a comercialização em todo o país e também para a exportação.
“No período de vigência do decreto, não há mais esta limitação de um produto ser habilitado para consumo em um município e ser considerado ilegal para consumo na ciadade vizinha. Os produtos especificados pelo decreto podem ser comercializados em todo o país”, explica o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ranier Chaves.
Fortalecimento
Segundo o diretor da Seapa, outra mudança fundamental viabilizada pela medida é o fortalecimento do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Atualmente, 669 municípios mineiros têm o serviço implantado e com o cadastro ativo no Ministério da Agricultura.
“O município é mais eficiente em habilitar aqueles produtores que nunca passaram por um sistema de inspeção. E estamos vendo um crescimento exponencial do número de estabelecimentos habilitados pelos serviços municipais”, avalia.
De acordo com Panorama dos Serviços de Inspeção Municipal, elaborado pela Confederação Nacional dos Municípios, 32% das cidades brasileiras contavam com SIM em 2012. Já em 2023, a abrangência do percentual subiu para 58%.
Outro dado significativo é o crescimento do número de estabelecimentos habilitados. No segmento de ovos e derivados, o aumento foi de 330% no período de 2012 a 2023.
Os segmentos de leite e mel registraram crescimento de 181% e 184%, respectivamente. Todos esses estabelecimentos podem estar aptos a comercializarem seus produtos em todo o território nacional.
Requisitos
Os produtos destinados ao comércio nacional devem proceder de estabelecimento regularmente registrado em serviços de inspeção estadual, distrital ou municipal com cadastro geral ativo no Sistema de Gestão de Serviços de Inspeção (E-Sisbi).
Também devem apresentar no rótulo as informações de rastreabilidade, incluído o serviço de inspeção responsável, além de serem submetidos aos programas de controle oficiais para assegurar a inocuidade do alimento e estarem de acordo com os critérios microbiológicos, físico-químicos e higiênico-sanitários estabelecidos na legislação.
Aumento do ICMS sobre compras internacionais entra em vigor nesta terça-feira (1°) – Foto: reprodução
Quem fizer compras internacionais, a partir de hoje, em sites como Shein, Shopee e AliExpress vai pagar mais caro para receber os pacotes. É que entra em vigor nesta terça-feira (1º de abril) a nova alíquota do ICMS sobre importações de comércio eletrônico de até US$ 3 mil. O percentual cobrado deixa de ser 17% e passa a 20%. O aumento vale para Minas Gerais e outros nove estados.
A alteração sobre o imposto foi feita ainda em 2024, seguindo uma diretriz do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) para padronizar o valor em todo o Brasil. Além disso, a medida busca fortalecer o comércio local, em função da crescente adesão às plataformas de comércio internacional de eletrônicos e vestuário.
Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) oficializou a mudança no ICMS em dezembro. Mas como a mudança na alíquota do imposto estadual vai afetar o bolso do consumidor brasileiro? A economista e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Carla Beni explicou que o aumento de três pontos percentuais, sobre o tributo recolhido pelos estados, será calculado tendo como base o valor total da operação.
Sendo assim, a alíquota vai incidir sobre a soma do preço do produto, frete e imposto de importação (IPI) – de 20% para compras até US$ 50 e de 60% para compras acima de US$ 3 mil. “Essa diferença de 17% para 20% fica meio que absorvida em toda a operação. Mas se você pegar no ponto geral, algumas empresas importadoras estão calculando mais ou menos 50% para colocar de acréscimo no valor. Então, por exemplo, se você está vendo um item no site que custa R$ 100, ele vai chegar na sua casa por R$ 150. Porque tem toda a composição de ICMS e, com todas as considerações, esse seria o cálculo de a cada R$ 100 como gasto, você vai gastar na verdade R$ 150”, comentou Beni.
Para a professora da FGV, o objetivo do aumento do ICMS é o estímulo ao comércio local. “Para que o emprego e a renda fiquem internamente. Isso não é uma característica brasileira, não é só o Brasil que faz isso, todos os países fazem. É só ver o que o Trump está fazendo nos Estados Unidos”, disse. “Esse percentual de 17% para 20% é um valor pequeno e pode sim ficar diluído ali no meio e acabar não necessariamente tendo um grande impacto”, sinalizou a economista.
Segundo ela, os consumidores seguirão atentos às regras de compras acima de US$ 50, em função do acréscimo do imposto de importação. “A gente não pode esquecer que os governadores queriam um ICMS de 25%. Foi negociado que ia sair de 17% para 20% no ano passado, mas nada impede que outros aumentos sejam feitos daqui um ano, por exemplo”, completou Carla Beni.
Por fim, a economista afirmou que há uma pressão das entidades representativas do comércio para que o governo aumente a tributação sobre as compras internacionais. “Elas fizeram essa pressão e, se parar para pensar, elas têm legitimidade nisso porque contratam aqui, pagam impostos aqui. E por outro lado, é legítimo o consumidor querer pagar menos. Há legitimidade nos dois lados”, completou.
Compras internacionais
Além de Minas Gerais, os estados que terão ajustes no ICMS serão: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. No Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal a mudança depende de um decreto dos governadores, já que são locais em que a lei já permite alíquotas de pelo menos 20% para os produtos em geral.
Nos outros 12 Estados, incluindo São Paulo, o aumento só pode ser feito por meio de projeto de lei aprovado nas suas Assembleias Legislativas. Nesses locais, o percentual aplicado aos produtos em geral é inferior aos 20%, e as exceções precisam do aval dos deputados estaduais.
Os demais Estados e o Distrito Federal ainda não sinalizaram, no entanto, se vão implementar a mudança. Qualquer aumento proposto em 2025, seja por edição de decreto ou aprovação de lei, só pode entrar em vigor a partir de janeiro de 2026, devido à regra da anualidade para elevação de impostos.
Imposto de importação
O Imposto de Importação (IPI) do governo federal não muda, e a decisão de elevar o ICMS não foi tomada pelo presidente Lula, como esclareceu o Palácio do Planalto após o anúncio da decisão dos secretários estaduais de Fazenda em dezembro.
Aumento de carga
O programa Remessa Conforme foi criado prevendo isenção do imposto de importação para valores de até US$ 50, mesmo se o envio fosse feito por uma pessoa jurídica para uma pessoa física. Em 2024, o Congresso aprovou o fim dessa isenção, em uma discussão que ficou conhecida popularmente como ‘taxa das blusinhas’.
A regra aprovada previu aplicação de imposto de importação de 20% para compras até US$ 50. Para produtos acima desse patamar e de até US$ 3.000 o tributo federal é de 60%, com redução de US$ 20 no imposto a pagar.
Como se faz o cálculo
O ICMS estadual incide sobre o valor da compra, incluindo frete, e também sobre o imposto de importação. O tributo é calculado de acordo com o endereço de entrega do produto.
Uma compra de US$ 50 (cerca de R$ 300) terá sua carga total de imposto de importação federal e ICMS estadual elevada de 45% para 50%, segundo cálculos da Abvtex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil). Isso representa um custo a mais de quase R$ 15.
Edmundo Lima, diretor-executivo da Abvtex, afirma que o ICMS nas compras em sites estrangeiros teria de ir a 25% para que houvesse tributação equivalente à média sobre o produto nacional. A associação pediu aos governadores que reduzissem o imposto para as empresas brasileiras ou, como segunda opção, elevassem a tributação sobre as importações.
“A nossa primeira intenção era que o varejo e a indústria nacional também pagassem 17%, mas isso ficou fora de cogitação, então não restava outra alternativa a não ser majorar o ICMS”, afirma. “Estamos neste momento sensibilizando os demais estados para que também internalizem isso o mais breve possível. É importante ter uma mesma alíquota entre todos os estados e o Distrito Federal.”
Preocupação
A Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), entidade que reúne grandes plataformas de e-commerce, como Amazon, Shein e Alibaba, diz que manifesta preocupação com o aumento da alíquota sobre compras internacionais em alguns Estados.
“A imposição de um ICMS maior, no caso de 20%, vai elevar para até 50% a carga tributária total, considerando a incidência da taxação federal prevista pelo Programa Remessa Conforme. Como resultado, haverá tendência de redução no volume de compras internacionais e provável recuo na arrecadação fiscal”, diz a associação.
“Os consumidores também terão impacto e ficam sujeitos a aumento de preços nos dez Estados que estão optando pelo ICMS de 20%”. A entidade afirma ainda não haver dados que considerem o impacto das mudanças sobre toda a economia, considerando também os pequenos negócios afetados.
Entenda o Regime de Tributação Simplificada
É aplicado a encomendas internacionais com valor aduaneiro (soma dos bens + frete + seguro) de até US$ 3.000 destinados a pessoas físicas e jurídicas;
Essas compras são tributadas atualmente com Imposto de Importação de 60% e ICMS de 17%, mas possuem isenção do IPI (imposto sobre industrializados) e PIS/Cofins;
Para compras realizadas em sites inscritos no Programa Remessa Conforme da Receita Federal, com produto destinado a pessoas físicas, a alíquota é de 20% quando o valor aduaneiro (soma do valor dos bens, frete e seguro) for de até US$ 50;
Para produtos acima desse valor, a alíquota do imposto de importação é de 60%, com desconto do equivalente a US$ 20 sobre o valor desse tributo;
O ICMS de 17% (ou 20% em alguns locais a partir de abril) se aplica independentemente de a compra ser efetuada ou não em sites cadastrados no Remessa Conforme.
População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade – Foto: divulgação
Uma grave denúncia envolvendo o Asilo Paroquial de Arceburgo (MG), foi registrada recentemente na Polícia Civil e encaminhada ao Ministério Público.
De acordo com relatos, idosos estariam sendo vítimas de maus-tratos, além de haver suspeitas de desvio de dinheiro da instituição.
Relatos e provas
Imagens e depoimentos obtidos pela equipe da TV Mococa On-line, mostram a situação preocupante em que vivem os idosos. Segundo familiares e ex-funcionários, há falta de cuidados básicos, alimentação inadequada e até mesmo casos de violência física e psicológica.
Além das condições precárias, há suspeitas de irregularidades financeiras. Recursos destinados ao bem-estar dos idosos não estariam sendo aplicados corretamente. Um ex-colaborador do asilo revelou que verbas públicas e doações não estão sendo utilizadas de forma transparente.
Investigações em andamento
A Polícia Civil e o Ministério Público já iniciaram investigações sobre as denúncias. Representantes do MP afirmaram que as providências cabíveis serão tomadas caso se comprovem os abusos e irregularidades.
Próximos passos
As investigações continuam, e a população de Arceburgo aguarda respostas sobre essa denúncia alarmante. Enquanto isso, os órgãos responsáveis pedem que qualquer pessoa com informações relevantes procure as autoridades.
População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade – Foto: divulgação
População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade – Foto: divulgação
População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade – Foto: divulgação
População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade – Foto: divulgação
Medicamentos ficarão mais caros a partir desta segunda-feira (31) – Foto: reprodução
A partir de hoje, os preços dos medicamentos no Brasil podem ficar até 5,06% mais caros. O reajuste máximo permitido, que ocorre anualmente, foi publicado hoje no Diário Oficial da União.
O que aconteceu
O indicador foi definido pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). O reajuste é baseado na inflação do IPCA entre os meses de fevereiro do ano anterior e fevereiro do ano em que ocorre o reajuste. Em 2024, o aumento foi de 4,5%.
O ajuste máximo dos preços definido pela Cmed ficou em:
5,06% para medicamentos do nível 1;
3,83% para medicamentos do nível 2 e
2,6% para medicamentos do nível 3.
Os níveis dependem da competitividade dos produtos no mercado, ou seja, com mais alternativas no mercado. Os de nível 1 são os mais competitivos, e os de nível 3, os menos. Os de nível 2 são intermediários.
Reajuste médio será de 3,48%, segundo o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos). “Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, afirma Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.
Setor farmacêutico é o único segmento de bens de consumo submetido ao controle de preços. Somente uma vez por ano as indústrias farmacêuticas estão autorizadas a reajustar os preços de seus produtos, para compensar os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores.
Reajuste pode ser aplicado neste ano, a partir de hoje, em cerca de 10 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro. Ele não se aplica aos MIPs (medicamentos isentos de prescrição), que têm preços liberados e, portanto, estão fora do controle de preços.
Algumas classes de medicamentos isentos de prescrição:
Analgésicos e antitérmicos
Antigripais
Descongestionantes nasais
Antialérgicos
Antiácidos
Produtos dermatológicos e dermocosméticos
Produtos para dor articular e muscular
Novo preço dos medicamentos não é automático e funciona como teto que pode ser cobrado de cada remédio. Os fornecedores têm um período para adaptações e precisam respeitar os “limites legais e suas estratégias diante da concorrência”, afirma a Anvisa. No entanto, mercado pode praticar descontos em cima do valor. Por isso, o preço final pode variar, o reajuste pode ser aplicado até março de 2026. “Em 2024, por exemplo, identificamos medicamentos que tiveram variações maiores que 300% ao longo do ano. Esse é o caso da rivaroxabana, um tipo de anticoagulante, que teve seu preço variando em até 359%”, explica Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil.
Anvisa tem canal de denúncia caso farmácias cobrem valor do remédio acima do estabelecido em lei. Ao fazer a solicitação (neste link), o consumidor precisará incluir documentos como a nota fiscal e a cópia da ata de preço.
”A lei prevê um reajuste anual do teto de preços com o objetivo de proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso aos medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população. Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei, busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos”, disse a Anvisa.
Veja dicas para economizar
Compre genéricos ou biossimilares. São versões mais baratas e com eficácia comprovada.
Use programas governamentais, como Farmácia Popular. Algumas UBSs também disponibilizam gratuitamente diversos medicamentos via SUS.
Compare preços das farmácias antes da compra.
Compre em maior quantidade. Algumas farmácias oferecem desconto na compra de mais de uma unidade, mas isso só vale se o medicamento tiver validade longa e for de uso contínuo.
Aproveite descontos e programas de fidelidade. Há muitos estabelecimentos que oferecem benefícios para clientes cadastrados.
Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis – Foto: reprodução
Uma motorista de ambulância que atuava na base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Delfinópolis (MG) morreu em um acidente de trânsito na noite da última sexta-feira (28).
Carla de Oliveira Rodrigues, de 35 anos, estava em uma motocicleta que se envolveu em um acidente com um carro. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
O motorista do carro, de 43 anos, segundo a polícia, não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e apresenta sinais de embriaguez. Segundo a polícia, ele fez o exame de bafômetro, que constatou 0,56 mg/l, e foi preso.
De acordo com informações da PM, o motorista do carro relatou que, apesar de não ter CNH, sabia a legislação de trânsito e que estava no sentido de direção quando a motocicleta teria convergido para entrar. Segundo o relato feito por ele, a motocicleta teria colidido contra o veículo.
Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis – Foto: divulgação
Segundo a PM, ao observar o impacto do acidente nos veículos, o carro sofreu avarias na parte frontal e, a motocicleta, na parte lateral esquerda, verificando que a moto estava fazendo uma conversão para entrar na via, quando houve a colisão com o veículo.
O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macro Região do Sul de Minas (Cissul Samu), emitiu uma nota sobre a morte da condutora.
“O CISSUL SAMU, com grande pesar, comunica o falecimento de Carla de Oliveira Rodrigues, Condutora de Ambulância da Base Descentralizada de Delfinópolis, que atuava com o propósito de salvar vidas. Neste momento de luto, expressamos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e colegas de trabalho.”
Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis – Imagem: divulgação
Anvisa interdita linha de cremes dentais da Colgate após lesões bucais em consumidores – Fotos: reprodução
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou a linha de cremes dentais da Colgate ‘Clean Mint’ após reações que geraram lesões bucais em consumidores. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (27), no Diário Oficial da União (DOU). A medida é cautelar, conforme o órgão, e vale a partir da publicação.
De acordo com a Anvisa, que estava monitorando a situação, a interdição foi implementada a partir do “número significativo de relatos de eventos adversos associados ao uso do produto” até que seja comprovado se os cremes dentais são nocivos, ou não, à saúde. O órgão, a depender da avaliação, pode determinar a suspensão da fabricação e venda do produto.
A reportagem procurou a Colgate, que ainda não se posicionou sobre o assunto.
O caso
A mudança na fórmula de cremes dentais da Colgate gerou críticas de consumidores, que relataram reações alérgicas e inflamatórias após o uso do produto na higiene bucal. O problema foi registrado nas pastas da linha ‘Total 12’ e ‘Clean Mint’ que passaram a ser chamadas de ‘Prevenção Ativa’.
Na plataforma ReclameAqui, a empresa recebeu mais de mil queixas sobre alergias relacionadas ao uso. O processo de alteração na formulação dos cremes dentais foi realizado no final de 2024, com lançamento em novembro. À época, a Colgate afirmou que tratava-se da ‘melhor fórmula da história para prevenção de doenças bucais’. “A fórmula superior de Colgate Total, como nenhuma outra, destroi as bactérias e cria uma poderosa barreira de proteção por até 24 horas, e previne que elas voltem”, diz a empresa, em vídeo publicitário.
A principal alteração se deu na troca do fluoreto de sódio para o fluoreto de estanho – composto químico que consiste na combinação do estanho com íons de flúor, e tem propriedades antimicrobianas. De acordo com a Anvisa, os registros enviados por consumidores foram classificados como “eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca Colgate que, recentemente, passaram por mudanças em sua formulação”.
Os principais sintomas relatados incluem inchaço nas amígdalas, lábios e na mucosa oral, acompanhados de sensação de queimação, ardência e sensibilidade nas gengivas, presença de aftas e vermelhidão nos lábios. A advogada e influenciadora Luiza Guimarães foi uma das pessoas com problemas após o uso do creme dental. Ela notou ferimentos na boca, que só começaram a cessar quando deixou de usar o produto.
“E o pior é que você nunca vai imaginar que é uma pasta de dente que está te dando alergia, principalmente porque é uma que a gente sempre usa, usou a vida inteira”, disse ela, em storie publicado no perfil @ocasaldebh, nesta segunda-feira (24), para mais de 1 milhão de seguidores. “Quando eu ia escovar dente me dava até vontade de chorar e é a pasta de dente, pensa bem. Que absurdo!”, criticou a advogada ao mostrar feridas na língua e na gengiva.
Quem também passou por problemas foi o estudante Pedro Maciel, de 25 anos. Em janeiro, ele observou o surgimento de dezenas de aftas na gengiva, nos lábios, além de ferimentos na língua. “Eu nunca tive tantas aftas na boca, foram mais de 50, sem nenhum exagero, e várias ao mesmo tempo. Isso durou quase um mês, fui em quatro médicos e nenhum soube dar um diagnóstico, suspeitaram de estomatite e candidíase e me passaram remédios para tratar os sintomas”, contou ele que deixou de fazer o uso do creme dental.
Pedro relatou ainda que o incômodo o impediu de se alimentar corretamente por quase uma semana, em função das dores e lesões na boca. “Tudo que eu comia era gelado, um sorvete, açaí e até mesmo uma sopa eu não aguentava comer quente”, completou. Procurada, a Colgate confirmou que a nova fórmula da Colgate Total possui o fluoreto de estanho.
“Um ingrediente seguro, eficaz e amplamente usado em cremes dentais em todo o mundo. A nova fórmula é o resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil, para proporcionar às pessoas uma excelente saúde bucal. Nossos produtos e seus ingredientes passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias em todo o mundo. No entanto, uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes – como fluoreto de estanho, corantes ou sabores”, disse a empresa.
A Colgate recomendou que consumidores afetados com alguma reação devem interromper o uso para alívio dos sintomas. “Nossa equipe monitora atentamente esses tipos de relatos e acompanha cada situação individualmente. Para consumidores com dúvidas, contamos com um canal de atendimento por meio do 0800 703 7722”, reiterou a nota.
A reportagem também procurou o Conselho Federal de Odontologia (CFO) que, em nota, afirmou que não recebeu reclamações relacionadas ao uso do produto. “O CFO está aguardando informações da empresa fabricante para que possa se manifestar. O Conselho reforça o compromisso com a proteção integral da saúde bucal da população”, disse.
Encontro entre vereadores e representantes do governo de MG discute rodovias em más condições no Sul de MG – Foto: reprodução
Vereadores de várias cidades do Sul de Minas se reúnem durante dois dias com representante do governo do Estado em busca de melhorias em rodovias da região. O encontro acontece até esta quinta-feira (27) em Caxambu (MG) e logo após, deve ser formulado um documento para o governo estadual com propostas de melhorias.
Caxambu, por exemplo, recebe turistas de todo o país. Mas para chegar até a cidade, é preciso enfrentar a BR-267.
“Os turistas estão deixando de vir para Caxambu exatamente pela péssima condição das estradas de acesso à nossa cidade. Então, além disso, temos problema com as pessoas que usam a estrada para tratar de saúde”, disse o presidente da Câmara de Caxambu, Mario Alves (PSD).
No trecho que passa por Cambuquira, o fluxo de caminhões é grande. E com a imprudência dos motoristas, a rodovia fica ainda mais perigosa. A maior parte da BR-267 é sem acostamento, com pista simples e cheia de remendos. Na-BR 354 a situação é parecida e ainda tem as curvas perigosas do trajeto.
Já na MG 862, que liga luminárias a São Bento Abade, nem asfalto tem. Obstáculos que atrapalham, e muito, as cidades da região.
Nesta quarta-feira, vereadores de 36 cidades do Sul e Sudoeste Mineiro se reuniram em Caxambu para discutir a situação das estradas na região. O evento contou também com representantes do governo do Estado e do Legislativo Federal. As cidades apresentaram as dificuldades enfrentadas.
Em Luminárias, por exemplo, moradores que realizam tratamento oncológico em Varginha precisam escolher entre enfrentar 18 quilômetros de estrada de terra ou ir por um desvio que aumenta em uma hora o percurso.
“Fazem tratamento no Hospital Bom Pastor. São pessoas que, em razão da doença, já estão numa situação difícil. Ainda tem que fazer essa volta enorme por Lavras, que aumenta muito a viagem, porque não consegue fazer esse trânsito na estrada entre Luminárias e São Bento Abade em todo período do ano. E tem também os trabalhadores, os extratores de pedra que trabalham em São Tomé das Letras, que dependem dessa estrada. São muitas pessoas, muitos pais de família que necessitam fazer esse trajeto. Então a nossa cidade está enfrentando muita dificuldade em razão da não pavimentação desse trecho”, disse a presidente da Câmara de Luminárias, Roziane Ferreira (PSD).
Encontro entre vereadores e representantes do governo de MG discute rodovias em más condições no Sul de MG – Foto: reprodução
Além do risco para a vida, a possibilidade de acidentes espanta os clientes de comércios como pousadas, que ficam às margens da rodovia.
“As pessoas hoje em dia procuram segurança também para viajar. Então você pega uma rodovia como essa, onde você pode ter um acidente muito sério, inclusive tem muitos acidentes na rodovia. Então o turista pode ter acidente muito sério, pode ter danos no veículo, então acaba prejudicando. Estrada ideal seria ao mínimo com asfalto de qualidade e sinalizada. Seria melhor ainda se tivesse uma duplicação, mas nem o básico tem, que é a sinalização e o bom asfalto”, disse o dono de uma das pousadas, Gilson Benatti Aquino.
Sobre o trecho entre Luminárias e São Bento Abade, o DER-MG, Departamento de Estradas de Rodagem do Estado, afirmou que um projeto para a pavimentação está em andamento com previsão de conclusão no segundo semestre deste ano.
Já na BR-267, no trecho entre Campanha, Cambuquira e Caxambu, está sendo desenvolvido um projeto de restauração e aumento da capacidade. O edital de obras deverá ser lançado ainda neste ano.
Falta de mão de obra afeta supermercados: oito em dez cargos estão vazios – Foto: reprodução
Os supermercados no Brasil enfrentam atualmente uma crise de mão de obra, comprometendo o funcionamento e a qualidade do atendimento ao público nas lojas. De acordo com um levantamento divulgado este mês pela Confederação Nacional do Comércio de Bens (CNC), oito em cada dez cargos essenciais no setor supermercadista estão vazios. O problema tem se agravado nos últimos anos e já é responsável por impactos significativos tanto para os consumidores quanto para os próprios estabelecimentos.
Entre os cargos essenciais que enfrentam escassez de profissionais, destacam-se operadores de caixa, açougueiros, embaladores, repositores de mercadorias, atendentes de loja e auxiliares de serviços de alimentação. Esses profissionais representam aproximadamente 70% da força de trabalho no setor supermercadista, o que demonstra a gravidade da situação, já que essas funções são vitais para o funcionamento diário das lojas.
A falta de funcionários não afeta apenas a operação interna dos supermercados, mas também prejudica diretamente os consumidores. Em muitas lojas, os clientes estão enfrentando filas mais longas, falta de reposição de produtos nas prateleiras e, consequentemente, uma queda na qualidade do atendimento. A sobrecarga de trabalho nos poucos funcionários remanescentes tem levado a um cenário de exaustão, afetando o rendimento da equipe e, em última instância, o serviço prestado.
Essa escassez de funcionários se observa também em Nova Friburgo. Uma rede fluminense de supermercados com filial na Avenida Alberto Braune, por exemplo, anuncia em sua porta de entrada, há cerca de três semanas, uma lista com oportunidades de emprego para vários cargos e ainda não conseguiu preencher.
Clientes reclamam que na maioria dos supermercados da cidade há falta de funcionários e observam também grande rotatividade. “A maioria dos jovens não querem trabalhar neste ramo, pois reclamam dos baixos salários e das cargas horárias exaustivas. Muitas lojas funcionam todos os dias das 7h às 22h e abrem aos domingos, até à noite. Geralmente nos fins de semana, a maioria dos caixas é a turma com mais de 40 anos de idade”, observa a consumidora Marina Souza.
Principais cargos afetados
Entre as funções mais afetadas, estão aquelas que são essenciais para o funcionamento de qualquer supermercado. O operador de caixa, por exemplo, é responsável por processar as transações e garantir que o atendimento seja rápido e eficiente. No entanto, a falta desse profissional tem gerado congestionamento nas filas e aumento da insatisfação dos consumidores.
O repositor de mercadorias, por sua vez, tem como principal tarefa manter as prateleiras abastecidas e organizar os produtos de maneira que o supermercado tenha sempre o estoque disponível para os clientes. A escassez de repositores tem levado à falta de reposição de produtos, o que pode gerar prejuízos financeiros para os supermercados e até a perda de clientes.
Outro cargo fundamental é o de açougueiro, que é responsável pela organização e corte de carnes. A falta desse profissional tem comprometido a qualidade do atendimento no setor de carnes, além de tornar o ambiente mais caótico e menos eficiente.
Causas da escassez de mão de obra
A pesquisa da CNC aponta alguns fatores-chave que explicam a falta de profissionais no setor supermercadista. Em primeiro lugar, os salários baixos têm sido uma das principais razões para a desmotivação dos trabalhadores e a alta rotatividade no setor. Muitos profissionais optam por buscar alternativas em outros setores, que oferecem melhores condições financeiras ou mais estabilidade.
A falta de qualificação e o distanciamento de muitos jovens do mercado de trabalho formal também têm agravado ainda mais o problema. Muitos optam por buscar alternativas no trabalho informal ou no setor digital, que oferecem mais flexibilidade e, em muitos casos, uma maior capacidade de geração de renda. Essa tendência é especialmente forte entre as novas gerações, que têm menos interesse em trabalhar em funções presenciais, como as de caixas e repositores em supermercados.
O que está sendo feito
Diante desse cenário, alguns supermercados têm buscado alternativas para enfrentar a escassez de mão de obra. A automação é uma dessas soluções. Algumas redes de supermercados estão investindo em tecnologias como caixas de autoatendimento, que permitem que os clientes façam suas compras e paguem de forma independente. Embora isso ajude a reduzir a necessidade de operadores de caixa, não resolve o problema em outros setores essenciais, como o açougue e a reposição de mercadorias.
Há ainda um esforço crescente por parte das empresas em oferecer treinamentos internos e parcerias com programas de qualificação profissional. Essas iniciativas visam capacitar novos trabalhadores para as funções mais demandadas no setor supermercadista, mas os especialistas alertam que essas medidas ainda são insuficientes para reverter o cenário a curto prazo.
A escassez de mão de obra nos supermercados é um problema que compromete o funcionamento adequado das lojas e afeta diretamente a experiência do consumidor. A falta de profissionais essenciais, como operadores de caixa e repositores, reflete questões como baixos salários, alta rotatividade e a migração de trabalhadores para setores informais ou digitais.
Enquanto algumas empresas tentam amenizar a situação com automação e programas de qualificação, é evidente que medidas mais eficazes e estruturais são necessárias para garantir a estabilidade e a qualidade do atendimento no setor supermercadista a longo prazo.
Prefeito de BH, Fuad Noman, morre aos 77 anos – Foto: arquivo pessoal
O prefeito de Belo Horizonte (PBH), Fuad Noman (PSD), morreu na manhã desta quarta-feira (26), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela PBH.
Horas antes da morte, a equipe médica responsável por Fuad havia divulgado que o prefeito teve o estado de saúde agravado após sofrer uma parada cardiorespiratória. Segundo boletim, foram “necessárias doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas” no tratamento. A causa exata da morte, no entanto, ainda não foi confirmada.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte se solidarizou com familiares, amigos e cidadãos, “que perdem não apenas um líder, mas um exemplo de ser humano”. “A cidade se despede com gratidão e reverência”, finalizou o comunicado, que pode ser lido na íntegra ao fim da matéria.
Informações sobre o velório e homenagens serão divulgadas em breve.
Saúde
Em 4 de julho de 2024, prestes a iniciar a campanha pela reeleição, Fuad Noman revelou um diagnóstico de câncerno sistema linfático. O tipo do tumor não foi divulgado. O anúncio da doença ocorreu após o prefeito passar por uma cirurgia que, segundo ele, foi bem-sucedida.
Durante a campanha, o político passou por quimioterapia e foi liberado do tratamento em 14 de outubro, antes da votação de segundo turno.
Entre os dias 23 e 28 de novembro do mesmo ano, após apresentar dores nas pernas, Fuad Noman foi internado no Hospital Mater Dei. Na época, a prefeitura não detalhou a causa do problema.
Em meados de dezembro, o político voltou ao hospital para combater um quadro de pneumonia e sinusite. Ele fez uso de antibiótico venoso, além de fisioterapia respiratória e motora. O então prefeito foi liberado no dia 15. Na época, a data da internação não foi revelada.
A diplomação de Noman pela reeleição em 2024 foi no dia 18 de dezembro. O político não compareceu à cerimônia e enviou um representante.
No dia seguinte, foi internado com diarreia e desidratação. Na sexta-feira (20), o médico que acompanhava o político revelou que o prefeito apresentou sangramento intestinal e foi levado para UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para diagnóstico mais preciso sobre a causa. A suspeita era de relação com o uso de medicamento anticoagulante oral.
O médico Enaldo Melo de Lima ressaltou na data que Noman não fazia uso de “medicamentos ou equipamentos de suporte à vida”, embora estivesse na UTI. O político recebeu alta médica no dia 23 de dezembro. Ele passou o Natal em casa e também trabalhou de lá.
Por orientação médica, Noman participou da cerimônia de posse virtualmente, no dia 1º de janeiro. Em uma chamada de vídeo, o economista fez o juramento com dificuldade de fala. Um comunicado oficial informou que a medida era para evitar aglomerações, já que o político estava com imunidade baixa como reflexo do tratamento contra o câncer.
Dois dias depois, em 3 de janeiro, Fuad Noman voltou a ser internado com um quadro de insuficiência respiratória aguda. Ele foi levado para a UTI e intubado. Segundo a equipe médica, o político teve um novo diagnóstico de pneumonia. Ele foi retirado da intubação no domingo (5), mas permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva.
Em 17 de março, foi anunciada a transferência do prefeito entre unidades do Mater Dei. Ele saiu do prédio da avenida do Contorno para a Gonçalves Dias, no Santo Agostinho, região Centro-Sul de BH. O motivo da transferência seria a realização de exames espedíficos.
Na noite de terça-feira, 25 de março, Fuad teve o estado de saúde agravado após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Segundo o Hospital Mater Dei, ele foi reanimado, “mas evoluiu com choque cardiogênico”.
Quem foi Fuad Noman
Fuad Jorge Noman Filho nasceu no dia 30 de junho de 1947, em Belo Horizonte. Além de político, era economista e escritor. Noman teve dois filhos e quatro netos. Era torcedor do Atlético Mineiro.
Órfão de mãe na infância, Fuad Noman precisou começar a trabalhar ainda jovem no bar que a família tinha no centro da capital mineira. Cresceu no Padre Eustáquio, região Noroeste da capital, onde também trabalhou como engraxate na porta da icônica igreja do bairro.
Após concluir a educação básica, ingressou no Exército e serviu à instituição durante 10 anos. Fuad Noman cursou e concluiu a faculdade de economia durante a carreira militar. A conquista seguinte foi a aprovação no concurso público para o cargo de auditor fiscal no Banco Central.
A vida pública do mineiro tem passagens em cargos ligados ao Governo Federal (foi secretário executivo da Casa Civil da Presidência da República durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1996 e 1997), ao Governo de Minas Gerais (fez parte dos governos de Aécio Neves e Antônio Anastasia, como secretário de Fazenda e de Transporte e Obras Públicas e depois como secretário Extraordinário para a Coordenação de Investimentos) e à Prefeitura de Belo Horizonte (foi nomeado secretário municipal de Fazenda, cargo que exerceu de 2017 até 2020).
Em 2020, Fuad foi eleito vice-prefeito da capital mineira ao lado do empresário Alexandre Kalil. Quando Kalil deixou a cadeira para concorrer ao governo de Minas, em março de 2022, Fuad assumiu o comando da capital mineira.
Em 2024, ele foi reeleito prefeito. O político começou a disputa fora do pódio. Um dos principais gargalos apontados pelos especialistas e por pesquisas, era o desconhecimento da população em relação à imagem de Fuad. O candidato à reeleição trabalhou com esse desconhecimento e chegou ao segundo turno, em segundo lugar. Na disputa final contra Bruno Engler (PL), Fuad Noman saiu vitorioso, com 53,73% dos votos válidos.
Veja destaques da trajetória de Fuad Noman na vida pública:
secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República;
diretor do Banco do Brasil;
presidente da BrasilPrev;
consultor do Fundo Monetário Internacional para o governo de Cabo Verde;
secretário de Estado de Fazenda de Minas Gerais;
secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas de Minas Gerais;
secretário Extraordinário da Copa do Mundo do Governo de Minas Gerais;
presidente da Gasmig;
secretário de Estado Extraordinário para a Coordenação de Investimentos; e
secretário Municipal de Fazenda de BH.
Nota da PBH sobre a morte de Fuad na íntegra
É com profundo pesar que a Prefeitura de Belo Horizonte informa o falecimento do prefeito Fuad Noman, ocorrido nesta data.
Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Economista por formação, com sólida trajetória na administração pública, Fuad ocupou importantes cargos no Governo Federal, Governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte, sempre deixando marcas de competência, responsabilidade e sensibilidade social.
Em 2022, assumiu o cargo de prefeito da capital mineira, e desde então conduziu a cidade com serenidade, firmeza e espírito público.
Fuad era conhecido por seu trato gentil, sua capacidade de escuta e seu amor por Belo Horizonte. Um homem público íntegro, cuja história se confunde com o desenvolvimento da nossa cidade.
Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e todos os cidadãos belo-horizontinos que perdem não apenas um líder, mas um exemplo de ser humano. A cidade se despede com gratidão e reverência.
Informações sobre o velório e homenagens serão divulgadas em breve.
Prefeitura de Belo Horizonte
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