Jornal Folha Regional

CCJ aprova fim da reeleição, mandatos de cinco anos e eleições unificadas

CCJ do Senado aprova fim da reeleição para presidente, prefeitos e governadores - Foto: reprodução
CCJ do Senado aprova fim da reeleição para presidente, prefeitos e governadores – Foto: reprodução

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (21) a proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição para presidente da República, governador e prefeito e estabelece um mandato de cinco anos para esses cargos, assim como para os parlamentares (PEC 12/2022). A proposta também define eleições unificadas para todos os cargos a partir de 2034. A matéria vai agora para análise em Plenário, com pedido de urgência.

Os senadores aprovaram substitutivo (texto alternativo) do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta de Jorge Kajuru (PSB-GO). Pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores também passarão a ter mandatos de cinco anos, em vez dos atuais quatro.

Já os senadores, que na proposta inicial passariam de oito para dez anos de mandato, também terão cinco anos, a partir de emenda apresentada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Além disso, a PEC extingue a alternância de eleições para o Senado, determinando que todos os 81 senadores sejam eleitos no mesmo pleito a partir de 2039.

Mudanças

A PEC impede que quem ocupa um cargo no Poder Executivo — presidente, governadores e prefeitos — possa se candidatar à disputa de um segundo mandato consecutivo, mesmo que o político tenha deixado o cargo seis meses antes da eleição. Em troca, os mandatos desses cargos passarão a ser de cinco anos, em vez dos atuais quatro anos.

Os cargos do Legislativo — deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores — continuam com a possibilidade de reeleição inalterada. Ao mesmo tempo, a duração dos mandatos também passará para cinco anos. Assim, as legislaturas do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras municipais passam a ter duração de cinco anos, e não mais de quatro.

Com a uniformização dos mandatos, a PEC também unifica as datas de todas as eleições — municipais, estaduais e federais. Ou seja, todas deverão acontecer juntas, a cada cinco anos. Isso acontecerá a partir de 2034. Hoje, as eleições ocorrem a cada dois anos, alternadamente entre eleições municipais e eleições gerais (que engloba a esfera estadual e federal).

Senado

Outra inovação é o fim da eleição alternada para o Senado. Atualmente, os senadores são eleitos a cada quatro anos, com dois terços do Senado se renovando em uma eleição e um terço na seguinte. Na nova fórmula, todas as 81 cadeiras do Senado estarão em disputa a cada cinco anos.

A mudança não estava no texto de Marcelo Castro, que previa dez anos de mandato para os senadores e mantinha a alternância. Foi o senador Carlos Portinho que apresentou e defendeu uma emenda nesse sentido.

— Um poder pode ser alternado em dez anos? Pode, mas ele envelheceu ali. A prática democrática que mais atende o eleitor [é] a alternância breve de poder. A proposta que traz a redução para cinco anos respeita um dos maiores princípios democráticos, que é o interesse do eleitor — justificou. 

O senador Jorge Seif (PL-SC) também defendeu a redução do tempo de mandato dos senadores.

— A ampliação de oito para dez anos seria mais uma “jabuticaba” brasileira. Tira do eleitor a possibilidade do escrutínio. Nós não podemos ter um poder tão longo — afirmou. 

Durante a reunião, Castro contraditou a emenda de Portinho explicando que a alternância de poder é um termo que se aplica aos cargos do Executivo, mas não ao Legislativo. Além disso, segundo o relator, à exceção da Itália, em todos os demais países em que há duas Casas legislativas os membros de uma delas têm mandato maior do que os da outra. Assim, argumentou que a proposta inicial de mandato dez anos para os senadores estava seguindo um padrão internacional.

Porém, em entrevista coletiva após a votação na CCJ, Castro voltou atrás e anunciou que acataria a sugestão de Portinho. 

— Senti que estava formando maioria para o mandato ser de cinco anos, então me rendi a isso. Uma matéria controversa, tem argumento a favor de um lado, tem argumentos a favor de outro, não é uma coisa principal. O principal é o fim da reeleição e a coincidência das eleições para todos — explicou o relator, confirmando também o fim da eleição alternada.

Castro disse esperar que, em face dos novos acordos, a matéria seja votada de maneira consensual no Plenário.

Mesas diretoras

Para compatibilizar a condução do Legislativo com a duração de cinco anos para as legislaturas, as Casas do Congresso Nacional também verão mudanças nas suas mesas diretoras (responsáveis por presidir o órgão). As mesas serão eleitas no início da legislatura para um mandato de três anos, seguido por uma nova eleição para um mandato de dois anos. Continuará valendo a proibição de que os membros das mesas sejam reeleitos para os mesmos cargos dentro da mesma legislatura. A nova regra será aplicada às legislaturas que se iniciarem após as eleições de 2034.

Fim da reeleição 

O direito à reeleição para cargos do Executivo não era previsto na Constituição, mas foi introduzido em 1997. Presidente da CCJ, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que a reeleição é “um dos piores males para o Brasil” e lembrou até que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo governo propôs a mudança, “fez mea culpa” e admitiu que foi um erro. Otto avaliou que a nova PEC será importante para o país. 

— Quando termina as eleições municipais, se fala imediatamente na sucessão do governador e do presidente da República. Discute-se mais eleição do que projetos benéficos à solução das dificuldades sociais do povo brasileiro e do crescimento da infraestrutrura — comentou.

A opinião foi compartilhada por Marcelo Castro, que também considerou a reeleição um “malefício”: 

— A introdução da reeleição [foi] completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Eu acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a este mal — afirmou o relator, ressaltando que a mudança não valerá para os atuais mandatários, que poderão tentar a reeleição em 2026 se estiverem no primeiro mandato.

Eleições unificadas

Segundo o relator, a unificação das eleições também é positiva porque cada eleição exige muitos recursos e trabalho para ser organizada. O novo formato ajudaria a reduzir os gastos e o governo economizaria dinheiro que poderia ser usado em áreas como saúde e educação. Além disso, para Castro, ter todas as eleições juntas traria mais clareza e organização para os eleitores e para os próprios políticos.

Primeiro signatário da PEC, o senador Kajuru afirmou que o objetivo principal é dar mais equilíbrio à disputa, já que, segundo ele, quem está no poder tem grande vantagem sobre os concorrentes, como maior visibilidade, acesso à máquina pública e facilidade de articulação política. Isso, para o senador, acaba dificultando a entrada de novas lideranças na política.

Emendas

Marcelo Castro rejeitou outras emendas apresentadas, como a do senador Sergio Moro (União-PR) que vedava não a reeleição também em mandatos não-consecutivos; a do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) que estabelecia a idade máxima de 80 anos para a candidatura à Presidência da República; e a do senador Eduardo Girão (Novo-CE) que proibia a reeleição para o Senado.

Partidos já começam a testar nomes para as eleições de 2026

Partidos já começam a testar nomes para as eleições de 2026 - Foto: reprodução
Partidos já começam a testar nomes para as eleições de 2026 – Foto: reprodução

A menos de um ano e meio para as eleições gerais de 2026, os partidos políticos em Minas Gerais já intensificam as movimentações em seus bastidores para definir os nomes que vão disputar cargos no Executivo estadual e nas Casas legislativas. Mesmo que candidaturas só possam ser realizadas a partir de julho do ano que vem, as legendas tentam desde já testar a popularidade de possíveis postulantes e consolidar alianças.

Internamente, os partidos já têm contratado pesquisas para calcular a intenção de voto dos eleitores em diferentes cenários. Como a legislação só obriga o registro desse tipo de levantamento no Tribunal Superior Eleitoral quando ele for realizado no ano do pleito, os dados coletados agora não estão formalizados junto à Justiça Eleitoral. No entanto, já servem como medida para orientar reuniões e negociações, especialmente com siglas aliadas. Nas redes sociais, o movimento é ainda mais visível. com potenciais candidatos ampliando a presença digital e investindo em novas estratégias de comunicação para atrair o eleitor.

Embora as disputas para cargos majoritários, como governador e presidente, despertem mais expectativa, boa parte das legendas está focada agora no desempenho para a eleição de deputados federais e estaduais. A principal preocupação é garantir o cumprimento da cláusula de barreira: em 2026, a norma passará a exigir que partidos elejam ao menos 13 deputados federais em nove Estados ou alcancem 2,5% dos votos válidos distribuídos igualmente entre as unidades da Federação para acessar recursos do Fundo Partidário e ter direito à propaganda gratuita.

Atualmente, o Novo, que controla o governo de Minas, sinaliza ser o partido com definições para o próximo pleito em estágio mais avançado. Desde o fim de 2024, por exemplo, o vice-governador, Mateus Simões, é apresentado pela legenda como pré-candidato ao governo de Minas. 

O presidente estadual do Novo, Christopher Laguna, diz que a prioridade é eleger deputados federais e estaduais, especialmente para superar a cláusula de barreira, que não foi atingida em 2022. Entre os nomes mais cotados estão os dos três vereadores de BH filiados à legenda: Bráulio Lara deve ser lançado para a Câmara dos Deputados, enquanto Fernanda Pereira Altoé e Marcela Trópia são pensadas para disputar vaga na Assembleia. O secretário de Estado de Cultura, Leônidas Oliveira, também é cotado para a Câmara Federal.

O presidente estadual do PL, Domingos Sávio, por sua vez, garante que a sigla “vai participar ativamente da eleição para o governo de Minas, seja com candidatura própria ou com aliança”. O partido discute uma possível candidatura de Nikolas Ferreira, após ele se tornar o deputado federal mais votado do país em 2022. No entanto, ainda não há consenso, já que outro nome de peso da direita, o do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), também é cogitado para a mesma vaga.

Domingos Sávio destacou ainda que o PL já discute a distribuição de candidatos às vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia. Nos bastidores, os vereadores de BH, Pablo Almeida e Vile, estão entre os mais cotados. “Entendemos que há vereadores com votações muito expressivas que podem vir a pleitear um cargo maior”, justificou.

No campo da esquerda, o PT, por exemplo, ainda enfrenta dificuldade para definir um nome para o governo de Minas. O presidente estadual da legenda, Cristiano Silveira, afirmou que, a princípio, o partido deve apoiar a eventual candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) – o parlamentar ainda não confirma a participação no pleito. Procurado para comentar sobre as articulações do PSD para 2026, o presidente estadual da legenda, Cássio Soares, não se manifestou.

Saiba quais cargos serão disputados em 2026 e entenda as principais regras do pleito

No próximo ano eleitores vão às urnas para escolher:

  • Presidente da República
  • Governador
  • Deputados estaduais
  • Deputados federais
  • Senadores

Disputa no Legislativo

Câmara dos Deputados

Vagas para Minas: 53

Cada partido ou federação pode lançar até 54 candidatos (100% +1)

Assembleia Legislativa

Vagas: 77

Cada partido ou federação pode lançar até 78 candidatos (100% +1).

As eleições para deputado federal e estadual ocorre pelo sistema proporcional. Ou seja, não se considera apenas a votação individual do postulante ao cargo, mas o total de votos dados ao partido ou à federação.

Renovação do Senado

Em 2026, a renovação do Senado será de dois terços, ou seja, cada Estado terá duas vagas para o cargo de senador. Neste caso, a eleição é majoritária. Ou seja, é necessária a maioria simples de votos para que o candidato vença a disputa.

Pablo Marçal é condenado pela segunda vez a oito anos de inelegibilidade

Pablo Marçal é condenado pela segunda vez a oito anos de inelegibilidade - Foto: reprodução
Pablo Marçal é condenado pela segunda vez a oito anos de inelegibilidade – Foto: reprodução

A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o empresário Pablo Marçal (PRTB) pela segunda vez neste ano. Nesta ação, ele é acusado de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação e gastos ilícitos de recursos durante a campanha eleitoral de 2024. A decisão determinada que ele fique inelegível por oito anos e pague uma multa de R$ 420 mil. Cabe recurso da decisão.

O juiz da 1ª Zona Eleitoral, Antonio Maria Patino Zorz, julgou parcialmente procedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), proposta pelo PSB, partido de Tabata Amaral, ex-adverssária de Marçal nas eleições municipais. A sigla acusou o empresário de promover impulsionamento ilícito de sua candidatura nas redes sociais.

A decisão diz que “a repercussão no contexto específico da eleição (gravidade quantitativa) pôde ser constatada em razão dos referidos vídeos com oferta de pagamento a quem efetuasse cortes de vídeos de Marçal em concurso de cortes estar acessível a milhões de pessoas seguidoras em suas redes sociais (TikTok, Youtube, Instagram, entre outros)”.

O juiz entendeu ainda que houve gasto ilícito de recursos.

“Em razão da existência de impulsionamento de cortes de vídeo realizada por terceiros que foi estimulada pelo próprio candidato Pablo Marçal como forma de ilícito alavancamento de visualizações de cortes de vídeos com seu conteúdo”, diz trecho da decisão.

A condenação ocorre nos termos do disposto no artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar n° 64/1990, e tem a ex-candidata ao cargo de vice-prefeita, Antônia de Jesus Barbosa Fernandes, absolvida.

A Justiça condenou Marçal ao pagamento da multa diária decorrente do descumprimento da medida liminar imposta na AIJE 0601153-47.2024.6.26.0001 no valor de R$ 420.000,00, nos termos do disposto no artigo 537, ‘caput’, do Código de Processo Civil.

A ação ainda julgou improcedente o pedido de condenação aos réus por captação ilícita de sufrágio (compra de votos).

O juiz entendeu que se faz necessária uma “investigação irrestrita pelo Ministério Público Eleitoral para se apurar suposta prática de ilícitos criminais pelos donos de perfis de redes sociais participantes dos fatos narrados nas petições iniciais das ações judiciais eleitorais”.

Em nota, Pablo Marçal afirmou que a “decisão é temporária”.

“Essa decisão é temporária. Cumprimos todos os requisitos legais durante a campanha. Confio na Justiça e estou certo de que vamos reverter”, disse.

Primeira condenação

Esta é a segunda vez que o empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo é condenado e tem sua inelegibilidade determinada. Em fevereiro, o mesmo juiz responsável pelo caso, Antonio Maria Patiño Zorz, entendeu que Marçal ofereceu apoio político para impulsionar a campanha eleitoral de candidatos a vereador por meio de vídeos divulgados na internet. A divulgação custaria R$ 5 mil.

“Ficou demonstrado que o réu Pablo Marçal ofereceu apoio político por meio de vídeo para impulsionar campanha eleitoral de candidatos a vereador [que não estivessem em partidos de esquerda] em troca de doação do valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para sua campanha eleitoral”, escreveu Zorz na primeira condenação.

Segundo o magistrado, Marçal utilizou as redes para disseminar fake news sobre o sistema de arrecadação eleitoral, além de fazer propaganda eleitoral negativa.

“Enfim, não é permitido, desta forma, uso de rede social para disseminar ‘fake news’ sobre o sistema de arrecadação eleitoral baseada no fundo partidário e para realizar propaganda eleitoral negativa dos adversários conforme seguinte trecho do vídeo do réu“ (…) Eu tô concorrendo a uma eleição desleal aqui onde eu não uso dinheiro público e os bonitões gastam 100 milhões de reais para fazer propaganda enganosa”, prosseguiu Zorz em sua decisão.

Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió

Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió - Foto: reprodução
Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió – Foto: reprodução

O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, Alagoas. A informação foi confirmada pela defesa de Collor.

A prisão ocorreu às 4 horas quando ele estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes, diz a defesa. Neste momento, o ex-presidente está custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana.

Leia abaixo a nota na íntegra:

“A defesa da ex-presidente da República Fernando Collor de Mello confirma sua prisão hoje, 25 de abril, em Maceió, às 4 horas da manhã, quando estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do Ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento”. 

Determinação da prisão

Nesta quinta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado a prisão do ex-presidente.

Moraes rejeitou o segundo recurso da defesa de Collor, que foi condenado — em maio de 2023 — a oito anos e dez meses de prisão por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora, atual Vibra.

Em 2023, a Corte havia condenado o ex-presidente por participação num esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que facilitava a celebração de contratos para a empresa.

A denúncia surgiu no âmbito da Operação Lava Jato, e foi relatada partir da delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC. 

Além da pena de prisão, ele também foi condenado a: 

  • pagar 90 dias-multa; 
  • indenizar a União em R$ 20 milhões, solidariamente com outros dois réus; 
  • e fica proibido de exercer cargo público por prazo equivalente ao dobro da pena.

‘Se o povo quiser que eu seja candidato ao governo de Minas, estou bem preparado’, diz Cleitinho

‘Se o povo quiser que eu seja candidato ao governo de Minas, estou bem preparado’, diz Cleitinho - Foto: reprodução
‘Se o povo quiser que eu seja candidato ao governo de Minas, estou bem preparado’, diz Cleitinho – Foto: reprodução

O futuro de Cleitinho é incerto. Com cinco anos de mandato no Senado Federal pela frente, ele diz ainda avaliar se concorrerá à eleição para governador de Minas Gerais nas eleições de 2026. O cálculo é menos político e beira o religioso: ele quer um sinal divino que dê aval à possibilidade de trocar Brasília pelo Edifício Tiradentes.

As centenas de mensagens diárias no WhatsApp, as respostas nos stories e os apelos dos apoiadores soam como incentivo para ele. O senador adia a definição, mas garante: “Se o povo achar que eu devo ser candidato a governador, vocês podem ter certeza que eu estou muito bem preparado”. 

A distância das eleições alimenta a dúvida. Enquanto partidos pretendem decidir seus rumos eleitorais em meados de agosto, Cleitinho decidiu esperar a virada de ano. Ele nega ter dado início a conversas e articulações com o próprio partido e com siglas aliadas para pavimentar a candidatura. 

“Só [converso] com o povo no WhatsApp. Se for da vontade de vocês, eu vou. Com o povo converso todos os dias, com o povo e com Deus”, disse em entrevista ao Café com Política. A incerteza sobre seus adversários também atravessa o cenário, mas, questionado, o senador não demonstra preocupação em concorrer com o vice-governador Mateus Simões (Novo) e o colega Rodrigo Pacheco (PSD), também senador. 

Cleitinho garante, entretanto, que abriria mão da própria candidatura se o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) despontar como a melhor opção da direita para o governo de Minas Gerais: “O que não falta em mim, graças a Deus, é muita humildade. A gente pode conversar e se organizar, eu e ele. Como a gente é próximo, não tem sentido sairmos os dois candidatos”. 

“Se ele (Nikolas) achar que está preparado e o povo mineiro concordar, não tenho problema nenhum de ter humildade e apoiá-lo”, analisa. Mas, para ele, uma chapa com os dois não é uma opção. “Acho que é desnecessário. Se ele vier candidato, posso apoiá-lo, né? Se eu for candidato, ele me apoia também. É natural”, considerou. 

Cleitinho não descarta apoiar Simões, mas questiona: “a união da direita é só para ele?” 

Enquanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), trabalha para fortalecer a candidatura de seu vice, Mateus Simões (Novo), como sucessor no Estado, o próprio vice sinaliza a possibilidade de uma chapa com um nome mais à direita — com Cleitinho e Nikolas entre as opções consideradas.

Questionado sobre o assunto, Cleitinho não descarta apoiar o nome de Simões se avaliar que ele é a melhor opção. No entanto, em entrevista ao Café com Política, ele questiona se o vice-governador faria o mesmo por ele. 

“Ele [Simões] sempre fala que a direita tem que se unir. Mas, falta na situação dele uma questão de humildade. Vai unir? Se eu estiver liderando as pesquisas, ele abre mão da candidatura dele para me apoiar? Abre mão para apoiar o Nikolas?”, pergunta.

“Então, que união é essa que ele [Simões] fala? É só para ele? Eu tenho humildade. É como falei sobre o Nikolas. Se o Nikolas quiser ser candidato e estiver na frente, que sentido tem eu concorrer, sendo que nós temos o mesmo pensamento?”, conclui.

Proximidade com a população e paralisia do Senado atraem Cleitinho para o governo de MG 

Um pedido de vista do senador Sérgio Moro (União Brasil) na última terça-feira (1º) impediu a votação de um projeto de Cleitinho que possibilitava o porte de arma de fogo por advogados. O episódio gerou incômodo e virou exemplo para Cleitinho criticar o modo de operação do Congresso Nacional e a lentidão habitual na tramitação dos processos. 

“Aqui no Senado, tinha esse projeto e outro senador pediu vista. Quer dizer: tiraram o meu projeto. A PEC do IPVA [para dar isenção do imposto aos proprietários de veículos com mais de 20 anos] passou aqui no Senado, foi para a CCJ da Câmara e deputados pediram para retirar de pauta…”, declarou. 

“Uma das coisas que me incentiva a sair como governador é isso. Aqui a produtividade é quase zero. Você depende de quase tudo aqui”, disparou. “Como governador eu terei mais poder de ação para combater tanta injustiça”, ressaltou.

TSE confirma indeferimento de registro de candidato eleito para prefeito em Guapé; cidade terá novas eleições

Thiago Câmara ao lado da esposa Rayza durante operação do Gaeco em Guapé - Foto: Arquivo pessoal
Thiago Câmara ao lado da esposa Rayza durante operação do Gaeco em Guapé – Foto: Arquivo pessoal

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, por unanimidade, o indeferimento do registro da candidatura de Thiago Sávio Câmara (PSDB), candidato mais votado para o cargo de prefeito de Guapé (MG) em razão de inelegibilidade. Com isso, a cidade terá novas eleições, com data ainda a ser marcada.

A decisão ocorreu na sessão de 14 de março e transitou em julgado na última terça-feira (25), não cabendo mais recurso pelo candidato. Thiago teve o seu mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de Guapé no ano de 2022.

Conforme o TSE, a inelegibilidade, nesse caso, se aplica para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foi eleito e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura.

Após o indeferimento do seu registro pelo juiz eleitoral local e pelo TRE/MG, o candidato recorreu para o TSE.

Na sessão de 14 de março, a relatora do processo, ministra Isabel Gallotti, confirmou o entendimento de que a situação de Thiago configura a “causa de inelegibilidade do art. 1º, I, b, da LC 64/90, pois teve seu mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de Guapé (MG) por quebra de decoro e não apresentou decisão judicial liminar ou definitiva capaz de suspender os efeitos daquele ato”.

Prefeitura de Guapé - Foto: Reprodução
Prefeitura de Guapé – Foto: Reprodução

A decisão torna definitiva a anulação de votos obtidos pela chapa do candidato. A Zona Eleitoral de Guapé e o TRE-MG adotarão as providências para a realização de novas eleições, em data ainda a ser definida. Até que realizado o novo pleito e o eleito tome posse, o presidente da Câmara Municipal de Guapé, Randerson Ribeiro (PL), permanece à frente da administração da cidade.

Candidato mais votado

Thiago Câmara (PSDB) foi o candidato mais bem votado nas eleições municipais em Guapé com 40,23% dos votos válidos. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, ele concorreu com a candidatura indeferida com recurso. Isso ocorre em situações em que os candidatos não seguiram as regras estipuladas pela Justiça Eleitoral.

Thiago Câmara já havia recorrido três vezes, o máximo permitido e aguardava a decisão para ter a confirmação se iria assumir ou não a prefeitura da cidade.

Thiago teve o mandato de vereador cassado por dois processos. Primeiro, por denúncia de um cidadão após uma live feita por Tiago nas redes sociais. Ele teria usado palavras de baixo calão e sido grosso, o que acarretaria uma quebra de decoro.

O segundo foi instaurado a pedido de outra cidadã e diz respeito a uma suposta fraude feita na tramitação de um projeto de lei de iniciativa popular que pedia a gratuidade na travessia da balsa entre a cidade e São José da Barra.

Thiago atualmente foi nomeado como Secretário de Turismo de Guapé e apoiará uma chapa na próxima eleição.

Sempre tive sonho de governar Minas Gerais, diz Pacheco

Sempre tive sonho de governar Minas Gerais, diz Pacheco - Foto: reprodução
Sempre tive sonho de governar Minas Gerais, diz Pacheco – Foto: reprodução

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou no último sábado (1º) que sempre teve o sonho de governar Minas Gerais, mas que o momento é de concluir o ciclo à frente da Casa Alta do Congresso.

“Quem diz que está na política e não tem o sonho de governar o seu próprio estado, não está falando a verdade. Óbvio que isso é o desejo de qualquer político e, evidentemente, é um sonho que eu sempre tive de ser o governador do meu estado”, disse Pacheco em entrevista a jornalistas.

“Mas, se isso se concretizará ou não, depende de muitas variáveis. E repito: o momento hoje não é dessa reflexão. Preciso concluir meu ciclo de quatro anos na Presidência do Senado e faremos, na sequência, uma avaliação sobre o futuro”, ponderou.

Em seguida, o presidente do Senado declarou estar “muito honrado” de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter dito, na quinta-feira (30), que deseja ver Pacheco no governo de Minas Gerais. Como a CNN mostrou, o atual presidente do Senado também deixará o cargo cotado para assumir um ministério na reforma em análise pelo Planalto.

“Fico muito honrado de um presidente da República, como o presidente Lula, que é um grande político, um ser humano extraordinário, poder ter este desejo, esta vontade, mais do que isso, externar a vocês da imprensa da forma como fez. Isso é motivo de muita alegria e de muita honra para mim. Recebo essa mensagem do presidente Lula com sentimento profundo de honra e responsabilidade”, finalizou Pacheco.

Foi a última fala de Pacheco à imprensa como presidente da Casa. Ele deixará o cargo nesta manhã após a eleição da nova Mesa Diretora. O favorito para assumir a presidência é Davi Alcolumbre (União-AP), que tem o apoio de Pacheco e de quase todas as bancadas.

Também concorrem ao cargo os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Pacheco deixa a presidência do Senado após quatro anos. Chegou ao cargo com o apoio de Alcolumbre e se aproximou de Lula nos últimos anos. Na entrevista, desta manhã Pacheco fez agradecimentos aos senadores, servidores, líderes e aos demais Poderes. Resumiu seu mandato em uma palavra: “democracia”.

Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra

Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra - Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra
Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra – Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra

Desde o dia 7 de janeiro, a prefeitura de São José da Barra (MG), por meio de Secretaria de Obras, iniciou a maior ‘Operação Tapa Buraco’ do munícipio, recuperando diversas vias.

Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra - Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra
Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra – Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra

Segundo a secretária de obras, Érika Machado, foi adquirado toneladas de massa asfáltica, as quais serão destinadas para 100% de recapeamento das ruas e rodovias do município.

Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra - Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra
Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra – Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra

No primeiro dia, a operação contou com a fiscalização da secretária, do vice-prefeito Jailson Viana e dos vereadores Mateus da Serrinha e Edmar Kabadão.

Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra - Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra
Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra – Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra

“Iremos fazer a manutenção geral do asfalto, pois alguns pontos estão em estado de calamidade. Desde quando foi realizado o asfalto, não foi realizado investimentos para recuperação”, informou Érika.

O prefeito Marcelo Rodrigues da Silva (Marcelinho), solicitou a secretária, a licitação para asfaltamento em diversos pontos de São José da Barra, como, até o Porto do Guapé, parte da rodovia que dá acesso ao trevo próximo ao antigo parque de exposições até o trevo do bairro Cachoeira da Lage, rodovia que dá acesso ao bairro Roseira, o qual está caótico, etc.

“Os investimentos na infraestrutura da cidade estão apenas iniciando. Precisamos devolver ao nosso povo, por meio dos impostos que eles pagam, asfalto de qualidade”, citou Marcelinho.

Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra - Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra
Prefeitura realiza maior ‘Operação Tapa Buraco’ no município de São José da Barra – Foto: Ascom/Prefeitura São José da Barra

Adriano da Cachoeira é eleito Presidente da Câmara de São José da Barra

Presidente Adriano ao lado do prefeito Marcelinho - Foto: Murilo Marcos
Presidente Adriano ao lado do prefeito Marcelinho – Foto: Murilo Marcos

No dia 1⁰ de janeiro, os vereadores eleitos em São José da Barra (MG), foram empossados e elegeram a Mesa Diretora para o biênio 2025/2026.

Com a presença de diversas autoridades, inclusive do prefeito, Marcelinho Silva e do vice-prefeito, Jailson Viana, a Casa Legislativa ficou pequena para centenas de pessoas que prestigiaram a cerimônia.

O vereador Adriano Justino de Oliveira (PSD), recebeu cinco votos, sendo eleito presidente da mesa diretora, o seu concorrente, Edmar dos Santos Gonçalves (Solidariedade), recebeu quatro votos.

Para vice-presidente, foi eleito o vereador, Mateus Júnior Rodrigues de Oliveira (Republicanos), com cinco votos, já seu concorrente, Jamir Cândido Pereira (Solidariedade), teve quatro votos.

Para Secretário, por unanimidade, foi eleito o vereador, José Reginaldo Bueno (PSD).

Mesa diretora 2025/2026 com o prefeito e vice-prefeito - Foto: Murilo Marcos
Mesa diretora 2025/2026 com o prefeito e vice-prefeito – Foto: Murilo Marcos

Adriano, que seria oposição ao prefeito eleito, decidiu caminhar ao lado do executivo.

“Não poderia ir contra a população, minha decisão foi coerente para que o Marcelinho e Jailson tenham uma gestão de êxito”, citou o presidente.

Mesa diretora 2025/2026 com o prefeito e vice-prefeito - Foto: Murilo Marcos
Câmara de Vereadores ficou lotada durante a cerimônia – Foto: Murilo Marcos

Túlio Baldoni é empossado como vereador em Guapé devido Randerson se tornar prefeito interino

Túlio Baldoni ao lado de sua família - Foto: Arquivo pessoal
Túlio Baldoni ao lado de sua família – Foto: Arquivo pessoal

No dia 8 de janeiro, o vereador suplente, Túlio Baldoni (PL), foi empossado para compôr a atual legislaturam em Guapé (MG), após o presidente Randerson Ribeiro, assumir inteirinamente a prefeitura da cidade.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não manifestou referente aos próximos passos se terá nova eleição em Guapé, tendo em vista, que ainda têm a última decisão sobre o prefeito eleito, Thiago Câmara.

Atual vereadores em Guapé - Foto: Reprodução
Atual vereadores em Guapé – Foto: Reprodução
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