Jornal Folha Regional

Deputado é condenado a 20 anos de prisão por peculato, fraude e lavagem de dinheiro

Deputado é condenado a 20 anos de prisão por peculato, fraude e lavagem de dinheiro – Foto: reprodução

O deputado federal pela Paraíba Ruy Carneiro (Podemos) foi condenado a 20 anos de prisão, e a devolução de R$ 750 mil aos cofres públicos, pelos crimes de peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro, que foram cometidos pelo parlamentar à época em que foi secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba. Os condenados podem recorrer em liberdade.

Além de Ruy, outras três pessoas foram condenadas, e duas inocentadas pela Justiça. A sentença foi proferida pelo juiz Adilson Fabrício Gomes Filho, na noite da quinta-feira (22), em um processo que correu em segredo de Justiça. O g1 teve acesso à sentença neste domingo (25).

Em nota enviada à imprensa às 18h, a defesa de Ruy Carneiro informou que recebeu com estranheza a notícia da decisão. Segundo o deputado, todos os assentos comprados que motivaram o processo foram comprados, instalados legalmente e passaram por contagem de auditores do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

“O TCE já se pronunciou sobre isso na época, muitos anos atrás, constatando em duas auditorias que 99,68& das cadeiras estavam inteiras e correspondiam ao que foi licitado, sendo que 0,32% estavam danificadas por desgaste natural de uso”, informou o deputado.

Ruy disse ainda que recorrer da decisão.

Ruy Carneiro está exercendo o seu segundo mandato consecutivo de deputado federal, após ter sido eleito em 2018 e reeleito em 2022. A sentença que condena o deputado não traz nenhuma referência à perda de mandato por causa da condenação.

A decisão desta semana acontece na ação penal contra o deputado. Na esfera administrativa, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decidiu anular, em 2020, uma sentença da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de João Pessoa, em uma Ação de Improbidade Administrativa em que ele também foi condenado. À época, a Justiça acolheu a alegação da defesa de Ruy acerca de cerceamento de defesa.

Denúncia feita pelo MPPB

Segundo a denúncia feita pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Ruy e as outras pessoas condenadas foram acusadas de integrarem uma quadrilha especializada em fraudar licitações para desviar e lavar dinheiro público, no processo que ficou conhecido como Caso Desk. A Justiça acatou a denúncia em 2018.

A investigação começou a ser feita em agosto de 2013, e o Gaeco detectou irregularidades acerca de contratos firmados em janeiro de 2009, entre a Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), e a empresa Desk Móveis Escolares e Produtos Plásticos Ltda.

Conforme a sentença, foi feita uma dispensa de licitação para a compra de cinco mil assentos desportivos com encosto e 42 mil assentos desportivos sem encosto para serem instalados no Estádio José Américo de Almeida, o Almeidão, em João Pessoa, e no Ginásio Poliesportivo Ronaldão, também em João Pessoa.

De acordo com o juiz, a investigação comprovou que houve fraude licitatória, superfaturamento de produtos, desvio de recursos públicos, danos ao erário, formação de quadrilha, e lavagem de dinheiro, com um prejuízo estimado de R$ 1,5 milhão.

Foram condenados:

  • Ruy Carneiro – atual deputado federal pela Paraíba e ex-secretário da Sejel
  • Luiz Carlos Chaves – gerente de Planejamento, Orçamento e Finanças da Sejel
  • Daniel Pereira de Souza – engenheiro e representante da Desk Móveis
  • Fábio Magib Mazhunni Maia – sócio da empresa Desk Móveis

Conforme a sentença, Ruy Carneiro foi condenado a 15 anos e 10 meses de reclusão e a 4 anos e 4 meses de detenção, a ser cumprido em regime inicial fechado. Além disso, ele deve pagar 200 dias-multa no valor unitário de 4 vezes o salário-mínimo vigente à época do fato, que ocorreu entre 2009 e 2012.

Luiz Carlos Chaves da Silva foi condenado a 6 anos de reclusão e 4 anos de detenção, em regime inicial fechado, além do pagamento de 100 dias-multa no valor unitário de 4 vezes o salário-mínimo vigente à época do fato.

Daniel Pereira de Souza foi condenado a 4 anos e seis meses de reclusão e 4 anos de detenção, em regime inicial fechado, além do pagamento de 100 dias-multa no valor unitário de 4 vezes o salário-mínimo vigente à época do fato.

E Fábio Magid Bazhunni Maia foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão e 4 anos de detenção, em regime inicial fechado, além do pagamento de 200 dias-multa no valor unitário de 4 vezes o salário-mínimo vigente à época do fato.

Como os réus responderam ao processo em liberdade, e embora tenham atuado com acentuada gravidade, são primários, sem oferecer riscos, por ora, à ordem pública ou a instrução criminal, o juiz concedeu o direito de apelarem da decisão em liberdade.

Motorista tenta invadir residência oficial do presidente Lula

Ao ser visto na área do bloqueio de acesso, o condutor teria desobedecido a ordem de parada

Homem tentou invador residência oficial de Lula - Valter Campanato/Agência Brasil
Homem tentou invador residência oficial de Lula – Valter Campanato/Agência Brasil

O Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sofreu uma tentativa de invasão no início da manhã deste sábado (24).

O episódio foi confirmado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom). De acordo com a Secom, a Polícia está investigando e ninguém foi pego em flagrante. Mais detalhes não foram divulgados.

Segundo informações do portal Metrópoles, por volta das 6h, o motorista de um Ford Focus preto seguiu em direção ao Alvorada, onde mora o Lula, na Zona Cívico-Administrativa de Brasília.

Ao ser visto na área do bloqueio de acesso, porém, o condutor teria desobedecido a ordem de parada.

Em seguida, o veículo teria furado os pneus na “cama de faquir” – dispositivo com perfuradores em metal para evitar a fuga de veículos -, escapando em direção ao Palácio do Jaburu, que é a residência oficial do vice-presidente. Para tentar detê-lo, de acordo com a apuração do portal, um segurança atirou duas vezes contra o veículo.

Secretário municipal é demitido da prefeitura de Guapé; ele alega que demissão se deu após depor e entregar esquema de corrupção

Marcelo Teixeira era secretário municipal de desenvolvimento estratégico na prefeitura de Guapé/MG - Foto: Arquivo pessoal
Marcelo Teixeira era secretário municipal de desenvolvimento estratégico na prefeitura de Guapé/MG – Foto: Arquivo pessoal

Na tarde desta sexta-feira (23), o ex-secretário municipal de desenvolvimento estratégico, Marcelo Teixeira, divulgou um vídeo no qual confirmou sua exoneração da prefeitura de Guapé.

Marcelo trabalhava na prefeitura desde 2017, como assessor pessoal no 3⁰ mandato do prefeito Nelson Lara, que recentemente foi preso, suspeito de integrar uma organização criminosa na cidade.

O ex-servidor foi essencial para a investigação e não teve medo de falar ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), tudo que sabia referente ao esquema na gestão municipal em Guapé. As denúncias foram realizadas pelo ex-vereador Thiago Câmara.

Segundo Marcelo, o prefeito interino Evandro Antônio de Oliveira, oficializou seu desligamento alegando que não confia no servidor.

A redação do Folha Regional entrou em contato com a prefeitura e aguarda o pronunciamento.

Assista o pronunciamento na íntegra https://www.instagram.com/reel/C3tG8aOvnoE/?igsh=N2E1dWFicWM3d2oz

Moradores de Bom Jesus dos Campos em São José da Barra enfrentam problemas com mato alto em terrenos particulares

Problemas como mato alto não são novidades para muitos moradores de São José da Barra (MG). É o que acontece, por exemplo, com quem vive na região do distrito de Bom Jesus dos Campos.

Moradores de Bom Jesus dos Campos em São José da Barra enfrentam problemas com mato alto em terrenos particulares - Foto: Robson Lima
Moradores de Bom Jesus dos Campos em São José da Barra enfrentam problemas com mato alto em terrenos particulares – Foto: Robson Lima

Alguns moradores relataram que dois loteamentos anexos ao distrito de Bom Jesus dos Campos em São José da Barra, estão sem a manutenção de limpeza e todos os anos eles tem que solicitar a fiscalização da prefeitura para notificar os proprietários para realizarem a limpeza.

“Na última quarta-feira (21), questionei o servidor Sebastião, que é responsável pela fiscalização no município, se havia algum critério de aplicação de penalidades mais severas para os proprietários reincidentes? Ele disse que a legislação municipal vigente não possui nenhum instrumento legal sobre isso, e que inclusive aqueles proprietários que costumam serem notificados rotineiramente todos os anos, que ele costuma já até deixar salvo no sistema dele somente para mudar a data no anos seguinte”, informou o Morador Robson Lima.

Segundo Robson, ele também interrogou o fiscal se existe um cronograma de fiscalização rotineiro sobre a limpeza dos lotes e ele disse que sim, porém se queixou do excesso tarefas que ele tem a cumprir e que ele é o único servidor responsável por esse tipo de trabalho para atender todo município.

Moradores de Bom Jesus dos Campos em São José da Barra enfrentam problemas com mato alto em terrenos particulares - Foto: Robson Lima
Moradores de Bom Jesus dos Campos em São José da Barra enfrentam problemas com mato alto em terrenos particulares – Foto: Robson Lima

O secretário de obras José Antônio Bícego, informou que a demanda é alta e um único funcionário é responsável pela fiscalização.

“Somente o Sebastião pode notificar e multar os proprietários de terrenos e devido serem diversos casos, quando acaba de noticiar o último terreno tem que voltar e notificar aquele primeiro”, informou o secretário.

Bícego afirmou que estão trabalhando muito para limparem os terrenos da prefeitura municipal e assim servirem de exemplo para a população.

“Vou até o local e priorizar a demanda para que assim possamos ter êxito na solicitação dos moradores”, afirmou Bícego.

Prefeito interino cancela contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação

Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação - Foto: Prefeitura Guapé
Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação – Foto: Prefeitura Guapé

Na última quarta-feira (21), o prefeito interino de Guapé (MG), Evandro Antônio de Oliveira, rescindiu o contrato de asfaltamento da rodovia Guapé/Aparecida do Sul/Santo Antônio das Posses, devido irregularidades na licitação realizada no mandato do então prefeito Nelson Lara, preso no início mês por estar envolvido em corrupção.

Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação - Foto: Prefeitura Guapé
Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação – Foto: Prefeitura Guapé

Segundo Evandro, a contratação foi feita por meio de uma licitação destinada à reforma de prédios públicos, operações tapa-buracos e outras atividades simples e de baixo custo.

“Para licitar uma obra da grandeza deste asfalto, com custo próximo a R$ 20 milhões, é obrigatório que se faça uma licitação específica, na modalidade ‘concorrência’. O processo licitatório para o asfalto iniciou em 2023, mas foi revogado após algumas impugnações feitas ao edital, por empresas interessadas em participar”, informou o prefeito interino.

Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação - Foto: Prefeitura Guapé
Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação – Foto: Prefeitura Guapé

A Prefeitura reiniciará imediatamente a licitação própria, aproveitando o edital da licitação que foi revogada, com as correções sugeridas pelas empresas participantes, já que o pessoal técnico entendeu que as correções eram de fato necessárias.

“Fica desde já esclarecido que a obra é de interesse da população guapeense e será realizada no espaço de tempo mais curto possível, mas da forma mais adequada, atendendo às exigências da Lei. Manteremos a população informada sobre o andamento dos procedimentos necessários”, finalizou Evandro.

Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação - Foto: Prefeitura Guapé
Prefeito interino reincide contrato do asfalto entre Guapé e Santo Antônio das Posses após irregularidades na licitação – Foto: Prefeitura Guapé

Empresários são indiciados suspeitos de tentar fraudar licitação da prefeitura de São Sebastião do Paraíso

Empresários são indiciados suspeitos de tentar fraudar licitação da prefeitura de São Sebastião do Paraíso – Foto: Prefeitura de São Sebastião do Paraíso

Polícia Civil concluiu o inquérito nesta quinta-feira (15) em São Sebastião do Paraíso (MG). Caso aconteceu em outubro do ano passado.

Três empresários foram indiciados em São Sebastião do Paraíso (MG) suspeitos de tentar fraudar uma licitação da prefeitura. A Polícia Civil concluiu o inquérito nesta quinta-feira (15) sobre o caso que ocorreu em outubro de 2023. Os suspeitos concorriam ao pregão da administração municipal que visava aquisição de mobiliários.

De acordo com a Polícia Civil, o caso ocorreu no dia 26 de outubro do ano passado, quando os concorrentes do processo licitatório foram convocados para apresentarem lances na prefeitura.

Durante a sessão, conforme a polícia, uma servidora pública municipal responsável pelo pregão foi comunicada por um dos concorrentes que alguns licitantes teriam combinado os preços a serem ofertados como lance. Segundo a Polícia Civil, um áudio com a conversa entre os suspeitos foi gravado pelo empresário.

Ao verificaram indícios de fraude, os servidores municipais acionaram a polícia para registro da ocorrência e suspenderam o processo licitatório imediatamente. A Polícia Civil instaurou inquérito policial para investigar o caso.

Empresários são indiciados pela Polícia Civil suspeitos de tentar fraudar licitação de prefeitura em MG — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Segundo o delegado Rafael Gomes, foi apreendido o áudio de uma gravação na qual dois licitantes ajustam os preços que pretendiam oferecer em cada produto objeto da licitação, visando que todos pudessem vencer o certame em relação a um respectivo produto.

Ainda de acordo com o delegado, foi apreendido na posse de um dos suspeitos uma lista dos produtos que seriam comprados pelo município, com anotações manuscritas indicando qual empresa deveria vencer em relação ao respectivo item.

“Após análise do áudio e dos documentos apreendidos, bem como colhidos depoimentos de testemunhas e dos suspeitos, três empresários com idades entre 27 e 40 anos foram indiciados pelo crime de tentativa de frustração do caráter competitivo de licitação, cuja pena máxima pode chegar a oito anos de reclusão”, disse a Polícia Civil.

Com a conclusão as investigações, a Polícia Civil encaminhou o inquérito ao Juízo da Comarca de São Sebastião do Paraíso.

via, G1

Quer disputar as Eleições de 2024? Saiba o prazo para se filiar a um partido

Quer disputar as Eleições de 2024? Saiba o prazo para se filiar a um partido - Imagem: Reprodução
Quer disputar as Eleições de 2024? Saiba o prazo para se filiar a um partido – Imagem: Reprodução

A data-limite para estar filiado a um partido político a tempo de concorrer nas Eleições Municipais de 2024 é 6 de abril, ou seja, seis meses antes da votação. Esse também é o prazo final para os futuros candidatos estarem com o domicílio eleitoral estabelecido na circunscrição onde pretendem concorrer.

As Eleições de 2024 acontecem, em primeiro turno, no dia 6 de outubro. Mais de 152 milhões de eleitoras e eleitores irão às urnas para escolher vereadoras e vereadores, bem como prefeitas e prefeitos em mais de 5,5 mil municípios.

O Distrito Federal e a ilha de Fernando de Noronha (PE) não participam da votação, uma vez que nessas localidades não há prefeitos nem vereadores. Quem tem o título cadastrado na Zona ZZ (exterior) também não participa, pois somente vota em Eleições Gerais, para presidente e vice-presidente da República.

Confira, abaixo, as condições de elegibilidade para concorrer em uma eleição, conforme estabelece o artigo 14 da Constituição Federal:

✔️A nacionalidade brasileira.

✔️O pleno exercício dos direitos políticos. Significa estar habilitado para votar e ser votado.

✔️O alistamento eleitoral. Com a inscrição na Justiça Eleitoral e o título de eleitor emitido, a cidadã ou o cidadão adquire direitos políticos, tornando-se titular de direito político ativo (capacidade para votar) e direito político passivo (capacidade de ser votado). Cabe destacar que, neste ano, o cadastro eleitoral fecha no dia 8 de maio; portanto, depois da data, não será mais recebido nenhum alistamento.

✔️O domicílio eleitoral na circunscrição. Lugar da residência ou moradia da pessoa que requere inscrição eleitoral (conforme o Código Eleitoral), ou, segundo a jurisprudência do TSE, o lugar onde o interessado tem vínculos, sejam políticos, econômicos, sociais ou familiares. É preciso residir na localidade há pelo menos três meses ou ter completado no mínimo um ano da data do alistamento eleitoral ou da última transferência do documento. Após o fechamento do cadastro eleitoral, também não será admitida nenhuma mudança de endereço. Confira mais informações sobre domicílio eleitoral.

✔️A filiação partidária.

✔️A idade mínima para os cargos. Para se candidatar a prefeito ou a vice-prefeito, a idade mínima é de 21 anos. Neste caso, a informação é conferida no dia da posse. Já para concorrer a uma vaga de vereador, a idade mínima é de 18 anos. É preciso ter alcançado a maioridade até a data-limite para o registro da candidatura (15 de agosto do ano eleitoral).

✔️Vale destacar que são inelegíveis os inalistáveis (estrangeiros, brasileiros que estiverem cumprindo serviço militar obrigatório e analfabetos). Militares são elegíveis quando atendidas algumas condições previstas na Constituição Federal.

✔️Ocupantes de diversos cargos e funções – como servidores públicos e militares, por exemplo – devem estar atentos aos prazos de desincompatibilização (afastamento) exigidos por lei para concorrer a uma vaga na eleição.

✔️É preciso verificar ainda regras para reeleição, renúncia de mandato para concorrer em novas eleições, parentesco com titulares que ocupam cargos de prefeito (no caso das eleições municipais) e outros casos de inelegibilidade, como os previstos na Lei de Inelegibilidade – Lei Complementar nº 64/1990.

✔️O Capítulo IV da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) permite que as legendas estabeleçam, no próprio estatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos na própria norma. Entretanto, uma vez fixadas no estatuto, essas datas não podem ser alteradas no ano da eleição.

✔️Segundo a legislação, em caso de coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente. Assim, as demais serão canceladas pela Justiça Eleitoral. Além disso, em caso de fusão ou incorporação após o prazo estipulado na lei, será considerada a data de filiação do candidato ao partido de origem.

Prefeito decreta extinção de cargos temporários e redução do próprio salário para conter crise financeira em Três Corações

Crise financeira que já deixou servidores e médicos sem receber salários na cidade.

Prefeitura de Três Corações (MG) — Foto: Divulgação/Prefeitura de Três Corações

O prefeito de Três Corações (MG), José Roberto de Paiva Gomes, o Gordo Dentista (PSD), decretou nesta sexta-feira (9) medidas administrativas temporárias para contenção de despesas no município. Entre as medidas está a redução do próprio salário e a extinção de contratos temporários.

Conforme o Decreto 5.126/2024, as medidas administrativas terão validade por 90 dias. O motivo é a crise financeira que já deixou servidores e médicos sem receber salários na cidade.

Entre as medidas anunciadas, estão:

✔️Redução de 30% da remuneração do prefeito e vice-prefeito;
✔️Vedado o pagamento de férias e férias-prêmio em pecúnia;
✔️Vedado o pagamento de horas extraordinárias, devendo ser computado como banco de horas caso haja extrapolação de jornada;
✔️Vedado o pagamento de diárias e passagens provenientes de passagens;
✔️Extinção dos contratos temporários, mantendo-se apenas aqueles indispensáveis à prestação de serviços de saúde, educação e segurança pública;
✔️Suspensão de todos os procedimentos licitatórios em andamento;
✔️Suspensão de todos os procedimentos do Marco Regulatório em andamento;
✔️Vedada a aquisição de quaisquer produtos ou serviços sem prévia autorização;
✔️Vedada a contratação de novos servidores públicos comissionados, contratados ou terceirizados;
✔️Vedada a contratação de novos estagiários;
✔️Vedada a realização de eventos festivos ou esportivos, que gerem qualquer tipo de despesa aos cofres públicos;
✔️Redução do valor destinado ao complemento de tarifa de Transporte Público Coletivo de ônibus;
✔️Devolução de todos os veículos alugados, salvo os destinados à saúde, educação e segurança pública.

O decreto também prevê que a Procuradoria Geral do Município concentre esforços para promover a cobrança extrajudicial ou judicial da dívida ativa.

Crise financeira

A crise financeira nos cofres públicos em Três Corações já fez com que servidores públicos e médicos do Hospital São Sebastião ficassem sem receber salários.

No início do mês, os servidores da prefeitura alegaram que não tinham recebido ainda parte do salário referente ao mês de dezembro. Eles tinham recebido apenas 30% do salário.

No dia 12 de janeiro, alguns servidores e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos, além de vereadores, estiveram na frente da prefeitura para pedir que os salários fossem pagos integralmente.

Hospital São Sebastião, em Três Corações (MG) — Foto: Reprodução/EPTV

Já nesta semana, médicos que atendem no pronto-socorro do Hospital São Sebastião disseram que estavam com os salários atrasados há três meses. A dívida da prefeitura ultrapassava os R$ 3 milhões.

A situação levou a Fundação Hospitalar São Sebastião a entrar com uma ação na Justiça para cobrar uma dívida de mais de R$ 3 milhões em repasses da prefeitura.

Segundo o hospital, os repasses não aconteciam desde novembro. Desde então, foram emitidas duas notas fiscais, uma no valor de R$ 3 milhões e outra no valor de R$ 933 mil.

via, G1

AgroGalaxy reduz níveis hierárquicos, fecha lojas e muda gestão regional de negócios

Welles Pascoal, que deixará o cargo de CEO da AgroGalaxy (foto: Divulgação)

Depois de alongar dívidas e fortalecer sua estrutura de capital, a AgroGalaxy, uma das maiores varejistas de insumos agrícolas do país, anunciou na manhã da última terça-feira (6) uma reorganização em seu modelo de gestão, marcada por redução de níveis hierárquicos, enxugamento de pessoal, fechamento de lojas e a implantação de uma nova divisão regional de atuação. A empresa também confirmou que Welles Pascoal deixará o cargo de CEO e será substituído, a partir de 1º de março, por Axel Labourt, que atualmente é o COO da companhia.

“É a conclusão de um processo que começou no primeiro trimestre do ano passado. O objetivo é sermos uma empresa com uma estrutura capaz de atravessar períodos conturbados como 2023 e, talvez, 2024”, afirmou Pascoal em teleconferência com jornalistas. A pandemia e a invasão russa na Ucrânia tumultuaram o mercado global de defensivos e fertilizantes, gerando grandes oscilações de preços. Em 2022, altas expressivas beneficiaram as empresas do segmento, mas no ano passado fortes quedas golpearam os resultados, também prejudicados pelo cenário mais difícil para os produtores de grãos, que enfrentaram problemas climáticos e retração das cotações.

Para ganhar agilidade no processo de tomada de decisões e se aproximar dos agricultores, a AgroGalaxy eliminou dois níveis hierárquicos entre o CEO e os consultores técnicos de campo e ampliou de dois para cinco o número de vice-presidentes de negócios, que agora têm mais autonomia. O ajuste gerou uma redução “líquida” de 80 posições de trabalho, levando em consideração que houve algumas contratações para dar suporte à nova divisão regional.

Antes organizada em duas torres (Sul e Norte), com quatro unidades de negócios em cada uma, a companhia passou a contar com cinco unidades de negócios – Sul (basicamente Paraná), Sudeste (parte do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais), Cerrado-Oeste (Mato Grosso), Cerrado Leste (Goiás e Mapito) e Mato Grosso do Sul. No total, 14 Estados continuam a ser atendidos. Além disso, a AgroGalaxy continua a ter uma unidade de beneficiamento de sementes.

Nessa reorganização, 19 lojas estão sendo afetadas. Boa parte delas será fechada, e algumas estão sendo “redesenhadas”. Após alongar dívidas no valor de R$ 839 milhões, em setembro, e de anunciar uma injeção de R$ 188 milhões por parte de Fundos de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP) geridos pela Aqua Capital, sua controladora, em dezembro, a AgroGalaxy já havia sinalizado a suspensão de sua expansão por dois anos e a redução do número de lojas.

Com a conjuntura adversa, a receita líquida da empresa caiu 14,7% de janeiro a setembro de 2023 ante igual período do ano anterior, para R$ 7 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado diminuiu 82,8%, para R$ 60,5 milhões, e houve prejuízo de R$ 442,5 milhões. Os resultados do quarto trimestre do ano passado ainda não foram divulgados, mas as perspectivas para 2024 são melhores, apensar das incertezas climáticas e da persistente queda dos grãos.

“Tivemos duas grandes feiras agro neste início de ano, com surpresas positivas. Fechamos muitas operações de barter [troca de insumos por colheitas futuras] com os produtores”, disse Labourt. Ele assumirá o timão da AgroGalaxy em pouco menos de um mês. A saída de Welles Pascoal está prevista desde que ele voltou ao cargo de CEO, no início do ano passado.

PCdoB-MG emite nota sobre expulsão do prefeito Nelson Lara, de Guapé

PCdoB-MG emite nota sobre expulsão do prefeito Nelson Lara, de Guapé - Imagem: PCdoB-MG
PCdoB-MG emite nota sobre expulsão do prefeito Nelson Lara, de Guapé – Imagem: PCdoB-MG

O PCdoB de Minas Gerais informou, por meio de nota emitida nesta quarta-feira (7), a expulsão do prefeito Nelson Lara, de Guapé, preso em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.

“Sua conduta de extrema infidelidade partidária – seja nos processos eleitorais, bem como na vida cotidiana do partido – demonstrava seu distanciamento dos princípios históricos do PCdoB, de luta em defesa do povo e cuidado com o bem público”, diz a nota.

O PCdoB-MG destacou, ainda, esperar que “todo o procedimento legal seja adotado, que todos sejam punidos no âmbito da lei e reafirma seu histórico compromisso com o povo brasileiro e o bem público”.

Leia abaixo a íntegra da nota:

Nota da Comissão Executiva Estadual do PCdoB/MG

Prefeito Nelson Lara é expulso do PCdoB

A Comissão Executiva Estadual do PCdoB vem a público comunicar a expulsão do prefeito Nelson Lara, de Guapé, das fileiras do PCdoB.

O referido prefeito foi preso pelo Gaeco, em operação na manhã desta quarta-feira (7 de fevereiro).

Sua conduta de extrema infidelidade partidária – seja nos processos eleitorais, bem como na vida cotidiana do partido – demonstrava seu distanciamento dos princípios históricos do PCdoB, de luta em defesa do povo e cuidado com o bem público. Foi motivo para sequer termos registrado o partido na cidade de Guapé.

O PCdoB espera que todo o procedimento legal seja adotado, que todos sejam punidos no âmbito da Lei e reafirma seu histórico compromisso com o povo brasileiro e o bem público.

Belo Horizonte, 7 de fevereiro de 2024.

PCdoB Minas Gerais

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