Hemominas convoca população a doar sangue nas unidades de todo o estado – Foto: reprodução
Com a chegada do clima frio e seco, o comparecimento de voluntários às unidades da Fundação Hemominas cai, impactando os estoques de sangue em todo o estado.
A reposição dos estoques é fundamental para que a Hemominas possa manter o número estratégico de bolsas de sangue em Minas Gerais e atender à demanda de pacientes com segurança.
Os tipos O positivo e O negativo são os mais afetados. Para garantir o atendimento seguro aos pacientes, a Hemominas faz um apelo para que população saudável vá até a unidade mais próxima e doe sangue. A doação é rápida, segura e salva vidas.
Cabe lembrar a importância da hidratação para a realização da doação, já que o clima segue muito seco, e a ingestão de poucos líquidos pode ocasionar inaptidão nos candidatos.
Agendamento de doações
As doações podem ser agendadas de forma on-line ou pelo aplicativo MG App – Cidadão. Caso o doador não possa comparecer, é recomendado o cancelamento do agendamento para liberar o horário a outro candidato.
Para doar sangue
Entre os requisitos básicos, é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, mais de 50 kg, estar descansado no momento da doação, estar alimentado e apresentar documento original e oficial com foto, filiação e assinatura, além do CPF.
Todas as condições e restrições para doação de sangue estão disponíveis para consulta no site da Hemominas.
Minas Gerais lidera vacinação contra influenza no dia D da campanha nacional – Foto: divulgação
Minas Gerais foi o estado brasileiro que, proporcionalmente, mais aplicou doses da vacina contra a influenza no dia D da campanha nacional, realizado em 10/5. Em apenas um dia, foram administradas 338 mil doses, o que representa 21,23% do total aplicado no país. A mobilização contou com a participação expressiva dos municípios mineiros e refletiu o esforço coletivo para ampliar a cobertura vacinal.
“Esse resultado é fruto de um trabalho intenso de articulação, investimento e planejamento. Mobilizamos profissionais de saúde, equipes de vacinação e a própria população para alcançar um número tão expressivo em apenas 24 horas”, afirmou.
Prosdocimi destacou ainda que a adesão dos municípios foi essencial para o sucesso da campanha.
“Mais de 85% das cidades mineiras participaram ativamente do dia D, com ações dentro das unidades de saúde e o uso de estratégias como os vacimóveis. Todas as 28 regionais de saúde estiveram engajadas. Essa capilaridade foi fundamental para levar a vacina a quem mais precisa”, completou.
Campanha 2025
Desde o início da campanha, em 7/4, até 19/5, Minas Gerais já aplicou 3.524.452 doses da vacina contra a gripe. Ao todo, a SES-MG recebeu 5,7 milhões de doses, que foram distribuídas aos municípios. Minas foi o primeiro estado brasileiro a ampliar a imunização para toda a população acima de seis meses de idade, antecipando a recomendação do Ministério da Saúde.
Neste ano, a vacina contra a influenza passou a integrar o calendário de rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI), estando disponível durante todo o ano nas unidades de saúde. A dose de 2025 protege contra os vírus influenza A H1N1, H3N2 e influenza B, e pode ser administrada juntamente com outras vacinas previstas no calendário nacional.
A vacinação é essencial para reduzir casos graves e mortes causadas pela gripe, especialmente entre idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com comorbidades. A doença, embora comum, pode evoluir para complicações graves como pneumonia e levar à internação hospitalar.
Panorama da influenza em Minas
De acordo com dados do SUSFácil, sistema estadual de regulação, já foram registradas 1.022 internações por complicações da gripe em 2025. O Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) também contabilizou 21 óbitos no estado no mesmo período. Os números reforçam a importância da imunização como ferramenta de proteção coletiva.
Unimed Passos realiza cirurgias inéditas com laser para remover tumores na boca – Foto: divulgação
O Hospital Unimed em Passos (MG) realizou duas cirurgias pioneiras na região utilizando o laser de CO₂, tecnologia que proporciona maior precisão e segurança no tratamento de lesões na região da cabeça e pescoço. Os procedimentos foram conduzidos por Raphael Versiani, cirurgião de cabeça, pescoço e crânio-maxilo-facial e cooperado da Unimed Sudoeste de Minas, com o suporte da equipe multiprofissional do setor.
Segundo o hospital, a primeira intervenção envolveu a retirada de uma lesão na laringe, realizada por meio do microscópio cirúrgico, garantindo um procedimento mais controlado e eficaz. Já a segunda cirurgia marcou um avanço na medicina local, sendo a primeira ressecção de tumor bucal com laser de CO₂ realizada na cidade de Passos.
“O uso do laser de CO₂ permitiu um procedimento mais preciso e com menor sangramento durante a cirurgia, além de proporcionar uma recuperação mais rápida ao paciente”, destaca Raphael Versiani.
Para a Unimed Sudoeste de Minas, a introdução dessa técnica representa um passo importante na ampliação dos recursos cirúrgicos, beneficiando pacientes com acesso a tratamentos mais modernos e eficazes.
Saúde amplia tratamento para casos graves de Alzheimer no SUS – Foto: reprodução
Uma portaria do Ministério da Saúde publicada nesta quinta-feira (15) no Diário Oficial da União determina a ampliação do uso da donepezila para pacientes com forma grave da doença de Alzheimer via Sistema Único de Saúde (SUS).
Até então, o medicamento, que ajuda a preservar as funções cognitivas e a capacidade funcional, era disponibilizado na rede pública apenas para pessoas com formas leves ou moderadas da doença.
Em nota, a pasta informou que, a partir de agora, pacientes com forma grave da doença poderão usar a donepezila em conjunto ou não com a memantina, medicação já disponibilizada pelo SUS.
“O cuidado contínuo por meio desses medicamentos auxilia na redução de sintomas da doença, como confusão mental, apatia e alterações de comportamento nos pacientes”, destacou o comunicado.
A demanda para ampliação do uso da donepezila é do próprio Ministério e surgiu durante o processo de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença de Alzheimer.
A estimativa da pasta é que cerca de 10 mil pessoas sejam beneficiadas no primeiro ano da oferta do medicamento.
Doença
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que atinge a memória, o comportamento e a autonomia dos pacientes. Embora não haja cura, o tratamento pode contribuir para a redução do ritmo da perda de capacidades.
“Nos estágios graves, o cuidado precisa ser ainda mais presente e o acesso a medicamentos eficazes se torna um aliado fundamental”, destacou o ministério.
Estudos apresentados à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) apontam que a continuidade do uso da donepezila pode melhorar sintomas como agitação, apatia e confusão, além de adiar a necessidade de institucionalização.
Brasil confirma 1º foco de gripe aviária em granja comercial – Foto: reprodução
O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) confirmou nesta sexta-feira (16) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em uma granja de aves comerciais no Rio Grande do Sul.
A detecção, que pode levar a embargos comerciais, ocorreu no município gaúcho de Montenegro de 64 mil habitantes, e é o primeiro foco da doença registrado em sistema de avicultura comercial no país, disse a pasta, em comunicado.
O ministro Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) decretou emergência zoossanitária por 60 dias no município de Montenegro, em um raio de dez quilômetros ao redor do estabelecimento onde foi encontrado o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade. Essa área pode ser alterada posteriormente pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
O ministério disse que está tomando as medidas necessárias para conter e erradicar o foco, além de realizar a comunicação oficial à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), aos parceiros comerciais do Brasil e outros.
“As medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência já foram iniciadas e visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população”, explicou o comunicado.
O Brasil, maior exportador de frango do mundo, confirmou os primeiros surtos da gripe aviária altamente patogênica entre aves selvagens em maio de 2023 e, desde então, registrou surtos na natureza em pelo menos sete Estados.
Após o primeiro surto, o Japão suspendeu as compras de aves do Espírito Santo, onde na época um surto foi confirmado em uma fazenda não comercial.
A doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou de ovos, afirmou o ministério, observando que o risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas.
“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, diz o comunicado.
Segundo o ministério, o Serviço Veterinário brasileiro está treinado e equipado para enfrentar a doença desde a primeira década dos anos 2000. As ações adotadas incluem o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência, e o treinamento constante de técnicos, acrescentou.
Na terça-feira (13), o parque zoológico de Sapucaia do Sul, a 50 quilômetros de Montenegro, também registrou mortes de 38 cisnes e diferentes espécies de patos. O parque está fechado de forma preventiva desde então e investiga os casos estudando amostras dos animais e dos lagos que eles habitavam.
“Os veterinários da Sema [Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul] estão atentos e acompanhando possíveis sintomas nos demais animais”, disse a secretaria em nota. A previsão é de que as visitas voltem a ocorrer neste sábado (17).
O vírus da influenza H5N1 tem avançado entre diferentes animais nas Américas nos últimos anos. Nos Estados Unidos, em 2024, houve registro de gripe aviária em gado leiteiro e, na Argentina e no Chile, houve casos em leões marinhos, sendo alguns fatais.
Minas Gerais aprova R$ 59,3 milhões para fortalecimento da Vigilância em Saúde – Foto: reprodução
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG) realizaram, nesta quinta-feira (15/5), a 318ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite do SUS de Minas Gerais (CIB-SUS/MG), no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
Um dos principais destaques do encontro foi a aprovação das normas gerais para adesão, execução, monitoramento e avaliação do Programa VigiMinas, que contará com R$ 59,3 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento da Vigilância em Saúde no estado. A reunião reuniu gestores estaduais e municipais para pactuar estratégias e ações voltadas à qualificação do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais.
Durante a abertura, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, ressaltou que o VigiMinas representa um marco para a organização da Vigilância em Saúde no estado.
“O VigiMinas está estruturado como uma política permanente que fortalece o SUS. São mais de R$ 59 milhões aplicados em um modelo pactuado com os municípios, com diretrizes mais simplificadas”, afirmou.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi, apresentou detalhes da implementação da Política Nacional de Vigilância em Saúde em Minas.
“A Vigilância em Saúde deve estar centrada nas pessoas e nos processos de trabalho. Com o VigiMinas, estamos coordenando e fortalecendo as ações em nível estadual e municipal”, explicou.
A secretária adjunta de Estado de Saúde, Poliana Cardoso Lopes, reforçou a importância da atuação conjunta entre Estado e municípios. Ela parabenizou a nova diretoria do Cosems-MG e defendeu um trabalho pautado no diálogo e na conciliação, destacando os indicadores do Plano Diretor de Regionalização da Saúde.
“O monitoramento próximo dos municípios é fundamental para o cumprimento do Plano. As revisões periódicas são essenciais para ajustar os rumos e garantir a implementação efetiva dos compromissos”, afirmou.
O presidente reeleito do Cosems-MG, Edivaldo Farias da Silva Filho, agradeceu a confiança dos gestores municipais e destacou a relevância da parceria com a SES-MG.
“Temos construído uma trajetória de diálogo e compromisso com a saúde pública. Este novo ciclo será de continuidade e fortalecimento dessa parceria”, disse.
Outros destaques
O secretário Fábio Baccheretti também destacou os esforços da SES-MG para reduzir a mortalidade materna e infantil, alertando para a importância de garantir que os partos ocorram em maternidades de referência.
“Quanto maior o número de partos realizados em unidades especializadas, melhores são os indicadores. Maternidades capilarizadas precisam ser pensadas com foco no desfecho”, afirmou.
Ainda segundo o secretário, a Deliberação CIB-SUS/MG nº 5197, que aprovou o Plano de Ação Estadual para o Enfrentamento de Doenças Respiratórias na área de Pediatria, constitui uma política de resposta importante.
Ele também ressaltou a importância da Deliberação CIB-SUS/MG nº 5197, que aprovou o Plano de Ação Estadual para o Enfrentamento de Doenças Respiratórias na área de Pediatria.
“Estamos vivenciando uma situação complexa em algumas regiões do estado, com necessidade de transferência de pacientes. Precisamos agir rapidamente para abrir novos leitos e dar uma resposta ágil e efetiva a essa questão”, completou.
Morte de idosos por gripe dispara e aumenta 375% em Minas – Foto: reprodução
No Brasil, o inverno começa oficialmente em 20 de junho, mas as baixas temperaturas que atingem diversas cidades de Minas Gerais desde o fim de abril já acendem o alerta para as síndromes respiratórias. Neste ano, até 7 de maio, o Estado contabilizou 29.723 internações causadas por enfermidades como pneumonia, gripe, sinusite, Covid, entre outras, o que levou o governador Romeu Zema (Novo) a decretar situação de emergência em saúde pública, válida por 180 dias.
Publicada em edição extra do jornal “Minas Gerais” no último dia 2, a deliberação reconhece que a capacidade de assistência da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) tem atingido o limite em diversas cidades. A situação levou Belo Horizonte e ao menos três cidades da região metropolitana (Betim, Contagem e Santa Luzia) a também declarar a emergência.
A ampliação da campanha de vacinação contra a gripe para toda a população foi outra medida adotada para combater o crítico cenário epidemiológico nas cidades, à exceção de Santa Luzia.
A situação é grave, já que a doença pode evoluir para óbitos, principalmente entre os idosos. Em Minas, no ano passado, dos 370 hospitalizados com mais de 60 anos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – causada pelo influenza, o vírus da gripe –, 76 morreram, quase um a cada cinco casos (confira a situação do Estado abaixo).
Outro dado alarmante sobre a doença especialmente nessa faixa etária é que o número de mortes por gripe cresceu muito de 2023 para 2024: em BH, a alta foi de 450%. Houve elevação também no Estado, de 375%; e no Brasil, de 179%.
Motivações. Esse cenário é reflexo da adesão aquém do necessário da população à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, segundo o infectologista Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Essa baixa procura ocorre muito por conta dos ‘negacionistas de plantão’, que disseminam falsas notícias (sobre a segurança e eficácia da vacina)”, disse.
A chegada de cepas mais agressivas do vírus ajuda a piorar a situação, acrescentou a médica Maria Rita Rassi, mestre em saúde pública e professora da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh). Para combater esse aumento, ela propõe a realização de “campanhas de vacinação mais eficazes”, com o combate à desinformação; e a ampliação da cobertura vacinal, com acesso mais facilitado aos imunizantes.
Questionado pelo Super Notícia sobre a possibilidade de a imunização ser feita também em escolas, medida defendida por especialistas para elevar a cobertura vacinal, o Estado não havia retornado até o fechamento da edição (veja dicas de prevenção aqui).
Imunização segue abaixo da meta
Em BH, a quantidade de mortes de idosos que se internaram por gripe subiu 450% – de quatro, em 2023, para 22, no ano seguinte. A letalidade (número de mortes em relação a quantidade de doentes) subiu de 23,1%, em 2023, para 24,1%, em 2024.
“Podemos associar esse aumento, realmente significativo, às coberturas vacinais. Ou seja, a gente precisa reforçar que a população se vacine, pois a gripe é uma doença prevenível e tem vacina”, afirma Hoberdan Oliveira Pereira, gerente de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Belo Horizonte.
De fato, há baixa adesão à vacina (a taxa de imunização estava em 35,9% no último dia 12, após mobilização do dia D de vacinação), enquanto a meta é chegar a 90%. Pereira cita outro fator como explicação para o aumento dos números: “As condições do clima, temperatura, tudo isso pode impactar, de um ano para o outro, as internações”.
Família perdeu a matriarca
“A gente vai lamentar isto para sempre. Deveríamos ter pegado na mão dela e a levado ao posto para receber a vacina”. Cheia de pesar e saudade, a declaração é de Alexandra Aguiar, de 49 anos, filha de Efigênia, que faleceu aos 68, em abril do ano passado, por complicações da gripe.
Viúva e aposentada, a matriarca da família tinha boa saúde e gostava de cuidar da horta e da própria casa, em Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde morava com Alexandra, uma das cinco filhas. A idosa costumava ir ao posto de saúde perto de casa para tomar as vacinas e se consultar quando precisava. No entanto, por descuido, a idosa não foi buscar o imunizante contra a doença causada pelo vírus influenza e estava com a vacinação atrasada.
Em março de 2024, Efigênia acabou gripando, mas a enfermidade não foi bem curada, e a idosa teve pneumonia. “Mãe era forte, não reclamava de dor de nada. Mesmo com sintomas de gripe, não reclamava. A gente deveria ter insistido mais. Ela ficou gripada, não curou, (a doença) virou pneumonia, e ela não resistiu“, contou Alexandra, que é atendente de padaria.
‘Surto’. O governador Romeu Zema (Novo) reconheceu que o Estado está passando por um surto. Em momento de alta repentina dos casos e sobrecarga do sistema de saúde, a região metropolitana de BH registrou, nos últimos dias, a morte de uma menina de 1 ano que aguardava a liberação de um leito em um hospital.
SUS passa a ofertar cirurgia e fonoaudiologia para pacientes com lábio leporino – Foto: reprodução
A cirurgia reconstrutiva para lábio leporino ou fenda palatina passa a ser obrigatória no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 7. A determinação prevê que, além do procedimento, a rede pública deve ofertar o tratamento pós-cirúrgico, como fonoaudiologia, ortodontia e terapia, quando necessário.
Nessa condição, a criança nasce com uma abertura no lábio ou no céu da boca, o palato, como resultado do desenvolvimento incompleto dessas estruturas ainda na gestação. Relacionada com alterações genéticas e ambientais, ela não causa definida e pode ser detectada durante o pré-natal.
Pais e cuidadores precisam ficar atentos quando cuidam de uma criança com a malformação, principalmente na alimentação, para evitar que ela se esgasgue. Veja orientações abaixo.
Com a nova lei, após o nascimento, o bebê já será encaminhado para um centro especializado, onde será iniciado o acompanhamento e o agendamento da cirurgia.
Depois do procedimento, o paciente deve receber suporte para reeducação oral com sessões de fonoaudiologia. Se for necessário colocar implantes dentários ou aparelho ortodôntico, a oferta de tratamento com ortodontista também será gratuita.
Bullying
SUS passa a ofertar cirurgia e fonoaudiologia para pacientes com lábio leporino – Foto: reprodução
Para crianças mais velhas, a abertura no lábio pode levar a episódios de bullying no ambiente escolar, algo que deve ser combatido e que demanda acolhimento. A lei prevê, então, que ocorra uma avaliação sobre a necessidade de suporte psicológico e, se constatado que é preciso, o SUS deve fornecer o atendimento.
No Brasil, a oferta gratuita de cirurgias e tratamentos era realizada até então por ONGs e projetos por meio de mutirões, principalmente em regiões com menos acesso ao procedimento.
Uma dessas iniciativas é a Operação Sorriso que, desde 1997, já viabilizou a cirurgia de 6.089 pessoas com o trabalho de mais de 220 voluntários.
Veja os cuidados com casos de fenda palatolabial
Os bebês merecem uma atenção especial, principalmente na hora da alimentação. O leite materno é o melhor alimento para a criança; os bebês fissurados devem ser amamentados no peito; quando não for possível, coloque o leite do seio na mamadeira e dê ao bebê
Tenha cuidado para evitar que a criança se afogue quando estiver sendo alimentada
Na hora de dar de mamar, coloque o bebê quase de pé. Caso o bebê engasgue, basta incliná-lo de cabeça para baixo para desengasgar
Use bicos e mamadeiras especiais que facilitam a alimentação de crianças fissuradas
Sempre deve ser feita a limpeza na região da fissura. Lave as mãos ao alimentar o bebê
Depois de toda alimentação, faça a limpeza da boca com um cotonete úmido e água limpa. Se a criança já tiver dentes, um adulto deve ajudá-la na escovação
Minas Gerais mantém liderança na cobertura vacinal e amplia vantagem em relação à média nacional – Foto: reprodução
Em 2025, Minas Gerais ultrapassou a meta de cobertura vacinal em 13 das 19 vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e registrou índices superiores à média nacional e da região Sudeste em 18 delas. Esse avanço é resultado direto dos investimentos estratégicos e das ações implementadas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), para fortalecer a imunização em todo o território mineiro.
Os imunizantes com cobertura acima da meta preconizada pelo PNI são: BCG (90,26%), DTP (95,04%), Febre Amarela (104,31%), Meningo C (95,26%), Penta (95,03%), Rotavírus (92,64%), Hepatite A infantil (103,86%), DPT – 1º reforço (97,16%), Tríplice viral – 1ª dose (106,94%), Pneumo 10 – 1º reforço (103,25%), Polio injetável – VIP (99,74%), Meningo C – 1º reforço (103,69%) e dTpa Adulto (117,56%).
“Esse resultado só está sendo possível com o trabalho contínuo do Governo de Minas no estímulo à vacinação e políticas estruturadas importantes, como o Projeto Vacina Mais, Minas Gerais, lançado em 2023, e o Programa Mineiro de Imunizações, pactuado em 2024”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
“Destinamos R$165 milhões em bonificações para municípios que se aproximaram das metas vacinais, realizaram vacinação extramuros, como em escolas, e R$100 milhões para a aquisição dos vacimóveis, que circulam tanto em praças e locais movimentados quanto em áreas rurais, fazendo a busca ativa da população não vacinada. E, para o biênio 2025/2026 serão mais R$210 milhões para a intensificação dessas ações”, anuncia.
Ato de amor
Leilane Ferreira Arães, publicitária e mãe da pequena Celeste, de 10 meses, levou a filha ao centro de saúde Santa Rita de Cássia, em Belo Horizonte, para receber a segunda dose da vacina contra a Influenza.
“Vacinar minha filha é essencial para a saúde dela e também para proteger outras crianças. Vacinar é um ato de amor”.
Ela não abre mão de manter as cadernetas de vacina de toda a família em dia. “Eu e meu marido também temos muito cuidado com a nossa saúde e a preocupação de estarmos vacinados, até para acompanhar nossa filha por muitos e muitos anos”, conclui.
Intensificação da vacinação
Em Belo Horizonte, as ações de vacinação foram intensificadas para ampliar as coberturas vacinais. O município ampliou horários de funcionamento das unidades de saúde, está promovendo vacinação em escolas e realizando busca ativa de não vacinados. A cidade conta com 153 salas de vacinas e, de janeiro até 2/5, aplicou mais de 672 mil doses.
A enfermeira epidemiologista e assessora da diretoria de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jandira Campos Lemos, detalha algumas dessas ações.
“Abrir salas de vacina em horários alternativos e finais de semana, por exemplo, possibilita que pessoas que trabalham possam levar seus filhos e também se vacinar, aumentando o acesso da população. Também colocamos salas de vacina em locais de lazer, como praças e parques, durante campanhas de vacinação contra influenza e covid-19”, explica.
Vacinação contra a gripe
A estratégia de vacinação contra a influenza também está ocorrendo em todo o estado. A partir de 2025, o imunizante foi incorporado ao PNI e estará disponível durante todo o ano nas unidades de saúde, e é destinado principalmente a gestantes, crianças e idosos.
A aposentada Maria das Graças e Silva, 76 anos, já garantiu a proteção. “Eu faço questão de tomar a vacina contra a gripe todos os anos. Sei que ela é importante para minha saúde, então meu cartão de vacina está sempre completo,” afirma.
Ela é uma das 1.365.599 pessoas que já receberam a dose da vacina contra a gripe no estado este ano.
Devido ao período sazonal das doenças respiratórias, desde o dia 28/4, o Governo de Minas ampliou a vacinação contra a influenza para toda a população acima de 6 meses de idade e, no dia 10/5, será realizado o Dia D da Vacinação contra a Gripe em todo o estado.
Santa Casa de Misericórdia de Passos – Foto: reprodução
Diversas prefeituras de municípios de Minas Gerais têm decretado estado de emergência devido ao aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG).
A prefeitura de Passos (MG) ainda não se manifestou, porém, segundo informações, a Santa Casa alcançou um aumento significativo no número de casos da SRAG, assim enfrentando um cenário de superlotação, principalmente em áreas como a ‘emergência’ e as ‘unidades de internação’. É importante ressaltar que os enfermos não são oriundos apenas do município de Passos, mas sim de toda a região.
De acordo com informações, para garantir o bem-estar dos profissionais e pacientes, a instituição decidiu que por ventura for, serão adotadas medidas de contingências, como a suspensão temporária de procedimentos eletivos.
Governo de Minas decreta situação de emergência em saúde pública
Após Belo Horizonte e outras cidades mineiras decretarem situação de emergência em virtude do grande número de casos da SRAG, o governo do estado decretou situação de emergência em saúde pública, devido à disparada dos casos e da demanda nas unidades de saúde.
Nas últimas duas semanas, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Minas Gerais vêm ficando lotadas de pessoas, principalmente crianças, com sintomas de gripe e outras doenças respiratórias. A alta procura sobrecarregou a capacidade de atendimento nas unidades, levando os pacientes a terem que esperar por diversas horas. Além disso, na capital e em outras cidades, foi necessário a instalação de mais leitos de internação para acolher pacientes em estado mais grave.
Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 26 de abril, foram registradas 26.817 internações no estado pela síndrome respiratória aguda grave, com 397 mortes. A maioria desses casos é de crianças de até 1 ano de idade e idosos acima dos 60 anos.
De acordo com a secretaria, o decreto é válido por 180 dias e vai permitir ações administrativas e assistenciais, como a contratação de profissionais médicos e a compra de medicamentos, materiais e insumos, sem a necessidade de licitação, agilizando o atendimento e o apoio aos municípios. Ainda de acordo com a secretaria, com o decreto, será instalado um Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave, que irá monitorar e coordenar ações durante o período de emergência.
A pasta também reforçou também a importância da população se vacinar. Desde a segunda-feira (5), a vacinação contra a gripe foi estendida para toda a população acima dos 6 meses de idade. O estado recebeu do Ministério da Saúde e distribuiu aos municípios cerca de 5,7 milhões de doses.
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