Brasil terá bandeira tarifária verde em janeiro, sem cobrança extra na conta de luz – Foto: reprodução
A bandeira tarifária do setor elétrico brasileiro em janeiro será verde, sem custo extra nas contas de energia dos consumidores, apontou nesta sexta-feira (27) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em dezembro, a bandeira já estava verde, após uma melhora das condições para geração de energia com a retomada das chuvas nas principais hidrelétricas.
“Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e aumenta-se a geração das usinas hidrelétricas. Dessa forma, se acionam menos empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”, afirmou a Aneel.
Em novembro, a bandeira havia sido amarela, que implica na cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
A bandeira havia ficado verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto, vermelha patamar 1, em setembro e vermelha patamar 2 em outubro, com cobrança extra ainda maior.
IBGE: em 2023, pobreza atingiu menor nível desde 2012 no Brasil – Foto: reprodução
O nível de pobreza no Brasil em 2023 caiu para o menor nível desde 2012, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024 “, divulgada nesta quarta-feira (4), reúne informações sobre a realidade social e as condições de vida dos brasileiros.
Entre 2022 e 2023, o percentual da população com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha da pobreza caiu de 31,6% para 27,4%. O Banco Mundial define R$ 665,00 por mês como a linha da pobreza.
Isso significa que 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no país em apenas um ano, recuando de 67,7 milhões para 59,0 milhões. É o menor número desde 2012.
No mesmo período, o número de pessoas em extrema pobreza também teve uma queda expressiva de 3,1 milhões de brasileiros, caindo de 12,6 milhões para 9,5 milhões.
O Banco Mundial estabelece um rendimento domiciliar per capita de menos de R$ 209 por mês como extrema pobreza. Pela primeira vez, o indicador ficou abaixo de 5,0% no Brasil, baixando de 5,9% para 4,4%.
O IBGE considerou as linhas do órgão internacional de acordo com o Poder de Paridade de Compra (PPC), que monitora o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n°1: Erradicação da Pobreza.
O instituto afirma que, se não existissem programas sociais do Governo Federal, a proporção de pessoas na extrema pobreza teria aumentado de 4,4% para 11,2% em 2023. Já a porcentagem da população na pobreza teria subido de 27,4% para 32,4%.
O estudo do IBGE traz indicadores, de 2012 a 2024, sobre estrutura econômica e mercado de trabalho, padrão de vida e distribuição de rendimentos (incluindo linhas de pobreza), condições de moradia, educação e condições de saúde.
Os recortes geográficos incluem grandes regiões, estados e cidades. Nesta edição foram apresentadas novas análises, como de indicadores de condições de vida segundo estratos geográficos e de condições de moradia de acordo com a situação de pobreza monetária.
Impacto da condição na saúde pede por mudanças de hábitos e alimentação saudável explica especialista
Obesidade segue em alta no Brasil – Foto: reprodução
A obesidade é um problema crescente no Brasil. Dados recentes mostram que mais da metade da população brasileira está acima do peso, e a obesidade afeta cerca de 22% das pessoas. Essa condição aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, além de impactar a qualidade de vida.
Para mudar esse cenário é essencial adotar hábitos alimentares saudáveis, incluindo a redução de açúcares e calorias na dieta, além de prática de atividade física, controle do estresse e uma prática de vida sustentável.
“A obesidade é uma condição multifatorial, mas a alimentação desempenha um papel central tanto na prevenção quanto no controle. Substituir alimentos ricos em açúcares por opções saudáveis pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o consumo calórico sem renunciar ao sabor”, afirma Cristiane Yamane, nutricionista da Lowçucar.
Além disso, Cristiane ressalta que o excesso de açúcar na dieta está diretamente relacionado ao aumento do peso corporal e ao desenvolvimento de doenças metabólicas. “A leitura dos rótulos e a escolha por produtos mais saudáveis são passos simples que fazem uma grande diferença no controle do peso e na saúde geral”, complementa.
A Lowçucar, marca pioneira no desenvolvimento de alimentos zero açúcar, oferece uma ampla gama de produtos, como adoçantes, achocolatados, misturas para bolo e sobremesas, todos zero açúcar. Essas alternativas contribuem para auxiliar na mudança de hábitos alimentares, ofertando produtos indulgentes mais saudáveis e sem comprometer o prazer, facilitando a adoção de uma alimentação mais equilibrada.
Sobre a Lightsweet
Fundada em 1990 pelo empresário e engenheiro químico, Amaury Couto, a Lightsweet é referência no mercado de zero açúcar. A empresa foi uma das pioneiras no lançamento da stevia no Brasil.
Sua fábrica em Marialva, na região metropolitana de Maringá, no Paraná, é responsável pela produção de um amplo portfólio de produtos das marcas Lowçucar, Magro e Inédito Foods.
A inovação é parte do DNA do negócio. Com uma equipe especialista em zero açúcar, a empresa investe continuamente em pesquisa para criar uma variedade completa de alimentos sem açúcar, entregando variedade, sabor, segurança e tranquilidade para pessoas que desejam ou não podem comer produtos com açúcar.
A empresa tem como missão proporcionar o prazer de comer doce sem açúcar com o mesmo sabor de um produto com açúcar.
Presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antecipou que Projeto de Lei (PL) para liberar cassinos e bingos irá à votação no plenário do Senado antes do recesso – Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou nesta quinta-feira (28) que o Projeto de Lei (PL) para liberar cassinos, bingos e apostas irá à votação no plenário do Senado Federal entre as sessões de 4 e 10 de dezembro. A inclusão da proposição na pauta é um pedido do colégio de líderes, segundo justificou Pacheco após a reunião com os representantes partidários.
“Essa questão da legalização dos jogos é um projeto que veio da Câmara dos Deputados e conta com apoio do governo. O Senado precisa decidir se aprova ou não. Diversos senadores me pediram na reunião de líderes para que possamos submetê-lo ao plenário”, declarou. A última movimentação da proposição ocorreu ainda em agosto, quando os senadores discutiram o mérito em uma sessão temática.
O relatório que irá à votação no plenário em dezembro é de autoria do senador Irajá (PSD-TO). Ele regulamenta a exploração dos jogos e das apostas esportivas no Brasil – ainda que essa última modalidade esteja liberada no país desde o Governo Michel Temer (MDB).
“Houve, de fato, um erro nacional de termos permitido, o Brasil e o Congresso Nacional em legislaturas passadas, a legalização das apostas esportivas sem haver a legalização dos jogos físicos”, analisou Pacheco. “Essa é uma premissa que move diversos parlamentares, e há, por isso, diversos pedidos de apreciação do projeto, para que votem a favor ou não, sobre a legalização dos jogos no Brasil”, acrescentou.
Ainda em relação às apostas, ele declarou que a falta de regulamentação impõe ao Congresso Nacional uma reavaliação sobre as bets, hoje alvos de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Senado. Pacheco não descartou que elas sejam proibidas futuramente, e analisou que esse cenário é diferente da questão dos cassinos e bingos.
“Esse momento crítico que a vida nacional nos impõe dessas apostas esportivas sem controle tem que ter um trato específico. Não desconsidero a necessidade eventual e futura, se esses controles não forem suficientes, de proibir esse tipo de aposta”, disse. “Mas, outro cenário é a questão da legalização dos jogos. O Senado precisa decidir se apoia ou não”, completou.
Sarampo é uma das doenças prevenidas com vacinação – Foto: Agência Brasil
Cinco anos após perder o certificado de eliminação do sarampo, em 2019, o Brasil voltou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o status de país livre da doença. O último registro de sarampo no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no Amapá. A cerimônia aconteceu em Brasília nesta terça-feira (12).
Para cumprir os critérios de reverificação, o Brasil precisou demonstrar que não houve transmissão do vírus do sarampo durante pelo menos um ano, além de ter fortalecido o seu programa de vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida a casos importados.
Em 2016, o Brasil já havia alcançado esse status, no entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Em 2019, após um ano de franca circulação do sarampo por mais de 12 meses, o Brasil perdeu o status. Agora, com a conquista do Brasil, as Américas recuperam o status de região livre de sarampo endêmico.
Segundo a Opas, as Américas também eliminaram a rubéola e a síndrome da rubéola congênita em 2015, uma conquista que os países da região têm mantido desde então.
Em seu discurso, Jarbas Barbosa, diretor da Opas, lembrou que as Américas figuram, atualmente, como a região do mundo que mais recuperou a cobertura vacinal após a pandemia de covid-19. “Isso é importante porque a pandemia foi um golpe. A gente estima que 23% ou 24% das crianças deixaram de se vacinar durante a pandemia”.
Dados do ministério indicam que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com data de início do exantema (erupções cutâneas) em 05 de junho.
Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e um em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra.
Ações
Para reverter o quadro, o governo informa que investiu em vacinação nas fronteiras e em locais de difícil acesso, também na busca ativa de casos suspeitos, realização de Dia S de combate ao sarampo, oficinas de resposta rápida a casos de sarampo e rubéola nos territórios, além de cursos online de manejo clínico de sarampo, por meio da UNASUS.
Todas as ações coordenadas por meio do Plano de Ação para reverificação do sarampo e sustentabilidade da eliminação da rubéola, republicado pelo Ministério da Saúde em 2024.
Ainda em 2023, o financiamento do Governo Federal para manutenção da eliminação das doenças ultrapassou R$724 milhões, com investimentos em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, além de oficinas para todos os estados brasileiros sobre microplanejamento e multivacinação, realizadas nos 5.570 municípios.
O modelo de microplanejamento adotado, recomendado pela OMS, inclui atividades direcionadas às especificidades locais e busca fortalecer o acesso da população à vacinação durante todo o ano.
Alerta continua
Em nota, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, comemorou a recertificação, mas alertou que a manutenção do status depende de mobilização constante, já que o vírus continua a circular. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, em 2023, mais de 320 mil casos foram confirmados em todo o planeta.
“Perder o certificado seria um grande retrocesso. Estamos no caminho certo, mas precisamos estar atentos e redobrar os nossos esforços, até porque o sarampo não é a única doença com a qual devemos nos preocupar”, disse.
O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação para prevenir casos graves e óbitos causados pelo sarampo, adotando diversas ações para incentivar a imunização em todo o país.
Em 2023, 13 dos 16 imunizantes do calendário nacional tiveram aumento na cobertura vacinal, incluindo a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. A cobertura da primeira dose passou de 80,7% em 2022 para 88,4% em 2023, e em 2024, até o momento, já chegou a 92,3%.
A tríplice viral é recomendada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e em dose única para adultos de 30 a 59 anos. Essa vacina é essencial para prevenir doenças altamente contagiosas que, no passado, causaram epidemias e graves consequências à saúde pública.
Sarampo
O Ministério da Saúde define o sarampo como uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). “A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação”, ressaltou o ministério.
TikTok pode ser suspenso do Brasil após possível fraude com dados pessoais de crianças – Foto: reprodução
A rede social TikTok , pertencente ao grupo chinês ByteDance , enfrenta um processo de investigação pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) , após acusações de tratamento irregular de dados pessoais de menores de idade . A empresa agora deve adotar medidas rigorosas para impedir o acesso de crianças e adolescentes sem a supervisão de pais ou responsáveis. Entre as sanções possíveis estão multas de até 2% do faturamento, ou R$ 50 milhões, além da possibilidade de suspensão da plataforma no Brasil, segundo informado pela ANPD em uma teleconferência com jornalistas nesta segunda-feira (4).
Na manhã da última segunda-feira (4), a ANPD exigiu que o TikTok tome providências imediatas para bloquear o acesso de menores de 13 anos e implemente uma verificação robusta de idade. Além disso, a rede social terá dez dias úteis para desativar o recurso de “feed sem cadastro”, o qual permite que usuários visualizem conteúdos sem se cadastrarem. Em até 20 dias úteis, o TikTok também deverá apresentar um plano de conformidade, especificando como irá aprimorar seus mecanismos de verificação de idade, buscando evitar o uso da plataforma por pessoas sem cadastro prévio.
Fabricio Madruga Lopes, chefe de fiscalização da ANPD, enfatizou que “não permitir o acesso à ferramenta sem cadastro prévio é um primeiro passo essencial” e ressaltou que a exigência da ANPD se fundamenta em dados coletados e evidências da presença de menores na rede. “Temos dados da pesquisa TIC Kids e informações que a própria empresa compartilhou”, disse Lopes, apontando que o TikTok removeu, nos últimos 12 meses, ao menos 7,5 milhões de contas de menores de 13 anos.
Em resposta ao processo, o TikTok declarou na tarde desta segunda-feira que possui “um firme compromisso com a segurança e a privacidade” dos usuários, especialmente dos mais jovens. A empresa explicou que, enquanto plataforma destinada a pessoas com idade mínima de 13 anos, “trabalha proativamente para aplicar nossas políticas, incluindo a remoção contínua de contas que não atendem ao requisito mínimo de idade.” A empresa afirmou ainda que o aprimoramento de controle etário é um desafio global para o setor, e que pretende colaborar com a ANPD, bem como com outros parceiros da indústria e sociedade civil, para implementar soluções eficazes.
A ANPD também destacou a gravidade do caso: “Concretamente, esperamos que o TikTok cumpra as medidas sem maximizar o tratamento de dados desnecessários. O interesse comercial de empresas não pode vir antes da proteção absoluta de crianças e adolescentes.”
Brasil terá nove feriados prolongados em 2025 – Foto: reprodução
Com a proximidade do fim do ano, muitos brasileiros já começam a pensar nos feriados de 2025. O próximo ano promete mais oportunidades para viagens e momentos de lazer, com um total de treze feriados nacionais, sendo nove deles caindo em dias da semana. Este calendário é uma excelente notícia para quem busca aproveitar ao máximo os feriados prolongados.
O governo federal irá divulgar oficialmente a lista de feriados no Diário Oficial da União. Importante notar que esse anúncio não considera feriados estaduais e municipais, que podem variar de região para região. Para quem deseja maximizar seus dias de folga, é hora de começar a anotar as datas e planejar o que fazer no ano seguinte.
Diferentemente de 2024, em que apenas cinco feriados foram prolongados, o ano de 2025 será mais generoso nesse aspecto. O novo calendário traz nove feriados caindo em dias úteis, permitindo o tão aguardado “feriadão”.
É importante lembrar que enquanto algumas datas são feriados nacionais, outras são consideradas pontos facultativos. Isso significa que, em algumas partes do país, como o Rio de Janeiro, é provável que certas datas sejam mais amplamente celebradas.
A lista de feriados nacionais inclui tanto datas religiosas quanto comemorativas do país. Vamos dar uma olhada no que está por vir:
1º de janeiro (quarta-feira) – Confraternização Universal
3 de março (segunda-feira) – Carnaval (ponto facultativo)
4 de março (terça-feira) – Carnaval (ponto facultativo)
5 de março (quarta-feira) – Quarta-feira de Cinzas (ponto facultativo até as 14h)
18 de abril (sexta-feira) – Sexta-feira Santa
20 de abril (domingo) – Páscoa
21 de abril (segunda-feira) – Tiradentes
1º de maio (quinta-feira) – Dia do Trabalho
19 de junho (quinta-feira) – Corpus Christi (ponto facultativo)
7 de setembro (domingo) – Independência do Brasil
12 de outubro (domingo) – Nossa Senhora Aparecida
2 de novembro (domingo) – Finados
15 de novembro (sábado) – Proclamação da República
20 de novembro (quinta-feira) – Dia de Zumbi e da Consciência Negra
24 de dezembro (quarta-feira) – Véspera de Natal (ponto facultativo após as 14h)
25 de dezembro (quinta-feira) – Natal
31 de dezembro (quarta-feira) – Véspera do Ano-Novo de 2026 (ponto facultativo após as 14h)
Brasil enfrenta oitava onda de calor do ano nesta semana; temperaturas podem superar 40°C – Foto: reprodução
Após um breve alívio no fim de semana, causado pela passagem de uma frente fria, o Brasil inicia a semana enfrentando mais uma onda de calor. De acordo com a Climatempo, esta é a oitava onda de calor registrada em 2024. No domingo (29), o ar quente e seco voltou a se intensificar, especialmente no Centro-Sul do país, com previsões de máximas elevadas para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
As temperaturas devem disparar, com alguns locais podendo ultrapassar os 40°C, especialmente no interior de São Paulo, no oeste de Minas Gerais, em Mato Grosso do Sul, no sul de Mato Grosso e em Goiás. Em Campo Grande, os termômetros já devem marcar 40°C nesta segunda-feira (30), e Cuiabá deve alcançar essa marca a partir de terça-feira (1).
O meteorologista da Climatempo, Fábio Luengo, alerta que essa onda de calor pode resultar em uma nova sequência de dias com baixa qualidade do ar e alto potencial para incêndios. A umidade relativa do ar pode cair a níveis preocupantes, levando a um céu esbranquiçado devido à fumaça das queimadas.
As altas temperaturas têm sido comuns nesta primavera, e em algumas capitais, como São Paulo, recordes de calor foram quebrados nos últimos dias. A expectativa é que as temperaturas continuem acima da média até o fim da primeira quinzena de outubro, com um leve alívio previsto para a segunda quinzena.
Enquanto isso, o Rio Grande do Sul deve voltar a ficar em alerta para chuvas intensas ao longo da semana, especialmente no sul do estado, onde volumes de chuva superiores a 80 milímetros podem ocorrer. A combinação de uma nova onda de calor, a presença de um cavado e o avanço de uma frente fria contribuem para as instabilidades climáticas na região.
Brasil na vanguarda das energias renováveis – Foto: reprodução
Em um mundo cada vez mais ávido por energia limpa e renovável, o Brasil emerge como um protagonista global. A instabilidade econômica e a crise energética que assolam o planeta fazem do setor sucroenergético nacional solução para o futuro.
Com uma produção recorde de cana-de-açúcar e a crescente demanda por etanol, o país demonstra sua capacidade de conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Já estamos na segunda metade de 2024 e, mais uma vez, vivenciando um confronto mundial que afeta a economia. A instabilidade no câmbio e a oscilação do dólar trazem risco de retorno à inflação e de aumento no preço dos combustíveis.
E o Brasil, apesar de contar com vastas reservas de petróleo, ainda enfrenta dificuldades de exploração, devido à concentração de poder em uma única petrolífera.
No entanto, nosso país conta com uma solução que é conhecida há mais de quatro décadas: o setor sucroenergético – responsável pela produção de etanol, um biocombustível limpo e renovável, além de outros derivados da cana-de-açúcar. Altamente competitivo, esse setor vem batendo recordes de produção, tendo produzido em 2023 mais de 700 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 8,7 milhões de hectares de área plantada. Em Minas Gerais, segundo maior Estado produtor do país, foram 80 milhões de toneladas somente na última safra.
Por ter papel fundamental na diminuição das emissões de CO2, o etanol pode ser considerado combustível do futuro. Enquanto um quilômetro rodado de gasolina emite para o meio ambiente algo em torno de 0,185 gramas de gases do efeito estufa, a mesma quilometragem percorrida com etanol emite cerca de 65% menos.
Além disso, parte das emissões do etanol é compensada pela cana-de-açúcar, que absorve o dióxido de carbono da atmosfera por meio da fotossíntese. Mais uma vez, a agropecuária traz solução para a melhoria do meio ambiente, contribuindo para diminuir a poluição do ar.
Neste sentido, o Sistema Faemg Senar comemora o sucesso do “Movido pelo Agro – Etanol”, projeto lançado em 2023, em parceria com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), para incentivar a conscientização sobre as vantagens ambientais de abastecer com o biocombustível.
Desde o seu lançamento, o projeto atraiu parceiros e alcançou outros estados, como é o caso da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), tornando-se um movimento nacional. Além disso, estimulou iniciativas semelhantes em empresas de outros segmentos.
Grandes responsáveis pelo sucesso do setor sucroenergético, os produtores rurais mineiros e brasileiros reafirmam o seu compromisso com a sustentabilidade e o futuro do planeta.
E cada vez mais, a população enxerga e valoriza o trabalho dos produtores. A atuação incansável desses homens e mulheres do campo contribui para a geração de energia limpa, além de promover segurança alimentar e desenvolvimento ao país.
(*) Antônio Pitangui de Salvo é engenheiro agrônomo e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais
Brasil já perdeu 33% das áreas naturais de seu território – Foto: reprodução
A cobertura e o uso da terra pela ação do homem no Brasil continuam a mudar aumentando os riscos climáticos, aponta um mapeamento divulgado, nesta quarta-feira (21), pela MapBiomas. De acordo com o estudo que analisa dados de 1985 a 2023, o país já acumula um saldo negativo de 33% das áreas naturais de seu território, que incluem a vegetação nativa dos biomas, superfície de água e áreas naturais não vegetadas, como praias e dunas.
“A perda da vegetação nativa nos biomas brasileiros tende a impactar negativamente a dinâmica do clima regional e diminui o efeito protetor durante eventos climáticos extremos”, explica o coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo.
Nos últimos 39 anos, o Brasil perdeu 110 milhões de hectares dessas áreas, o que equivale a 13% do território do país, os outros 20% já haviam sofrido mudança anteriormente. Esse resultado também leva em consideração o mapeamento de vegetação nativa recuperada a partir de 2008, quando Código Florestal foi regulamentado pelo Decreto nº 6.514 que estabeleceu mecanismos de sanção e compensação por danos ambientais.
Municípios
Enquanto no território de 37% dos municípios brasileiros houve ganho de vegetação nativa, 45%, ou seja, quase metade dos 5.570 municípios do país tiveram saldo negativo na cobertura de área natural no período. Os outros 18% se mantiveram estáveis entre 2008 e 2023, ou seja, o saldo entre o ganho e perda das áreas naturais foram menores que 2% ao longo do período.
“A vegetação secundária já está classificada como floresta, incluída na área nativa em 2023. Então, ele pode ter sido desmatada ou teve uma queima severa e foi mapeada como pastagem, mas depois que ela recupera ela volta a ser considerada como floresta”, informou o coordenador técnico da Mapbiomas, Marcos Reis Rosa.
Os dados da Coleção 9 de mapas anuais de cobertura e uso da terra foram consolidados a partir do monitoramento de 29 mapas com análises, por exemplo, da cobertura do solo e uso da terra, a partir de diferentes recortes de território, como biomas, municípios, terras públicas e privadas. Na publicação, há novos mapas como o recorte de fitofisionomias, que são as características das vegetações regionalizadas, por exemplo.
Biomas
A partir desse volume de informação, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o Brasil manteve até 2023 apenas 64,5% da vegetação nativa, além das superfícies de água e áreas naturais não vegetadas, como praias e dunas, que correspondem a 2,5% do seu território. Dos 110 milhões de hectares de vegetação nativa suprimida, 55 milhões de hectares foram na Amazônia, 38 milhões de hectares no Cerrado, a Caatinga perdeu 8,6 milhões de hectares e 3,3 milhões de hectares perdidos estão no Pampa.
No Pantanal houve uma perda significativa na superfície de água, que em 1985 representava 21% dos 15,1 milhões de hectares do bioma no Brasil. Em 2023, a água passou a representar apenas 4% do território pantaneiro. Já as áreas de vegetação herbácea e arbustiva aumentaram de 36% em 1985 para 50% do bioma em 2023
De acordo com o pesquisador Eduardo Vélez Martin, os dados disponibilizados na plataforma Mapbiomas permitem compreender a dinâmica territorial de maior ou menor aceleração da taxa de perda ao longo do tempo. “A gente vê por exemplo que o Cerrado e o Pampa têm uma perda proporcional muito alta, praticamente em torno de 27% e 28% do que tinha em 1985. Isso mostra uma tendência muito grande e acelerada de mudança nesses 39 anos, em contraste com outros biomas, por exemplo o Pantanal”, diz.
Florestas públicas
Pela primeira vez, foi realizado um recorte na perda de cobertura vegetal das florestas públicas não destinadas, ou seja, aquelas em que a União ainda não definiu o uso da terra, como Unidades de Conservação, Terras Indígenas e concessões florestais e que representam 13% da Amazônia Legal. Atualmente, essas florestas ainda mantêm 92% de sua área coberta por vegetação nativa.
Já nas florestas públicas destinadas, as Terras Indígenas são as áreas mais preservadas no país, onde a perda de vegetação nativa foi equivalente a menos de 1% em 39 anos. Elas correspondem a 13% de todo o território nacional.
Áreas privadas
As áreas naturais sofreram maior impacto em propriedades privadas, onde a perda foi de 28% em 39 anos. No total de 281 milhões de hectares convertidos pela ação do homem até 2023, 60% está em propriedades privadas. Houve uma expansão de 228% das áreas que foram convertidas em agricultura e 76% nas que passaram a ser pastagem, depois de 1985.
Quando o relevo é analisado, foi observada uma diferença entre a zona rural e áreas urbanas. Terras mais planas foram mais afetadas no campo, onde regiões com inclinação de 0 a 3% perderam 20% de sua cobertura nativa. Já nas zonas urbanas, as áreas de encostas, com inclinação superior a 30%, foram as que sofreram redução da vegetação nativa, uma média de 3,3% ao ano.
“Essa informação sobre a declividade pode ser um dos fatores para entendimento de outros processos como os erosivos, deslizamentos, infiltração da água no solo. Então, quando a gente pensa em risco climático, o tipo de terreno também é fundamental para pensar em zoneamento e áreas destinadas à conservação”, conclui a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e da Mapbiomas, Bárbara Costa.
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