Clima ajuda e colheita do café começa adiantada no Sul de Minas – Foto: reprodução
Agricultores do Sul de Minas aproveitaram a maturação dos grãos de café que aconteceu adiantada para antecipar a colheita do café. O grande volume da safra é colhido a partir da segunda quinzena de maio, mas há propriedades que começaram o trabalho em abril.
Na propriedade do cafeicultor José Carlos Mendonça, em São Sebastião do Paraíso (MG), 20% dos 10 mil pés de café já foram colhidos.
“Devido a algumas quadra terem dado menos café, por ter dado uma seca forte no ano passado, a gente resolveu colher um pouco adiantado e aproveitar porque a mão de obra fica mais em conta nesse momento”, disse.
Apesar de alguns pé com pouca produção, ele espera colher 30% a mais que na safra passada.
“Está correndo tudo bem, está dando tudo certinho e para o ano que vem, se Deus quiser, vai ser melhor ainda”, afirmou.
Em outra fazenda, foi iniciada a colheita manual, que dá base para saber como está a maturação dos grãos.
“Primeiro a gente colhe um pouquinho para ver a maturação do café, se está no ponto da colheita. Porque nós temos café seco, temos café maduro e temos café verde. Então, essa quantidade de verde que vai me estabelecer quando que eu devo começar a colheita”, afirma o produtor Carlos Alberto Ferreira.
Este ano, ele espera colher 1,6 mil sacas de café, o dobro de 2024. A lavoura dele, plantada em uma área de 80 hectares, passa por um processo de renovação por conta da seca enfrentada no ano passado.
De acordo com o engenheiro agrônomo Ramiro Machado Rezende, vários fatores influenciam na maturação dos grãos.
“Em uma região com altitude maior, com um clima mais ameno, essa maturação é um pouco mais uniforme e mais tardia também. Quando a gente pega regiões mais quentes, mesmo no Sul de Minas, você pode acelerar um pouquinho esse processo de maturação e adiantar a colheita. O [tipo de café] mundo novo, acaiá, os catucaís têm uma maturação um pouquinho mais precoce, de precoce à média. E um exemplo de uma variedade que a gente tem plantado muito na região recentemente é o arara, que é um material mais tardio, vai demorar um pouquinho mais para chegar no ponto ideal de colheita”, explicou.
Um levantamento mostra que as regiões produtoras de café no Sul de Minas já começaram a colheita. Apenas a região da Mantiqueira deve iniciar no final de maio e começo de junho. A colheita deve seguir até setembro.
Colheita menor
Em 2024, Minas Gerais colheu 28,1 milhões de sacas de café. O Sul e o Centro-Oeste mineiros foram responsáveis por 48% desta produção.
A projeção para este ano é de uma redução de 11,7%, o que significa uma colheita de 24,8 milhões de sacas de café, das quais o Sul e o Centro-Oeste deverão produzir 46,8%.
Mesmo com participação maior no total, essas regiões deverão colher quase 2 milhões de sacas a menos do que na safra passada.
Como encontros de produtoras rurais tem fortalecido lideranças femininas no Agro. Em Guaxupé, mais de 600 mulheres se reuniram para debater o tema
Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira – Foto: divulgação
A cafeicultura brasileira está sendo protagonista de uma transformação importante: o fortalecimento da presença feminina na gestão e nas decisões estratégicas. Em regiões tradicionalmente reconhecidas pela produção de café, as mulheres não apenas contribuem com a lida diária, mas assumem papéis cada vez mais centrais na condução das propriedades e no futuro do setor.
Quando falamos de agronegócio em geral, ou seja, todas as atividades relacionadas à agricultura, pecuária e agroindústria no país, vemos um cenário de crescente protagonismo feminino. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as mulheres administram cerca de 30 milhões de hectares no Brasil – o equivalente a 8,5% da área total ocupada por sítios e fazendas. Além disso, elas estão à frente de quase 1 milhão de estabelecimentos rurais (exatamente 947 mil, segundo o IBGE), o que representa aproximadamente 19% do total nacional.
Já quando olhamos especificamente para a cafeicultura, o Censo Agropecuário do IBGE de 2017 aponta que as mulheres estão à frente de mais de 40 mil estabelecimentos agrícolas dedicados ao café, representando 13,2% do total de propriedades cafeeiras do país.
Em Minas Gerais, esse protagonismo feminino é mais evidente na cafeicultura. Embora não haja um número oficial específico para a cafeicultura no estado, análises do IBGE, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) mostram que, dos 594 mil hectares cultivados por mulheres no Sudeste, 65,7% estão localizados em Minas Gerais. Esses números consolidam o estado como referência nacional no protagonismo feminino na cafeicultura.
Assim, enquanto o agronegócio brasileiro avança com a liderança das mulheres em diferentes cadeias produtivas, a cafeicultura se destaca como um dos setores em que essa presença feminina é especialmente forte e transformadora.
A valorização e o fortalecimento das mulheres no agronegócio mineiro vêm sendo impulsionados por uma série de eventos realizados em todo o estado, que estimulam capacitação, proporcionam networking e o reconhecimento das produtoras rurais, especialmente das cafeicultoras de Minas Gerais.
No Sudoeste de Minas, um exemplo marcante é o Encontro de Produtoras Rurais de Guaxupé, São Pedro da União e região, que, pelo terceiro ano consecutivo, tem sido um sucesso de público e um exemplo inspirador de valorização da mulher no campo. A edição de 2025, realizada no último dia 26 de abril, no Sítio Jaboti, reuniu mais de 600 mulheres do campo, consolidando o evento como uma verdadeira rede de apoio, troca de experiências e fortalecimento da liderança feminina no agro.
Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira – Foto: divulgação
A programação diversificada incluiu palestras sobre liderança, gestão rural, sustentabilidade e inovações no agronegócio, além de estandes com produtos e serviços voltados ao público feminino rural, proporcionando um ambiente de aprendizado e acolhimento.
Realizado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Guaxupé, com apoio do Sistema Faemg Senar, Emater, Cooxupé, prefeituras de Guaxupé e São Pedro da União, além de instituições financeiras e entidades ligadas ao agronegócio, o evento contou com a presença de diversas de lideranças do agro e autoridades políticas: o prefeito de Guaxupé, Jarbas Corrêa Filho, e do prefeito de São Pedro da União, Ronaldo Tijolo; a deputada federal Greyce Elias; e dos deputados estaduais Antônio Carlos Arantes, Carol Caran e Cássio Soares.
A Agente de Desenvolvimento Rural Maria José Cyrino, responsável pela organização do evento e mobilização das produtoras, destacou o compromisso em dar visibilidade e suporte às mulheres do agro: “Nosso objetivo é sempre mostra o valor das produtoras rurais, mostrando a elas que não são invisíveis e suas funções dentro da propriedade fazem toda diferença”.
A proprietária do Sítio Jaboti, Alice Fukumoto Queiroz, que é cafeicultora, ressaltou: “Nós já estamos no terceiro encontro das produtoras rurais, e eu acho esse encontro muito importante para valorizar as mulheres do campo. Todas são produtoras, todas ajudam na colheita, no terreirão. Temos que valorizar as mulheres.”
O presidente do Sindicato, Mário Guilherme Perocco Ribeiro do Valle, o Maé, também reforçou a importância de criar espaços de valorização feminina: “O papel do sindicato rural é promover essa experiência, é fazer esse congraçamento, é trazê-las para perto da gente, é mostrar para as mulheres a sua importância. E isso é um trabalho que nós, os sindicatos, junto com a Faemg e o Senar, já estamos fazendo há muito tempo. É importantíssimo nesse mundo de hoje.”
A capacitação como alavanca para o avanço das mulheres no agro
Elas no café: liderança feminina ganha força na cafeicultura mineira – Foto: divulgação
Embora o protagonismo feminino no campo não seja mais novidade, a capacitação continua sendo a chave para garantir que as mulheres conquistem visibilidade, autonomia e segurança em suas atividades. A engenheira agrônoma Silvana Novaes, do Sistema Faemg Senar, sublinha a importância da formação contínua: “Escutamos muito que o lugar da mulher é onde ela quiser, mas ela só vai conseguir estar onde ela quiser se ela se capacitar para isso.”
Por meio de programas como o Faemg Mulher, o Sistema Faemg Senar tem criado oportunidades de qualificação e fortalecido redes de apoio para as mulheres do agro. Segundo Silvana, a força do programa está na conexão entre as participantes e nas possibilidades de desenvolvimento com suporte institucional do Sistema Faemg Senar, que, através dos Sindicatos dos Produtores Rurais, oferece gratuitamente e durante todo o ano, cursos importantes para capacitar produtoras rurais nas mais diversas cadeias produtivas do agro, entre elas, a cafeicultura: “É uma rede viva e crescente de lideranças para que o agro se torne cada vez mais forte e competitivo.”
A segurança das mulheres rurais foi tema de destaque com a presença da delegada Mireli Léa Mafra, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Guaxupé, que ressaltou o compromisso da Polícia Civil: “A Polícia Civil, a Delegacia Rural e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher estão juntas com a mulher do campo, para que haja segurança em todos os ambientes. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher cuida da mulher no âmbito doméstico e familiar e a Delegacia Rural dos crimes relacionados a furtos e roubos na zona rural. É preciso fortalecer a mulher, para que ela possa trabalhar na terra e com segurança em todos os ambientes. É muito importante que a polícia e as forças de segurança estejam presentes nesses eventos”
A presença da mulher no agro é um caminho sem volta. Com capacitação, valorização e redes de apoio, elas ocupam cada vez mais espaços no campo. O lugar da mulher é onde ela quiser – e cada vez mais, elas sabem onde devem estar: na liderança da cafeicultura, fortes, competentes e cheias de futuro.
Depoimentos das participantes do 3º Encontro das Mulheres da Zona Rural de Guaxupé, São Pedro da União e Região:
Durante o 3º Encontro de Produtoras Rurais de Guaxupé, São Pedro da União e região, participantes de diferentes realidades compartilharam experiências, ideias e perspectivas:
Letícia Helena de Oliveira Faria – São Pedro da União:
“Eu sou produtora rural e acho muito importante. Deveria ter mais vezes em outra cidade também, porque é uma forma das mulheres aparecerem mais no negócio. A mulher sempre está presente, mas sempre está esquecida também. Então eu espero que isso aí seja exemplo para outra cidade, fazer um evento assim, mostrando a importância da mulher na agricultura.”
Flávia Ananias – Guaxupé:
“Esse evento é maravilhoso para nós, mulheres. Mesmo não sendo agricultora, me sinto acolhida e inspirada. Já é o terceiro ano que participo e espero continuar vindo sempre. Os temas abordados são incríveis, nos fazem refletir e aprender. Quem sabe, no futuro, eu também não me torne agricultora.”
Regina dos Reis Salles – São Pedro da União:
“É muito bom estar com o pessoal, escutar o que falam. Minha filha trabalha na roça, então entende um pouco dessas coisas que foram faladas. Eu acho muito bom.”
Polícia Civil investiga morte de homem que teria sido espancado após furtar café no pé em Ibiraci – Imagem: Agência Inova
A Polícia Civil investiga a morte de um homem que teria sido espancado após ser pego furtando café no pé em Ibiraci (MG). Outros dois suspeitos de envolvimento no furto são procurados.
O caso foi registrado na terça-feira (6). De acordo com o delegado responsável pelas apurações, três homens invadiram uma fazenda, na zona rural de Ibiraci, e estavam furtando grãos de café no pé, quando foram surpreendidos por dois seguranças da propriedade.
Dois suspeitos conseguiram fugir, mas um terceiro acabou ficando para trás e foi espancado pelos seguranças. Conforme apurado pela reportagem, foram os próprios seguranças quem acionaram a polícia.
O suspeito foi encaminhado para o hospital, mas, segundo o delegado, já chegou sem vida à unidade de saúde. Os seguranças foram conduzidos à delegacia, prestaram depoimento e foram liberados.
Os outros dois suspeitos do furto já foram identificados, mas seguem sendo procurados. Eles fugiram levando o equivalente a três sacas de café.
Produtores da região têm prejuízos com furtos de café no pé – Foto: reprodução
Produtores rurais da região de Guaxupé registraram, pelo menos, três casos de furtos de café no pé, desde domingo (20). De acordo com os agricultores, os casos acontecem, geralmente em áreas próximas a estradas.
Dois foram registrados na manhã de domingo e o terceiro na quinta-feira (24). Em uma das ocorrências, a dona de um sítio informou que 15 pés de café foram furtados. Em outra propriedade, a cerca de 1 km da primeira, cerca de 100 pés foram colhidos. No terceiro caso, o proprietário disse à polícia que os ladrões colheram cerca de 20 alqueires de café cereja, o que equivale a, aproximadamente, 1,2 mil litros do produto.
Encontro de produtoras de café reúne cerca de 100 mulheres em São Sebastião do Paraíso – Foto: divulgação
O Encontro das Mulheres Produtoras: Café – do Pé à Xícara reuniu cerca de 100 participantes no Parque da Serrinha, em São Sebastião do Paraíso, na última sexta-feira, 28.
Além de promover o debate sobre diversos temas e compartilhar experiências do trabalho no campo, a reunião também confirmou o crescimento da atuação feminina das mulheres no setor, principalmente das jovens.
“Temos visto uma participação cada vez maior do público feminino jovem e até mesmo mulheres adultas, mas de outros segmentos ligados ao café e à agricultura como um todo, isso é muito importante”, afirma Sirlei Renata Sanfelice de Carvalho, engenheira agrônoma e extensionista agropecuária da Emater-MG, uma das organizadoras do evento.
O encontro foi uma forma de celebrar o mês dedicado às mulheres e contou com três palestras, debates e troca de informações. Também houve sorteio de brindes e, no encerramento, um almoço à moda caipira.
O evento teve na abertura a participação de Sirlei Sanfelici. Como produtora rural, ela abordou a questão da cafeicultura, desde os cuidados na produção de mudas ao plantio. Em seguida, abordou sobre o cultivo, a colheita e o pós-colheita.
“Nos últimos tempos temos percebido o quanto é grande e significativo a quantidade de mulheres que estão à frente das lavouras, seja na cafeicultura, em outras atividades agrícolas e nos afazeres no campo”, afirma Sirlei.
Para ela, a atuação de mulheres mais jovens no setor cafeeiro tem aumentado. “Está crescendo muito a participação das jovens mulheres. Percebi no evento que muitas das produtoras presentes são de uma faixa etária mais jovem, elas estão tomando frente, andando junto com o pai e a mãe entendendo das ações que devem ser feitas no campo”, disse a extensionista da Emater.
De acordo com Sirlei, os pais estão juntos, mas os filhos estão presentes e participantes. “Isso é muito importante, o interesse em participar não só dos eventos, mas estar junto e atuando no manejo, no cultivo e nos tratos culturais e principalmente nas tomadas de decisões, é fundamental atuar do começo ao fim”, aponta. O atual cenário da cafeicultura, com o produto atingindo cotações recordes pode evitar o êxodo no campo. “Quando se valoriza o produto, mesmo das intempéries climáticas, acaba sendo compensatório, evitando o êxodo do campo”, destaca.
Outra percepção da extensionista é em relação a participação de outras mulheres, mesmo que não produtoras. “Estamos vendo mais a participação de mulheres do setor comercial, financeiro, de seguros e até da área industrial, que estão participando ativamente e isso é muito gratificante”, salienta.
A segunda palestra teve como tema ” Mulheres e café: transformando valor em oportunidade”, ministrada por Janaina Medeiros, engenheira de alimentos. O encerramento ficou por conta de Pâmela Franca, barista sênior e agente de Desenvolvimento Rural da Acissp, que falou sobre profissionalismo e o diferencial: olhos atentos para a qualidade na cafeicultura moderna.
Melhoramento genético impulsiona qualidade e produtividade do café de Minas Gerais – Foto: reprodução
Minas Gerais se destaca na produção de café do Brasil, e o segredo do sucesso está na combinação de clima favorável, dedicação dos produtores e aplicação da ciência.
Pesquisas conduzidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e universidades, mostram que o desenvolvimento de novas cultivares é responsável por saltos de produção e sabores particulares. Entre elas, destacam-se os estudos em melhoramento genético do cafeeiro, que desenvolveram cultivares adaptadas para os diferentes sistemas de produção da cafeicultura mineira.
O pesquisador em cafeicultura da Epamig, Gladyston Carvalho, explica que as pesquisas buscam gerar conhecimento para o cafeicultor e oferecer, por meio da genética do café, aumento de produtividade e transformação no sistema produtivo.
“São 587 municípios cultivando café, somos o maior produtor de café do Brasil, detemos média de 50% da área cafeeira e 40% da produção nacional. São muitos produtores que dependem da cultura e da pesquisa agropecuária”, justifica.
Também pesquisador da Epamig, Vinícius Andrade relembra que a área de plantio de café no Brasil não registrava grande crescimento. No entanto, a produtividade aumentou significativamente desde a década de 1980.
“A média, que era de sete sacas por hectare, agora atinge de 25 a 30 sacas por hectare”, compara. Ele complementa que as pesquisas também têm por objetivo manter o cafeicultor na atividade, bem remunerado, além de criar condições para a sucessão familiar, mantendo a tradição de uma das culturas mais relevantes para o Brasil.
Pesquisas em genética
Décadas de pesquisas científicas alçaram Minas Gerais ao patamar de maior produtor de café do Brasil. Topázio MG1190, MGS Paraíso 2, MGS EPAMIG 1194, MGS Aranãs e MGS Ametista são nomes de algumas das cultivares desenvolvidas para as condições do estado e que vêm potencializando a produtividade, o vigor e a qualidade do café mineiro. Ao todo, a Epamig já registrou mais de 20 cultivares.
Como nasce uma cultivar
O processo de desenvolvimento de uma nova cultivar leva de 20 a 30 anos. A técnica envolve a hibridação, que cruza características desejadas de diferentes plantas. Nos primeiros 12 anos, as pesquisas ocorrem em campos experimentais, e só depois de testadas em diversos ambientes as cultivares são registradas e recomendadas para uso.
A Epamig desenvolveu um projeto robusto de avaliação de cultivares de café na região do cerrado mineiro entre 2016 e 2022. Com o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e do Consórcio Pesquisa Café, foram instaladas unidades demonstrativas em propriedades de produtores parceiros.
Pelos resultados obtidos, foram identificadas cultivares com maior potencial para a região. “Com essa experiência de sucesso, avançamos para o projeto de validação de cultivares de cafeeiros e transferência de tecnologias para as regiões cafeeiras de Minas Gerais”, conta Gladyston.
Atualmente, os estudos continuam em todo o estado, subsidiando tecnicamente a renovação do parque cafeeiro mineiro. Com o avanço da ciência e da tecnologia, Minas segue consolidando sua posição como referência mundial na produção de café de excelência.
Produção na prática
Alexandre Vilela é a quarta geração de produtores de café na família. No Sítio Refazenda, em Nepomuceno, Sul de Minas, ele apostou na reestruturação das lavouras com a introdução de novos materiais genéticos.
“Nós acreditamos na ciência e, quando a gente observa as pesquisas, os materiais da Epamig têm entregado bastante. Dentre essas renovações que temos aqui, Catiguá MG2, MGS Aranãs e MGS Paraíso 2 entraram para nossa realidade com maior produtividade e qualidade”, relata.
Polícia Civil recupera no Sul de Minas carga de café avaliada em R$ 2 milhões furtada no Porto de Santos – Foto: divulgação
A Polícia Civil recuperou em Jacutinga (MG) uma carga de 19 toneladas de café tipo exportação, avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões, que havia sido furtada no Porto de Santos, no Estado de São Paulo.
Segundo a polícia, o caminhão que transportava o container foi localizado na noite desta quarta-feira (19) enquanto transitava pela cidade. A carga havia sido furtada no mesmo dia. Posteriormente, foi identificado que o veículo havia pernoitado em um posto de gasolina às margens da MG-290.
Por volta das 22h, enquanto a equipe seguia nas investigações, novas imagens registraram o caminhão e a carreta entrando em uma fazenda, no bairro São Pedro, às margens da rodovia.
Os policiais então foram até a fazenda e no momento da abordagem, um homem fugiu pelos fundos do imóvel e entrou em uma área de mata fechada e não foi localizado.
Durante as buscas no local, os policiais encontraram uma pistola com 16 munições no carregador, além de um aparelho celular. Em um galpão próximo, que se encontrava aberto, foram localizados diversos sacos contendo café beneficiado e pronto para exportação.
A equipe da Polícia Civil entrou em contato com os responsáveis pela carga furtada, que reconheceram o café como sendo o produto subtraído, confirmando sua alta qualidade e destinação à exportação.
As investigações prosseguem para localizar o suspeito foragido e esclarecer os detalhes do crime.
Polícia Civil recupera no Sul de Minas carga de café avaliada em R$ 2 milhões furtada no Porto de Santos – Foto: divulgação
Carreta com 30 toneladas de café pega fogo após acidente entre Piumhi e Pimenta – Vídeo: 104FM
Uma carreta, carregada com 30 toneladas de café, pegou fogo após se envolver em um acidente com um caminhão, na noite da última segunda-feira (24), na altura do KM 246, na MG-050, entre Piumhi (MG) e Pimenta (MG).
Segundo informações, o motorista da carreta sofreu um corte no rosto e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e posteriormente foi encaminhado para uma unidade hospitalar. O condutor do caminhão não sofreu ferimentos.
A carga de café foi parcialmente consumida pelas chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o incêndio..
A Polícia Militar Rodoviária esteve no local para realizar os trabalhos de praxe.
As causas da colisão ainda não foram esclarecidas.
Ladrões roubam sacas de café avaliadas em R$ 1 milhão de fazenda, em Cássia – Foto: Helder Almeida
Criminosos roubaram cerca de 500 sacas de café, avaliadas em torno de R$ 1 milhão, de uma fazenda às margens da MG-344, em Cássia (MG). O crime aconteceu entre a noite da última quinta-feira (9) e a madrugada desta sexta-feira (10).
Segundo a Polícia Militar, o caseiro da propriedade relatou que pelo menos seis homens encapuzados o renderam por volta de 22h, enquanto dormia com sua esposa. Os criminosos teria obrigado o caseiro a abrir o portão da fazenda, local por onde entraram dois caminhões. Após carregarem os veículos com cerca de 28 mil quilos de café a granel os ladrões fugiram do local.
De acordo com a PM, antes dos autores entrarem na propriedade, eles romperam uma fibra óptica na rodovia, interrompendo a internet. Posteriormente, eles subiram por uma parede lateral do galpão, onde conseguiram acesso ao local.
Após entrarem no galpão, os ladrões fizeram um buraco na parede e arrombaram duas portas de metais. A polícia informou que só foi avisada do roubo pela manhã.
Até o fechamento desta reportagem, ninguém foi preso. A polícia segue na tentativa de identificar os criminosos.
Produtores de Piumhi estão entre os vencedores do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais 2024 – Foto: reprodução
Dois produtores de Piumhi (MG) se destacaram no Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais 2024. O anúncio dos vencedores foi feito na última quarta-feira (11), em Belo Horizonte, durante a solenidade promovida pela Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural (Emater-MG), responsável pela competição.
Os premiados de Piumhi foram Pedro Brás, reconhecido na categoria Café Natural, e Jair Brás, premiado na categoria Café Cereja Descascado/Despolpado/Desmucilado.
Na categoria Café Natural, o grão recém-colhido passa por um processo de lavagem e é imediatamente levado para secar.
Já na categoria Café Cereja Descascado,Despolpado ou Desmucilado, após a lavagem, há uma separação entre os frutos verdes e secos e os maduros, que são descascados e seguem para a secagem. Nos cafés despolpados e desmucilados, o processo inclui uma etapa de fermentação em tanque.
A avaliação dos cafés foi realizada por especialistas certificados como Q-Arabica Graders, profissionais com certificação internacional e habilidades avançadas em degustação e análise de café arábica. Para chegar à final, as amostras precisaram obter mais de 85 pontos nas avaliações.
Nesta 21ª edição do concurso, participaram 1.406 amostras de 146 municípios mineiros, representando as quatro principais macrorregiões produtoras do estado: Matas de Minas, Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Chapada de Minas.
“Reconhecemos a importância do café, não só do ponto de vista econômico e do peso na nossa pauta de exportação. Mas também pela renda que ele leva para o campo, proporcionando a melhora de vida para aqueles que vivem desta atividade”, declarou o presidente da Emater-MG, Otávio Maia.
A competição é promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Emater-MG e Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).
Via: G1
Gostaria de adicionar o site Jornal Folha Regional a sua área de trabalho?
Sim
Receber notificações de Jornal Folha Regional
Sim
Não