Jornal Folha Regional

Minas registra uma morte por Covid nas últimas 24h

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (6) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), Minas Gerais registrou apenas uma morte por Covid nas últimas 24h. Desde o início da pandemia, são 56.322 óbitos pela doença. 

Também nas últimas 24h, o Estado contabilizou 114 novos casos positivos de coronavírus, que se somam aos mais de 2,2 milhões desde março do ano passado. 

Atualmente, 15.018 casos estão em acompanhamento, ou seja, são casos positivos que não evoluíram para óbito, cuja condição clínica permanece sendo acompanhada ou aguarda atualização pelos municípios.

Dados divulgados pela SES mostram também que 292 adultos ocupam leitos de UTI destinados à Covid em Minas Gerais, além de sete crianças em leitos de unidade de terapia intensiva pediátricos.

Já chega a 50 número de cidades que cancelaram festas de réveillon e carnaval de 2022

Rio de Janeiro RJ 01 03 2020-Pós Carnaval Monobloco – Foto: Fernando Maia | Riotur

Chegou a 50 o número de cidades que já decidiram pelo cancelamento das festas de réveillon e do carnaval de 2022 no Sul de Minas. Nesta sexta-feira (3), o prefeito de Caldas (MG), Ailton Goulart anunciou o cancelamento das festividades de fim de ano e afirmou que a decisão pelo Carnaval e pelo Rodeio serão anunciadas próximo às datas.

“Como é sabido por todos, estamos ainda em meio a uma pandemia, por conta disso estamos cancelando o Réveillon em praça pública. Não é por conta disso que vamos deixar de comemorar a chegada de 2022. Teremos 8 minutos de fogos, onde você e sua família poderão contemplar de suas casas”, afirmou o prefeito em anúncio pelas redes sociais.

“Com relação ao Carnaval e ao Rodeio, prefiro me manifestar próximo às datas, porque temos ainda 90 e 120 dias, respectivamente, até esses dois eventos. Mas estejam certos, se estivermos próximos disse que estamos vivenciando hoje, não hesitaremos também em cancelar o Carnaval e o Rodeio”, completou.

Bloco do Urso cancelado

A Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí suspendeu as comemorações de ano novo e carnaval em 2022. O decreto proíbe a realização de eventos e particulares. Com isto, o tradicional Bloco do Urso, que já estava confirmado e com venda ingressos, foi cancelado.

A decisão foi tomada em razão da pandemia de Covid-19 e por causa do possível aumento de casos da doença. Além da incerteza com relação à nova variante. Segundo a prefeitura, o carnaval foi considerado evento de alto risco de contágio por receber dezenas de pessoas do Brasil e do exterior.

Veja as cidades que cancelaram réveillon e carnaval ou apenas uma das festas na região:

  • Aguanil
  • Arceburgo
  • Areado
  • Bandeira do Sul
  • Boa Esperança
  • Bom Jesus da Penha
  • Bom Sucesso
  • Borda da Mata
  • Botelhos
  • Brazópolis
  • Cabo Verde
  • Cachoeira de Minas
  • Caldas
  • Camacho
  • Cambuí
  • Campestre
  • Campo Belo
  • Cana Verde
  • Candeias
  • Conceição da Aparecida
  • Conceição dos Ouros
  • Córrego do Bom Jesus
  • Cristais
  • Guaranésia
  • Guaxupé
  • Itamogi
  • Itanhandu
  • Itamonte
  • Itapeva
  • Jacuí
  • Jacutinga
  • Juruaia
  • Gonçalves
  • Monte Belo
  • Monte Santo de Minas
  • Muzambinho
  • Nepomuceno
  • Nova Resende
  • Paraisópolis
  • Passa Quatro
  • Perdões
  • Poços de Caldas
  • Pouso Alto
  • Santana do Jacaré
  • Santa Rita do Sapucaí
  • Santo Antônio do Amparo
  • São Lourenço
  • São Pedro da União
  • Sapucaí-mirim
  • Varginha

Dentre as cidades que cancelaram as duas festas, há municípios que, até o momento, se manifestaram apenas quanto ao réveillon, como Caldas.

É o caso também de Bandeira do Sul e Campestre. As prefeituras divulgaram um vídeo conjunto nas redes sociais em que informaram sobre a não realização de festas de virada de ano. Entretanto, os municípios não se manifestaram sobre as festividades de carnaval.

Carnaval mantido

A Prefeitura de Caxambu, por outro lado, manteve a realização de festividades de carnaval em 2022. A administração municipal ainda estuda o formato em que o evento irá ocorrer. A medida é pensada, segundo o Poder Executivo, para que a cidade possa manter o baixo índice de casos de Covid-19.

Secretária de Saúde de Piumhi afirma que município precisa de ‘90% para atingir imunidade’

A Secretaria de Saúde de Piumhi (MG), Rosângela Guerra, afirma que não é necessária mais a retirada de senhas para a imunização contra a Covid-19. Todos que já cumpriram o intervalo da primeira para a segunda dose, podem ir até o Centro de Imunização, na Praça da Matriz: ‘para atingir a imunidade de rebanho, precisamos de 90% da população com a segunda dose’, ressalta. Atualmente está em 73%.

A entrevista completa, realizada pela Onda Oeste, você encontra aqui.

Na última segunda-feira (22), apenas quatro casos ativos estavam registrados na cidade.

Via: Da Redação.

Queda no número de casos faz Santa Casa de Passos fechar 10 de 50 leitos para tratamento da Covid-19

A Santa Casa de Passos (MG) fechou dez dos 50 leitos disponíveis no hospital para tratamento da Covid-19. O motivo é a diminuição do número de casos da doença, que tem trazido um alívio na demanda de hospitais da região. Na semana passada, a Santa Casa de Guaxupé também já tinha reduzido o número de leitos.

“O hospital disponibilizou 50 leitos e após uma redução do número de casos, optou-se pelo fechamento de 10 leitos baseado em conversas direcionadas pela Secretaria de Saúde. É importante ter a noção que esses leitos não são fechados por conta do hospital, são todos controlados pela Secretaria de Saúde de acordo com a demanda de pacientes que necessitem de UTI Covid”, disse o coordenador da UTI da Santa Casa, Rodrigo Silveira de Almeida.

A redução no número de leitos também traz um alívio financeiro para os hospitais. Isso porque o custo diário para se manter um leito de UTI gira em torno de R$ 2,8 mil, enquanto o estado repassa apenas R$ 1,6 mil.

Queda no número de casos faz Santa Casa de Passos fechar 10 de 50 leitos para tratamento da Covid-19 — Foto: Reprodução/EPTV

Queda no número de casos faz Santa Casa de Passos fechar 10 de 50 leitos para tratamento da Covid-19 — Foto: Reprodução/EPTV

“Essa conta é sempre muito difícil de fechar. Não só Covid, mas pacientes de uma UTI em geral, eles têm um custo muito elevado e a diária paga pelo SUS fica aquém do que é o custo diário de cada paciente. No Covid você teve um acréscimo, um adicional em virtude do fato que esse paciente gasta muito mais, os custos são muito mais altos, o tempo de internação em UTI é muito maior, o tempo de ventilação é muito maior, os insumos, sedação, de medicamentos para a pressão, de antibióticos são caríssimos e isso gera uma despesa muito alta”, disse o coordenador da UTI.

Para fechar as contas, hospitais como a Santa Casa de Passos precisam fazer até campanha para arrecadar doações e ajudar no custeio dos leitos.

“O hospital não consegue fechar essa conta, vai se gerando um déficit acumulativo ao longo dos meses. O que a secretaria e o ministério fez foi tentar otimizar esse custo para o paciente e a gente tenta sem perder qualidade e segurança fazer uma gestão dos leitos e dos custos de cada paciente, sempre oferecemos o que há de recomendação, não privamos pacientes de medicamentos, de suporte, porém o custo é muito alto”, completou Rodrigo Silveira.

Passos registra mais um óbito e chega a 321 mortes por covid-19

PASSOS – Passos registrou, nesta terça-feira, 16, mais uma morte em decorrência da covid-19. Segundo informações da prefeitura, o município atingiu 321 óbitos e 11.332 casos, sendo cinco registrados ontem. Na Santa Casa de Passos, segundo informações divulgadas nesta terça pelo hospital, cinco pacientes estavam internados ontem para tratamento da doença, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19, com ocupação de 8% dos 40 leitos disponíveis, e dois na Enfermaria Covid-19, com índice de 4%. De acordo com a Santa Casa, dois pacientes são moradores de Passos e os outros são de Carmo do Rio Claro, Guaxupé e Nova Resende.

Vacina

A Prefeitura de Passo inicia a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 para trabalhadores da Saúde com idade entre 25 a 34 anos e com intervalo mínimo de cinco meses da segunda dose. A imunização acontece nas salas de vacinas das unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) Coimbras 1, CSU, Planalto, Penha 3 e ambulatório São Lucas, das 7h30 às 11h e das 13h às 16h. No São Lucas, o horário de aplicação se estende até as 20h.


Para ser vacinado, é necessário apresentar documentos pessoais (RG e CPF), comprovante de residência, cartão de vacina com o registro da primeira e segunda doses, estar cadastrado no Vivver, holerite ou carteira de trabalho ou declaração assinada pela chefia imediata ou registro no conselho de classe, comprovando que atua como trabalhador da Saúde.

Via: Clic Folha.

Capitólio é a cidade que mais vacinou contra à Covid-19 na região

Cerca de 201 mil pessoas na região estão imunizadas com duas doses de vacinas contra a covid-19 ou com o medicamento em dose única, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o que corresponde a 45,6% da população dos 27 municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS-Passos).

Capitólio é o município que está em primeiro lugar no ranking da vacinação contra a covid na região, com 73% da população com imunização completa, e é seguido por Vargem Bonita (58,7%), Capetinga (56,2%), Doresópolis (55,9%), Pratápolis (55,9%), Itamogi (55,7%), São João Batista do Glória (52,4%), Claraval (50,5%), São Roque de Minas (50,3%), Bom Jesus da Penha (50,3%), todos com índices acima de 50%.

De acordo com o vacinômetro divulgado pela SES-MG, Guapé, com 48,3% de imunização completa, Cássia (46,4%), São Sebastião do Paraíso (45,9%), Pimenta (45,1%), Jacuí (45,1%), Passos (44,6%), Alpinópolis (44,1%), Piumhi (43,5%), Carmo do Rio Claro (42,8%), Monte Santo de Minas (42,7%), São Tomás de Aquino (42,5%), Nova Resende (42,3%), Fortaleza de Minas (42%) e Delfinópolis (41,6%) ainda não atingiram 50% da população. Os municípios de Itaú de Minas (40,2%), São José da Barra (38,5%) e Ibiraci (36,6%) ocupam as últimas posições no ranking.

A Prefeitura de Passos informa que hoje, 7, tem início a vacinação contra a covid-19 em adolescentes com 16 anos. O município também começa a terceira aplicação dos medicamentos em idosos com 70 anos e para pessoas imunossuprimidas com 40 anos ou mais. Para ser vacinado, é necessário apresentar RG, CPF, comprovante de residência, cartão de vacina com o registro da primeira e segunda doses, estar cadastrado no Vivver e, no caso de imunossuprimidos, o formulário disponível no site da prefeitura.

Via: Clic Folha.

500 cidades mineiras não registram mortes por Covid-19 há um mês

Quinhentas cidades de Minas Gerais não registraram óbitos por covid-19 de 6/9 a 6/10/2021. Os dados foram informados pelas prefeituras à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), e constam no sistema Sivep, do Ministério da Saúde.

O número, que corresponde a 58% dos municípios do estado sem mortes pela doença em um mês, revela a eficácia da vacinação contra o coronavírus.

O percentual de imunização com a primeira dose já chega a 83 % da população acima de 12 anos e, com o esquema vacinal completo, passa de 50% desse público.

Nesta quinta-feira (7/10), durante a reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que acompanha a situação da pandemia no estado, o secretário de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, destacou o sucesso da campanha de vacinação.

“Temos um grande crescimento na segunda dose aplicada. Em breve, devemos ter 70% de todo o público-alvo com todo o esquema completo. A adesão à vacinação tem gerado um reflexo muito positivo com diminuição de internações, óbitos e circulação do vírus”, destacou Baccheretti.

Segundo dados apresentados pelo secretário, a média de pacientes internados no estado vem caindo, chegando a 617 no último dia 5/10. Há duas semanas, eram 716 pessoas hospitalizadas devido à doença. Em quatro semanas, a queda é de 25%.  

Bacherretti ressaltou ainda que, apesar dos avanços, os cuidados sanitários, como uso de máscara e higienização das mãos, devem ser mantidos pela população.

Em decreto, prefeito de Caxias retira obrigatoriedade de uso de máscaras no município

O prefeito de Duque de Caxias, Washigton Reis (MDB), assinou na última terça-feira (5) um decreto em que retira a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais de combate à epidemia de Covid-19 no município.

Segundo o decreto, “fica desobrigado o uso de máscara facial no período da pandemia de Covid-19 em local aberto ou fechado, em todo o território do município de Duque de Caxias”. O texto diz ainda que, em caso de suspeita ou infecção pelo coronavírus, o decreto não se aplica, e o uso de máscara deve ser mantido. O decreto passa a valer a partir de hoje, dia 05.

Para retirar o uso de máscaras, a prefeitura argumenta que já atingiu todas as faixas etárias da vacinação e que os indicadores de contaminação da doença estão em queda. Segundo os dados da prefeitura, 70% da população alvo da campanha de vacinação (de 12 anos para cima) já tomou a primeira dose da vacina, e 46% a segunda. A campanha de vacinação em Caxias foi marcada por longas filas e aglomerações. A prefeitura chegou até mesmo a pular idade no calendário.

Para o infectologista Alberto Chebabo, a medida do prefeito de Caxias é precipitada:

A cobertura vacinal ainda é muito baixa. No Rio, a gente definiu a retirada da máscara em ambiente externo apenas com 65% da população total com a vacinação completa. E 75% para ambiente interno.

Segundo o especialista, a medida pode acarretar em riscos para aumento da contaminação pela doença.

Acho que a situação exige uso de máscara até conseguir uma cobertura vacinal maior que essa. O risco é de aumentar o número de casos, aumentar a circulação do vírus e a transmissão na cidade e até nos municípios ao redor, porque existe uma circulação muito grande de pessoas de um município para outro na região metropolitana.

Para o infectologista Marcos Junqueira do Lago, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, a medida adotada pela prefeitura de Duque de Caxias é precoce. Na opinião do especialista, a dispensa do uso da proteção facial só deveria ocorrer quando a imunização da população com duas doses da vacina contra Covid-19 atingisse um índice acima de 80%, considerado por ele como mais seguro.

— Eu acho que a flexibilização do uso de máscaras é importante, a gente precisa disso, mas na minha opinião, deveríamos esperar chegar a 80% ou idealmente 90% da população imunizada com as duas doses, para só assim estabelecer esses critérios (de dispensar a proteção facial) — afirmou Lago, que criticou ainda a falta de ações do poder público para punir o que chamou de “desobediência civil”, ao uso de máscaras durante a pandemia.

Taxa de ocupação de leitos de UTI volta a cair no Sul de MG; demanda por Covid é a menor do ano

A taxa de ocupação de leitos de UTI voltou a cair nesta semana no Sul de Minas, após aumento registrado na semana passada. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a lotação atual é de 44,02%. Já a proporção de leitos ocupados por pacientes de Covid-19 continua em queda, com 13,86% de ocupação, a menor taxa do ano.

Na semana passada, o Painel de Monitoramento da SES-MG, a taxa geral era de 445,24%, a maior taxa após duas semanas em queda. Já a taxa exclusiva de leitos Covid estava em 16,20% .

Nesta semana, conforme os dados divulgados pela SES-MG, o Sul de Minas registrou pequena alta de novos casos de Covid-19 e pequena queda no número de mortes pela doença.

Taxa de ocupação de leitos de UTI e proporção por Covid-19 no Sul de Minas

DataOcupação de leitos de UTIOcupação leitos Covid-19
03/1044,02%13,86%
26/0945,24%16,20%
19/0942,64%18,55%
12/0945,02%18,98%
29/0850,07%24,95%
22/0856,94%34,12%
15/0856,10%39,02%
08/0860,34%44,03%
01/0862,55%45,59%
25/0767,6%57,2%
18/0772,4%65,84%
11/0779,75%75%
04/0786,36%84,24%
27/0688,75%90,76%
20/0693,39%93,78%
13/0693,20%93,72%
06/0689,94%90,13%
30/0593,20%92,60%
23/0590,98%89,46%
16/0590,09%92,15%
09/0587,99%85,78%
02/0588,29%89,91%
25/0487,54%88,53%
21/0486,04%84,40%
18/0488,14%89,68%
10/0486,27%89,15%
04/0488,96%
24/0390,42%98,42%
18/0382,31%
13/0377,6%
20/0263,10%
26/0175%

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde – SES/MG

Ocupação por município

Conforme os dados do “Painel de Monitoramento”, da SES-MG, São Sebastião do Paraíso é a cidade da região com a maior taxa de ocupação geral de leitos de UTI: 66,67%. Varginha aparece em seguida, com 64,29% e Pouso Alegre, 53,42%.

Já em relação aos leitos UTI ocupados por paciente Covid-19, São Lourenço tem a maior taxa de ocupação: 32,76%, seguida de Três Corações, 30% e São Sebastião do Paraíso, 25%.

Poços de Caldas é hoje, conforme os dados da SES-MG, a cidade com menor taxa de ocupação de leitos de UTI por Covid-19 na região: 2%. Alfenas, com 7,5% e Itajubá, com 7,89%, aparecem na sequência.

Leitos de enfermaria

Já em relação à taxa de ocupação de leitos de enfermaria, o Sul de Minas voltou a registrar queda nesta semana. Neste momento, a taxa geral é de 50,90%. Na semana passada, a taxa de ocupação das enfermarias era de 51,78%%

Já a proporção ocupada por pacientes de Covid-19 continua em queda e registra 2,82%. Na semana passada, essa taxa era de 3,03%.

Minas planeja flexibilizar o uso de máscaras; especialistas discordam

A diminuição dos índices da Covid-19 em Minas Gerais faz uma possível volta à normalidade se tornar cada vez mais imaginada. Com o número de novos casos, internações e mortes caindo a cada dia, medidas como a flexibilização do uso de máscara de proteção individual passaram a ser avaliadas por governos em todo o mundo.

Em Minas, o governo estadual estima que vai completar a aplicação da segunda dose em todos os adultos entre novembro e dezembro. Com isso, segundo o Secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacherreti, a previsão inicial era que o uso obrigatório de máscaras não fosse mais necessário em ambientes abertos a partir deste mês, quando pelo menos 70% da população adulta deve concluir o esquema vacinal. Atualmente, 51,10% dos moradores com mais de 18 anos tomaram as duas doses ou a dose única em Minas.

A Secretária de Estado de Saúde (SES-MG), no entanto, em resposta à reportagem, agora adota postura comedida e afirma que não existe nenhuma definição sobre o fim da obrigatoriedade do item de segurança no Estado. Em nota, a pasta informou que, caso o cronograma de entrega de doses por parte do Ministério da Saúde se mantenha, a expectativa é que o Estado adquira a chamada “imunidade de rebanho” no fim do ano. Com isso, o não uso das máscaras pode se tornar facultativo em lugares abertos, arejados, como parques, praças e ruas, “conforme experiências observadas em alguns países”.

Na cidade do Rio de Janeiro, a prefeitura estuda liberar a população do uso de máscaras parcialmente em novembro, quando 75% da população estiver com esquema vacinal completo. O item seria obrigatório apenas em hospitais e transportes públicos. No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT), também avalia decretar o fim da obrigatoriedade para o uso de máscara em determinadas situações a partir de dezembro.

Porém, de acordo com especialistas, o uso do item ao menos em espaços fechados para determinados grupos (idosos, obesos, portadores de comorbidades e imunossuprimidos) será uma realidade que ainda irá persistir por muitos anos. “Não temos, por hora, um horizonte seguro para circulação sem máscaras, sobretudo para as pessoas de maior risco de contrair formas graves da doença. Além disso, não seria aconselhável abandono das máscaras por qualquer cidadão em espaços fechados, como aeroportos, aviões, ônibus e repartições”, analisa o médico infectologista Guilherme Lima, do Hospital Lifecenter.

Segundo o também infectologista, Leandro Curi, ainda é cedo para propor o abandono, uma vez que não existe o conceito de imunidade rebanho para o coronavírus. “Esse foi um termo muito utilizado no ano passado pelas autoridades, mas é uma falácia. Vimos que para a Covid, ele não funciona. Uma pessoa que já foi contaminada pode adoecer várias vezes, diferentemente de outras doenças, como a catapora. A Suécia tentou fazer essa experiência de se atingir imunidade rebanho e não deu certo, porque estamos falando de um vírus que se multiplica rapidamente e altamente infectante e letal. Não existe remédio ou outra solução que não seja a vacina aliada a máscara”, pontua.

Para o infectologista Adelino de Melo Freire, do Hospital Felício Rocho, é preciso que o número de casos por dia da doença esteja abaixo de 20 a cada 100 mil habitantes para se começar a cogitar em abandonar as máscaras. Atualmente, em Belo Horizonte, essa taxa está em 113. “Não importa se tiver 70%, 80% ou 90% da população vacinada e continuar havendo transmissão. Temos variantes, como a delta, que escapa da proteção da vacina. A verdade é que não existe um número mágico. Só não teremos transmissão comunitária quando a taxa de transmissão não representar mais riscos”, ressalta.

62% dos prefeitos querem manter uso obrigatório de máscara

Seis a cada dez gestores municipais pretendem manter o uso obrigatório da máscara mesmo com toda a população vacinada. De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em setembro, 62,3% dos prefeitos pretendem continuar com o item de segurança, enquanto 32,7% ainda não decidiram sobre a manutenção da obrigatoriedade. Apenas 69 (3,2%) municípios devem flexibilizar o equipamento de proteção individual. Atualmente, o uso de máscaras em locais públicos é obrigatório em 96,1% dos municípios brasileiros.

No entanto, ainda de acordo com a pesquisa, 59,6% das prefeituras não instituíram infrações para o não uso de máscaras nos locais obrigatórios. Em Belo Horizonte, o uso de máscaras em espaços públicos é obrigatório desde 22 de abril de 2020. A multa para quem não usar o item de segurança é de R$ 100. Porém, a pena começou a valer somente em julho, quando a lei foi sancionada.

Até o momento, segundo a prefeitura da capital, 425 multas foram aplicadas contra pessoas que transitavam sem o item de segurança na cidade, sendo que apenas 32 foram pagas. As demais ou foram inscritas em dívida ativa no município ou estão sendo constestadas.

De acordo com a PBH, as multas são aplicadas somente para aquelas pessoas que se recusaram a utilizar as máscaras disponibilizadas pelos fiscais ou pelos guardas municipais até mesmo durante as abordagens. No caso das pessoas em situação de rua, segundo o município, a multa é dispensada, mas o acessório é oferecido.

Em nota, a Prefeitura destacou ainda que não há previsão de dispensar o uso da máscara na cidade. “A pandemia não acabou. As equipes estão atuando em todas as regiões da capital, fazendo abordagens à população voltadas para a conscientização sobre a importância do uso do artigo cobrindo o nariz e a boca, para evitar a disseminação do Coronavírus”, pontuou.

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