Jornal Folha Regional

LIRAa aponta risco de epidemia de dengue em Piumhi, diz prefeitura

LIRAa aponta risco de epidemia de dengue em Piumhi, diz prefeitura - Foto: reprodução
LIRAa aponta risco de epidemia de dengue em Piumhi, diz prefeitura – Foto: reprodução

O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) feito em Piumhi registrou 8,9% de Índice de Infestação Predial (IIP), o que representa risco de epidemia de doenças como a dengue, transmitidas pelo mosquito.

Em 2024, a região atingiu recordes nos registros de mortes e de casos de dengue desde o início da série histórica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que compreende dados desde 2009. Foram 59 óbitos e 47.663 casos confirmados nos 27 municípios da região no ano passado. Em Piumhi, foram 4.331 casos e seis mortes em decorrência da doença.

De acordo com informações do Departamento Municipal de Endemias de Piumhi, o levantamento foi realizado entre os dias 13 e 17 de janeiro e o resultado de 8,9% é considerado de alto risco e muito acima do limite preconizado pelo Ministério da Saúde. Segundo o ministério, até 1% o índice é considerado satisfatório. De 1 a 3,9%, aponta situação de alerta, e, acima de 3,9%, risco de surto ou epidemia.

A pesquisa abrangeu 885 imóveis, sendo que em 79 foram encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e febre chikungunya. Os bairros com maior concentração de focos foram Pindaíbas, Cidade Nobre, Nova Brasília, São Judas Tadeu, Vila Nova, Colina, Américo Arantes, além dos loteamentos Residencial Morada do Sol e Geraldo Sansoni, informa a prefeitura.

“Os focos de mosquito, transmissores de dengue, zika e chikungunya, foram encontrados principalmente em recipientes móveis que acumulam água, classificados como tipo B. Entre eles estão baldes, pratinhos de vasos de plantas, garrafas e outros itens que podem ser facilmente descartados ou armazenados. de forma confortável”, aponta o departamento.

Segundo a prefeitura, a secretária municipal de Saúde, Rosângela Aparecida Terra e Guerra, destacou que o índice é um sinal de alerta para toda a população. “Precisamos redobrar os cuidados e intensificar as ações de combate ao mosquito para evitar surtos de doenças, que podem ter graves impactos na saúde pública do município”, disse.

Ainda de acordo com a administração, a Vigilância em Saúde informa que os mutirões de limpeza serão intensificados, com foco nos bairros mais críticos. “Além disso, os agentes de endemias incentivam as visitas domiciliares para orientar os moradores sobre a eliminação de possíveis criadouros”, informa.

“O aumento expressivo no índice de infestação é preocupante, pois eleva o risco de um surto de dengue em 2025, caso medidas não sejam aplicadas rapidamente. A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população autorize a entrada de agentes de endemias e participe das ações preventivas”, alerta a administração.

Segundo a prefeitura, a alta no IIP é atribuída ao período chuvoso, que favorece o acúmulo de água em recipientes como pratos de plantas, bebedouros de animais e baldes, presentes principalmente em quintais das residências. “Esses objetos são os principais criadouros do mosquito e precisam de atenção da população”, afirma ao coordenador de Endemias, Luiz Henrique Vieira Mota.

LIRAa aponta risco de epidemia de dengue em Piumhi, diz prefeitura - Imagem: reprodução
LIRAa aponta risco de epidemia de dengue em Piumhi, diz prefeitura – Imagem: reprodução

Via: Clic Folha

Registros de dengue em Passos já chegam em 104 casos em 20 dias de 2025

Registros de dengue em Passos já chegam em 104 casos em 20 dias de 2025 - Foto: reprodução
Registros de dengue em Passos já chegam em 104 casos em 20 dias de 2025 – Foto: reprodução

Nos 20 primeiros dias de 2025, já foram registrados 104 casos de dengue em Passos (MG), segundo os dados do Painel Monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Na microrregião de Passos, o município está com o maior número de casos, seguindo de São Sebastião do Paraíso, com 52 casos, e de Itaú de Minas, com 14 casos.

Nesta mesma época do ano passado, os números de registro de dengue na cidade eram de 30 casos na primeira semana de janeiro, saltando para 148 casos no dia 16 de janeiro de 2024, segundo o Painel de Monitoramento.

Minas registra aumento de quase 300% nos casos de dengue

Nos últimos sete dias, Minas Gerais registrou 1.587 novos casos de dengue, um aumento de 296% em relação à semana anterior. Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), divulgado em 13 de janeiro, haviam sido confirmadas 536 infecções pela arbovirose, número que saltou para 2.123 no boletim desta segunda-feira (20/01).

Os casos prováveis também tiveram um aumento significativo no mesmo período, passando de 2.075 para 6.741, o que corresponde a 224,8%. Além disso, três mortes suspeitas por dengue estão sendo investigadas.

O Ministério da Saúde, por meio do painel de monitoramento das arboviroses, registrou um óbito por dengue em Minas Gerais. No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde ainda não confirmou a morte.

Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, explicou que a divergência de informações ocorre devido à cronologia do contágio dos pacientes. Isso porque, embora a União tenha confirmado a morte para o período sazonal de 2025, a investigação ainda está em andamento.

Apesar do aumento significativo, o estado se mantém bem abaixo dos números do ano passado, quando Minas foi o estado brasileiro com maior quantidade de casos suspeitos de dengue. Até o dia 22 de janeiro de 2024, o estado contava com 11.490 casos confirmados e 32.316 suspeitos, além de 14 óbitos em investigação e um confirmado.

Essa situação fez com que o governo estadual decretasse emergência em saúde pública. Na ocasião, 366 municípios mineiros estiveram situação de alerta, enquanto 305 apresentavam risco elevado para a transmissão da doença. 

Zika e Chikungunya

Em relação à febre chikungunya, até 20 de janeiro, foram registrados 693 casos prováveis da doença neste ano, e 539 confirmados, sem a ocorrência de mortes em investigação ou confirmados em Minas Gerais. Quanto ao vírus Zika, não há casos prováveis nem confirmados no estado.

Cidades do Sul de Minas reforçam prevenção após notificação dos primeiros casos de dengue

Cidades do Sul de Minas reforçam prevenção após notificação dos primeiros casos de dengue - Foto: reprodução
Cidades do Sul de Minas reforçam prevenção após notificação dos primeiros casos de dengue – Foto: reprodução

Após as primeiras notificações de dengue neste ano, os municípios do Sul de Minas começaram a reforçar métodos de prevenção contra a doença. Pouso Alegre (MG), que recentemente notificou casos da doença, está entre as cidades da região que implementaram medidas para se prevenir.

Conforme dados levantados pela reportagem, em Minas Gerais já são 5.680 casos prováveis, 1.794 confirmações da doença, além de três mortes investigadas neste ano.

Veja os números registrados na região, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG):

  • Pouso Alegre: 12 casos prováveis, ainda sem confirmações pelo estado;
  • Passos: 94 casos notificados com apenas uma confirmação até o momento;
  • Poços de Caldas: 4 casos prováveis, sem confirmação;
  • Varginha: 5 casos notificados que deram positivo para dengue;

Em nenhuma cidade do Sul de Minas existem mortes em investigação ou confirmadas.

Apesar da SES-MG ainda não ter confirmado nenhum caso de dengue, a Prefeitura de Pouso Alegre já confirmou dois casos na cidade.

“A prefeitura tem agido com agentes de endemia intensificando o serviço na procura de focos de mosquito e mapeando essa região. Eles estão visitando esses locais, porque muita gente ainda está desatenta, né? Infelizmente, com a chuva, as pessoas se tornam um pouco passadas. Elas não prestam atenção em como funciona o acúmulo de água em casa: é no copinho d’água, é no pires debaixo da planta, são nesses locais que têm o criadouro e onde vão criar os mosquitos para nos atacar”, afirma o enfermeiro Sandro Couto.

Descarte de pneus

Uma das orientações é quanto ao descarte de pneus, que podem ser levados no Ecoponto da prefeitura, localizado na fábrica de manilhas, na Rua João Inácio Raimundo, bairro São João, durante o período da manhã.

Denúncias

Locais de terrenos baldio e de depósito de lixo com materiais que acumulem água podem ser denunciados na Ouvidoria.

As denúncias podem ser feitas online pelo site ou de forma presencial na Central de Atendimento, localizada na Rua Dionísio Machado, 96, Centro. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h.

Via: G1

Dengue: Brasil registra 4 mortes e 55 mil casos desde o início do ano

Dengue: Brasil registra 4 mortes e 55 mil casos desde o início do ano - Foto: reprodução
Dengue: Brasil registra 4 mortes e 55 mil casos desde o início do ano – Foto: reprodução

Quatro mortes por dengue já foram confirmadas este ano, no país. Todas apresentaram os sintomas iniciais da doença. A rede de monitoramento para arboviroses do Ministério da Saúde investiga outras 62 mortes tendo a dengue como causa possível em 2025. Outros casos possíveis da doença chegaram a 55 mil, sendo que a maioria – mais de 29 mil – só no estado de São Paulo.

Aliás, no estado foi confirmada uma morte no município de Guaíra, na última terça-feira. Outros 51 óbitos ainda estão em investigação. 

A prefeitura da cidade informou que vai intensificar as medidas de prevenção e reforçou a importância da participação da população no controle da doença, lembrando que a vacina contra a dengue está disponível nos postos de saúde para jovens entre 10 e 14 anos.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que monitora, de forma contínua, o cenário da dengue e outras arboviroses no estado.

Entre os sintomas da doença: febre alta, dores intensas de cabeça, nos olhos e nos músculos do corpo inteiro. Manchas vermelhas pelo corpo também podem surgir.  Calafrios, náuseas e vômitos também podem ser sentidos.

Qualquer lugar que acumula água é uma oportunidade para o Aedes Aegypti, se reproduzir. É importante ficar de olho nos pratos de vaso de planta; caixa d’água com tampa mal encaixada ou ralos pouco utilizados. Também pneus e garrafas. Lembrando que o Aedes Aegypti é vetor de outras doenças, como zika e chikungunya.

Minas registra mais de 800 novos casos de dengue em uma semana

Minas registra mais de 800 novos casos de dengue em uma semana - Foto: reprodução
Minas registra mais de 800 novos casos de dengue em uma semana – Foto: reprodução

Em uma semana, Minas Gerais registrou 804 novos casos de dengue. Nos 13 primeiros dias de 2025, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que 864 diagnósticos testaram positivo para a arbovirose. Os dados representam aumento de 1.340% nas contaminações, quando comparado aos apresentados na última terça-feira (7/1), mas ainda estão em patamar abaixo do registrado em 2024.

Além dos testes positivos para a dengue, os números de casos prováveis também saltaram em sete dias. Na primeira semana do ano, a Secretaria de Estado de Saúde investigava 288 possíveis contaminações. Até o início da tarde desta terça-feira (14/1), outros 3.016 casos da doença ainda estavam em investigação.

De acordo com boletim epidemiológico, divulgado pelo Governo de Minas, as causas de um óbito, que  estaria ligado à contaminação, estão sendo apuradas. A SES-MG afirma que, além desse registro, não há informações sobre mortes pela doença. 

Belo Horizonte

Na capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-BH), em 2025, até a última sexta-feira (10/1), apenas um caso da infecção foi registrado. No entanto, havia outros 119 exames pendentes de resultados e avaliações epidemiológicas. Cinco possíveis contaminações foram descartadas.

Dengue

Os casos de dengue, que tradicionalmente aumentam durante o verão, quando as temperaturas elevadas e as chuvas potencializam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, começaram o ano com números menores do que em 2024. Na primeira quinzena do último ano, ainda segundo o informe epidemiológico do Estado, houve 3.983 testes positivos.

Em janeiro do ano passado, Minas Gerais foi o estado brasileiro com maior quantidade de casos suspeitos de dengue. Essa situação fez com que o governo estadual decretasse emergência em saúde pública. Na ocasião, 366 municípios mineiros estiveram situação de alerta, enquanto 305 apresentavam risco elevado para a transmissão da doença. 

Chikungunya e zika

Em relação à febre chikungunya, até 13 de janeiro, foram registrados 215 casos prováveis da doença neste ano, dos quais 159 foram confirmados. Até o momento, não há óbitos confirmados ou em investigação em decorrência da doença em Minas Gerais. Quanto ao vírus Zika, até o momento não há casos prováveis e confirmados para a doença no estado.

Ministra da Saúde anuncia novas tecnologias para controle da dengue e outras arboviroses, em Minas Gerais

Ministra da Saúde anuncia novas tecnologias para controle da dengue e outras arboviroses, em Minas Gerais - Foto: Walterson Rosa/MS
Ministra da Saúde anuncia novas tecnologias para controle da dengue e outras arboviroses, em Minas Gerais – Foto: Walterson Rosa/MS

O estado de Minas Gerais vai receber novas tecnologias para controle da dengue e outras arboviroses. A novidade foi anunciada nesta sexta (10), durante visita da ministra Nísia Trindade aos municípios de Belo Horizonte e Contagem, que terão Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), expansão do Método Wolbachia e Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI). A visita ao estado mineiro é parte de uma série de viagens que a ministra da Saúde fará pelo Brasil, conforme anunciado esta semana. Na oportunidade, Nísia Trindade também atualizou os gestores locais sobre a implementação dos programas Mais Acesso a Especialistas e Rede Alyne. 

A implementação de novas tecnologias para controle vetorial da dengue nos estados brasileiros integra o Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses 2024/2025, anunciado ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia Trindade. O Ministério da Saúde se antecipou ao período sazonal com diversas medidas estratégias, como o Centro de Operações de Emergências (COE) para Dengue e outras Arboviroses, anunciado na quinta-feira (9). 

O anúncio das novas medidas para controle da dengue em Minas Gerais acontece em meio a visitas a unidades de saúde locais. Em Belo Horizonte, a ministra visitou alas de quimioterapia e de exames de imagem do Instituto de Oncologia Ciências Médicas de Minas Gerais (IONCM-MG) da Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma). O instituto iniciou os atendimentos em novembro do ano passado, atendendo exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Após o término das obras, a unidade ofertará 12 especialidades, 7 linhas macros e 14 sublinhas de cuidado. 

Nísia Trindade também debateu o projeto “Linhas de Cuidado”, da Feluma, que inspirou a criação do Programa Mais Acesso a Especialistas, que tem o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população a diagnósticos e tratamentos de forma integrada entre a atenção primária e especializada. 

Todos os 853 municípios de Minas Gerais aderiram ao PMAE e encaminharam os Planos de Ação Regional. Em todo o estado, está previsto o investimento de R$ 6,4 milhões de Ofertas de Cuidado Integral em cardiologia, oncologia, ortopedia, otorrinolaringologia e oftalmologia a serem realizadas em um ano nas 16 Macrorregiões de Saúde. A estimativa é que mais de 1,2 milhão de pessoas sejam beneficiadas. 

Rede Alyne

Na capital, a ministra Nísia Trindade também visitou o Centro de Telessaúde e a Unidade de Diagnóstico por Imagem do Hospital das Clínicas da UFMG. A unidade, que conta com 35 leitos obstétricos, sendo 23 cirúrgicos e 12 clínicos, será contemplada com o aumento do financiamento voltado para os cuidados com a saúde da mulher, por meio da Rede Alyne. O custeio será de R$ 1,4 milhão a mais que o do antigo financiamento, chegando a R$ 5,4 milhões por ano. 

A Rede Alyne foi lançada em setembro de 2024 como um novo modelo de atenção à saúde da mulher e da criança, aumentando o cuidado humanizado e integral para gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos. A meta do programa é reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% a mortalidade de mulheres pretas até 2027, além da ampliação de exames no pré-natal, o “vaga certa” – em que é garantida a vinculação da gestante à maternidade de referência – e a construção de Casas de Parto Normal, para estimular o parto natural. 

Na passagem pelo HC-UFMG, a ministra falou sobre os bons resultados que o Mais Acesso a Especialistas e o programa de redução de filas têm trazido a todos os estados.  “A UFMG vem contribuindo com ações de saúde nas várias áreas da ciência, tecnologia em saúde, nos projetos das redes de atenção e com o recorde de cirurgias no nosso programa de redução de filas”, destacou a ministra.

“Queremos dar qualidade para a população. A ideia é que o Mais Acesso a Especialistas seja um incentivo para as próximas gestões que virão, tanto nacionalmente, quanto nos estados e municípios”, acrescentou.

Em Contagem, a ministra da Saúde visitou as instalações do Centro Materno Infantil do Complexo Hospitalar da cidade. A unidade também contará com a implementação do programa Rede Alyne. A entidade funciona 100% em atendimento ao SUS e conta com 187 leitos e 26 especialidades, referência em atenção ao parto e nascimento. Com o novo financiamento da Rede Alyne, o custeio sairá de R$ 7 milhões para R$ 11,6 milhões, registrando um aumento de R$ 4,6 milhões anuais.

Dengue: sorotipo 3 volta a circular no país e preocupa autoridades

Dengue: sorotipo 3 volta a circular no país e preocupa autoridades - Foto: reprodução
Dengue: sorotipo 3 volta a circular no país e preocupa autoridades – Foto: reprodução

O sorotipo 3 da dengue registrou aumento em meio a testes positivos para a doença no Brasil – sobretudo nos estados de São Paulo, de Minas Gerais, do Amapá e do Paraná. A ampliação foi registrada principalmente nas últimas quatro semanas de dezembro. O cenário preocupa autoridades sanitárias brasileiras, já que o vírus não circula de forma predominante no país desde 2008 e, consequentemente, grande parte da população está suscetível.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, ao longo de todo o ano de 2024, o sorotipo da dengue que circulou de forma predominante no Brasil foi o 1, identificado em 73,4% das amostras que testaram positivo para a doença. “Estamos vendo uma mudança significativa para o sorotipo 3”, destacou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9).

“Quero chamar a atenção porque o sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008. Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Então, temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença. Essa é uma variável que nós estamos colocando no nosso COE [Centro de Operações de Emergência] para um monitoramento da circulação desses vírus.”

Alta incidência

Uma projeção feita com base nos padrões registrados em 2023 e 2024 no Brasil e apresentada pela pasta revela que a maior parte dos casos de dengue esperados para 2025 devem ser contabilizados nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessas localidades, é esperada uma incidência acima do que foi registrado ao longo do ano passado.

“O que a gente pode esperar para 2025? A gente continua com o efeito do El Niño e, portanto, com altas temperaturas e com esses extremos de temperatura. Também temos o problema da seca, que faz com que as pessoas armazenem água, muitas vezes, em locais inadequados. E isso também faz com que a proliferação de mosquitos possa acontecer”, explicou a secretária de Vigilância em Saúde.

“O aumento da circulação do sorotipo 3 não entrou nessa modelagem”, disse. “Não sabemos como ele vai se espalhar. Estamos fazendo esse monitoramento”, completou Ethel. Segundo ela, nas últimas quatro semanas de 2024, 84% dos casos de dengue se concentraram nos estados de São Paulo, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Paraná, de Goiás e de Santa Catarina.

Zika

Dados da pasta mostram ainda que, nas últimas quatro semanas de 2024, 82% do total de casos prováveis de Zika identificados no países se concentraram no Espírito Santo, no Tocantins e no Acre.

Chikungunya

Nas últimas quatro semanas de dezembro, 3.563 casos prováveis de Chikungunya foram identificados, sendo 76,3% deles em São Paulo, em Minas Gerais, no Mato Grosso, no Espírito Santo e no Mato Grosso do Sul. “Os estados se repetem, alguns deles, para dengue, Zika e Chikungunya”, destacou a secretária.

Oropouche

“Estamos com uma concentração grande de casos no Espírito Santo, com casos importados no Rio Grande do Norte, em Goiás, no Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, mas 90% dos casos estão concentrados no Espírito Santo, com aumento significativo das notificações. Estamos, neste momento, com uma equipe lá”, concluiu Ethel.

De acordo com a pasta, na primeira semana de 2024, 471 casos de febre do Oropouche foram identificados no país. Já na primeira semana de 2025, 98 casos da doença foram contabilizados no Brasil.

Governo de Minas utiliza drones no enfrentamento da dengue

Governo de Minas utiliza drones no enfrentamento da dengue - Foto: divulgação
Governo de Minas utiliza drones no enfrentamento da dengue – Foto: divulgação

Para ajudar no combate à dengue, zika e chikungunya, o Governo de Minas investe em um reforço inovador: o uso de drones. Os equipamentos estão sendo utilizados para mapear e tratar os locais com acúmulo de água parada que possam se tornar criadouros do Aedes aegypti e, dessa forma, auxiliar na redução do número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito. 

A estratégia é fruto da política Vigidrones, criada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que está sendo implementada nas 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) de forma gradual, para otimizar o trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE) dos municípios.

Os drones permitem a identificação de áreas de difícil acesso, como caixas d’água e piscinas descobertas, e possibilitam a aplicação precisa de larvicidas.

Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, os resultados iniciais são promissores. “Observamos uma significativa eliminação de focos de água parada e do vetor nos municípios que iniciaram o mapeamento”, destaca, ressaltando a relevância da tecnologia. “Minas está liderando o uso de recursos avançados para prevenir epidemias de dengue e gerenciar emergências de saúde pública”.

O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, evidencia o pioneirismo do estado, primeiro do Brasil a adotar a estratégia.

“Com a Vigidrones, estamos avançando de forma inédita no enfrentamento ao Aedes aegypti. Minas Gerais, mais uma vez, inova no uso da tecnologia para cuidar da saúde dos mineiros. Esse é o compromisso do nosso governo: cuidar das pessoas com soluções modernas e eficientes”, salienta Professor Mateus.

Investimento e atuação

O Governo de Minas destinou R$ 30 milhões para contratação e execução do geomonitoramento por drones. Nos municípios com menos de 30 mil habitantes, os recursos foram repassados aos Consórcios Intermunicipais de Saúde, que gerenciam o serviço. 

Em 2024, 394 cidades foram atendidas, com 45 mil hectares mapeados e a identificação de mais de 100 mil potenciais criadouros. Estima-se que 20% a 25% dos focos não são detectados pelos ACE, reforçando a importância do uso da tecnologia.

Exemplo de sucesso

Em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a atuação coordenada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba (Icismep) resultou na inspeção de 206 hectares e na identificação de 562 possíveis criadouros, incluindo 40 caixas d’água destampadas.

“Com o mapeamento, nossa ação com os ACE foi mais direcionada e eficaz. No período de um ano, registramos uma redução de 96% dos casos nas áreas mapeadas”, relata Giovanni Barbosa, diretor do Departamento de Zoonoses do município.

Governo de Minas utiliza drones no enfrentamento da dengue - Imagem: divulgação
Governo de Minas utiliza drones no enfrentamento da dengue – Imagem: divulgação

O prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves, reforça a relevância da iniciativa. “Essa tecnologia mostrou resultados significativos e trará benefícios duradouros no combate ao mosquito da dengue. Com meios e ferramentas adequados e eficientes, vamos continuar avançando nesse enfrentamento”, destaca.

A coordenadora do Departamento Saúde Única do Icismep, que atende as Regionais de Belo Horizonte e Divinópolis, Eduarda Portela, explica que todas as etapas do processo são acompanhadas por eles, de modo a garantir a efetividade dos resultados. 

“Entre julho e dezembro acompanhamos o mapeamento de 69 municípios das duas Regionais, contando as cidades contempladas pelo consórcio e as que receberam o recurso diretamente do estado. Auxiliamos na elaboração dos planos de trabalho, participamos das capacitações das equipes e atuamos no monitoramento para que o processo tenha continuidade e os resultados sejam avaliados em conjunto”, detalha.

Capacitação e monitoramento

Os dados coletados são armazenados em um sistema georreferenciado, permitindo aos ACE e profissionais de saúde a criação de mapas de calor que identificam áreas críticas. A SES-MG também promove capacitações para garantir a utilização eficiente da tecnologia. Além disso, um painel de monitoramento será lançado em breve, fornecendo um balanço detalhado dos resultados.

A política Vigidrones reflete o compromisso do Governo de Minas em implementar soluções inovadoras para proteger a saúde da população, reforçando a eficiência e a precisão nas estratégias de vigilância em saúde. Com a combinação de tecnologia e atuação integrada, o Estado avança no enfrentamento das arboviroses e estabelece um modelo a ser seguido em todo o país.

Anvisa analisa nova vacina contra a dengue, a primeira em dose única

Anvisa analisa nova vacina contra a dengue, a primeira em dose única - Foto: Flickr/Governo de SP
Anvisa analisa nova vacina contra a dengue, a primeira em dose única – Foto: Flickr/Governo de SP

O Instituto Butantan submeteu, na última segunda-feira (16), à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro para a Butantan-DV, vacina que desenvolveu contra a dengue. Caso seja aprovado, o imunizante será o primeiro do mundo em dose única contra a doença e se somará à Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda e à disposição do público no Sistema Único de Saúde (SUS).

O processo de submissão contínua permitiu que os dados do Butantan fossem enviados à Anvisa conforme eram gerados, agilizando as etapas de avaliação e acelerando a aprovação. O pedido de registro foi feito 48h depois que o Ministério da Saúde lançou, no sábado, o Dia D contra a Dengue — campanha de esclarecimento da população, que visa impedir o avanço da doença a partir da chegada do verão, no dia 21. Somente neste ano, há o registro de aproximadamente 6,5 milhões de casos prováveis. As mortes estão em torno de 5,9 mil.

A Butantan-DV é uma vacina tetravalente desenvolvida para combater os quatro sorotipos do vírus da dengue. Os ensaios clínicos da vacina foram concluídos em junho, após o último participante completar cinco anos de acompanhamento.

Os dados de segurança e eficácia da Butantan-DV foram publicados no New England Journal of Medicine e têm uma eficácia geral de 79,6% na prevenção de casos sintomáticos de dengue. Resultados da fase 3, divulgados na revista The Lancet Infectious Diseases, apontaram uma proteção de 89% contra formas graves da doença e casos com sinais de alarme, além de eficácia e segurança comprovadas por até cinco anos.

“É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do país e uma enorme conquista em nível internacional. Que o Instituto Butantan possa contribuir com a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue. Mostra que vale a pena investir na pesquisa feita no Brasil e no desenvolvimento interno de imunobiológicos. Vamos aguardar e respeitar todos os procedimentos da Anvisa, mas estamos confiantes nos resultados que virão”, afirmou Esper Kallás, diretor do Butantan.

100 milhões de doses

Se aprovada, o instituto estima entregar cerca de 100 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde ao longo dos próximos três anos. Em 2025, está prevista a entrega de um milhão de doses, com o restante distribuído em 2026 e 2027.

A definição dos critérios para vacinação da população caberá ao Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A fábrica da vacina Butantan-DV foi inspecionada pela Anvisa e considerada adequada. A agência também emitiu o certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para a planta de fabricação.

Segundo o infectologista Leandro Machado, a nova vacina pode mudar radicalmente o enfrentamento da dengue no Brasil: “Com apenas uma dose, ela não só facilita o acesso para milhões de pessoas, mas, também, oferece proteção prolongada e eficaz contra a doença. Isso significa menos casos graves, menos internações e menos vidas perdidas. Para um país como o nosso, onde a dengue é um problema constante, essa vacina traz esperança de um futuro com muito menos sofrimento”, explica. Questionada pelo Correio, a Anvisa informou que analisará os documentos submetidos nos próximos dias.

Após baixa procura pela 2ª dose, Passos faz alerta para completar imunização de crianças e adolescentes contra a dengue

Após baixa procura pela 2ª dose, Passos faz alerta para completar imunização de crianças e adolescentes contra a dengue - Foto: reprodução
Após baixa procura pela 2ª dose, Passos faz alerta para completar imunização de crianças e adolescentes contra a dengue – Foto: reprodução

Crianças e adolescentes de 10 a 14 anos podem ser vacinadas contra a dengue em Passos (MG). Para receber o imunizante, basta levar o cartão de vacina ou um documento pessoal.

Segundo a Prefeitura de Passos, cerca de 800 crianças dessa faixa etária foram vacinadas com a primeira dose até o momento, no entanto, somente 110 retornaram para a segunda. Dessa forma, o município faz um alerta para que os pais levem seus filhos para a vacinação.

“É importante os pais trazerem seus filhos de 10 a 14 anos para tomar a segunda dose e, para quem ainda não tomou a primeira dose, temos vacinas disponíveis em todas as salas de vacinas do município”, alertou técnica de imunização Priscila Soares Correa Faria.

O Ministério da Saúde estipulou a vacinação para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos devido ao alto número de internações dessa faixa etária. A enfermeira também afirma que a vacina foi aprovada pela Anvisa, portanto é segura e eficaz.

Para receber o imunizante, é necessário procurar uma sala de vacinação com um cartão de vacina ou um documento pessoal. Todas as salas de vacinação funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, em Passos.

Ao tomar a primeira dose, é necessário retornar após três meses para tomar a segunda. No caso de crianças e adolescentes que tiveram dengue, a técnica de imunização orienta aguardar por seis meses para tomar a primeira dose. Já a segunda, pode ser tomada após 30 dias a partir dos primeiros sintomas.

Dia de vacinação

Em Passos, no próximo sábado (26) haverá vacinação no CEMEI Tutuka, das 9h às 12h. O público alvo que pode atualizar o cartão de vacinas são os adultos e as crianças. Haverá atividades para as crianças, como pula-pula, pinturas e lanche.

  • Serviço
  • 🗓️ sábado, 26 de outubro
  • ⏰ das 9h às 12h
  • 📍 CEMEI Profª Maria de Lourdes Vasc. Moura – TUTUKA – Rua Vespasiano, 1025 – COHAB II
  • ⚠️ Obrigatório levar o cartão do SUS e a carteira de vacinação

Via: G1

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