Jornal Folha Regional

Câmara de Passos debate estratégias de combate à dengue no município

Câmara de Passos debate estratégias de combate à dengue no município - Foto: divulgação
Câmara de Passos debate estratégias de combate à dengue no município – Foto: divulgação

A Comissão de Saúde da Câmara de Passos (MG) promoveu nesta terça-feira (30), uma reunião envolvendo membros da Secretaria de Saúde, vereadores e o Conselho de Saúde, para discutir estratégias de combate à dengue no município. A condução da reunião ficou a cargo dos membros da comissão, vereadores Francisco Sena (presidente) e Dentinho (membro).

Segundo o diretor de Saúde Coletiva, Bruno Guimarães, durante apresentação do panorama epidemiológico em Passos, destacou que o município aderiu ao decreto nº 164 emitido pelo governador Romeu Zema, como medida de combate à doença. Segundo ele, Minas registrou mais de 32 mil casos notificados de dengue, sendo 11 mil confirmados. Passos apresenta mais de 400 casos.

De acordo com a Comissão de Saúde, o encontro também abordou a presença dos tipos II e III de dengue no município, com análises enviadas para determinar a circulação viral, sendo que, diante das preocupações com os tipos III e IV, a equipe da Secretaria de Saúde detalhou as ações de combate em andamento e as medidas já planejadas.

O vereador Francisco Sena, presidente da Comissão de Saúde, levantou questões sobre a situação do Cemitério Municipal, com túmulos danificados e vegetação alta, possíveis fatores para a proliferação do mosquito.

O secretário de Saúde, Thiago Salum, explicou que a aplicação de inseticidas no local é restrita devido ao risco de disseminação de outros insetos, como baratas e escorpiões, causando transtornos aos moradores do bairro.

A Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Paula Freitas, informou que não há previsão para a chegada da vacina no município, sendo os municípios selecionados de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

A presidente da Câmara, Aline Macêdo, e os vereadores Alex Bueno, Gilmara Oliveira, Michael Silveira, Mauricio Silva e Edmilson Ampara também estiveram presentes na reunião. (Clic Folha)

Novos casos de dengue aumentam mais de 78% em uma semana no Sul de MG; Passos é a cidade com mais casos

O número de novos casos prováveis de dengue aumentou em 78,5% nesta semana no Sul de Minas, conforme novos dados divulgados na tarde da última segunda-feira (29) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A região segue com uma morte confirmada, em Monte Belo (MG).

Conforme os novos dados, o Sul de Minas tem agora 4.470 casos prováveis de dengue. Há uma semana, esse número era de 2.504 casos prováveis.

Passos segue como a cidades com mais casos prováveis da doença (622), seguida por Varginha (467), Areado (402) e Santana do Jacaré (277).

Novos casos de dengue aumentam mais de 78% em uma semana no Sul de MG; Passos é a cidade com mais casos - Foto: reprodução
Novos casos de dengue aumentam mais de 78% em uma semana no Sul de MG; Passos é a cidade com mais casos – Foto: reprodução

Passos e Varginha também são as cidades onde o número de casos prováveis mais aumentou nesta semana, +268 e +252 respectivamente. Areado (+219) e Campo Belo (+113) aparecem na sequência.

Por enquanto, o Sul de Minas tem uma morte confirmada pela doença, registrada em Monte Belo. Essa também é a única morte até o momento confirmada no estado.

Cidades com mais casos de dengue:

  • Passos: 622
  • Varginha: 467
  • Areado: 402
  • Santana do Jacaré: 277
  • Candeias: 251
  • Cana Verde: 231
  • Campo Belo: 193
  • Inconfidentes: 192

Cidades onde o número de casos mais aumentou na semana:

  • +268 Passos
  • +252 Varginha
  • +219 Areado
  • +113 Campo Belo
  • +109 Candeias
  • +88 Monte Belo
  • +82 Cana Verde
  • +56 Inconfidentes

Minas Gerais confirma a segunda morte por dengue neste ano

Minas Gerais confirma a segunda morte por dengue neste ano - Foto: reprodução
Minas Gerais confirma a segunda morte por dengue neste ano – Foto: reprodução

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) confirmou a segunda morte por dengue em Minas Gerais neste ano. A vítima é uma idosa que morava na cidade de Araguari, cidade do Triângulo Mineiro, que tem 536 casos confirmados da doença.

A primeira vítima também era uma idosa, moradora de Monte Belo. Conforme a pasta de saúde do Estado, outros 24 óbitos estão em investigação para a dengue em Minas Gerais.

Até a última atualização, que ocorreu nessa quinta-feira (25 de janeiro), 17.887 casos de dengue foram confirmados neste ano, enquanto outros 49,912 eram considerados como prováveis. Dos confirmados, o maior grupo diagnosticado para a doença são mulheres de 20 a 29 anos, que somaram 1.722 nessa condição. Ainda segundo os dados, 173 bebês de até 1 ano também tiveram o quadro de dengue positivo.

No Estado, Belo Horizonte é, disparada, a cidade com mais casos para a doença. São 4.482 casos, enquanto Itabira, na região Central, vem em seguida com 2.524.

Nesta semana, o secretário de Saúde do Estado, Fábio Baccheretti, afirmou que Minas Gerais iria decretar situação de emergência por conta das arboviroses, mas o decreto ainda não foi publicado.

Chikungunya

Os casos de chikungunya também estão em alta no Estado. São 4.869 casos confirmados da doença, com um óbito confirmado em Sete Lagoas e outros dois óbitos em investigação.

A cidade de Timóteo é a que tem o maior registro dessa doença, com 1.790 casos, seguida de Ipatinga com 1.509.

Minas Gerais vai decretar estado de emergência de saúde por causa da dengue

Minas Gerais vai decretar estado de emergência de saúde por causa da dengue - Foto: reprodução
Minas Gerais vai decretar estado de emergência de saúde por causa da dengue – Foto: reprodução

Com o pico de casos de dengue, chikungunya e zika esperado até março, Minas Gerais decretará emergência de saúde em decorrência das arboviroses a partir desta semana.

A informação foi divulgada pelo Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (23 de janeiro). Até o momento, o Estado soma uma morte por dengue e aumento de 754% nos casos em 2024.

“O Estado de Minas Gerais decretará emergência em saúde para facilitar que tanto a Fhemig quanto os municípios possam fazer contratações temporárias e a compra de insumos para combate à dengue mais rápido. Vamos publicar, até o final de semana, um decreto que permite ao gestor uma agilidade na tomada de decisão”, explicou.

Para reforçar as ações de combate à doença, o Estado anunciou ainda investimento de mais de R$ 32,2 milhões para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O valor soma ao aporte de R$ 80,5 milhões previstos para o período sazonal.

Dengue: Brasil apresenta recorde de mortes pela doença em 2023

Dengue: Brasil apresenta recorde de mortes pela doença em 2023 - Foto: reprodução
Dengue: Brasil apresenta recorde de mortes pela doença em 2023 – Foto: reprodução

Em 2023, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue. Segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), foram contabilizados 1.094 óbitos, o que representa um aumento de 3,89% em comparação com o ano anterior.

De acordo com especialistas, o aumento se dá pela circulação de quatro sorotipos diferentes da doença. Isso significa que cada indivíduo pode contrair quatro tipos da dengue e, apesar de ser infectado por um vírus e adquirir imunidade contra ele, ainda restam outros três tipos suscetíveis à infecção.

Juan Carlos Boado, médico e diretor Técnico do Hospital Bom Pastor localizado em Guajará-Mirim (RO), alerta para cuidados redobrados da população a fim de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue e doenças relacionadas.

“O jeito mais efetivo de prevenir a doença é através do combate ao mosquito. Por isso, é importante eliminar os focos de água parada em caixas d’água, garrafas, pneus, pratos de vasos em jardins, entre outros. Além disso, é preciso limpar frequentemente os quintais nesse período chuvoso, contribuindo para a prevenção de todos”, completa.

Atenção aos sinais de alerta

  • Febre alta com início súbito (39° a 40°);
  • Agitação;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Forte dor de cabeça;
  • Perda do paladar e apetite;
  • Cansaço extremo;
  • Náuseas e vômitos persistentes;
  • Dor nos ossos e articulações;
  • Dor abdominal.

Juan ressalta, ainda, que é importante ficar atento à dengue hemorrágica, tipo mais grave da doença. Parecido com os sintomas clássicos, a diferença é que o doente apresenta sangramentos, principalmente nas gengivas e pele, vômitos persistentes e dor abdominal intensa e contínua.

“Esse tipo de caso pode levar à morte. Por isso, o paciente deve ser levado imediatamente para um hospital de referência, para monitoramento e tratamento clínico especializado”, alerta o médico.

Governo vai priorizar vacinação de crianças e jovens de 6 a 16 anos contra a dengue

Governo vai priorizar vacinação de crianças e jovens de 6 a 16 anos contra a dengue - Foto: reprodução
Governo vai priorizar vacinação de crianças e jovens de 6 a 16 anos contra a dengue – Foto: reprodução

O diretor do Programa Nacional de Imunização (PNI), Eder Gatti, informou na última segunda-feira (15) que o Ministério da Saúde deve priorizar a imunização contra a dengue de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.

A declaração foi feita após reunião de técnicos da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para discutir estratégias de distribuição e aplicação da vacina contra a dengue em todo o território nacional.

Segundo o diretor do PNI, a priorização da imunização da faixa etária segue uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ministério, então, deve definir uma faixa etária dentro desse grupo para vacinar.

“De 6 a 16 anos é uma faixa etária que vamos priorizar. Dentro dessa faixa etária, vamos decidir qual grupo será prioritário. Tem a discussão de dentro desse grupo quem hospitaliza mais. Não avançaremos fora deste grupo”, disse Gatti a jornalistas.

O imunizante contra a dengue, chamado de Qdenga, foi incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecê-lo no sistema público universal.

A vacina, porém, não é produzida em larga escala e necessita de duas doses para a proteção total. O laboratório japonês Takeda Pharma é o responsável pelo desenvolvimento do imunizante.

Segundo o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. Por isso, a distribuição deve ser focada em públicos e regiões prioritárias.

Como a aplicação da vacina é feita em duas doses, porém, no máximo 3 milhões de pessoas serão vacinadas.

O debate da vacina contra a dengue vem num contexto de projeção do aumento de casos da doença no início do ano em função da combinação entre calor e chuva e pelo ressurgimento recente do sorotipo 3 do vírus no Brasil.

Segundo dados do Ministério da Saúde, ao longo de todo o ano de 2023 foram notificados 1.658.816 casos da doença e 1.094 óbitos em decorrência da dengue.

Chikungunya: Maiores cidades do Sul de Minas registram aumento de mais de 350% nos casos

As maiores cidades do Sul de Minas registraram aumento de mais de 350% no número de casos contaminações por chikungunya, de 2022 para 2023. O crescimento foi apontado em dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Entre os cinco municípios mais populosos da região, Pouso Alegre foi o que teve maior número de registros. Logo em seguida aparecem Varginha, Lavras, Passos e, por último, Poços de Caldas.

Em Pouso Alegre, foram 18 contaminações ao longo do ano passado, sendo que em 2022 nenhuma infecção pela doença foi registrada.

Números das cinco maiores:

  • Pouso Alegre
    2022: nenhum caso
    2023: 18 casos
  • Varginha
    2022: 1 caso
    2023: 11 casos
  • Lavras
    2022: 2 casos
    2023: 11 casos
  • Passos
    2022: 3 casos
    2023: 7 casos
  • Poços de Caldas
    2022: 4 casos
    2023: 5 casos
Equipe de combate às endemias faz mutirão — Foto: Prefeitura de Andradas
Equipe de combate às endemias faz mutirão — Foto: Prefeitura de Andradas

Transmissão

Assim como a dengue e a zika, a chikungunya também é transmitida pelo Aedes Aegypti, que se prolifera em água parada.

A Prefeitura de Pouso Alegre disse, por nota, que o aumento foi registrado mesmo apesar dos esforços contínuos para prevenir a proliferação do doença e a realização do bloqueio vetorial nos casos suspeitos de chikungunya.

A administração municipal salientou, ainda, que, além das ações, é necessário também que a população colabore no combate ao mosquito transmissor.

Mãe que perdeu filho vítima da dengue é a 1ª pessoa a receber vacina: ‘deixou um legado’

Francislene foi a primeira pessoa a receber a vacina em Dourados (MS). — Foto: Ronie Cruz e TV Morena/Reprodução
Francislene foi a primeira pessoa a receber a vacina em Dourados (MS). — Foto: Ronie Cruz e TV Morena/Reprodução

Francisleine Costa foi a 1ª pessoa a receber a vacina contra dengue na campanha de imunização em massa que começou em Dourados (MS) na última quarta-feira (3). A mulher é mãe Júlio César Arthur da Costa Escobar, que morreu aos 14 anos vítima de dengue grave em fevereiro de 2023.

Com os olhos cheios de lágrimas e na mente lembranças do filho que morreu tão jovem, Francisleine descreveu os sentimentos que a rodeavam no momento em que recebeu a 1ª dose da vacina contra a dengue.

“Não doeu nada. Estou contente! Meu filho deixou um legado, Dourados é a primeira cidade do Brasil a receber a vacina. É uma dor de mãe, mas é uma felicidade”, compartilhou Francisleine.

Julio morreu após sofrer falência múltipla de órgãos, ocasionada por uma dengue gravíssima. O jovem era jogador de futebol do Ubiratan Esporte Clube. Conhecido como “Mbappé de MS”, Julio completaria 15 anos dois dias após a morte. Na vida profissional, o jogador tinha sido selecionado para um período de testes no Fluminense.

Entre a felicidade por receber a dose e o luto pela perda do filho, Francisleine se firma na lembrança do jovem. “Meu filho queria ser famoso. Ele deixou uma presença depois dessa vacina de forma marcante. Dourados sempre vai lembrar dele, agora vamos nos sentir mais protegidos”.

Após receber a dose de esperança, Francisleine ainda apelou para que “todos cuidem dos quintais, não deixem água parada e que, quando possível, busquem pela vacina”.

“Podemos cuidar do nosso quintal, mas e o vizinho? Mãe, não tenha medo. A dor de uma mãe é maior. Não deixem de tomar vacina, protejam seus filhos. A vacina é o único meio de proteção. Agora, sigo aliviada, meu coração está feliz”, pontuou.

Dourados é protagonista na imunização contra dengue

Dourados, a pouco mais de 200 km de Campo Grande, foi a primeira cidade do Brasil a iniciar a vacinação em massa contra a dengue. A imunização começou por volta das 10h desta quarta-feira (3), nos 35 postos de saúde espalhados pela cidade. 🦟💉

Com 243.368 mil habitantes, a estimativa do município é vacinar 150 mil moradores entre 4 e 60 anos com a vacina.

Em Dourados, a imunização é oferecida para aquelas pessoas que chegarem ao posto com o documento de identificação e comprovante de residência na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

Dourados fez uma parceria inédita com o laboratório japonês Takeda, responsável por desenvolver a vacina Qdenga. Esta cooperação possibilitou que a cidade garantisse as primeiras doses do imunizante para realizar a vacinação em massa.

Vacina contra a dengue: veja quando começa o calendário nacional

Vacina contra a dengue: veja quando começa o calendário nacional – Foto: reprodução

Dourados, em Mato Grosso do Sul, se tornou na última quarta-feira (3) a primeira cidade do mundo a iniciar um processo de vacinação em massa contra a dengue. Isso só foi possível graças à parceria com a farmacêutica Takeda.

O Brasil passará a adotar só no mês que vem a vacina como parte do calendário nacional. A previsão é de que cerca de 3,1 milhões de pessoas possam ser vacinadas neste primeiro ano da campanha, já que a Takeda conseguirá entregar cerca de 6,2 milhões de doses em 2024 – 1,2 milhão por meio de doação e 5 milhões pelo contrato de compra – e o esquema vacinal completo envolve duas doses.

A prefeitura local divulgou que a primeira dose foi aplicada em Francisleine Costa, mãe do adolescente Julio Cesar da Costa, de 15 anos, que morreu de dengue em 2023. “Meu filho foi enterrado no dia do aniversário. Agora a vacina veio e eu estou fazendo campanha para que todos se vacinem para que não passem pela mesma dor. Estou contente por Dourados ser a primeira cidade a prestar esse serviço ao público.”

A gestão municipal relatou alta procura no primeiro dia de imunização. Foram distribuídas inicialmente 90 mil doses do imunizante Qdenga. Mas a farmacêutica garantiu o oferecimento de 150 mil doses, suficientes para todos os douradenses entre 4 e 59 anos.

A imunização faz parte de um projeto da farmacêutica em parceria com o pesquisador Julio Croda, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que busca avaliar a proteção conferida fora de laboratório, em uma população real. “É um quantitativo de 300 mil doses disponíveis que vence em agosto deste ano e serão utilizadas para esse estudo, o primeiro do tipo para essa vacina a nível mundial”, afirmou Croda ao jornal O Globo. A Takeda, por sua vez, afirmou que a iniciativa teve início antes mesmo da compra de doses pelo governo federal.

Prevalência

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o número de casos de dengue em 2023, divulgado pelo Estadão há dez dias, apontam o Brasil como o país com maior incidência da doença. Ao todo, foram 2,9 milhões de casos até 11 de dezembro – mais da metade dos mais de 5 milhões registrados mundialmente. De acordo com a entidade, vive-se um patamar histórico para a dengue.

A OMS alertou sobre o fato de a doença também ter se espalhado para países onde historicamente não circulava, como França, Itália e Espanha. Entre as razões para a disseminação está a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria – dessa maneira, ele consegue se reproduzir cada vez mais.

O fenômeno El Niño, que chegou agora ao seu auge, também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas, e a previsão é de que seus efeitos, incluindo ondas de calor inéditas, persistam até maio ou junho. O Ministério da Saúde do Brasil já projeta um aumento de casos da doença neste ano – e, por isso, adotará a aplicação da vacina de forma geral, algo também inédito no mundo.

Mortes

Os dados da OMS alertam, ainda, para o número de casos graves da dengue: ao todo, 5 mil pessoas morreram pela doença neste ano em todo o mundo. No Brasil, 1.474 casos, ou 0,05% do total de registros, são da versão hemorrágica, que pode matar.

Entenda como Passos tem reforçado a prevenção para evitar nova epidemia de dengue em 2024

Entenda como Passos tem reforçado as medidas de prevenção à dengue para evitar nova epidemia — Foto: Reprodução

O ano foi marcado pela dengue no Sul de Minas. Entre as cidades, Passos tem sido a campeã de casos; são mais de 13 mil, com 9 mortes. Segundo a prefeitura, uma possível explosão de casos é prevista para 2024, no entanto, há medidas de prevenção sendo reforçadas para evitar uma nova epidemia da dengue.

Os boletins da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) são divulgados a cada 15 dias. O último foi disponibilizado nesta terça-feira (26).

Conforme os dados, Minas Gerais tem pouco mais de 400 mil casos prováveis da doença, ou seja, os casos notificados, com exceção dos já descartados. Ao todo, são 194 mortes por dengue em todo o estado.

Casos de dengue no Sul de Minas até 26/12/2023

LocalQtd. de CasosQtd. de Mortes
Passos13.0189
Lavras4.0943
Varginha2.0601
Pouso Alegre2090
Poços de Caldas270
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG_

O coordenador de zoonoses, Sergio Belini, explica que uma das causas prováveis para esse aumento de casos é a combinação de calor intenso com pancadas de chuva.

A proliferação dos mosquitos acontece mais rápido quando as temperaturas estão mais altas. Por exemplo, numa temperatura normal, os ovos levam cerca de 14 dias para eclodir. Em temperaturas elevadas, são 9 dias.

Neste ano, Passos teve dificuldade no enfrentamento à epidemia, inclusive para conseguir insumos e veículos para serem usados nos trabalhos de fumacê, por exemplo.

Para 2024, o cenário pode ser diferente, já que a cidade conseguiu acesso aos próprios equipamentos. Os trabalhos foram intensificados tendo como base o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa).

“O Liraa dá o parâmetro dos bairros que estão mais problemáticos. E também tem a mobilização, que são os agentes que vão em empresas, escolas, igrejas, até asilos, para conscientizar as pessoas e replicar o tratamento quanto à dengue. […] Vamos estar em alerta: se os casos aumentarem, a gente vai utilizar os fumacês”, informa o coordenador de zoonoses.

Entenda como Passos tem reforçado as medidas de prevenção à dengue para evitar nova epidemia  — Foto: Reprodução EPTV
Entenda como Passos tem reforçado as medidas de prevenção à dengue para evitar nova epidemia — Foto: Reprodução

Ministério da Saúde fez uma projeção de casos de dengue para 2024 e afirmou que Minas Gerais tem “potencial epidêmico” de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Para esse enfrentamento da doença, a Prefeitura de Passos desenvolveu um mapa que vai facilitar o monitoramento dos casos na cidade.

“Cada mapinha desse é um setor, uma microárea, onde o agente toma conta dali. Esse mapa vai ajudar no fluxo de notificações de caso de dengue. […] A gente vai marcando sempre e onde tiver um fluxo maior a gente vai ‘atacar’ naquele lugar. […] Ajuda a ter um controle e vai ficar mais visual para ver onde está o problema”, completa Belini.

Entenda como Passos tem reforçado a prevenção para evitar nova epidemia de dengue em 2024 — Foto: Reprodução/EPTV
Entenda como Passos tem reforçado a prevenção para evitar nova epidemia de dengue em 2024 — Foto: Reprodução
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