Jornal Folha Regional

Garoto de 13 anos ainda desaparecido pode estar em São José da Barra

Jovem desapareceu no dia 28 de agosto, enquanto caminhava para um supermercado de Franca

O adolescente Wesley Pires Alves Filho, 13 anos, conhecido também como Weslinho, está desaparecido desde o dia 28 de agosto.

Segundo informações, o garoto pode estar em São José da Barra (MG), nas proximidades do Lago de Furnas.

Nesta terça-feira (22), a tia do garoto, Monique falou com o Jornal Folha Regional, e informou que ele mora com os pais e duas irmãs na cidade de Franca, interior de São Paulo.

Wesley não tem nenhum problema de saúde, e saiu de casa com uma blusa de frio (que é a mesma da foto).

‘Não é coisa que se faça’

A família faz buscas há mais de duas semanas e já esteve em diferentes cidades da região, como Ipuã (SP), Patrocínio Paulista (SP) e Batatais (SP), além de São Tomás de Aquino (MG), e agora em São José da Barra (MG), mas não o encontrou. “É mais fácil perguntar onde falta, onde não foi, porque já fomos em tudo”, afirma Márcio.

Em muitos dos casos, os parentes se deslocaram motivados por denúncias que, mais tarde, se mostraram falsas.

“As pessoas têm o prazer de ligar e dizer: ‘oh, em tal lugar’, onde já se viu? A pessoa mandar até o nome do bar, o telefone. Só que essa pessoa não vai ficar impune. Já passei para a delegacia de Ribeirão e de Franca, isso não é coisa que se faça. Estamos sofrendo. (…) Não tem mais o que fazer e as pessoas ainda vem brincar com uma coisa séria.”
O tio, por outro lado, reforça o pedido de ajuda a quem realmente esteja disposto a dar informações que levem ao paradeiro do adolescente.

“Seja lá o que for, tira essa agonia da gente. Liga para a polícia, anônimo. Eu peço do fundo do coração.”

Investigações

Segundo o delegado Eduardo Bonfim, as investigações indicam que Wesley está vivo, mas não aparenta querer voltar para casa. Isso, segundo o responsável do caso, dificulta as buscas da Polícia Civil, concentradas em Ribeirão Preto.

Bonfim disse que a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o garoto está sobrevivendo com o que ganha em semáforos e nas casas da região.

Os pais do menino afirmam que o filho não era envolvido com drogas nem tinha qualquer problema com a polícia. Eles suspeitam que alguém tenha interceptado o garoto na rua.

Para mais informações, entrar em contato com a família através do telefone (16) 99999-1479 ou diretamente com a Polícia, através do 190

Filha que teve mãe assassinada escreve discurso emocionante sobre o caso

A pastora Elaine Aparecida Barros de Oliveira, que em 2020 estaria completando 53 anos, foi morta em fevereiro de 2017. O suspeito é o próprio marido, de 43 anos.

Elaine estava desaparecida desde o dia 24 de fevereiro, e foi encontrada no dia 27, em um canavial na saída de Passos para São João Batista do Glória (MG). O corpo estava envolvido em um lençol, com sinais de violência e sem as roupas intimidas, além de ter arames nos pulsos e pescoço.

O pastor, disse em depoimento que levou a mulher até um posto de saúde na Avenida da Moda e voltou em casa para buscar alguns documentos que ela teria esquecido. Quando voltou, segundo ele, não a encontrou mais. Ainda segundo o acusado, no momento do desaparecimento, ela estava com R$ 655 e na época se queixava de ameaças de um ex-namorado.

De acordo com a filha de Elaine, Karen Cristina Barros de Carvalho, de 33 anos, não houve velório, uma vez que o corpo já estava em avançado estado de decomposição, portando a família e amigos não tiveram tempo e nem como se despedirem de Elaine como gostariam.

Elaine e o marido estavam juntos a seis anos, e tinham aberto uma Igreja Assembleia de Deus Pentecostal a menos de um ano.

Karen postou um discurso comovente em suas redes sociais. Apesar de ter se passado três anos desde o crime, a família ainda se revolta por tal crueldade.

‘’Pois é, estão vendo o destaque ao lado? É o corpo da minha mãe, encontrado em decomposição há quase 4 dias em fevereiro de 2017. Ela foi covardemente assassinada pelo seu esposo que era ‘’pastor’’ aqui na cidade de Passos. Amarrada e deixada em um canavial. Minha mãe estava muito debilitada devido aos AVC’s que tinha sofrido, porém ele se recusava a morar comigo com medo de gerar escândalo pra igreja a saída dela de casa. Ela viveu 6 anos com esse cidadão que mal fazia o seu papel de homem. Sabe o que é mais engraçado? Muitas pessoas próximas dele, olham pra gente com cara ruim como se a gente tivesse espancado, sedado, matado e torturado ele, como ele fez com minha mãe. Ele está apenas preso!Em um país cujo as leis são consideradas fracas pra esse tipo de crime. Quem colocou ele na cadeia foram os depoimentos contraditórios dele, as evidências do crime com requintes de crueldade por motivos torpes e banais. Ele também tinha uma amante rs (só pra ressaltar, ela era amiga da minha mãe). Então não adianta me olharem de cara feia, nada do tipo. Quem perdeu foi eu, meus familiares e amigos, que realmente gostavam dela. A minha mãe foi assassinada, enterramos em um caixão lacrado com direito a 10 minutos de funeral com extremo mal cheiro. Dia 24 será o júri popular do meliante. Mas independente de qualquer coisa não desejo mais e nem menos do que ele merece, absolutamente nada trará minha mãe de volta. Eu sei que o acerto dele será diante de Deus na hora de prestar contas’’, publicou a filha de Elaine.

O acusado não confessou o crime, e vai a júri popular, que está marcado para acontecer no dia 24 de setembro, no Fórum de Passos.

‘’Minha mãe tinha sofrido alguns AVC’s, por que estava com uma depressão muito forte, devido a perda do meu irmão, que morreu afogado com 14 anos. Nos últimos três anos ela vivia por conta da igreja. Por diversas vezes, chamei ela para morar comigo, por que ficava mais fácil de cuidar dela, mas ela não ia com medo de gerar escândalo na igreja, por estar saindo de casa. Ela tinha um amor imenso pelas pessoas’’, disse Karen.

A filha ainda completou dizendo que no dia que acharam o corpo de sua mãe, o acusado falou que a culpa teria sido dela, por estar pregando para traficantes e andarilhos.

Por: Valter Junior

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