Jornal Folha Regional

Menino de 4 anos com doença rara consegue doador de medula após campanha na internet e na imprensa, no Sul de Minas

Menino de 4 anos com doença rara consegue doador de medula após campanha na internet e na imprensa, no Sul de Minas - Foto: reprodução
Menino de 4 anos com doença rara consegue doador de medula após campanha na internet e na imprensa, no Sul de Minas – Foto: reprodução

Os esforços de uma família de Nepomuceno, no Sul de Minas, para encontrar um doador de medula para uma criança de 4 anos foram recompensados após uma grande divulgação na internet e na imprensa.

Enzo Veiga Guimarães tem uma condição rara de imunodeficiência denominada deficiência purina-nucleosideo fosforilase, cujo único tratamento é o transplante de medula óssea.

A síndrome favorece iInfecções recorrentes, causa déficit de crescimento, doença autoimune ecomprometimento neurológico. Meses atrás, a doença foi a responsável pela morte da irmã mais nova do menino.

A família recorreu à internet e aos veículos de imprensa para buscar doador para o garoto. A campanha teve muita repercussão e ganhou apoio de famosos como o ator Selton Mello.

O resultado veio cerca de um mês após o início da campanha. Nessa semana, a família de Enzo foi informada pelo Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, onde o menino está internado, que possíveis doadores de medula óssea haviam sido localizados.

“Surgiram dois possíveis doadores compatíveis com ele 100% e a gente agora está fazendo um procedimento dos exames e a avaliação dele vai ser dia 28 para o transplante”, informou o pai de Enzo, Marcelo Veiga.

A notícia foi comemorada pelos parentes.

“Foi muita alegria, muita mesmo. Foi choro, alegria, porque só Deus sabe o tanto que a gente estava lutando para isso, para poder encontrar essa cura dele, é através desse transplante. Então, eu sinceramente, eu não sei nem demonstrar” disse a professora Cláudia Zacaroni.

Cadastro do posto de coleta é fechado

Mas a campanha de Enzo teve um efeito colateral inesperado. Devido à quantidade de pessoas que se cadastraram para serem doadoras, o cadastro de doadores de medula do Posto Avançado de Coleta Externa (Pace) de Lavras foi fechado.

O Pace tem uma estrutura semelhante a uma Unidade de Coleta da Hemominas e funciona em locais, datas e horários pré-definidos. Como a coleta de amostras de possíveis doadores foi intensa em Lavras, local autorizado mais próximo de Nepomuceno, a Fundação Hemominas optou por fechar o cadastro do posto porque a variabilidade genética de mais amostras coletadas não seria relevante para o banco de doadores.

“O Hemominas regionaliza as cotas dos cadastros de medula para haver uma maior variabilidade genética para pessoa ter mais chance de achar alguém compatível e devido à campanha do Enzo, que numa sexta-feira foram 120 pessoas ou uma média de 30 por coleta, a cota da região de Lavras se esgotou”, explicou o captador responsável pelo Pace de Lavras, Luiz Gustavo Pereira.

Muitas pessoas que pensavam em se cadastrar após a campanha de Enzo foram surpreendidas.

“Esgotou aqui, mas continua sendo feito em outros postos de coleta, outros núcleos”, ressaltou Pereira. “É um trabalho muito importante porque a chance de conseguir alguém compatível é muito pequena. Em termos de Brasil é uma em 100 mil, em termos do mundo é uma em um milhão. Então a pessoa deve procurar se cadastrar, independente se está em Lavras, em Neopomuceno, no Rio de Janeiro. Esse cadastro é mundial e serve para ajudar pessoas do mundo inteiro.”

Via: G1

Após 18 anos, doença da banana é identificada em plantação no interior de Minas

Secretaria de Agricultura prevê adoção de medidas rigorosas de controle sanitário, mas diz que ressurgimento da doença não representa um risco imediato para a produção

Doença da banana é identificada em plantação no interior de Minas - Foto: reprodução
Doença da banana é identificada em plantação no interior de Minas – Foto: reprodução

Um foco de Sigatoka Negra, doença provocada por fungos que compromete a produtividade das plantações de banana, foi identificado em uma propriedade em Jaíba, no Norte de Minas Gerais, informou a Secretaria de Agricultura do Estado na terça-feira. Não existe risco para a população relacionada ao consumo da fruta.

A descoberta foi realizada durante uma fiscalização de rotina do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O maior dano provocado pela praga, se não for controlada adequadamente, é a morte prematura das folhas, que causa redução da área foliar, e leva a perdas na produtividade e qualidade do plantio.

A consequência para a planta acometida pela doença é a diminuição do número de pencas por cacho, redução do tamanho do cacho e maturação precoce dos frutos no campo ou mesmo durante o transporte. O último caso de Sigatoka Negra em áreas de grande produção de bananas em Minas havia sido registrado em 2007.

Segundo a Secretaria de Agricultura, todas as medidas de contenção já foram definidas em parceria com o IMA, além da pasta de Pecuária e Abastecimento (Seapa), com anuência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e serão implementadas imediatamente.

“O surgimento deste foco reforça a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário, mas não representa um risco imediato para a produção de banana no estado”, diz o comunicado da Secretaria.

Eles acrescentam que todos os produtores de banana do município deverão aderir ao protocolo de mitigação de riscos disponível no site do IMA ou nos escritórios regionais. Aqueles que não o fizerem, sofrerão restrições sanitárias, e serão impedidos de comercializar as frutas. Também haverá fiscalização de trânsito de cargas.

Veja outras medidas sanitárias que estão sendo adotadas:

  • Levantamento fitossanitário no raio de 1 km da propriedade afetada, com inspeção de 100% das áreas produtivas;
  • Monitoramento ampliado em um raio de até 10 km, abrangendo pelo menos 50% das propriedades bananicultoras;
  • Notificação dos produtores da região, que devem aderir ao Sistema de Mitigação de Riscos da Sigatoka Negra;
  • Verificação e atualização dos cadastros das Unidades de Produção (UPs) para garantir o mapeamento das áreas de cultivo;
  • Reunião com responsáveis técnicos (RTs) que emitem Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) para reforçar os protocolos de segurança sanitária;
  • Fiscalização intensificada no trânsito de cargas e caixarias, a fim de evitar a propagação da doença para outras regiões;
  • Toda e qualquer plantação de banana abandonada na região será eliminada, conforme prevê a legislação sanitária vigente;

Padre Fábio de Melo enfrenta depressão: “Vontade de deixar de viver”

Padre Fábio de Melo enfrenta depressão: “Vontade de deixar de viver” - Foto: reprodução
Padre Fábio de Melo enfrenta depressão: “Vontade de deixar de viver” – Foto: reprodução

Padre Fábio de Melo revelou estar enfrentando novamente a depressão, doença com a qual já lutou no passado. A declaração foi divulgada em suas redes sociais nesta segunda-feira (20/1).

Durante sua participação neste domingo (19/1) no encerramento das comemorações pelos 35 anos da Comunidade Católica Obra de Maria, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, o sacerdote de 53 anos falou sobre a luta diante de uma plateia emocionada.

Ao compartilhar seu testemunho, Padre Fábio falou sobre os desafios vividos recentemente. Ele confessou que, nas últimas semanas, tem lidado com pensamentos difíceis e a sensação de esgotamento. “Ao longo dessas duas últimas semanas, a depressão tomou conta de mim de novo. Ao longo dessas duas últimas semanas eu só tenho um pensamento nessa vida: a vontade de deixar de viver”, desabafou.

Mesmo diante do sofrimento, o religioso declarou que está determinado a superar a situação e renascer. “Eu proclamo hoje que estou nascendo de novo e que esse é o primeiro minuto da minha nova vida”, afirmou com convicção, transmitindo a mensagem de esperança ao público.

Em 2022, Fábio de Melo foi diagnosticado com síndrome do pânico, o que desencadeou um período de depressão. Na época, ele compartilhou que chegou a ter pensamentos suicidas e atribuiu o distúrbio psicológico a uma vida “mal vivida”, onde não priorizou o autoconhecimento.

Caso suspeito da ‘doença da vaca louca’ é investigado em Minas Gerais

Caso suspeito da ‘doença da vaca louca’ é investigado em Minas Gerais - Foto: reprodução
Caso suspeito da ‘doença da vaca louca’ é investigado em Minas Gerais – Foto: reprodução

Um homem, que não teve a idade divulgada, foi internado em Caratinga, na Zona da Mata, com sintomas da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). A variante da enfermidade, a vDCJ, está associada à transmissão pelo consumo de carne e subprodutos bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como “doença da vaca louca”.

Conforme o governo de Minas Gerais, o paciente é idoso. Ele seria da cidade de Ubaporanga, na Zona da Mata. O estado de saúde dele não havia sido informado até a publicação desta matéria. 

Apesar de a possibilidade de a enfermidade relacionada à ‘doença da vaca louca’ não estar descartada, o governo de Minas Gerais afirma que o caso do paciente provavelmente é de Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) na forma esporádica, ou seja, sem relação com a ‘doença da vaca louca’.

“A maioria dos casos de DCJ acontece pela forma esporádica (85%). Afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos (média de 65 anos) e é discretamente mais prevalente em mulheres. O caso do município de Caratinga trata-se de paciente idoso com alterações neurológicas”, informou.

O governo de Minas também explicou que a identificação da proteína 14-3-3 no líquor tem um alto grau de especificidade e sensibilidade para o diagnóstico das formas de DCJ. Porém, a confirmação definitiva do resultado só é possível por  exame neuropatológico de fragmentos do cérebro pós-mortem.

O caso segue sendo acompanhado, segundo o governo de Minas, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.

Entenda as doenças

Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ): 85% dos casos acontecem pela forma esporádica e afetam, em geral, pessoas de 55 a 70 anos. Essa forma da enfermidade não apresenta causa e fonte infecciosa conhecida. Entre os sintomas estão desordem cerebral com perda de memória, perda da capacidade de comunicação e tremores.

Variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ): está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como ‘doença da vaca louca’. As vítimas, em geral, são pessoas abaixo dos 30 anos. Entre os sintomas estão enfraquecimento ou perda de algum dos sentidos, agitação e irritabilidade.

Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como ‘doença da vaca louca’. A enfermidade ocorre por meio da ingestão de carne e subprodutos bovinos contaminados, principalmente farinhas de carne e ossos de animais infectados. Entre os sintomas estão alterações neurológicas, comportamentais e agressividade.

Leia nota do Governo de Minas na íntegra

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que não há confirmação de caso da Doença da Vaca Louca no estado.

O caso noticiado no município de Caratinga trata-se de provável Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) na forma esporádica.

A maioria dos casos de DCJ acontece pela forma esporádica (85%). Afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos (média de 65 anos) e é discretamente mais prevalente em mulheres. O caso do município de Caratinga trata-se de paciente idoso, de 78 anos, do sexo masculino, com alterações neurológicas.

A identificação da proteína 14-3-3 no líquor tem um alto grau de especificidade e sensibilidade para o diagnóstico das formas de DCJ. No entanto, a confirmação definitiva só é possível por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro, em caso de óbito.

A variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ) é que está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (conhecida como Doença da Vaca Louca). Essa doença acomete predominantemente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos, o que não é o caso do paciente em questão.

A SES-MG permanece acompanhando o caso, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.

Dengue: Brasil apresenta recorde de mortes pela doença em 2023

Dengue: Brasil apresenta recorde de mortes pela doença em 2023 - Foto: reprodução
Dengue: Brasil apresenta recorde de mortes pela doença em 2023 – Foto: reprodução

Em 2023, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue. Segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), foram contabilizados 1.094 óbitos, o que representa um aumento de 3,89% em comparação com o ano anterior.

De acordo com especialistas, o aumento se dá pela circulação de quatro sorotipos diferentes da doença. Isso significa que cada indivíduo pode contrair quatro tipos da dengue e, apesar de ser infectado por um vírus e adquirir imunidade contra ele, ainda restam outros três tipos suscetíveis à infecção.

Juan Carlos Boado, médico e diretor Técnico do Hospital Bom Pastor localizado em Guajará-Mirim (RO), alerta para cuidados redobrados da população a fim de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue e doenças relacionadas.

“O jeito mais efetivo de prevenir a doença é através do combate ao mosquito. Por isso, é importante eliminar os focos de água parada em caixas d’água, garrafas, pneus, pratos de vasos em jardins, entre outros. Além disso, é preciso limpar frequentemente os quintais nesse período chuvoso, contribuindo para a prevenção de todos”, completa.

Atenção aos sinais de alerta

  • Febre alta com início súbito (39° a 40°);
  • Agitação;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Forte dor de cabeça;
  • Perda do paladar e apetite;
  • Cansaço extremo;
  • Náuseas e vômitos persistentes;
  • Dor nos ossos e articulações;
  • Dor abdominal.

Juan ressalta, ainda, que é importante ficar atento à dengue hemorrágica, tipo mais grave da doença. Parecido com os sintomas clássicos, a diferença é que o doente apresenta sangramentos, principalmente nas gengivas e pele, vômitos persistentes e dor abdominal intensa e contínua.

“Esse tipo de caso pode levar à morte. Por isso, o paciente deve ser levado imediatamente para um hospital de referência, para monitoramento e tratamento clínico especializado”, alerta o médico.

Aposentadoria por invalidez aceita novas doenças a partir de 2024; consulte

Aposentadoria por invalidez aceita novas doenças a partir de 2024 - Foto: Reprodução
Aposentadoria por invalidez aceita novas doenças a partir de 2024 – Foto: Reprodução

A partir de 2024 quem contrair alguns tipos de doenças que o torne incapaz de continuar trabalhando, vai poder contar com a aposentadoria por invalidez. Este é um benefício concedido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e que não exige idade mínima para solicitação.

A aposentadoria por invalidez é uma das condições de se aposentar que possuí as regras mais brandas. Isso porque, como a condição para conseguir esse direito é motivada por uma infelicidade, o INSS não pode exigir do trabalhador grande tempo mínimo seja de contribuição ou de idade.

Ainda assim, há um período de carência exigido pela Previdência Social que só pode ser ignorado em situações específicas. O pagamento do benefício é feito enquanto a condição de incapacidade durar. A cada dois o INSS exige que o trabalhador passe por uma nova perícia médica para acompanhamento.

Caso neste exame seja constatado que a condição que lhe garantiu a aposentadoria por invalidez já foi curada, ou já não o impede mais de trabalhar, o pagamento é cessado. E então, o trabalhador deve retornar ao seu emprego ou pelo menos ao mercado de trabalho.

Ficam isentos desta exigência aqueles que alcançarem 60 anos de idade, ou que estiverem recebendo a aposentadoria por incapacidade permanente por mais de 15 anos. Para eles o pagamento se torna vitalício.

Quem tem direito a aposentadoria por invalidez em 2024?

O INSS vai conceder a aposentadoria por invalidez em 2024 para os trabalhadores que cumprirem com os critérios. O ponto principal para alcançar esse benefício é ter na perícia médica a confirmação de que a doença física ou mental lhe tornou permanentemente incapaz de trabalhar.

Inclusive, sem a possibilidade de ser realocado em outras funções dentro da mesma empresa. É exigido que o trabalhador:

✔️Esteja na condição de segurado do INSS;
✔️Tenha feito no mínimo 12 contribuições previdenciárias;
✔️Comprove por meio da perícia médica que está incapaz de forma física ou psicológica de retornar ao trabalho.

Isentos da carência do INSS

Podem ficar isentos de cumprir a carência do INSS, os seguintes públicos:

✔️Quem se acidentar dentro da empresa, ou por funções exercidas dentro da empresa;
✔️Quem contrair doenças, como:
✔️Tuberculose ativa;
✔️Hanseníase;
✔️Alienação mental;
✔️Esclerose múltipla;
✔️Hepatopatia grave;
✔️Neoplasia maligna (câncer);
✔️Cegueira ou visão monocular;
✔️Paralisia irreversível e incapacitante;
✔️Cardiopatia grave;
✔️Doença de Parkinson;
✔️Espondiloartrose anquilosante;
✔️Nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
✔️Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida (AIDS);
✔️Contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.

Doenças aceitas na aposentadoria por invalidez 2024

Na realidade, não existe uma lista fixa de doenças que garantem a aposentadoria por invalidez 2024. O que há é uma condição que dará acesso ao benefício, esta condição é ter sido acometido por uma doença que o impeça do trabalho e que, além disso, tenha 12 contribuições mensais feitas ao INSS.

Há, porém, alguns tipos mais comuns de enfermidades que dão acesso a esse tipo de aposentadoria. Entre eles:

✔️Abdome agudo cirúrgico;
✔️Acidente vascular encefálico (agudo);
✔️Alienação mental (Transtorno mental grave);
✔️Câncer (Neoplasia Maligna);
✔️Cardiopatia grave;
✔️Cegueira;
✔️Doença de Paget (Osteíte Deformante);
✔️Doença de Parkinson;
✔️Esclerose múltipla;
✔️Espondiloartrose anquilosante;
✔️Hanseníase;
✔️Hepatopatia grave;
✔️Síndrome da Deficiência Imunológica ✔️Adquirida (AIDS);
✔️Nefropatias graves;
✔️Paralisia irreversível e incapacitante;
✔️Contaminação por Radiação;
✔️Tuberculose Ativa.

Como pedir a aposentadoria por invalidez?

Para pedir a aposentadoria por invalidez em 2024 o trabalhador deve fazer a solicitação online, agendando a perícia médica. É importante levar no dia da perícia todos os exames, laudos, atestados e resultados médicos que ajudem a comprovar a condição de invalidez.

✔️Acesse o Meu INSS e faça login;
✔️Em “Novo requerimento” digite “Benefício por Incapacidade Permanente”;
✔️Leia os termos e concorde;
✔️Agende a perícia médica na unidade mais próxima;
✔️Preencha os formulários necessários;
✔️Anexe os documentos obrigatórios;
✔️Conclua seu pedido.

É possível acompanhar o andamento da sua solicitação no próprio Meu INSS. Sendo que o prazo para resposta do pedido é de até 45 dias.

Jovem portadora de doença rara e namorado viralizam por mostrar rotina na internet

A pernambucana Iane Raysa Rosa Silva, de 26 anos, natural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, foi diagnosticada com Neuro-Behçet, uma doença sistêmica, sem marcador específico, cuja descrição clássica é de uma tríade clínica de úlceras genitais, aftas orais e lesão ocular (uveíte). O envolvimento do sistema nervoso (neuro-Behçet) é relatado em 4% a 29% dos indivíduos acometidos pela doença.

Os sintomas da doença começaram a aparecer em Iane em agosto de 2021, que acarretaram duas principais internações. A primeira ela ficou 1 mês internada, sendo 20 dias de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, onde precisou ser entubada e realizar duas cirurgias. Segundo Gustavo Paulinho, de 25 anos e marido da jovem, os ‘’médicos informaram que ela não sairia viva, mas com muita força de vontade ela saiu da internação’’.

Juntos desde 2015, Iane e Gustavo fazem sucesso na internet. O motivo pelo reconhecimento nas redes sociais é devido a grande demonstração de amor, carinho, companheirismo e cuidado entre eles. Com mais de 216 mil seguidores apenas no Instagram, o casal divide sua rotina com os internautas e mostram as dificuldades que passam diariamente. Apesar da doença, Gustavo destaca em cada publicação o amor e cuidado que sente por Iane.

Para custear o tratamento da jovem, que é de alto custo, foi criada uma rifa filantrópica, onde serão sorteados 2 Iphones 14 lacrados, Apple Watch Series 8 ou R$ 10.000,00. Para comprar um bilhete ou ajudar com qualquer quantia, visite o perfil de Iane (@ianeraysa) e Gustavo (@gustavpaulino).

Morre bebê diagnosticado com doença rara que torna pele tão frágil quanto asas de borboleta em MG

Foto: Arquivo Pessoal

O bebê Théo, de Estiva (MG), que foi diagnosticado com epidermólise bolhosa desde os primeiros dias de vida, faleceu na última quinta-feira (25). Ele estava internado no Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG).

A epidermólise bolhosa é uma doença rara que torna pele tão frágil quanto asas de borboleta devido à fragilidade provocada pela alteração nas proteínas responsáveis pela união das camadas da pele.

Há cerca de um mês, o bebê estava internado no Hospital Samuel Libânio. Ele havia contraído uma bronquiolite, que é uma inflamação dos bronquíolos, mas a doença acabou se agravando nos últimos dias.

Por conta da EB, Théo era uma criança naturalmente mais sensível e com sistema imunológico mais fraco. Segundo a família, ele não resistiu às complicações da inflamação e faleceu. Segundo a família, velório e sepultamento aconteceram ainda nesta quinta, em Estiva, no Sul de Minas.

Foto: Arquivo Pessoal

Entenda o que é a EB

Epidermólise Bolhosa (EB) é uma doença genética hereditária rara e não é transmissível. Ela geralmente se manifesta já no nascimento e provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas.

Conforme Raphaela Machado, médica dermatologista em Pouso Alegre, estatísticas apontam que há 11 casos da doença para cada um milhão de indivíduos. Só no Brasil, são menos de 1 mil pessoas diagnosticadas com EB, segundo a Associação DEBRA – Associação Nacional de Epidermólise Bolhosa.

Foto: Arquivo Pessoal

“Ocorre uma alteração nas proteínas da pele, causando a formação de bolhas espontâneas a pequenos traumas. Pode ocorrer tanto na pele quanto nas mucosas do corpo humano. Essas bolhas podem causar úlceras e, até mesmo, o comprometimento de cabelos e unhas”, explicou a dermatologista.

Ainda segundo a médica, a epidermólise bolhosa pode ser tratada em Centros de Atenção de Alta Complexidade como hospitais estaduais e federais, hospitais universitários ou centro de doenças raras.

“É importante buscar cuidado imediato, pois é uma doença grave, de alta mortalidade. Quanto antes houver a avaliação por parte de uma equipe multidisciplinar, melhor será a sobrevida do paciente”, orientou.

Pai recebe terceiro diagnóstico de câncer, após perder 3 filhos para a doença

Régis Feitosa Mota, 53 anos, foi diagnosticado com câncer perdeu os três filhos para a doença em um intervalo de apenas quatro anos. Sem acreditar que era uma coincidência, o economista foi atrás de respostas e descobriu que os diagnósticos estavam associados a uma síndrome rara hereditária pouco conhecida no Brasil. 

Régis é portador de uma síndrome rara hereditária chamada Li-Fraumeni (LFS). A doença é causada por uma mutação genética que aumenta a probabilidade em até 90% nas chances dos portadores desenvolverem câncer até os 70 anos.

O economista que faz tratamento com para leucemia linfóide crônica e para um linfoma não Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático. Recentemente, compartilhou em suas redes sociais que recebeu um novo diagnóstico para a doença: um mieloma múltiplo.

“Descobrimos aí mais uma doença. Já tratamos leucemia, linfoma, não Hodgkin, que estão estabilizados, mas a gente vem tratando, não estão curados. Dessa vez descobrimos um mieloma múltiplo, que atinge inclusive os ossos”, disse Régis Feitosa em um vídeo publicado na rede social.

Perda dos filhos

O drama familiar começou em 2009, quando a filha mais velha, Ana Carolina, foi diagnosticada leucemia linfoide aguda, o câncer mais comum na infância, que tem início na medula óssea. Em 2021, Ana descobriu um tumor no cérebro e morreu em novembro de 2022. 

Antes, o filho do economista, Pedro, apresentou cinco episódios de câncer e morreu em 2020 com um tumor no cérebro.

Já em 2017, a filha caçula, Beatriz, à época com 10 anos, foi diagnosticada com leucemia linfóide aguda e morreu um ano depois.

Homem perde os três filhos para o câncer por causa de síndrome hereditária

'Os meus filhos diziam que eu fui tão vítima quanto eles', diz Régis Mota.  — Foto: Arquivo pessoal via BBC

Em 2009, o economista Régis Feitosa Mota ficou abalado ao descobrir que a filha mais velha dele, Anna Carolina, na época com 12 anos, estava com leucemia linfoide aguda, o tipo de câncer mais comum entre as crianças.

Foram quase três anos até a jovem encerrar o tratamento com radioterapia e quimioterapia contra a doença. “Depois disso, ela ficou muito bem”, diz Régis, de 52 anos, à BBC News Brasil.

Mas ali era apenas o começo de uma história que marcaria para sempre aquela família de Fortaleza (CE). Em pouco mais de uma década, foram 11 diagnósticos de câncer entre Régis e os três filhos.

No último dia 19, Anna Carolina morreu em decorrência de um tumor no cérebro. Foi o terceiro filho que Régis perdeu em razão do câncer. “Em quatro anos e meio, perdi todos os meus filhos”, lamenta.

Ele perdeu a filha caçula, Beatriz, em 2018, em virtude de uma leucemia linfoide aguda. Dois anos depois, outro filho dele, Pedro, morreu em decorrência de um câncer no cérebro — anteriormente, ele já havia tratado outros tumores.

Enquanto chorava pelas mortes dos filhos, Régis ainda teve que lidar com os próprios tratamentos de saúde. Desde 2016, ele trata uma leucemia linfoide crônica. Já em 2021, ele descobriu um linfoma não Hodgkin, câncer que surge no sistema linfático (rede de pequenos vasos e gânglios que é parte dos sistemas imunológico e circulatório).

Em 2016, o economista foi diagnosticado com leucemia linfoide crônica, e em 2021, com um linfoma não Hodgkin.  — Foto: Arquivo pessoal via BBC

Os casos na família do economista foram relacionados a um problema que ele descobriu em 2016: uma síndrome hereditária chamada Li-Fraumeni (LFS), causada por uma mutação genética que aumenta significativamente o risco de câncer (saiba mais abaixo).

‘Os casos não poderiam ser coincidência’

Anna Carolina, Beatriz e Pedro durante a infância.  — Foto: Arquivo Pessoal via BBC

Antes do primeiro diagnóstico de câncer em 2009, Régis afirma que ele e os três filhos eram saudáveis e a família não tinha histórico de problemas de saúde.

Depois que Anna Carolina encerrou o tratamento contra a leucemia, passaram-se alguns anos até que o câncer voltasse a preocupar.

“O segundo diagnóstico (na família) foi em 2016, quando descobri uma leucemia linfoide crônica, após apresentar sintomas como febre, inchaço no pescoço e fraqueza”, detalha o economista.

A equipe médica informou a Régis que a doença dele costumava ter uma evolução lenta e ele poderia conviver com ela por anos. Ainda em 2016, ele começou o tratamento com quimioterapia oral.

'Em quatro anos e meio, perdi todos os meus filhos', diz Régis, lamentado a perda de Anna Carolina, Beatriz e Pedro.  — Foto: Arquivo pessoal via BBC

Também em 2016, o filho dele, Pedro, então com 17 anos, foi diagnosticado com osteossarcoma, câncer que se desenvolve no osso, na região da perna esquerda.

Os diagnósticos dele e do filho, além daquele que Anna Carolina recebera anos atrás, chamaram a atenção do economista. “Nesse momento, a gente passou a acreditar que esses três casos não poderiam ser coincidência. Nesse período decidimos que seria melhor investigar”, diz Régis.

Ele e os três filhos — Anna Carolina e Pedro eram filhos do primeiro casamento e Beatriz, do segundo — passaram por exames genéticos em São Paulo.

“Os resultados mostraram que eu tinha uma alteração genética que, lamentavelmente, passou também para os meus filhos, e que potencializa o surgimento de câncer”, conta o pai.

Segundo o economista, nenhum outro parente próximo dele ou as mães de seus filhos têm essa síndrome. “Não sabemos a origem dessa minha alteração genética, até porque meus pais não têm. O meu pai atualmente tem 85 anos e a minha mãe tem 78. São saudáveis”, explica Régis.

Para entender a alteração ao qual o economista se refere, primeiro é preciso compreender o gene TP53. A partir dele é produzida a proteína p53, que impede o crescimento de tumores. Essa proteína executa diversas funções no ciclo celular e tenta impedir a proliferação das células que têm erros — que dão origem aos tumores.

Mas para aqueles que carregam essa mutação nesse gene, há uma produção inadequada ou uma falta de produção da p53.

“Com isso, o risco para o desenvolvimento do câncer é muito maior. O risco (entre quem possui essa alteração) vai chegar a quase 20% até os 10 anos de idade e, no adulto ao longo da vida, vai chegar a quase 90%”, explica a médica geneticista Maria Isabel Achatz, que pesquisa o tema há mais de duas décadas e já publicou estudos sobre ele em revistas científicas internacionais como Frontiers in Oncology e Lancet Regional Health Americas.

Essa alteração no gene TP53 é chamada de síndrome de Li-Fraumeni, ou LFSOs estudos apontam que ela tem 50% de chance de ser passada de pai ou mãe para filho.

Segundo a especialista, o risco entre essas pessoas é aumentado para quase todos os tipos de câncer — alguns dos mais frequentes para os portadores da síndrome são os sarcomas e o câncer de mama.

Um portador dessa mutação genética pode ter somente um tumor, diversos tumores independentes ou mesmo nunca desenvolver a doença. Mas, em geral, é comum que tenham um histórico de diversos familiares que morreram de câncer.

Os casos no Brasil

Achatz e outros especialistas têm acompanhado de perto quadros de Li-Fraumeni no Brasil, já que as regiões Sul e Sudeste têm revelado uma presença maior da alteração genética do que outras partes do país e do mundo. Existe uma “variante brasileira” da síndrome, caracterizada por um tipo de mutação específica no gene TP53, a R337H.

Como mostrou a BBC News Brasil em 2018, uma hipótese de Achatz é que parte desses casos da alteração genética no Brasil tenha sido transmitida por um tropeiro no século 18.

Pedro, Anna Carolina e Régis; depois da perda da caçula, economista e seus filhos mais velhos continuaram lutando contra o câncer.  — Foto: Arquivo pessoal via BBC

Estudos já estimaram que a incidência de pessoas carregando uma alteração no gene em todo o mundo varia entre 1 a cada 5 mil pessoas a 1 a cada 20 mil. No Sul e Sudeste brasileiro, a frequência da mutação R337H é muito maior, estimada em 1 a cada 300 pessoas.

Por outro lado, pessoas com a mutação R337H têm um risco um pouco menor de desenvolver câncer ao longo da vida, de 50 a 60%, segundo um estudo publicado em agosto por Achatz e colegas. Enquanto pacientes com o tipo clássico da Li-Fraumeni têm 50% de chance de desenvolver câncer até os 30 anos, naqueles com a variante R337H, o risco é menor, de 15 a 20%.

“A gente tem todos os indícios de que essa seja uma síndrome mais moderada do que a síndrome mundial. Por que a gente tem tanta gente no Brasil (com a síndrome)? Porque ela mata menos aqui”, explica Achatz, doutora em oncologia pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora da unidade de oncogenética do Hospital Sírio-Libanês.

A médica alerta que, uma vez descoberto que uma pessoa tem a síndrome, outros familiares devem busca uma consulta médica para investigar se também têm a condição — o que é feito, entre outros procedimentos, através de exames e do sequenciamento (análise) do gene TP53.

Apesar da síndrome não poder ser curada, o diagnóstico permite que a saúde do paciente seja acompanhada mais de perto e traz oportunidades para que possíveis tumores sejam detectados mais precocemente. Achatz explica que o tratamento para câncer em pessoas que têm a síndrome não muda na comparação com aquelas que não têm Li-Fraumeni.

Anna Carolina, Pedro, Régis e Beatriz em hospital; família teve ao todo 11 diagnósticos de câncer.  — Foto: Arquivo pessoal via BBC

“Também é possível buscar orientação sobre como investigar a possível síndrome por meio da Rede Nacional de Câncer Hereditário (REBRACH) ou na Associação da Síndrome de Li-Fraumeni (cujo site tem uma versão em português)”, diz a médica.

No caso de Régis, os exames apontaram que ele, assim como os filhos, têm a síndrome clássica, que não é a mais comum no país e é considerada mais severa que a variante encontrada no Brasil.

As mortes dos três filhos em menos de cinco anos

Após a descoberta da síndrome, Régis e os três filhos passaram a fazer acompanhamento médico constante. Em 2017, o economista comemorava a sua recuperação e o bom resultado do tratamento de Pedro quando a filha caçula foi diagnosticada com leucemia, a mesma que Anna havia tido no passado.

Bia, como a garota era chamada, tinha 9 anos quando começou o tratamento contra a doença em São Paulo. Ela passou por um transplante de medula, no qual a mãe dela, Camila Barbosa, foi a doadora.

Em 2018, exames feitos meses após a garota encerrar o primeiro tratamento apontaram que a doença havia voltado.

“A gente achava que ela iria superar e ficar curada, como a irmã ficou quando mais nova. Mas a doença voltou muito rápido, ela não tinha mais força para outro transplante naquele momento e morreu em junho de 2018”, conta Régis.

Além da perda da caçula, o economista também acompanhava a luta do filho contra o câncer. Ao longo dos últimos anos de vida, após o primeiro tratamento, Pedro teve metástase (quando a doença se espalha para outras partes do corpo) no pulmão, na coluna torácica e na coluna lombar.

“Foram vários anos de quimioterapia. Ele foi considerado curado nessas quatro vezes. Entre um tratamento e outro, tinha uma vida normal, porque todos eram bem-sucedidos”, diz Régis. “Ele, assim como as irmãs, sempre foi muito positivo e tinha expectativas de que se curaria”, conta.

Pedro sonhava em se formar em engenharia elétrica. Ele chegou a cursar cerca de dois meses, mas logo parou em razão do tratamento de saúde.

Em 2019, Pedro descobriu um câncer no cérebro, “Dessa vez, infelizmente, ele não conseguiu se recuperar”, conta o pai. O jovem morreu em novembro de 2020, aos 22 anos.

“Ele era um rapaz com uma alma bastante evoluída. Todos eles eram muito evoluídos, totalmente tranquilos e gostavam de viver de forma alegre. Não havia tristeza ou trauma por conta do tratamento”, diz Régis.

A última perda do economista ocorreu há menos de duas semanas, quando Anna Carolina morreu após um duro tratamento contra um câncer no cérebro. A doença foi descoberta no ano passado, em um dos períodos mais felizes da vida dela: a conclusão do curso de Medicina.

“Ela queria ser médica desde criança, por causa do tempo em que ficou no hospital tratando a leucemia e também por causa do padrasto (já falecido), que também era médico”, comenta Régis.

Segundo ele, a filha não teve nenhum outro diagnóstico entre 2012 e 2021 — intervalo entre o fim do tratamento contra a leucemia e o diagnóstico no cérebro.

“Foi bastante dramático quando ela descobriu o câncer no cérebro, porque ela estava formada, cheia de sonhos e expectativas”, diz o pai.

“Ela estava noiva, queria se casar em 2022 e se especializar em dermatologia”, detalha Régis.

Ele conta que a filha acreditava na cura da doença, mas passou a aceitar que não tinha mais jeito quando a situação agravou.

“A partir daí, ela passou a dizer que já tinha cumprido a sua missão, ela passou a encarar assim, dizia que tinha se realizado como pessoa e que conquistou o seu objetivo de ser médica”, conta.

‘Nunca me culparam’

Para Régis, as perdas dos filhos podem ser definidas como situações traumáticas e dolorosas.

“É a inversão da ordem natural da vida.”

O economista afirma que nunca se sentiu culpado por ter a síndrome ou por ter passado para os filhos. “Os meus filhos diziam que eu fui tão vítima quanto eles”, diz.

Após enfrentar os diversos problemas de saúde na família, ele diz que mudou completamente a forma como enxerga a vida. “Hoje a minha visão é de que a gente tem que viver intensamente, com a máxima alegria. O meu filho dizia uma frase muito coerente: ninguém consegue medir a dor do outro. Não acredito que exista problema maior ou menor, o fato é que a gente não consegue medir a dor do outro.”

Régis segue em tratamento contra a leucemia crônica e contra o linfoma não Hodgkin. “Esses tratamentos não têm prazo para terminar. Por enquanto não estou curado, só estabilizado por causa dos medicamentos diários e monitoramento mensal com exames.”

O economista conta que usou todo o dinheiro que havia guardado ao longo da vida nos tratamentos de saúde dos filhos em São Paulo e que agora precisa do apoio financeiro dos pais. Régis diz que um de seus objetivos para o futuro é começar a dar palestras para contar sobre a sua história e também falar sobre superação.

Há alguns anos, ele compartilha a sua vida nas redes sociais. No Instagram, atualmente ele acumula mais de 185 mil seguidores em seu perfil (@regisfeitosamota).

“Comecei usando as redes como forma de me comunicar com os amigos e familiares, para que acompanhassem a gente, mas isso acabou crescendo muito. Hoje recebo muitas mensagens de pessoas dizendo que foram impactadas positivamente pela nossa história”, diz.

Ele também quer que a sua história possa dar mais visibilidade à síndrome Li-Fraumeni, para que outras pessoas conheçam mais sobre o tema e até façam acompanhamento necessário, caso tenham o mesmo problema ou desconfiem que possam ter.

Sobre o futuro, Régis diz que o seu objetivo principal é viver um dia de cada vez.

“Como a minha filha dizia, quero buscar a alegria em cada dia e tentar olhar para a vida de forma que eu veja luz e felicidade.”

“O meu filho Pedro dizia que a felicidade é apenas questão de ponto de vista”, acrescenta.

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.