Jornal Folha Regional

Secretaria de Estado de Saúde confirma terceira morte por meningite no Sul de Minas

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) confirmou na última sexta-feira (7) uma morte por meningite do tipo C em Estiva (MG). Esta é a terceira morte por meningite registrada no Sul de Minas. Outras duas foram notificadas em Extrema (MG).

A morte confirmada é de uma mulher de 55 anos, que era moradora do bairro rural Fazenda Velha. Ela morreu na última quinta-feira (6) e foi sepultada na sexta-feira (7).

Segundo a SES, o caso de Estiva não tem nenhum vínculo com os de outros municípios ou estados. Ainda conforme a secretaria, medidas preventivas e profiláticas foram indicadas e estão sendo adotadas.

Em Extrema, foram seis casos de meningite confirmados em 2022. Destes, quatro foram notificados no mês de setembro, com duas mortes. Na cidade, a faixa predominante dos pacientes é entre 50 e 59 anos.

Conforme a secretaria, de janeiro a setembro, foram 617 casos positivos e 92 mortes confirmadas pela doença em todo o estado. (G1)

800 casos de varíola dos macacos estão sendo investigados em MG

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) investiga 800 casos suspeitos de Monkeypox – varíola dos macacos – em Minas Gerais. Dados do boletim epidemiológico desta terça-feira (30) apontam ainda que, até o momento, 277 pessoas foram diagnosticadas com a doença no estado. Os exames foram confirmados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Os pacientes que deram positivo para a doença têm entre 18 e 61 anos. Dos 277 casos, 274 são do sexo masculino e três do feminino. Além disso, um deles, que não teve idade divulgada, segue internado por “necessidades clínicas”. Os diagnosticados com a doença estão sendo monitorados pelas Secretarias Municipais.

Até então, segundo a pasta, não foi registrada nenhuma infecção em primatas – macacos e símios – com a doença. A secretaria destaca que “maltratar ou agredir animais é crime previsto em lei”.

Belo Horizonte segue com mais diagnósticos para a doença, com 209 casos confirmados, seguido por Uberlândia (20) e Pouso Alegre (10). Os demais casos estão nos seguintes municípios: Governador Valadares (7), Juiz de Fora (7), Sete Lagoas (4), Montes Claros (4), Uberaba (3), Coronel Fabriciano (2), Teofilo Otoni (2), Divinópolis (2), Barbacena (1), Itabira (1) e Passos (1).

Apenas na capital, houve registro de transmissão comunitária, quando o paciente não esteve fora do país e contraiu a doença. (Itatiaia)

‘Varíola dos macacos pode chegar ao Brasil em pouco tempo’, diz epidemiologista

O surgimento de surtos de varíola dos macacos tem despertado preocupação entre os brasileiros sobre a possibilidade de casos da doença serem identificados no país.

Até o momento, já foram confirmados mais de 100 casos em pelo menos 16 países fora da África.

Na América do Sul, a primeira suspeita foi registrada no domingo (23/5) na Argentina. Segundo o Ministério da Saúde local, o paciente é um morador da província de Buenos Aires, que se encontra em um bom estado, está em isolamento e recebendo tratamento para os sintomas.

O Brasil não tem registro da doença ainda, mas o vírus foi identificado em um brasileiro de 26 anos na Alemanha, vindo de Portugal, após passar pela Espanha.

Para epidemiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, casos podem ser identificados por aqui em breve.

“A varíola de macacos pode chegar ao Brasil em pouco tempo”, afirma a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “É possível até mesmo que alguma pessoa infectada já tenha entrado no país, vinda dos locais onde há casos.”

“Costumamos dizer em epidemiologia de doenças infecciosas que uma doença transmitida por contato e gotículas respiratórias pode demorar o tempo de um voo para se espalhar”, diz.

“Ou seja, se alguém contaminado desembarca no Brasil, não é diagnosticado e não faz isolamento em tempo oportuno, a doença pode, sim, começar a ser transmitida.”

O epidemiologista Eliseu Waldman, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), concorda com o diagnóstico.

“Mesmo que tenhamos um patamar inferior de intercâmbio de pessoas e viagens após a pandemia de covid-19, a possibilidade desse vírus chegar ao Brasil é grande”, diz.

Por esse motivo, o especialista alerta para a necessidade da identificação de casos suspeitos o mais rápido possível.

“A população e os profissionais de saúde precisam ser alertados para notificar casos suspeitos. O sintoma mais marcante são lesões vesiculares, do tipo que se verifica na catapora, mas muito mais intensas”, diz.

Além das lesões, os sintomas da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça, dor nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, calafrio e exaustão.

E, nesse processo, pode surgir a coceira, geralmente começando no rosto e depois se espalhando por outras partes do corpo, principalmente nas mãos e sola do pé.

No entanto, para o epidemiologista Antônio Augusto Moura Silva, professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), ainda é cedo para fazer previsões sobre a extensão do surto.

“Pode ser que a Europa consiga bloquear a transmissão rapidamente, antes que ela chegue ao Brasil”, diz.

“Seria muito mais fácil fazer isso com essa doença do que no caso da covid-19, por exemplo, porque é preciso um contato muito mais íntimo para a transmissão no caso da varíola.”

De qualquer maneira, o especialista também alerta para a necessidade do país estar preparado.

“É altamente recomendável ficar em alerta máximo de vigilância para que, caso haja identificação de caso, o isolamento do paciente possa ser feito o mais rápido possível”, diz.

“Ou seja, fazer o que a saúde pública brasileira já sabe fazer.”

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) já estabeleceu uma comissão de caráter consultivo para acompanhar os casos de varíola de macacos.

Integram o grupo, até o momento, sete especialistas brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Feevale.

Os pesquisadores produziram dois informes técnicos sobre a doença, com as principais formas de contágio e as informações disponíveis sobre os casos registrados em outros países.

‘Estamos em estado de alerta’
Ao contrário do novo coronavírus ou até mesmo da varíola humana, em que o patógeno é altamente transmissível, a varíola dos macacos é menos contagiosa.

“Até onde sabemos, a varíola de macacos não é o tipo de doença que se pega de alguém contaminado no elevador, por exemplo. Diferentemente da covid-19, isso não acontece tão facilmente”, explica Silva.

Existem duas versões da varíola dos macacos: uma da África Ocidental e outra da África Central. Segundo especialistas, a primeira é mais branda e parece ser a que está causando o surto na Europa.

As autoridades médicas observam que ainda não há muita informação sobre as possíveis rotas de transmissão entre humanos nos surtos atuais.

Até onde se sabe, o vírus é transmitido principalmente por meio de contatos próximos e trocas de fluidos corporais. Muitos dos casos na Europa parecem estar ligados à transmissão sexual.

Mas todas as vias possíveis estão sendo estudadas, como a transmissão indireta por meio de objetos contaminados e até aerossóis.

“Mas a doença não é sexualmente transmissível. Na relação sexual, há um contato próximo, mas esse é o único fator de risco conhecido até o momento”, explica Eliseu Waldman.

O epidemiologista chama a atenção, porém, para o fato de que a origem dos casos identificados até o momento não foi esclarecida formalmente.

“A varíola do macaco é endêmica em vários países da África, já houve várias epidemias, principalmente no Congo, na Nigéria e em outros países da África Ocidental. Fora dali, houve alguns surtos nos Estados Unidos e na Europa, mas a introdução do vírus se deu por meios conhecidos, como viajantes ou animais de laboratório da África”, diz.

“Nesse caso, não sabemos ainda com certeza qual foi o introdutor e nem em qual país”, afirma. “Mas um novo surto era um evento esperado, porque esse vírus está causando epidemias em humanos com cada vez mais frequência.”

O vírus foi identificado inicialmente em um macaco em cativeiro nos anos 1970, e desde então houve surtos esporádicos em países centro e oeste-africanos.

Já houve um surto nos EUA em 2003 – a primeira vez que o vírus foi visto fora da África -, com 81 casos registrados, mas nenhuma morte.

O maior surto já registrado foi em 2017, na Nigéria: 172 casos suspeitos.

A epidemiologista Ethel Maciel afirma que ainda que o fato do vírus estar demonstrado transmissão rápida (embora menor que a de sua versão humana ou do coronavírus) pode indicar que ele esteja se adaptando melhor aos seres humanos.

“Em geral, a varíola do macaco é o que chamamos de zoonose, uma doença que passa de animais para humanos. Mas, com as taxas maiores de transmissão de humano para humano, especialmente entre pessoas que não estiveram em áreas onde a doença é mais comum, é possível que o vírus tenha se adaptado”, diz.

“Se há um risco de uma grande epidemia ou mesmo uma pandemia? Nós não sabemos, mas estamos em estado de alerta.”

A OMS realizou na sexta-feira (20/5) uma reunião de emergência para tratar do assunto. Em comunicado, a organização afirmou que o quadro atual é “atípico, porque (a doença) está ocorrendo em países onde ela não é endêmica”, e que vai ajudar os países afetados no monitoramento dos casos.

Maria van Kerkhove, líder técnica em doenças e zoonoses emergentes da OMS, afirmou que a propagação da varíola dos macacos é “uma situação que pode ser contida”, mas alertou que “não podemos tirar os olhos da bola”.

Segundo prefeitura, Arcos entra em alerta para possível surto de dengue

A prefeitura de Arcos (MG), informou, através de uma nota publicada nas redes sociais, que o município entrou em alerta para um possível surto de dengue. As informações foram divulgadas na última quarta-feira (27).

Segundo a prefeitura, a taxa de infestação na cidade está em 7,1%, enquanto a preconizada pelo Ministério da Saúde é que seja menor que 1%.

O Centro-Oeste de Minas teve um aumento de 60 casos prováveis de dengue e oito casos prováveis de chikungunya, segundo dados do boletim epidemiológico da incidência do Aedes aegypti, divulgado no último dia 19, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Os dados são do acumulado do início de janeiro até dia 19. Conforme o boletim, 1.316 casos prováveis de dengue foram contabilizados na região, sendo 60 casos a mais que no informativo anterior quando foram apontados 1.256.

De acordo com o Levantamento de índice de Infestação do Aedes aegypti, a maior parte dos está nas residências.

Imagens fortes: reação alérgica faz bebê ficar com rosto desfigurado; família pede ajuda

Nascida no Rio Grande do Sul e moradora de Anápolis (GO), a pequena Helena precisa de ajuda. Diagnosticada alérgica a um anticonvulsivo que precisou ingerir, a bebê de 1 ano de idade teve 72% do corpo queimado e se encontra, desde o último sábado (11), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Queimaduras da cidade goiana. A família criou uma vaquinha nas redes sociais com o intuito de conseguir meios para custear o tratamento.

“A gente perde o chão e fica sem saber o que fazer quando vê nossa filha assim. Há uma semana, ela estava engatinhando e começando a andar sozinha. Era uma neném que acordava dando risada com aqueles dois dentinhos e, de repente, fica nesse estado”, desabafa o representante comercial Hugo Cristiano Penno da Silva, 38 anos, pai da menina.

Ele conta que tudo teve início quando Helena apresentou espasmos há cerca de um mês. Após exames, o médico receitou o antiepilético Lamotrigina. A dosagem inicial era baixa e foi aumentando aos poucos. Helena apresentou quadro febril persistente.

“Levamos numa UPA em Anápolis, e a médica disse que era virose. Em seguida, manchas apareceram na pele dela. Levamos na UPA de novo e disseram que era rosácea, passando mais um remédio e antialérgico”, relata Hugo.

Na quinta-feira (9/9), várias bolhas surgiram na pele de Helena. O médico que a acompanhava, no entanto, afirmou se tratar de um processo natural.

“Tudo o que fizemos foi de acordo com os conselhos médicos”, disse Hugo. Após piora nas lesões, os pais de Helena a levaram para o Hospital de Queimaduras de Anápolis. “A médica de lá mandou internar assim que a viu. Diagnosticaram o quadro como sendo consequência da Lamotrigina”, pontua o pai de Helena.

A menina precisou passar por várias raspagens na pele e procedimentos de hidratação. Segundo os médicos, é provável que a pele dela fique com marcas para o resto da vida. “Disseram que não estão pensando nas sequelas ainda. Que a prioridade é mantê-la viva.”

Os diversos procedimentos médicos para a recuperação da pequena Helena ainda serão necessários. Sem plano de saúde, a família pede ajuda nos custos. Em poucos dias, a conta hospitalar já se acumula em quase R$ 15 mil.

Luana Mara, 33, mãe de Helena, chora há dias sem parar. A recuperação da bebê será um processo lento, segundo os médicos, e necessitará de cuidado para diminuir o risco de infecção. A família não tem plano de saúde e não encontrou vagas em hospitais públicos. Em apenas três dias, a conta chegou a R$ 14.266,64. A bebê permanecerá internada por pelo menos 15 dias.

“Peço a ajuda de todos para que de alguma forma intercedam pela saúde da nossa pequena Helena (financeiramente ou espiritual)”, diz o post da vaquinha.

Quem puder contribuir com qualquer valor, pode fazê-lo por meio deste link. É possível também realizar depósito via PIX.

Pix: 005.167.020-84
Filipe Cassiano Penno da Silva Motta Balest
Tio de Helena
Conta bancária:
Banco Brasil
Ag: 795-1
Conta: 21174-5
Filipe Cassiano Penno da Silva Motta Balest

Doença misteriosa deixa uma pessoa morta e centenas de hospitalizados no sul da Índia

Ao menos uma pessoa morreu e 227 foram internadas por causa de uma doença misteriosa no estado de Andhra Pradesh, na Índia.

Segundo equipes de saúde locais, os pacientes têm uma série de sintomas diferentes, incluindo náuseas, convulsões e perda de consciência.

Autoridades ainda investigam o que pode ter deixado essas pessoas doentes na cidade de Eluru neste fim de semana (5 e 6).

A crise sanitária surgiu em meio a outra batalha de saúde na Índia, segundo país mais atingido pelo coronavírus no mundo.


O estado de Andhra Pradesh, local do surto da doença desconhecida, é também um dos mais atingidos pela Covid-19 no país, com mais de 800 mil infecções.

Mas até o momento médicos e autoridades descartam uma relação entre a Covid-19 e as hospitalizações misteriosas dos últimos dias. Segundo o ministro da Saúde, Alla Kali Krishna Srinivas, todos os pacientes testaram negativo para coronavírus.

“As pessoas que ficaram doentes, principalmente as crianças, de repente começaram a vomitar após reclamar de dor dos olhos. Alguns desmaiam ou convulsionam”, disse um médico do hospital público de Eluru ao jornal The Indian Express.

Das 227 pessoas que foram internadas, 70 receberam alta e outras 157 continuam no hospital.


O ministro-chefe do Estado, Jaganmohan Reddy, disse que equipes médicas especiais estão sendo enviadas a Eluru para investigar a causa da doença entre os pacientes e seus familiares.

Srinivas afirmou que as amostras de sangue dos pacientes não revelaram nenhuma evidência de infecção viral.

“Descartamos a contaminação da água ou poluição do ar como causa depois que as autoridades visitaram as áreas onde as pessoas adoeceram”, disse ele. “É uma doença misteriosa e apenas análises de laboratório vão revelar exatamente o que é.”

O partido de oposição Telugu Desam, por outro lado, pediu uma ampla investigação sobre o incidente, insistindo que a causa da doença misteriosa foi contaminação.

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