Prefeitura de Guapé suspende temporariamente publicações nas redes sociais e site – Imagem: divulgação
A Prefeitura Municipal de Guapé (MG) informou que, em cumprimento à resolução nº 1.301, de 29 de abril de 2025, e ao disposto no Art. 73, inciso VI, alínea “b” da Lei Federal nº 9.504/1997, as publicações institucionais nas redes sociais e no site oficial da Prefeitura serão temporariamente suspensas.
Essa medida atende às normas que regem o período eleitoral e visa garantir a lisura, a imparcialidade e a igualdade de condições entre os candidatos, conforme determina a legislação vigente.
Durante esse período, ficam vedadas ações de publicidade institucional, exceto em casos de grave e urgente necessidade pública, devidamente autorizadas pela Justiça Eleitoral.
”A Prefeitura reforça seu compromisso com a transparência e o respeito às normas democráticas, e seguirá atuando, internamente, com total responsabilidade na gestão dos serviços públicos e atendimento à população”, informou.
Partidos já começam a testar nomes para as eleições de 2026 – Foto: reprodução
A menos de um ano e meio para as eleições gerais de 2026, os partidos políticos em Minas Gerais já intensificam as movimentações em seus bastidores para definir os nomes que vão disputar cargos no Executivo estadual e nas Casas legislativas. Mesmo que candidaturas só possam ser realizadas a partir de julho do ano que vem, as legendas tentam desde já testar a popularidade de possíveis postulantes e consolidar alianças.
Internamente, os partidos já têm contratado pesquisas para calcular a intenção de voto dos eleitores em diferentes cenários. Como a legislação só obriga o registro desse tipo de levantamento no Tribunal Superior Eleitoral quando ele for realizado no ano do pleito, os dados coletados agora não estão formalizados junto à Justiça Eleitoral. No entanto, já servem como medida para orientar reuniões e negociações, especialmente com siglas aliadas. Nas redes sociais, o movimento é ainda mais visível. com potenciais candidatos ampliando a presença digital e investindo em novas estratégias de comunicação para atrair o eleitor.
Embora as disputas para cargos majoritários, como governador e presidente, despertem mais expectativa, boa parte das legendas está focada agora no desempenho para a eleição de deputados federais e estaduais. A principal preocupação é garantir o cumprimento da cláusula de barreira: em 2026, a norma passará a exigir que partidos elejam ao menos 13 deputados federais em nove Estados ou alcancem 2,5% dos votos válidos distribuídos igualmente entre as unidades da Federação para acessar recursos do Fundo Partidário e ter direito à propaganda gratuita.
Atualmente, o Novo, que controla o governo de Minas, sinaliza ser o partido com definições para o próximo pleito em estágio mais avançado. Desde o fim de 2024, por exemplo, o vice-governador, Mateus Simões, é apresentado pela legenda como pré-candidato ao governo de Minas.
O presidente estadual do Novo, Christopher Laguna, diz que a prioridade é eleger deputados federais e estaduais, especialmente para superar a cláusula de barreira, que não foi atingida em 2022. Entre os nomes mais cotados estão os dos três vereadores de BH filiados à legenda: Bráulio Lara deve ser lançado para a Câmara dos Deputados, enquanto Fernanda Pereira Altoé e Marcela Trópia são pensadas para disputar vaga na Assembleia. O secretário de Estado de Cultura, Leônidas Oliveira, também é cotado para a Câmara Federal.
O presidente estadual do PL, Domingos Sávio, por sua vez, garante que a sigla “vai participar ativamente da eleição para o governo de Minas, seja com candidatura própria ou com aliança”. O partido discute uma possível candidatura de Nikolas Ferreira, após ele se tornar o deputado federal mais votado do país em 2022. No entanto, ainda não há consenso, já que outro nome de peso da direita, o do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), também é cogitado para a mesma vaga.
Domingos Sávio destacou ainda que o PL já discute a distribuição de candidatos às vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia. Nos bastidores, os vereadores de BH, Pablo Almeida e Vile, estão entre os mais cotados. “Entendemos que há vereadores com votações muito expressivas que podem vir a pleitear um cargo maior”, justificou.
No campo da esquerda, o PT, por exemplo, ainda enfrenta dificuldade para definir um nome para o governo de Minas. O presidente estadual da legenda, Cristiano Silveira, afirmou que, a princípio, o partido deve apoiar a eventual candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) – o parlamentar ainda não confirma a participação no pleito. Procurado para comentar sobre as articulações do PSD para 2026, o presidente estadual da legenda, Cássio Soares, não se manifestou.
Saiba quais cargos serão disputados em 2026 e entenda as principais regras do pleito
No próximo ano eleitores vão às urnas para escolher:
Presidente da República
Governador
Deputados estaduais
Deputados federais
Senadores
Disputa no Legislativo
Câmara dos Deputados
Vagas para Minas: 53
Cada partido ou federação pode lançar até 54 candidatos (100% +1)
Assembleia Legislativa
Vagas: 77
Cada partido ou federação pode lançar até 78 candidatos (100% +1).
As eleições para deputado federal e estadual ocorre pelo sistema proporcional. Ou seja, não se considera apenas a votação individual do postulante ao cargo, mas o total de votos dados ao partido ou à federação.
Renovação do Senado
Em 2026, a renovação do Senado será de dois terços, ou seja, cada Estado terá duas vagas para o cargo de senador. Neste caso, a eleição é majoritária. Ou seja, é necessária a maioria simples de votos para que o candidato vença a disputa.
PF apreende quase R$ 1,9 milhão em espécie em carros de empresário sob suspeita de crime eleitoral – Foto: divulgação
A Polícia Federal apreendeu R$ 1.859.040 em espécie que estavam em dois carros estacionados na garagem de um centro empresarial localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira (3), durante ação contra crime eleitoral.
Os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão na sede de duas empresas em atuação no Rio de Janeiro, sendo que o dono de uma delas é suspeito de praticar corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.
Durante as buscas, os policiais encontraram o dinheiro distribuído em caixas de papelão no interior de dois veículos de uso exclusivo do investigado. Os carros estavam estacionados no subsolo do centro empresarial.
A PF não informou o nome do empresário investigado, tampouco das empresas onde foram cumpridos os mandados de buscas e do candidato que seria beneficiado com a corrupção eleitoral.
“Os valores apreendidos foram encaminhados à Superintendência Regional da PF no RJ para o prosseguimento das investigações, no âmbito de inquérito policial instaurado para apurar a prática de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa”, diz a corporação em nota.
Com esta apreensão – a terceira nesta semana –, a Polícia Federal no Rio de Janeiro contabilizava, até a manhã desta sexta-feira (4), R$ 3.929.040. em espécie, apreendidos em ações de combate à prática de corrupção eleitoral em 2024.
Dinheiro apreendido durante pagamento por ‘adesivaço’
Também na quinta-feira, a PF prendeu em flagrante quatro pessoas envolvidas em compra de votos e associação criminosa em Teresina (PI). Cada eleitor recebia de R$ 100 a R$ 200. Havia mais de 300 em uma fila à espera do pagamento.
Os eleitores eram motoristas de aplicativo. O pagamento era relativo a “adesivaço” realizado anteriormente. Foram apreendidos cerca de R$ 150 mil.
Durante ação de monitoramento em evento político na zona sul da capital do Piauí, policiais federais abordaram os envolvidos no instante da entrega de dinheiro.
Dez pessoas foram conduzidas à sede da PF para prestar esclarecimentos, permanecendo quatro presas por suposto envolvimento em crimes de corrupção eleitoral e de associação criminosa.
A legislação veda a veiculação de propaganda eleitoral de qualquer natureza em veículos prestadores de serviços públicos, nos quais se enquadram os carros e motos que prestam serviços por aplicativo.
Mais de 50 são presos durante distribuição de dinheiro para motociata
Já em Aracaju, ainda na quinta-feira, policiais militares prenderam em flagrante mais de 50 pessoas sob suspeita de compra de voto. Elas estavam no Bairro Santos Dumont, na Zona Norte da capital de Sergipe.
A Polícia Militar sergipana recebeu uma denúncia que ocorria uma motociata, em que os condutores dos veículos passavam pelas ruas oferecendo dinheiro em troca do voto para uma candidata à Prefeitura de Aracaju.
De acordo com o relato do denunciante, ele se desentendeu com um dos organizadores do esquema, que inicialmente havia prometido R$ 50, mas na hora do pagamento, o valor foi reduzido para R$ 40. Insatisfeito, o eleitor telefonou para a PM.
Quando os militares chegaram, mais de 100 pessoas estavam formadas em uma fila, esperando o pagamento. Houve correria, mas 54 foram capturadas, a maioria motociclistas.
Com algumas pessoas, suspeitas de serem as organizadoras, foram encontrados envelopes com dinheiro, além de uma lista com nomes e números de telefone. Já motociclistas contaram que receberam o dinheiro para participar do ato a favor da candidata a prefeita.
Uma suspeita contou aos policiais militares que estava coordenando o grupo detido e que havia outros quatro grupos, totalizando cerca de 350 motociclistas, que já haviam recebido o pagamento prometido.
Além disso, materiais de campanha, como bandeiras e adesivos, foram encontrados na residência onde havia maior aglomeração, que parecia servir como ponto de controle para a distribuição do dinheiro.
A PM não informou o nome da candidata que seria beneficiada com a compra de votos. Há cinco mulheres entre os oito candidatos a prefeito de Aracaju. O caso foi encaminhado para a Polícia Federal, por se tratar de crime eleitoral. Os suspeitos foram liberados após prestarem depoimento, mas não estão livres de processo criminal.
A PF abriu inquérito para investigar tanto os indivíduos que teriam oferecido dinheiro a eleitores quanto os que teriam aceitado a oferta em troca de votos.
Lei Seca não será aplicada em Minas Gerais nas eleições municipais deste ano – Foto: reprodução
O governo de Minas Gerais informou que a Lei Seca não será implementada nas eleições municipais deste ano. A decisão foi comunicada em nota da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel Minas), publicada na última sexta-feira (13).
A decisão é válida tanto para o primeiro, quanto para o segundo turno (se houver) das eleições. Essa é a segunda vez em que a venda de bebidas alcoólicas foi liberada, sendo a primeira nas eleições gerais de 2022.
A Abrasel agradeceu o governo pela decisão e argumentou que “não foram registrados incidentes que comprometessem a ordem pública”, referindo-se à decisão nas eleições passadas. O comunicado também acrescentou que a decisão irá beneficiar a economia.
“Os domingos, incluindo os de eleição, são cruciais para o setor, o qual emprega mais de 630 mil empregos diretos e gera uma movimentação financeira da ordem de R$ 22 bilhões a cada ano”, explica a associação.
O governo de Minas Gerais afirmou em nota, nesta terça-feira (17 de setembro), que a decisão foi tomada juntamente com o Gabinete Institucional de Segurança (GIS) e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O pronunciamento enfatiza que esta medida é válida apenas para Minas.
“A adoção de uma “Lei Seca” nas eleições, com proibição de venda de álcool nos horários próximos à votação, é facultativa. Ou seja, cada unidade da federação tem autonomia para definir adesão à medida ou não”, explicou a nota.
Eleições municipais: veja restrições que entraram em vigor desde sábado (6) – Foto: reprodução
A exatos três meses para o primeiro turno das eleições municipais 2024, começa a valer uma série de proibições aos candidatos – sobretudo aos que ocupam cargos públicos. A maioria das vedações está prevista na Lei nº 9.504/1997, que estabelece normas para o pleito. De acordo com o calendário eleitoral, desde o último sábado (6), entraram em vigor as seguintes restrições
– contratação de shows artísticos: fica proibida a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos na realização de inaugurações de obras públicas ou divulgação de prestação de serviços públicos.
– presença em inaugurações: candidatos não podem comparecer a inaugurações de obras públicas.
– veiculação de nomes, slogans e símbolos: sites, canais e outros meios de informação oficial não podem conter nomes, slogans, símbolos, expressões, imagens ou outros elementos que permitam identificar autoridades, governos ou administrações, cujos cargos estejam em disputa na campanha eleitoral.
– transferência de recursos: servidores e agentes públicos ficam proibidos de realizar transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade absoluta. A lei abre exceção para situações de emergência e de calamidade pública e quando há obrigação formal preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado.
– publicidade institucional e pronunciamento: fica vedado o pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente. Além disso, passa a ser proibida a publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública.
– nomeação ou exoneração: até a posse dos eleitos, fica vedado nomear, contratar, remover, transferir ou exonerar servidor público. A exceção fica por conta de cargos comissionados e funções de confiança. No caso de concursos públicos, é permitida a nomeação dos aprovados nos certames homologados até 6 de julho.
Cessão de funcionários
Desde sábado, órgãos e as entidades da administração pública direta e indireta podem ceder funcionários à Justiça Eleitoral, em casos específicos e de forma motivada, quando solicitado pelos tribunais eleitorais.
Neste caso, o prazo vale até 6 de janeiro de 2025 para as unidades da Federação que realizarem apenas o primeiro turno das eleições municipais e até 27 de janeiro para os locais onde houver segundo turno.
Eleições 2024: PF e universidade fazem teste em urnas eletrônicas – Foto: reprodução
Investigadores da Polícia Federal (PF) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realizam nesta quarta-feira (15) os últimos testes de segurança na urna eletrônica antes das eleições municipais deste ano, que estão marcadas para 6 de outubro, com eventual segundo turno em 27 de outubro.
Até a próxima sexta-feira (17), na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as equipes farão uma série de testes de confirmação para verificar se falhas encontradas no ano passado foram corrigidas.
O chamado Teste Público de Segurança (TPS) faz parte de cada ciclo eleitoral. Em anos não eleitorais, é aberto um edital para que qualquer interessado se inscreva a fim de examinar os códigos-fonte e realizar ataques com o objetivo de encontrar vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação.
No atual ciclo eleitoral, o TPS foi realizado entre 27 de novembro e 2 de dezembro do ano passado, quando 33 investigadores, incluindo seis investigadoras, executaram 35 planos de ataques contra as urnas, após ter acesso ao código-fonte de todos os sistemas de votação.
Na ocasião, uma comissão avaliadora selecionou cinco inconsistências encontradas que deveriam ser trabalhadas pelo TSE para serem examinadas novamente no teste iniciado agora.
Segundo o relatório do TPS, os ataques realizados no ano passado não conseguiram fragilizar a integridade ou o sigilo do voto, mas encontraram possíveis falhas, por exemplo, na inicialização da urna, com a ocorrência de uma mensagem de erro não prevista.
Outra falha imprevista foi encontrada pela PF no procedimento de carga da urna, quando são inseridas as informações sobre os candidatos e o eleitorado, por exemplo. A equipe formada por um professor e três alunos da UFMS encontrou ainda duas falhas envolvendo o controle e privilégios de acesso de aplicações executadas na urna.
“As nossas equipes técnicas se debruçaram sobre esses achados, melhoraram esses temas e aqui, neste teste de confirmação, apresentamos os dois códigos-fonte, o que tínhamos antes e as melhorias que foram feitas”, explicou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente.
O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, descreveu o TPS como “fundamental para o sistema eleitoral, pois possibilita essa transparência e essa evolução constante”. Cada achado dos investigadores “se transforma em evolução”, completou.
Durante o teste de confirmação, serão executados os firmwares (programas de controle do hardware) e as mídias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica.
Serão testados:
Gerenciador de dados, aplicativos e interface com a urna eletrônica;
Software de carga;
Software de votação;
Sistema de apuração;
Kit JE-connect; entre outros.
Também participam dos testes de confirmação sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). “Os acadêmicos darão suporte às investigadoras e aos investigadores durante a execução dos planos de reteste”, informou o TSE.
Confira as principais datas das eleições 2024 – Foto: reprodução
A data marcada para o primeiro turno das eleições municipais de 2024 é em 6 de outubro. Nas cidades com mais de 200 mil habitantes, existe a possibilidade de segundo turno nos casos em que nenhum dos candidatos tiver atingido maioria absoluta de votos, ou seja, mais de 50% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos). Se houver segundo turno, os eleitores deverão voltar às urnas em 27 de outubro. A votação está prevista para o período das 8h às 17h, no horário de Brasília.
Antes de ir às urnas, porém, há uma série de outras datas importantes. Elas estão definidas no calendário eleitoral elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Veja as principais:
Prazo para regularizar o título de eleitor
Os eleitores têm até o dia 8 de maio para regularizar a situação eleitoral, solicitar a transferência de domicílio eleitoral e atualizar dados cadastrais. Esse também é o prazo para que eleitores novos tirem o título. A orientação é para que os cidadãos procurem os cartórios eleitorais ou entrem no site do Tribunal Regional Eleitoral de seus respectivos estados para consultar os serviços.
Teste de confirmação das urnas
Entre os dias 15 e 17 de maio será feito o teste de confirmação das correções aplicadas às urnas eletrônicas, decorrentes de um teste público de segurança realizado no TSE no final do ano passado.
Arrecadação prévia para campanha
A partir do dia 15 de maio, os pré-candidatos podem começar a arrecadação prévia de recursos para a campanha por meio de financiamento coletivo. A liberação dos recursos fica condicionada ao registro da candidatura, à obtenção de um CNPJ e à abertura de conta bancária. Nessa data, porém, ainda não é permitido pedir voto aos eleitores.
Proibição de programas de pré-candidatos
A partir de 30 de junho as emissoras de rádio e televisão não podem mais transmitir programas apresentados ou comentados por pré-candidatos.
Convenções partidárias
Entre os dias 20 de julho e 5 de agosto os partidos políticos e as federações poderão realizar convenções para escolher candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.
Divisão da propraganda eleitoral
13 de agosto é a data final para que o TSE publique a tabela com a representação dos partidos políticos na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional para a divisão do tempo destinado à propaganda gratuita no rádio e na televisão das eleições 2024. O sorteio da ordem da veiculação da propaganda deve ser feito pelos juízes eleitorais entre os dias 15 e 25 de agosto.
Registro de candidatura
Os partidos políticos, as federações e as coligações têm até o dia 15 de agosto para registrar os candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.
Início da propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral passa a ser permitida, inclusive na internet, a partir do dia 16 de agosto. Os candidatos também podem usar amplificadores de som ou alto-falantes, realizar comícios, distribuir materiais e promover caminhadas, carreatas e passeatas.
Já a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para o primeiro turno começa no dia 30 de agosto e vai até o dia 3 de outubro.
Prisão de candidatos é proibida
De 21 de setembro até 8 de outubro, no caso do primeiro turno, nenhum candidato pode ser detido ou preso, a não ser em caso de flagrante delito. O mesmo vale para o período entre 12 e 29 de outubro, para o segundo turno.
Propaganda do segundo turno
Se houver segundo turno, os candidatos estão liberados a partir da data de 7 de outubro para a realização de propaganda para as eleições 2024. A propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio começa no dia 11 de outubro e vai até o dia 25 do mesmo mês.
Prestação de contas
Os candidatos têm até o dia 5 de novembro para encaminhar as prestações de contas de campanha referentes ao primeiro turno. Se houver segundo turno, o prazo para o envio das informações vai até 16 de novembro.
Justificativa de voto
Os eleitores que não comparecem e não justificarem a ausência no dia do primeiro turno têm até o dia 5 de dezembro para apresentarem o pedido pelo aplicativo e-Título ou no site dos Tribunais Regionais Eleitorais e do TSE. Para o segundo turno, o prazo vai até 7 de janeiro de 2025.
Diplomação dos eleitos
A Justiça Eleitoral deve diplomar os candidatos eleitos até o dia 19 de dezembro.
Prazo para emitir e regularizar título de eleitor termina dia 8 – Foto: reprodução
Quem precisa regularizar a situação de seu título eleitoral ou emitir o documento pela primeira vez tem até a próxima quarta-feira (8) para tomar providências a tempo de votar nas eleições municipais de outubro.
O prazo serve também para a transferência do domicílio eleitoral, caso o eleitor tenha mudado de endereço, indo morar em bairro ou município de outra zona eleitoral, por exemplo. É possível somente atualizar informações cadastrais, se necessário. Vale lembrar que, neste ano, devido ao caráter local das eleições, não há possibilidade de voto em trânsito.
A data final de 8 de maio para a realização dos procedimentos está prevista na legislação eleitoral, e após esse dia qualquer alteração no cadastro eleitoral somente poderá ser realizada depois da votação deste ano.
O pleito está marcado para 6 de outubro, com eventual segundo turno em 27 de outubro. Neste ano, os eleitores vão votar para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.
Primeiro título e biometria
Quem vai tirar o seu primeiro título de eleitor precisa necessariamente comparecer a um cartório eleitoral para se alistar. Qualquer pessoa que tenha 16 anos na data da votação pode solicitar o documento que a qualifica a votar.
Precisam comparecer ao cartório eleitoral mais próximo os eleitores que ainda não possuem o cadastro de biometria.
É necessário levar um documento de identificação, preferencialmente com foto, que pode ser o registro geral (RG) ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por exemplo. São aceitas certidão de nascimento ou de casamento.
Podem ser solicitados comprovantes de residência e, no caso de homens que pedem o primeiro título no ano em que completam 19 anos, o certificado de quitação militar.
De acordo com a Constituição, o alistamento e o voto são obrigatórios a partir dos 18 anos de idade, e facultativos aos jovens de 16 e 17 anos, aos maiores de 70 anos e às pessoas analfabetas.
Transferência de domicílio
Para a transferência de domicílio eleitoral, é necessário comprovar vínculo com a localidade em que o eleitor pretende votar. “Os vínculos podem ser residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha da localidade”, informa a Justiça Eleitoral.
O procedimento, nesse caso, pode ser feito pela internet, por meio da plataforma Título Net.
Para requerer a transferência, é necessário que o eleitor resida há pelo menos três meses no novo município e já tenha transcorrido, no mínimo, um ano da data do alistamento eleitoral ou da última transferência do título. Estão isentos dessa condição os servidores civis ou militares, bem como seus familiares, que tenha se mudado em decorrência de transferência ou remoção.
Eleições 2024: Dia 8 de maio é a data final para emitir ou regularizar título eleitoral – Imagem: divulgação
As Eleições municipais de 2024 acontecem no dia 6 de outubro, mas o prazo para tirar o primeiro título, transferir local de votação, atualizar ou regularizar a situação eleitoral termina no dia 8 de maio. Após essa data, os serviços ao eleitor ficarão indisponíveis. (Consulte sua situação eleitoral aqui).
A regularização pode ser feita de forma on-line por meio do Título Net ou presencialmente, diretamente nos Cartórios Eleitorais. Quem não possui biometria deverá comparecer ao seu cartório eleitoral munido de documento oficial de identidade (exceto CNH), com foto, e comprovante de endereço, no prazo de até 30 dias do requerimento, para realizarem a coleta.
O voto jovem nas eleições de 2024 – Foto: reprodução
O voto para menores de 18 anos é opcional no Brasil e um direito de todos os adolescentes com 17 ou 16 anos completos na data da eleição. O voto facultativo é uma oportunidade importante para que os jovens exerçam a cidadania e participem do processo eleitoral.
Estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral indicam que houve um crescimento de 14% no número de jovens eleitores, com idades de 16 a 17 anos, neste ano de 2024, em comparação com as eleições municipais de 2020. Apenas nos meses de janeiro e fevereiro, 417 mil menores de 18 anos solicitaram a primeira via do título de eleitor em todo país.
Desde 2012, a Justiça Eleitoral vinha registrando uma sequência de quedas entre o eleitorado nessa faixa etária em eleições municipais, o que demonstrava haver uma nova geração bastante afastada da politica e pouco interessada em ir às urnas. O crescimento observado nesse ano interrompe o histórico de redução do eleitorado jovem e é, portanto, uma boa notícia. Esse aumento já havia sido observado nas eleições presidenciais de 2022.
O maior interesse dos jovens pelo voto pode ser explicado sob dois aspectos principais. O primeiro deles é que em 2022 houve um aumento expressivo dos jovens eleitores impactados pela polarização instaurada no país. O forte clima de tensão entre grupos de esquerda e direita pode ter incentivado a participação dos jovens nas discussões políticas e no processo eleitoral em si.
O segundo fator que explica o crescimento das estatísticas é a forte atuação do TSE no sentido de atrair os jovens para o processo eleitoral, com realização de grandes campanhas publicitárias de incentivo à emissão do primeiro título. Com uso das redes sociais e de influenciadores digitais, a Justiça Eleitoral conseguiu aumentar o engajamento entre o público jovem e, consequentemente, viu crescer a emissão do primeiro título entre os adolescentes em 2022 e também agora em 2024.
Embora o cenário seja bastante positivo, ao avaliarmos os dados de forma mais aprofundada, percebemos que o crescimento não é homogêneo no país. Os números de 2024 indicam que o estado com maior proporção de jovens eleitores é o Tocantins, seguido pelo Piauí e Paraíba. Com as piores estatísticas, estão o Distrito Federal, o Rio de Janeiro e São Paulo, com baixos números de eleitores menores de 18 anos. Ou seja, temos motivos para comemorar, mas ainda são evidentes os desafios para que mais jovens brasileiros se sintam atraídos pelos assuntos eleitorais.
É fundamental que partidos e lideranças políticas entendam os anseios da juventude e alinhem seus discursos com essas necessidades para que, de fato, consigam dialogar com os jovens eleitores. O adolescente de hoje é o eleitor de amanhã e merece respeito. Ele precisa efetivamente se sentir representado e compreendido para que nos próximos anos possamos comemorar estatísticas ainda mais positivas.
Por Wilson Pedroso*
Wilson Pedroso é consultor eleitoral e analista político com MBA nas áreas de Gestão e Marketing
Gostaria de adicionar o site Jornal Folha Regional a sua área de trabalho?
Sim
Receber notificações de Jornal Folha Regional
Sim
Não