Jornal Folha Regional

PM retoma rondas policiais nas instituições de ensino em Cássia

A Polícia Militar, em parceria com a Secretaria de Educação de Cássia, retomou na última segunda-feira, 24, as rondas policiais em todas as instituições de ensino da cidade.

De acordo com o secretário de Educação, Ezequias Sousa Rodrigues, não foram registradas nenhuma ameaça em instituições de ensino no município. “O objetivo das rondas é oferecer segurança aos alunos e profissionais da educação, enquanto desenvolvemos ações preventivas sobre as violências no ambiente escolar”, disse.

“O trabalho junto com a Polícia Militar transmite segurança para todos os envolvidos na educação, além de tranquilizar os pais e alunos, garantindo a boa convivência dos estudantes na escola. Através de palestras com a participação direta dos professores, abordamos temas relacionados à segurança escolar e a comunicação entre a instituição e as autoridades”, comentou.

Segundo o secretário, o município não precisou investir financeiramente neste projeto, mas que a administração já contribui com a PM de outras maneiras.

Segundo o comandante da Polícia militar em Cássia, Antônio Guilherme Rodrigues Viotti, esse projeto retornou no início deste mês, quando surgiram boatos sobre atentatos envolvendo alunos e funcionários. “As crianças que já são direcionadas pelos seus pais e educadores a trilharem o caminho correto, aprendem desde cedo a participar da sociedade e a contribuírem para uma comunidade mais segura”, ressaltou.

“Todos contribuem cada dia mais através de acompanhamentos e desmotivando a violência, caso venham saber de algum desentendimento por menor que sejam. Enfim, devemos levar uma vida em sociedade e, para isso, devemos ser participativo em busca do bem comum que é o objetivo principal do projeto”, comentou.

Segundo ele, além de Cássia, as rondas policiais acontecem em Delfinópolis, Claraval, Pratápolis, Ibiraci, Itaú de Minas e Capetinga, ressaltando que nesses municípios não foram registrados nenhuma ameaça ou denúncia de violência no ambiente escolar.

“No caso das cidades sob minha responsabilidade, estamos com foco em prevenir as situações que possam interferir no bom funcionamento das escolas, com certeza em outros casos este projeto poderá contribuir de forma positiva e eficaz na prevenção”, assegurou o comandante. (Clic Folha)

Prefeitura de Alfenas lança aplicativo de emergência “SOS Escola Segura”

A Prefeitura de Alfenas lançou nesta quarta-feira (12) um aplicativo para celular chamado “SOS Escola Segura”. O lançamento aconteceu durante uma reunião do poder público com gestores das escolas das redes municipal, estadual e particular, comandantes das Forças de Segurança e secretários municipais.

O aplicativo tem como objetivo de melhorar a segurança nas unidades de ensino. Ele já começou a ser instalado no celular dos responsáveis pelas escolas, que ao perceberem uma situação de perigo disparam o alarme, fazendo com que as viaturas da Guarda Municipal e Policia Miliar sejam acionadas imediatamente para as escolas.

Outras ações:

Além do aplicativo, outras ações também foram definidas na reunião: uma delas é a aquisição de três viaturas para a Guarda Municipal que serão exclusivas para as escolas. Também foi definido que haverá uma ampliação das rondas policiais nas proximidades das escolas, a criação de um grupo de trabalho para definir protocolos de ação conjunta, um trabalho de inteligência policial junto às redes sociais e um sistema de monitoramento das escolas.

A próxima reunião sobre o assunto vai acontecer na próxima sexta-feira (14), com a participação das Forças de Segurança, Poder Executivo Municipal e Ministério Público. (Portal Onda Sul)

Protocolo promete rapidez à comunicação de ataques e crimes em escolas de Minas

O governador Romeu Zema (Novo) visitou nesta quarta-feira (12) a escola Escola Estadual Amélia Santana Barbosa, no bairro Guarujá, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, para anunciar o novo protocolo de acesso aos prédios escolares. A medida foi elaborada pelo recém-lançado Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar do governo de Minas, criado na última segunda-feira (10) como resposta ao pânico gerado pela onda de ataques a instituições ocorridos em escolas do país. Outra medida adotada é a ampliação na instalação de câmeras de segurança, para atingir 100% das unidades de ensino do Estado.

Com o novo fluxo a ser seguido pelos gestores escolares, tanto na rede pública quanto na privada, os diretores deverão comunicar casos de violência ou ameaças às Superintendências Regionais de Ensino (SREs). Por outro lado, os órgãos comunicarão imediatamente à seção de planejamento operacional regional – P3 – da Polícia Militar (PM).

“Este setor policial acionará a Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para a identificação do autor”, adiantou o governo.

O núcleo criado pelo governo conta com a participação da Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) e representantes do MPMG, da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), da PM, da União dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais (Undime) e do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep).

Alunos convivem com medo e crises de ansiedade após ameaças e ataques em escolas

A sequência de ameaças de massacres e os recentes episódios de violência em instituições de ensino de Santa Catarina e de São Paulo fizeram do ambiente escolar um reduto do medo em Minas Gerais. Crianças e adolescentes, que hoje estão no foco do debate sobre segurança pública, passaram a conviver com a sensação de insegurança e distantes da tranquilidade desejada para um espaço desenvolvido com o objetivo de potencializar habilidades físicas, cognitivas e afetivas. Como consequência do medo, alunos das redes municipal, pública e privada sofrem com sintomas de crises de ansiedade e com receio de frequentar as aulas. Uma realidade que preocupa professores, instituições de segurança pública e responsáveis pelos estudantes.

“Essa sequência de fatos fica no imaginário das crianças e dos adolescentes, e tem como consequência o aumento da ansiedade. Esses grupos responsáveis pelas ameaças e pelos ataques estão procurando justamente isso: causar na sociedade um certo medo e deixar todo mundo em situação de alerta”, aponta a psicóloga e especialista em direitos das crianças e adolescentes Andreia Barreto. A especialista acredita que este é o momento de privar as crianças deste “imaginário” de violência provocado pelas ameaças e pelos ataques. “Isso pode gerar graves problemas de saúde. Nós temos dois tipos de ansiedade, uma é aquela comum do ser humano e a outra a patológica. E essa segunda ocorre quando as crises são mais intensas, constantes e o medo está mais presente, como agora”, explica.

Essa sensação de medo tomou conta de alunos de uma escola da rede estadual do bairro Santa Branca, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Eles ficaram assustados após a divulgação da chamada “Lista do Massacre”, que começou a circular nas redes sociais no último final de semana. O vídeo aponta que escolas de mais de 35 cidades mineiras seriam alvos de uma série de ataques previstos para o período entre os dias 10 e 20 de abril. Até 12h desta segunda-feira (10), a postagem já tinha atingido 87 mil curtidas, 28,4 mil comentários e mais de 11 mil compartilhamentos em uma rede social. O caso é investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais. O vídeo foi retirado do ar pela rede social onde foi publicado.

“O meu colega começou a chorar, parece que teve uma crise de ansiedade. Como ele participa muito da Igreja, citou um versículo bíblico e chorou. Ficou muito assustado e com medo”, relata uma aluna de 12 anos da instituição de ensino da rede estadual, na região da Pampulha. O episódio, segundo a adolescente, ocorreu no intervalo das aulas do turno da manhã desta segunda-feira (10). O garoto teria se assustado quando escutou um barulho próximo ao portão da unidade de ensino. “Falaram que tinha alguém gritando e que mandou abrir o portão. Ele desesperou, pensou que estava acontecendo naquele momento”, narra a estudante.

Ainda de acordo com a adolescente, que terá a identidade preservada, a suposta “Lista do Massacre” foi assunto entre os estudantes durante as aulas. “Na van, minha colega falou sobre esse massacre. Na sala, meus colegas também comentaram. Eu fiquei em alerta”, descreve. Para ela, embora os professores e os membros da diretoria tenham garantido que os alunos estão seguros, o sentimento é de apreensão. Algo que, segundo a adolescente, pode atrapalhar o desempenho dela e dos demais colegas na semana de provas. “Fico preocupada, não sei se vai acontecer. O que vou fazer se for verdade? Não tenho ideia?”, questiona a estudante. 

Medidas precisam ser eficientes

O especialista em segurança pública Arnaldo Conde alerta sobre as medidas adotadas a partir das ameaças nas escolas de Minas e dos ataques ocorridos em Santa Catarina e em São Paulo. Para ele, muitas das medidas adotadas são equivocadas, já que não consideram as particularidades de cada cidade e região. Conde também aponta que a forma que as autoridades têm conduzido esses casos cria um sentimento de pânico e uma sociedade estruturada no medo.

“Estão tomando algumas medidas com base naquilo que é exceção. Os pais precisam conversar com seus filhos e pontuar aquilo que é real, que de fato acontece”, orienta o especialista. Conde acredita que mesmo diante do medo, as escolas não precisam de mais equipamentos de segurança. “O que elas possuem já é suficiente. Qual a necessidade, por exemplo, de um detector de metais? Isso não faz diferença no dia a dia. A gente precisa de medidas mais razoáveis. Se uma escola foi invadida, os profissionais precisam estar treinados para conseguir trancar em uma sala. Aquela porta e aquela fechadura precisam ser resistentes, isso sim”, comenta.

Para o especialista, a Operação de Patrulhamento Escolar, lançada pela Polícia Militar de Minas Gerais, que pretende criar um conselho comunitário de segurança pública escolar em todas as cidades mineiras, pode colaborar com a segurança das instituições de ensino. No entanto, conforme Conde, essa troca de informações entre professores, responsáveis por estudantes e alunos irá favorecer somente o entorno da escola.

“E dentro da escola? Isso não muda tanto. É preciso ter calma em momentos como esse e pensar de forma mais prática. Propor soluções individuais para cada lugar. Tem que ter uma visão de integrar as escolas nos programas de segurança comunitário, utilizar as dependências delas para fazer essas reuniões. As ações precisam ser pensadas nesse sentido”, avalia.

O papel dos pais e dos professores

Diante dos sentimentos de insegurança por causa das constantes ameaças e dos episódios ocorridos em Santa Catarina e em São Paulo, a psicóloga Andreia Barreto acredita que além de privar crianças e adolescentes deste “imaginário de violência”, é necessário que os responsáveis busquem tranquilizar esses estudantes. Para ela, é importante que os familiares, principalmente os pais, tenham a confiança de seus filhos para conversar sobre o assunto.

“Os pais são a fonte de segurança. Eles precisam conversar muito com seus filhos sobre a situação, passar tranquilidade e não o temor que estão vivendo. O caminho é tranquilizar, reforçar que eles estão em ambientes seguros e que serão protegidos. Além disso, dizer que podem contar com eles e que devem falar sobre qualquer acontecimento fora da normalidade”, sugere. 

Barreto também destaca que é importante desenvolver mecanismos preventivos e estratégias de intervenção que proporcionem um maior diálogo entre escola, alunos e família, assim como incentivar a tolerância, empatia e o respeito.

“A escola, agora, é o cenário mais adequado para tratar este assunto. Mais do que aprender português, matemática e história, os alunos precisam sentir que esse é o espaço em que podem falar sobre suas emoções. Falar sobre convívio e as relações interpessoais, que foram afetadas pela pandemia. A escola precisa cuidar menos do currículo e mais dos adolescentes”, completa. 

Escolas estaduais de Minas receberão a visita periódica de policiais militares para prevenir casos de violência

Após os casos de violência registrados em uma escola paulista e em uma creche catarinense, o governo de Minas Gerais decidiu que policiais militares farão visitas periódicas às instituições de ensino estaduais. Há mais de 3,5 mil escolas no total.

Chamada de “Proteção Escolar”, o objetivo da operação, segunda a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), é proteger o ambiente escolar, garantindo a segurança e o bem-estar dos estudantes, professores e demais profissionais da educação em todas as regiões do estado.

“Todo educandário de Minas Gerais receberá uma visita de policiais militares, com o objetivo de levar dicas de segurança, conscientização a respeito de comportamentos que podem ser adotados ali pelos integrantes da comunidade escolar, que vão favorecer a autoproteção desse ambiente”, disse o capitão Cristiano Araújo, do Centro de Jornalismo Policial (CJP) da PMMG.

Ainda segundo o capitão, a PMMG vai fomentar as redes de proteção. “Consiste basicamente em conectar essas pessoas, por meio inclusive de plataformas digitais, grupos de WhatsApp, para que qualquer informação relevante seja relacionada à proteção da escola circule de forma ágil e chegue para a Polícia Militar o mais rápido possível e a gente consiga fazer as intervenções necessárias”, explicou.

Durante o anúncio da operação, no entanto, a PMMG não deixou claro como funcionará, na prática, o processo. O governo adiantou que não haverá policiamento fixo nas escolas, mas ainda não explicou como as visitas devem acontecer.

Governo Lula estuda criar disque denúncia para ameaças em escolas

O grupo de trabalho criado para propor políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas se reuniu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) e discutiu ações emergenciais que devem ser implementadas. Entre elas, a possibilidade de criação de um disque denúncia exclusivo para receber alertas sobre ameaças em instituições de ensino. 

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a intenção é que o canal seja semelhante a outros disque denúncias já existentes, como o 180 para violências contra mulheres. 

“A ideia é criar um canal direto, específico, porque é importante as pessoas se anteciparem. Sentiu um episódio suspeito em relação a um colega de sala de aula, a uma pessoa na rua, no bairro? É um dos pontos que nós queremos ter viabilidade o mais rápido possível para criar, um canal de disque denúncia de violência nas escolas, para ter esse canal mais rápido”, disse o ministro.

Outras ações emergenciais em debate são campanhas de comunicação envolvendo redes sociais, meios que costumam abrigar, atualmente, ideias de potenciais criminosos, e o repasse de recursos para que as escolas construam ações voltadas à cultura da paz com alunos. Além disso, são discutidos programas de capacitação de professores e diretores e protocolos que precisam ser estabelecidos para evitar casos de violência.

O grupo foi criado na quarta-feira (5) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, o mandatário foi motivado pelos ataques a uma creche em Blumenau (SC), na quarta, que deixou quatro crianças mortas, e a uma escola em São Paulo (SP) na última semana, que terminou com uma professora morta.

Governo anuncia R$ 150 milhões para reforçar segurança e evitar ataques em escolas

Área da creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, Santa Catarina, onde homem matou quatro crianças e deixou outras quatro feridas nesta quarta (5) – Vinicius Bretzke/Reuters

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que disponibilizará R$ 150 milhões para estados e municípios ampliarem rondas policiais no entorno de escolas.

O anúncio foi feito por ministros, após reunião chamada às pressas pelo chefe do Executivo no Palácio do Planalto. Os recursos para a medida virão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), do Ministério da Justiça.

“O presidente da República decidiu que o Ministério da Justiça vai fortalecer o apoio às rondas escolares, patrulhas escolares. Isso será feito por intermédio de um edital. Vamos conversar com Camilo [Santana] e secretários estaduais”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Além disso, o ministro anunciou que ampliará de 10 para 50 o número de policiais que participa do grupo de monitoramento da deep weeb.

“Estamos vendo nesse instante uma ideia de pânico, ameaças em relação a outras escolas, universidades. Estamos a partir de amanhã com 50 policiais que vão se dedicar nos próximos dias exclusivamente a monitoramento dessas ameaças na internet.”

Prefeitura de Alpinópolis realiza distribuição de kits escolares para rede municipal de ensino

O prefeito de Alpinópolis (MG), Rafael Freire, visitou todas as escolas da rede municipal de ensino para realizar a distribuição de kits de materiais escolares para alunos e professores. 

Segundo Rafael, a medida é importante para aliviar o orçamento familiar, principalmente para aquelas famílias com mais de um filhos na escola.

Entre os materiais estão: livros sobre educação financeira, cultura, educação ambiental, inglês, além das disciplinas básicas obrigatórias, como matemática e português. Ainda de acordo com o prefeito, apenas a mochila será entregue nos próximos dias.

Esse ano, as escolas municipais irão iniciar um trabalho com dois materiais extras: o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) que melhora o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e o conteúdo exclusivo de alfabetização, pensado para aqueles alunos que não conseguiram se alfabetizar.

Rafael disse que ficou emocionado com tamanho carinho das crianças.

‘’Ver a alegria estampada em cada rosto e toda essa euforia é a resposta de que vale a pena acreditar na educação pública. Quando ouvi de um garoto que ele ‘nunca teve um caderno de capa dura’ e que estava ‘emocionado’ por isso, eu senti ali a minha maior motivação para fazer ainda mais. Como é bom ver a alegria das nossas crianças ao receber um material escolar de qualidade, preparado com muito carinho para auxiliar no seu processo de aprendizado’’.

A distribuição dos kits começou pela Escola Municipal Domingos Gonçalves de Lima, depois a Escola Municipal Horácio Pereira Damásio, no período da manhã. Já no período da tarde, na Escola Municipal Cônego Vicente Bianchi, na Escola Municipal Stella da Silva, e no CEMEI Professor José Gilberto Damasceno.

Ainda conforme Rafael, nunca se investiu tanto na educação pública de Alpinópolis como atualmente.

‘’Depois de adotar os materiais didáticos da FTD, de distribuir uniformes para todos os alunos, de reajustar em mais de 50% o salário dos professores, de comprar vários utensílios novos para as escolas, de adquirir uma biblioteca para cada escola, de iniciar a instalação das telas interativas, de construir e reformar várias escolas, vamos também entregar o kit de material escolar’’.

Pais de alunos da zona rural de Guapé reivindicam mais professores: ”não queremos classes multisseriadas”

Pais e responsáveis por alunos têm solicitado a contratação de mais uma professora na escola de Volta Grande, zona rural de Guapé (MG). Segundo uma das mães, esse ano haverá apenas duas professoras para atender a Escola Municipal da Fazenda Soledade. Uma professora ficará responsável pela alfabetização das duas salas da pré-escola e pelo 1° ano, e a outra alfabetizará o 2°, 3° e 4° ano.

A escala e quantidade de alunos, até o momento ficará assim:

Primeira professora

  • Pré-escolar de 4 anos: 8 alunos;
  • Pré-escolar de 5 anos: 6 alunos;
  • 1° ano: 7 alunos;
  • Total: 2 1 alunos.

Segunda professora

  • 2° ano: 5 alunos;
  • 3° ano: 6 alunos;
  • 4° ano: 8 alunos;
  • Total: 19 alunos.

Os responsáveis informaram que a prefeitura não quer disponibilizar um veículo para locomover outro professor, porém, na comunidade já existem duas professoras que poderiam atender a instituição, além das duas que já irão dar aulas.

‘’O prefeito da cidade decidiu que não irá mais enviar professor da cidade pra cá, por corte de gastos, ficamos só com duas professoras moradoras daqui, e elas terão que juntar todas as séries em uma sala só’’.

De acordo com os pais dos alunos, enquanto possuem quatro funcionárias para a área da limpeza e três merendeiras, a escola não terá professor de educação física, diretor e coordenador. Uma supervisora da cidade estará presente a cada 15 dias na escola.

Além da escola na zona rural, os pais dos alunos que estudam em instituições dentro da cidade também criticam a data de retorno das aulas em Guapé. ‘’No Sul de Minas, todas as escolas vão iniciar as aulas nesta segunda, apenas aqui no Guapé vai começar após o carnaval, sem data ainda’’.

Uma mãe informou que tentou contato com a administração municipal, porém não obteve sucesso. ‘’Não conseguimos atendimento/reunião com a prefeitura e nem secretaria de educação, pois está tudo fechado, entregue às moscas. Não se acha ninguém na prefeitura. A caçamba de lixo, que fica do lado do posto de saúde e da escola, está lotada, lixo pra todo lado, não tem mais coleta de lixo’’.

Atualmente, além de Volta Grande, a escola atende Cava, Monteiros, Felix João, São José e Ponte Grande.

Uma mãe da comunidade de Aparecida do Sul, popularmente conhecida como Jacutinga, também reclama do mesmo problema, o qual os pais ”vem lutando desde dezembro de 2022”. Conforme ela, a prefeitura quer unir as crianças de quatro anos do pré-escolar com adolescentes em um único turno, e fazer salas multisseriadas.

‘’A secretaria de educação não ajuda e fomos atrás várias vezes. Não sabem nem o dia que vai começar as aulas, não deu um proceder para gente. É um retrocesso na aprendizagem. O prefeito ficou de marcar reunião aqui para vir nós falar algo, mas disse que vai ser depois do carnaval, onde me parece que vai começar o ano letivo. Sem sentido algum. Queremos aulas, com turmas únicas e uma data prevista, com dois turnos, e o dia que vai ser a tal reunião que ainda não foi comunicado, para conversarmos com o prefeito, porque até agora não achamos ele, não responde mensagem, telefone e nem pessoalmente’’.

A redação entrou em contato com a Secretaria de Educação e até o fechamento da matéria não obteve retorno.

Escolas estaduais de Minas podem entrar em greve e anunciam paralisação

Escolas estaduais de Minas Gerais poderão entrar em greve na próxima semana. Trabalhadores do setor anunciaram nesta quarta-feira (1) uma paralisação no dia 8 de fevereiro.

A reivindicação é que o governo do Estado pague o reajuste salarial. Um ato público está sendo feito nesta tarde no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pela valorização da categoria e contra a perda de direitos, segundo o sindicato do setor.

“Aprovamos a pauta de reivindicações da campanha salarial de 2023 no Estado de Minas Gerais. E também já decidimos por uma paralisação total das atividades no dia 8 de fevereiro, onde nós faremos uma vigília na porta do Tribunal de Justiça”, destacou Denise Romano, coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG).

“Vamos denunciar o calote que o governo Zema está dando na educação. Ele não concedeu nenhum reajuste do piso salarial até agora e ainda criminaliza o sindicato por meio de ação judicial”, completou ela.

O início do ano letivo nas escolas estaduais de Minas Gerais está previsto para o dia 6 de fevereiro. Já nas escolas municipais, deverá ter início nesta quinta-feira (2).

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