Jornal Folha Regional

Escolas de Minas vão ganhar câmeras de segurança para ajudar a coibir violência

A escalada de violência nas escolas fez com que a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) investisse na instalação de câmeras nas escolas estaduais para tentar minimizar os crimes. A expectativa é que, até o dia 30 de dezembro deste ano, 3.444 das 3.543 instituições estejam com o sistema de monitoramento instalado, e o funcionamento deles está previsto para o início do ano que vem. As câmeras de segurança nas escolas podem ajudar a evitar furtos e roubos, mas também contribuem para identificar autores de ameaças de massacres, destruições e ajudar no controle do acesso às dependências escolares.   

Cada vez mais as ameaças de massacres ou até mesmo a concretização da violência, como o ocorrido em duas escolas Aracruz, no Espírito Santo, se espalham pelo Brasil. Nesta terça-feira (29 de novembro) duas escolas municipais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, amanheceram destruídas e com frases fazendo referência ao nazismo. Na Escola Municipal José Silvino Diniz, as carteiras estavam quebradas, banheiros foram destruídos e várias paredes com pichações faziam referência ao nazismo.  

Os funcionários suspeitam de um aluno do nono ano, mas a escola não tem câmeras de segurança, o que deve dificultar a identificação do suspeito. Se contasse com monitoramento, toda a ação teria sido gravada. “A escola está sem câmeras neste momento. Foi feita uma requisição para a instalação de câmeras, mas ela não foi aceita, e estamos sem esse, recurso que poderia auxiliar neste caso”, disse um funcionário da instituição. 

Já a Escola Municipal Professora Maria Martins “Mariinha”, no bairro Tropical, amanheceu com os vidros quebrados. A instituição até tinha câmeras de segurança, mas elas não inibiram a ação dos criminosos, que arrancaram os equipamentos e os levaram embora. Na escola também foram escritas frases relacionadas ao nazismo. Ainda não se sabe se os dois crimes têm alguma relação. A Prefeitura de Contagem informou, por nota, que está em andamento um projeto para implantação de um sistema de videomonitoramento específico para as escolas.  

O subsecretário de Administração da Secretaria de Estado de Educação, Silas Fagundes, destaca que a instalação das novas câmeras vai funcionar como um reforço na segurança das escolas. “As câmeras podem auxiliar as forças de segurança na identificação de invasores em caso de furtos e roubos e auxiliar os gestores escolares no controle de acesso às dependências da escola. Os sensores de presença passam a sensação de segurança para professores, alunos e funcionários”, ressalta. 

Segundo ele, o projeto terá um investimento inicial de R$ 48,3 milhões e vai contemplar quase todas as escolas estaduais, exceto as das unidades prisionais, socioeducativas e Colégios Tiradentes da Polícia Militar. A definição dos locais onde as câmeras serão instaladas será feita pela empresa de segurança contratada para colocar o projeto em prática. O monitoramento das câmeras será feito 24 horas por dia, nos sete dias da semana, pela empresa contratada e pela gestão da escola.

A professora do Departamento de Educação e membro do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Publica (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Valéria Cristina enfatiza que as câmeras podem não impedir a concretização de um ataque, mas elas podem contribuir para impedir ações em que a pessoa não faria algo se soubesse que está sendo filmada e também ajudam na identificação dos suspeitos de um crime, como no caso das pichações nazistas nas instituições de educação de Contagem.  

“A instalação de câmeras pode prevenir alguns crimes contra o patrimônio e pode ajudar a esclarecer algum tipo de evento relacionado a conflitos entre estudantes ou envolvendo professores e alunos. Porém, um evento como o de Aracruz dificilmente seria evitado com a presença de câmeras, tal como não foi. Afinal de contas, a ação foi filmada em pelo menos uma das escolas. Esse tipo de resposta pode contribuir para dissuadir atos que seriam possíveis de serem dissuadidos com a presença de vigilância – aquele tipo de ação que, se alguém sabe que se está sendo filmado, ele deixaria de fazer”, destaca a especialista.  

Ainda de acordo com a professora, coibir crimes como furtos e roubos, uma das funções das câmeras de segurança, é importante para aumentar a sensação de segurança nas escolas. “Um ambiente em que se tem uma sensação de insegurança compromete as relações estabelecidas ali. Se eu tenho uma escola onde os professores e funcionários sentem que estão expostos a riscos de furtos e roubos, eles passam a ter um desinteresse de trabalhar no local. Os alunos também passam a não querer estudar naquela escola. Isso contribui indiretamente para dificultar uma boa relação de ensino e aprendizagem”, complementa a professora. 

Só as câmeras não são suficientes

Apesar de acreditar que as câmeras contribuem para ajudar na segurança das escolas, a professora da UFMG destaca que são necessárias outras medidas para conter a violência nesses espaços. “A escola e a comunidade podem contribuir para a prevenção desse tipo de evento, fazendo um acompanhamento próximo dos estudantes, observando as situações de conflito que podem se dar no espaço escolar de uma forma silenciosa, mas extremamente danosa quando escalam para situações de violência. Os casos de bullying, por exemplo, que são parte das motivações dos autores desses massacres, tendem a acontecer em espaços onde circulam professores e parte da equipe pedagógica, e nem sempre eles são entendidos por esses profissionais como algo que precisa ser prevenido, como situações para as quais é necessário realizar algum tipo de intervenção”, destaca. 

Ainda segundo ela, é importante um acompanhamento das questões psicológicas dos estudantes. “Um aluno com problemas de saúde mental também pode ser um sinal de que ele tem uma postura que lhe coloca em uma situação de cometer atos de violência com os demais colegas, se exposto a situação de violência, bullying, piadas e agressões que são entendidas como brincadeiras. É importante ampliar o apoio psicológico e pedagógico mais próximo aos estudantes para tentar identificar, antes que esses eventos aconteçam, sinais de que eles possam acontecer, sinais de que algum estudante ou alguém na comunidade escolar possa estar desenvolvendo um comportamento agressivo a ponto de atentar contra a vida de integrantes da comunidade escolar”, conclui. 

A opinião é compartilhada pelo diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG), Paulo Henrique Santos Fonseca. Segundo ele, as câmeras são importantes para controlar o acesso às escolas, mas a violência nesses espaços deve ser combatida com educação. “Estamos em um momento em que o ódio vem sendo incentivado na sociedade e reflete na escola. Precisamos ter um debate com a comunidade para revertermos essa situação. Os professores precisam ter liberdade para discutir temas com os alunos. A escola tem que retomar o papel de passar informação, de contar a história sem interferência e censura”, considera. 

Além das câmeras, a Secretaria de Estado de Educação informou que a rede pública estadual de ensino desenvolve diferentes iniciativas, ações e projetos no combate à violência no ambiente escolar. Dentre as ações está a “atuação de Psicólogos e Assistentes Sociais nas escolas através do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), que atendem de forma itinerante as unidades escolares pertencentes ao seu núcleo de atuação”. “No Estado, foram criados núcleos nas 47 Superintendências Regionais de Ensino (SRE). Juntos, os profissionais desenvolvem ações que cooperam para o processo de ensino-aprendizagem, auxiliando as escolas no desenvolvimento do processo pedagógico com o objetivo de prevenir e minimizar os problemas educacionais orientando os gestores na mediação desses conflitos”, informa.  

Belo Horizonte teve 186 registros de violência nas escolas em 2022 

Nas escolas de Belo Horizonte foram 186 casos de violência registrados pela Guarda Municipal até o dia 3 de novembro deste ano. Foram 22 crimes de ameaça e 37 de agressão. Os outros registros são relacionados a furtos e roubos. O município tem 323 instituições de ensino pública e 145 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei).  

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), “as escolas possuem sistema de alarme e concertina nos muros, além de porteiros terceirizados”. “As escolas são monitoradas, e a Smed realiza projetos pedagógicos entre alunos e professores, para a melhoria da convivência e a segurança nas instituições. Há também a Gerência do Clima Escolar e o Plano de Convivência Escolar, além de ações de abordagem preventiva e o tratamento das situações de violência”, explica.  

Além disso, o município tem também um documento chamado “Escola, Lugar de Proteção: Guia de Orientações e Encaminhamentos”, que traz orientações para casos de violência nas instituições de educação. A Guarda Municipal também atua na prevenção com a Patrulha Escolar e palestras para combater o bullying, o ciberbullying e o uso de linhas  

A maioria das instituições de ensino particulares de Minas possuem câmeras de segurança, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinep-MG), tanto para coibir atos de violência como para monitorar e garantir a segurança dos frequentadores.  

Ainda segundo o sindicato,  são também efetuadas outras medidas de prevenção como projetos objetivando autoconhecimento, autocuidado, construção de valores, relações saudáveis e construção de vínculos afetivos; acompanhamento diário dos alunos com diálogos, orientações, escuta das dificuldades que envolvem as relações sociais, a expansividade, a comunicação não violenta e a convivência saudável; e atuação de profissionais externos para combater bullying, ciberbullying e suas consequências em todas as faixas etárias, entre outras medidas.

Projeto de nucleação de escolas municipais poderá ser implantando em Guapé; pais mobilizam contra ação da prefeitura

Pais e responsáveis de alunos que residem na comunidade Aparecida do Sul, zona rural de Guapé (MG), foram convidados para uma reunião na Escola Municipal da comunidade na última quinta-feira (17), às 16h, para tratativas da nucleação das escolas Deputado Joaquim de Melo Freire e Aparecida do Sul.

Na reunião os pais e responsáveis receberam a notícia de que os estudantes teriam que se locomover para a comunidade de Santo Antônio das Posses para estudarem. A mudança causou indignação nos presentes.

Segundo uma das mães, a alteração vai dificultar o aprendizado das crianças.

‘’A decisão de unir as escolas vai colocar os alunos em ônibus que vivem quebrando, vai colocar crianças de cinco a dez anos para enfrentar estradas cheias de poeira, sendo que aqui tem escola, tem professores. Todas as mães estão revoltadas’’.

Ela disse que uma mãe entrou em contato com a secretária de educação, Maria das Graças de Paiva, para conversarem e informarem sobre seus posicionamentos, porém não adiantou.

‘’Ela disse ‘Eu não vou lá. Já está decidido, não tem mais o que falar’. Ela não deu nem voz para nós falar o que pensamos’’.

Segundo a responsável, a informação que receberam é de que, seria realizado a união entre as duas escolas ou as turmas seriam transformadas em séries multisseriadas, isto é, unificação de duas séries (ano) em uma só sala.

A decisão foi tomada sem consultar a direção ou qualquer outro profissional da escola. ‘’Eles simplesmente decidiram e avisaram. Nenhuma mãe ou pai quer que isso aconteça. Nós nos reunimos lá, chamamos a secretária de educação, mas ela não foi, disse que já estava decidido’’.

Ainda conforme a mãe, um ônibus e uma van que transporta as crianças até a escola de Aparecida do Sul, apresenta defeitos constantemente.

‘’Fica complicado para crianças de quatro, cinco anos, ir em ônibus que quebram atoa e que não tem nenhuma manutenção. Fora que a estrada é ruim, se chover vai atolar no caminho. A qualidade do ensino vai cair, porque terão salas com aproximadamente quarenta alunos”.

Um grupo no WhatsApp foi criado pelos pais, para que o assunto possa ser discutido e ações elaboradas em prol da luta contra esse posicionamento da atual gestão municipal.

A redação do Folha Regional entrou em contato com a Secretária de Educação de Guapé, Maria das Graças. Ela informou que na próxima segunda-feira (21), às 9h, acontecerá uma reunião para tratativas referentes ao assunto. Estarão presentes representantes do Conselho de Educação, do Executivo, do Legislativo e servidores da Secretaria de Educação.

Governo de Minas anuncia nova expansão do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) na rede estadual de ensino

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), anuncia uma nova expansão do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) nas escolas da rede estadual mineira. Não só o número de estudantes atendidos aumentará nessa modalidade de ensino como, também, a abrangência territorial: o EMTI chegará a 407 municípios em 2023 – atualmente são 338 cidades. Entre as novidades está o aumento de 50% na oferta do EMTI Profissional.  Com a expansão, ao todo 720 escolas estaduais passarão a disponibilizar o EMTI, com mais de 100 mil vagas. 

Atualmente, a modalidade está em 591 escolas da rede, com cerca de 61 mil alunos matriculados. Desse total, no próximo ano, 299 escolas serão de Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, quando o estudante terá a oportunidade de concluir o ensino médio e um curso técnico ao mesmo tempo. O investimento previsto do Estado na expansão da modalidade em 2023 é de cerca de R$137 milhões, valor que considera despesas de pessoal, custeio e investimentos para o devido funcionamento do Ensino Médio em Tempo Integral.

Uma das pioneiras na política de implementação do EMTI na rede estadual, em 2019, a Escola Estadual Neusa Pimentel Barbosa, de Paracatu, no Noroeste de Minas, já colhe bons frutos. Segundo a diretora Ana Beatriz da Silva Oliveira, novas turmas serão abertas em 2023 devido à demanda da comunidade. 

“O EMTI oferece mais oportunidades aos alunos tanto na formação acadêmica quanto para a vida. Desenvolvemos a pedagogia da presença e todos se sentem envolvidos. A escola hoje é muito reconhecida em toda a cidade de Paracatu como sendo de excelência, de inclusão, de respeito, de acolhimento e formação profissional. Para este ano de 2022, nós tivemos até lista de espera de interessados em cursar o EMTI conosco”, conta a diretora. 

A EE Neusa Pimentel Barbosa conta hoje com 263 estudantes do Ensino Médio em Tempo Integral e Profissional com opção de curso técnico em Agropecuária e ainda cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) de  Agente Cultural e Assistente de Produção Cultural. 

A expansão na rede estadual visa atender a meta seis do Plano Nacional de Educação (PNE), que idealiza que a rede estadual de ensino ofereça educação em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas e de forma a atender 25% dos alunos. “Essa expansão é de extrema importância porque possibilita que o estudante possa ficar mais tempo no ambiente escolar gerando maior aprendizado e, consequentemente, maior inserção no mercado de trabalho de forma mais efetiva. Esse aumento no número de vagas é motivo de muito orgulho”, destaca o secretário de Estado de Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga. 

Desempenho superior

O Instituto Insper (Centro de Evidências da Educação Integral) estudou os impactos econômicos de médio e longo prazo de uma educação integral. A pesquisa apontou que estudantes dessa modalidade de ensino têm desempenho superior aos estudantes de escolas regulares. 

A diferença de desempenho pode chegar até 20 pontos em escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), ressalta a diretora da Educação Integral  e Profissional da SEE/MG, Andrea Botelho de Abreu. “Outro ponto positivo que o estudo aponta é que estudantes do ensino integral têm maior índice de conclusão do ensino médio e de acesso e conclusão do ensino superior e, consequentemente, remuneração maior do que os estudantes que se formaram em ensino médio parcial. Os benefícios tendem a ser ampliados em sua trajetória profissional”, explica Andrea.

Mais detalhes sobre o estudo do Instituto Insper podem ser acessados aqui

Vagas em 2023 

Os estudantes interessados em ingressar no Ensino Médio em Tempo Integral no ano que vem já podem realizar o cadastro para garantir uma vaga. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio do Sistema Único de Cadastro e Encaminhamento para a Matrícula (Sucem), até 30/11, no site cadastroecolar.educacao.mg.gov.br.

Para se inscrever, pais, responsáveis ou o aluno maior de idade devem acessar o site do Sucem e preencher os campos com o nome, data e local de nascimento, além do nome do pai, mãe ou responsável legal, entre outras informações. O candidato também deverá indicar qual é o tipo de ensino, nível e etapa que pretende cursar.

Para saber mais sobre o Ensino Médio em Tempo Integral acesse o site https://querointegral.org/mg/.

Projeto moderniza iluminação de 647 escolas públicas mineiras

Mesmo diante da pandemia, a Cemig manteve o trabalho para melhorar a gestão energética das escolas públicas estaduais de Minas Gerais. Em 2020, foram 647 instituições que tiveram a substituição de lâmpadas ineficientes por outras de LED. Ao todo, foram substituídas 212.137 lâmpadas.

“Antes dessa iniciativa, as instituições faziam trocas constantes de reatores e das lâmpadas. A substituição das lâmpadas elimina essa necessidade. Além disso, a nova iluminação vai dar mais conforto aos alunos e professores quando as escolas retornarem as atividades presenciais após a pandemia de covid-19 “, explica o coordenador do Projeto Cemig nas Escolas, Neander Lima.  Ele destaca, ainda, que as novas lâmpadas têm durabilidade superior e diminuem os custos de manutenção das escolas.

O Projeto Cemig nas Escolas descarta todas as lâmpadas ineficientes de modo seguro e de acordo com as melhores práticas ambientais. Além da modernização, 125 escolas da Região Metropolitana de Belo Horizonte tiveram a implantação de micro usinas fotovoltaicas.

Os investimentos da Cemig em escolas devem alcançar, no quinquênio 2018-2022, aproximadamente R$ 44 milhões, considerando a modernização da iluminação de todas as escolas estaduais dentro da área de concessão da Cemig. Ao todo, são 3.398 escolas. Também serão implantadas 125 micro usinas fotovoltaicas em instituições de ensino da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O Programa de Eficiência Energética (PEE) da Cemig, regulado pela Aneel, é responsável por aplicar, conforme legislação, o percentual estabelecido da receita operacional da companhia em ações que promovem o uso racional da energia elétrica e a redução do desperdício desse recurso com foco na sustentabilidade.

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