Brasil anuncia abertura de mercado agropecuário para 6 países – Foto: reprodução
O governo brasileiro concluiu nesta semana dez negociações na área agrícola com seis parceiros comerciais: Bahamas, Camarões, Coreia do Sul, Costa Rica, Japão e Peru.
Segundo o Ministério a Agricultura e Pecuária (Mapa), nas Bahamas, as autoridades locais aprovaram o certificado sanitário para que o Brasil exporte carne bovina, carne suína, carne de aves e seus produtos.
Já em Camarões, foram chanceladas as compras de bois vivos para reprodução e material genético bovino pelo Brasil. De acordo com a pasta, o objetivo é que o acordo permita o fortalecimento da pecuária local, além de oferecer aos produtores brasileiros oportunidades futuras para ampliação de negócios na África.
Para a Coreia do Sul, por sua vez, foi autorizado o embarque de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia). “[Essa abertura de mercado] reforça a liderança do Brasil nessa área e o reconhecimento internacional sobre a qualidade, a sanidade e a rastreabilidade do plantel brasileiro”, diz o Mapa, em nota.
Na Costa Rica, as autoridades locais autorizaram as exportações brasileiras de grãos secos de destilaria (DDG e DDGS, na sigla em inglês). Trata-se de um subproduto do etanol de milho que constitui fonte valiosa de proteína para alimentação animal.
Já para o Japão, o Brasil passará a exportar óleo de peixe e para o Peru, filé de tilápia refrigerado ou congelado. “Essa abertura poderá ampliar as oportunidades de negócio para a piscicultura brasileira, uma vez que o país andino é grande importador de pescados.”
Exportações de produtos agropecuários atingem 46,8% do total de MG – Foto: reprodução
As exportações do agronegócio de Minas Gerais continuam registrando recordes e mantendo o setor cada vez mais à frente da mineração em termos de vendas para o exterior. No primeiro quadrimestre deste ano, o agro representou 46,8% do total das exportações do estado.
Esse resultado consolida o melhor resultado para o período da série histórica, iniciada em 1997. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, observou-se um crescimento de 26% na receita, embora o volume tenha registrado uma leve redução de 6,2%.
O governador em exercício, Mateus Simões, destaca que o desempenho do agro demonstra o tamanho do papel do campo no desenvolvimento da economia mineira e do apoio do Governo de Minas ao setor.
“Fechar o primeiro quadrimestre de 2025 com quase 47% do total das exportações vindas do setor agropecuário é um marco muito relevante para o estado, que reforça o papel do campo na geração de emprego, renda e oportunidades”, disse Mateus Simões.
Projeções em 2025
Com base nos dados do primeiro quadrimestre, e considerando o comportamento sazonal e as tendências de preço, Minas Gerais pode encerrar 2025 com exportações entre US$ 19,5 e US$ 20,5 bilhões, o que consolida o estado como um dos maiores pólos agroexportadores do Brasil.
“Teremos uma melhor estimativa a partir do fechamento do primeiro semestre, em julho. Esse ponto de inflexão do calendário agrícola é decisivo para avaliar o comportamento das culturas durante a entressafra, bem como os impactos de variações climáticas extremas, logística portuária, conflitos geopolíticos e oscilações nos preços de insumos e de fretes internacionais”, detalhou o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.
Minas segue como o terceiro maior estado exportador de produtos agropecuários do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo. A produção mineira foi embarcada para 160 países, com destaque para China (23%), Estados Unidos (13%), Alemanha (9%), Itália (6%) e Japão (5%).
Destaques
O café segue como o principal ator das exportações, alcançando US$ 3,9 bilhões em receita e um volume de 10 milhões de sacas comercializadas. Houve um aumento de 70% no valor e redução de 3% no volume, em relação ao quadrimestre do ano anterior. A commodity foi responsável por 60% da receita total do agronegócio mineiro.
A soja, representada pelos grãos, farelo e óleo, registrou receita de US$ 1,1 bilhão e volume de 2,9 milhão de toneladas.
As carnes tiveram aumento de receita e de volume de exportação nas três frentes: bovina, suína e de frango. Ao todo, houve um aumento de 21,4% na receita, totalizando US$ 533 milhões e 158 mil toneladas enviadas para o exterior.
A carne bovina somou US$ 374 milhões e 78 mil toneladas embarcadas, com acréscimos de 19% e 8%, na receita e volume, respectivamente. As vendas de carne suína somaram US$ 24 milhões, com um volume de 11 mil toneladas, sendo que todos os países aumentaram suas compras. O frango totalizou US$ 128 milhões, com um volume de 66 mil toneladas.
Outros produtos
Nesse quadrimestre, os produtos florestais (composto por celulose, papel e madeira) ultrapassaram a receita do complexo sucroalcooleiro e firmaram-se como o quarto principal grupo de produtos exportados do agronegócio.
A receita foi de US$ 339 milhões e volume de 559 mil toneladas. A mudança se deu pela retração dos produtos sucroalcooleiros no período, com queda de 42,5% na receita e de 38% no volume embarcado, totalizando US$ 334 milhões e 711 mil toneladas.
Gripe aviária: exportação de frango do Brasil está suspensa para 16 países e União Europeia – Foto: reprodução
As exportações de frango e derivados do Brasil estão suspensas para 16 países e a União Europeia após a confirmação de foco da gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária nesta segunda-feira (19/5) após entrevista coletiva na qual disse que três dos sete outros casos suspeitos da doença no país foram descartados.
Na lista estão países que suspenderam todas as importações da categoria de origem brasileira e os que tiveram as certificações das exportações interrompidas pelo Brasil, conforme previsto em acordos sanitários.
Países como México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina pediram a suspensão da importação da carne de aves de todo o Brasil. Já para China, União Europeia (que soma 27 países), África do Sul, Rússia, Peru, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka a suspensão para todo o território nacional foi aplicada em atendimento aos requisitos sanitários em protocolos assinados com esses países parceiros.
Cuba, Bahrein e Reino Unido paralisaram a importação somente do estado do Rio Grande do Sul. Segundo o ministério, diversos outros países aplicam a restrição apenas à área afetada, em Montenegro (RS), o que não gera impactos comerciais porque não há estabelecimentos exportadores localizados no raio do foco. É o caso de territórios como Singapura, Filipinas, Jordânia, Hong Kong, Índia, Paraguai e Vietnã. Ao todo, o Brasil exporta frango para cerca de 160 países.
Gripe aviária abre portas para exportação de ovos mineiros aos EUA – Foto: reprodução
No balanço das exportações do agronegócio mineiro em março deste ano, um dado em especial chama a atenção: o crescimento notável das vendas para o exterior de ovos de galinha, especialmente para os Estados Unidos. O que está por trás das características é o surto de Influenza Aviária que atingiu as aves americanas e gerou um efeito cascata que mostrou uma excelente oportunidade para as vendas brasileiras – e Minas Gerais é um grande protagonista nesse cenário.
Os Estados Unidos são o segundo maior produtor global de ovos. No entanto, com a doença, eles precisaram abater os rebanhos de aves, o que gerou uma maior necessidade de importar o alimento. O país viu no Brasil um fornecedor para sua demanda por ovos e países que tradicionalmente compravam dos americanos, como México e Canadá, também vieram em busca dos produtos brasileiros. “Isso é uma janela de oportunidade para Minas Gerais”, explica a assessora técnica do Programa AgroExporta, da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), Manoela Oliveira.
Excelência mineira
Segundo ela, o crescimento da demanda americana por ovos beneficia todo o país, mas há dois polos avícolas em Minas que saem na frente. A região de Montes Claros, no Norte do estado, se destaca pela posição logística privilegiada, realizada como um “hub” para outras regiões; e o sul de Minas, com destaque para o município de Pouso Alegre, que surge como um núcleo tecnológico da avicultura. O Sul também conta com cooperativas grandes e bem estruturadas, e o fato de estar próximo a São Paulo e de centros de pesquisas de genética avícola fazem com que essa área responda por um percentual alto da produtividade no estado, combinando uma escala industrial com o acesso a mercados de consumidores.
“Minas Gerais conta com um rebanho de postura de cerca de 21 milhões de cabeças, ou seja, 8% do efetivo nacional. Temos uma cadeia produtiva altamente tecnificada e o perfil dos produtores rurais é um perfil de qualificação. Temos também um sistema de defesa sanitária reconhecido, executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)”. Além disso, Minas responde por 7% dos ovos produzidos no Brasil, cerca de 431 milhões de dúzias por ano. Esses pontos, somados ao crescimento de 266% no valor exportado só neste primeiro trimestre, mostram que a demanda está sendo redirecionada para Minas Gerais, completa a avaliadora.
Apesar da alta demanda pelo produto, as análises da Secretaria de Agricultura revelam que não há risco de desabastecimento. O quantitativo de ovos para exportação representa apenas 1% da produção total de Minas, o que deixa 99% para atender ao mercado interno. “Não há risco nem a curto, nem a médio prazo de desabastecimento, porque essa proporção cria uma reserva de segurança. Para causar um impacto significativo na disponibilidade doméstica, teria que haver um aumento muito súbito e expressivo da demanda internacional, e os preços no mercado externo contêm que aumentam significativamente, além de ter uma capacidade ociosa das granjas mineiras, que não é o que ocorre”, especifica Manoela.
Perspectivas
Os números atuais mostram uma trajetória ascendente na exportação de ovos, embora haja outras variações mais complexas. “Ainda é cedo para essa estimativa devido às dinâmicas mercadológicas de exportações, mas já é possível inferir que estamos exportando praticamente o dobro do ano passado para esse mesmo período – no primeiro trimestre nós fechamos com US$ 4 milhões em receita e 2 mil toneladas em volume. Para o próximo trimestre, devemos alcançar cerca de US$ 8 milhões em vendas e pouco mais de 4 mil toneladas de ovos para exportação”, conclui Manoela.
Bloqueio da China a três exportadores dos EUA pode favorecer a soja brasileira – Foto: reprodução
Em resposta ao tarifaço de 20% imposto pelos Estados Unidos, a China intensificou as retaliações na última terça-feira (4), suspendendo as licenças de importação de soja de três fornecedores americanos e interrompendo a compra de madeira serrada do seu principal parceiro comercial. A disputa acirra a concorrência pelo abastecimento do maior mercado importador de alimentos do mundo, onde o Brasil pode ampliar sua vantagem.
Especialistas do agronegócio preveem reação imediata do mercado global. Os contratos futuros de commodities como soja, milho e trigo devem registrar novas quedas na Bolsa de Chicago, enquanto o Brasil se consolida como alternativa para atender parte da demanda chinesa. Com a perda de competitividade dos EUA, os preços pagos aos exportadores brasileiros tendem a subir, beneficiando produtores e comerciantes.
Além das tarifas mais altas, a suspensão de três exportadores americanos de soja – CHS Inc., Louis Dreyfus Company Grains Merchandising LLC e EGT – deve restringir ainda mais o fornecimento da oleaginosa para a China. Segundo o departamento de alfândega chinês, as cargas apresentavam problemas nas sementes, enquanto a interrupção das importações de madeira dos EUA foi atribuída à presença de pragas e vermes.
As medidas de Pequim são uma retaliação direta à decisão do presidente Donald Trump de dobrar a tarifa de importação da China de 10% para 20%. No mesmo dia, os EUA também impuseram um tarifaço de 25% sobre importações do Canadá e México, alegando falta de cooperação desses países no combate ao tráfico de drogas sintéticas.
Brasil já tem ampla vantagem sobre os EUA na exportação de soja para a China
O Brasil, maior exportador global de soja, vendeu 69 milhões de toneladas do grão para a China em 2024, totalizando R$ 175 bilhões. As tensões comerciais entre Pequim e Washington fortalecem essa relação, já que o Brasil oferece preços mais competitivos.
Em contrapartida, as exportações americanas de soja para a China somaram ano passado 22,13 milhões de toneladas, queda de 5,7% em relação ao ano anterior. Apesar disso, a China atingiu recorde de 105,03 milhões de toneladas de soja importadas em 2024, volume 6,5% maior do que no ano anterior.
Cerca de metade das exportações americanas de soja têm a China como destino, movimentando US$ 12,8 bilhões em 2024, segundo o US Census Bureau. A suspensão da madeira serrada ocorre também como resposta à decisão de Trump, em 1º de março, de investigar a importação desse produto, sinalizando a possibilidade de tarifas de 25%.
Exportadores de carnes veem oportunidade, mas evitam fazer projeções
A retaliação chinesa sobre produtos agrícolas americanos, como soja, algodão, milho e carnes, pode abrir espaço para o agronegócio brasileiro. No entanto, segundo reportagem do O Estado de S. Paulo, produtores e exportadores mantêm cautela. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, ressalta que ainda é cedo para medir impactos, embora o Brasil seja alternativa mais competitiva.
Em 2023, a China importou 562,2 mil toneladas de carne de frango e 241 mil toneladas de carne suína do Brasil, volumes 17,6% e 38% menores que no ano anterior. O país asiático continua sendo o principal destino da carne de frango brasileira e o segundo maior para a carne suína. No momento, porém, há restrições pontuais a algumas unidades frigoríficas brasileiras.
Exportações do agro em Minas somam US$ 17,1 bilhões em 2024, melhor resultado desde 1997 – Foto: reprodução
As exportações do agronegócio mineiro alcançaram o valor recorde de US$ 17,1 bilhões em 2024. O resultado foi o melhor das vendas externas dos produtos com origem no campo desde 1997. O desempenho superou em 2,5% a receita da mineração, segmento tradicionalmente dominante das exportações do estado, que alcançou US$ 15,7 bilhões no ano passado.
No acumulado de janeiro a dezembro, a receita teve acréscimo de 19,2%, na comparação com o mesmo período de 2023. Os embarques de produtos agropecuários de Minas Gerais representaram cerca de 42% da pauta mineira de exportação, conforme balanço divulgado pelo governo do estado.
Além do valor, o volume cresceu 8%, com o embarque de 17 milhões de toneladas, também se destacando como o maior já comercializado, de acordo com o Executivo. No ranking nacional dos estados exportadores de produtos agropecuários, Minas Gerais subiu uma posição e agora ocupa o quarto lugar, ultrapassando o Rio Grande do Sul.
Em relação ao comércio com a União Europeia, o estado foi o principal fornecedor de produtos do agro, contabilizando US$ 4,4 bilhões de dólares, superando o estado de São Paulo. A pauta exportada pelo agronegócio mineiro engloba um mix de 644 diferentes produtos agropecuários, que foram enviados para 175 países.
Os principais destinos foram a China (US$ 4,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,9 bilhão), Alemanha (US$ 1,4 bilhão), Bélgica (US$ 788 milhões) e Itália (US$ 726 milhões).
Café segue tradição O café manteve a escrita e foi o carro-chefe das exportações do agro mineiro. A valorização do dólar e a redução dos estoques dos principais países produtores puxaram para cima a cotação na bolsa, influenciando o cenário de comercialização.
Em 2024, o café registrou seu melhor desempenho em receita e volume embarcados com US$ 7,9 bilhões e 31 milhões de sacas. A commodity representou 46,1% do total comercializado no ano passado, afirmou o governo.
Outras culturas
O complexo soja (grão, farelo e óleo) registrou queda de 10,2% na receita e aumento de 7,1% no volume. O resultado foi de US$ 3,2 bilhões e 7,2 milhões de toneladas. O complexo sucroalcooleiro manteve-se na terceira posição, entre os principais produtos do agro, com a marca de US$ 2,5 bilhões e 5,2 milhões de toneladas.
No caso das carnes, todas as proteínas – bovina, frango e suína – obtiveram crescimento em receita e volume. O setor alcançou US$ 1,7 bilhão e 502 mil toneladas. Já no setor florestal, o setor atingiu o recorde em receita de US$ 1,1 bilhão e 1,7 milhão de toneladas.
Governo de Minas lança sistema que moderniza o comércio exterior e facilita importações pelas empresas mineiras – Foto: divulgação
Menos tempo, menos burocracia e menos complexidade. Na última segunda-feira (18), o Governo de Minas lançou a plataforma e-Comext, que representa esses três benefícios para as empresas mineiras que trabalham com importações. O novo recurso foi desenvolvido pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e está interligado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), do governo federal.
O e-Comext atuará junto ao Siscomex a partir dos dados da Declaração Única de Importação (Duimp). Agora, o contribuinte usará o novo sistema estadual para o preenchimento da “Solicitação de Pagamento e Exoneração do ICMS” — imposto que deve ser arrecadado pelo Estado.
A plataforma simplificou e agilizou a liberação estadual da mercadoria importada (visto eletrônico), pois parte dos documentos exigidos pela Fiscalização é recepcionada pelo e-Comext diretamente do sistema federal. A distribuição das solicitações para análise fiscal ocorre automaticamente e há a geração das guias de recolhimento tributário e da Guia de Liberação da Mercadoria Estrangeira (GLME) pelo próprio sistema.
Durante as fases de teste, o sistema conseguiu reduzir para 20 minutos processos que levavam cerca de dois dias para serem executados, a depender da complexidade da análise.
“O e-Comext traz os aspectos de usabilidade e simplificação, fazendo com que seja mais rápido todo o processo de comércio exterior dentro de Minas Gerais. Somos o segundo estado do país a se adaptar ao sistema, e é com muita satisfação que nós o disponibilizamos para toda a cadeia do comércio exterior”, enfatiza o secretário de Estado de Fazenda, Luiz Claudio Gomes.
O reforço dessa integração entre governo federal e estadual também melhora a conformidade fiscal, pois, ao supervisionar o pagamento do ICMS sobre importações, o e-Comext reduz o risco de inadimplência.
O e-Comext ficará disponível de acordo com as etapas de substituição da antiga Declaração de Importação (DI) pela Duimp, estipuladas pelo governo federal em um calendário de três fases: modal marítimo, modal aéreo e modal terrestre.
“Todo esse trabalho que vem sendo feito se alinha à política adotada pela Receita Estadual e o Governo de Minas, desde 2019, no sentido de facilitar a vida do cidadão e do contribuinte para promover um ambiente de negócios que favoreça a geração de emprego e renda para os mineiros”, diz o subsecretário da Receita Estadual, Osvaldo Scavazza.
Outras funcionalidades do e-Comext
Dentre as principais vantagens do e-Comext estão o monitoramento da importação em tempo real e o histórico de transações, o que possibilita às empresas importadoras e despachantes aduaneiros a simplificação e transparência dos processos.
Outra grande evolução trazida pelo sistema é o diálogo entre importador e fiscais, que será feito por meio de chat on-line, onde a troca de documentações pendentes e esclarecimentos poderão ser feitos rapidamente.
O sistema faz cruzamentos automáticos de dados e sinaliza operações que merecem atenção, como divergências no valor das mercadorias ou omissão de informações. Isso facilita a identificação de inconsistências, reduz a necessidade de auditorias manuais, possibilita a orientação das empresas quanto a sua conformidade tributária, fornece alertas sobre pendências e indica as instruções para regularização.
Repercussão positiva
O trabalho da SEF durante as etapas de substituição da DI pela Duimp, conforme Fernando Pieri Leonardo, presidente da Comissão de Direito Aduaneiro da Ordem dos Advogados do Brasil-MG e da Associação Brasileira de Estudos Aduaneiros (Abead), foi exemplar.
“Recentemente, o Estado promoveu uma videoconferência e disponibilizou um formulário para ouvir demandas e dúvidas. E vem respondendo e tirando essas dúvidas para conduzir as empresas na fase de transição. O mais importante foi, realmente, a abertura para o diálogo e as ações diante do desafio que essa mudança traz para todos nós”, afirma.
Já Marcelo Belisário, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Minas Gerais (SDAMG), classificou o e-Comext e a sincronia com a Duimp como um “divisor de águas” para importadores e despachantes aduaneiros.
“Esse sistema traz tecnologias bastante avançadas e uma gestão de risco bastante robusta. É um sistema próprio em que ocorrerá a integração de todos os órgãos dentro desse novo processo de importação. Será uma revolução enorme no comércio exterior brasileiro”, conclui.
Governo de Minas lança sistema que moderniza o comércio exterior e facilita importações pelas empresas mineiras – Imagem: divulgação
São Sebastião do Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi – Foto: reprodução
A receita com exportações de café em São Sebastião do Paraíso (MG) cresceu 42% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2023. Na região, o aumento foi um pouco acima dos 31%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Entre janeiro e junho deste ano, Paraíso exportou 27,7 mil toneladas de café, o que gerou US$ 101,5 milhões. No primeiro semestre de 2023, o município enviou 20,3 mil toneladas do produto para outros países e obteve receita de US$ 71,4 milhões.
Este é o segundo melhor desempenho de Paraíso no mercado externo desde 2021 para o período, atrás somente do primeiro semestre de 2022, quando exportou 30,7 mil toneladas e faturou US$ 124,3 milhões.
Na região, as exportações de café atingiram 36,7 mil toneladas nos primeiros seis meses deste ano, com receitas de US$ 137,8 milhões. Paraíso responde por pouco mais de 75% das remessas e por cerca de 73% das receitas na região.
Entre os três maiores exportadores de café na região, Ibiraci aparece na segunda posição do ranking no primeiro semestre de 2024, com venda de 4,7 mil toneladas e receita de US$ 19,4 milhões, à frente de Piumhi, que enviou 3,9 mil toneladas e obteve US$ 15,1 milhões em receitas.
Em 2023, Piumhi ocupava a segunda posição no ranking de exportações de café no primeiro semestre, com 5,3 mil toneladas e receita de US$ 21,3 milhões.
Desde 2021, Ibiraci quase quintuplicou a participação nas exportações de café no primeiro semestre, passando de 998,7 toneladas para 4,73 mil toneladas. As receitas subiram de US$ 2,8 milhões para US$ 19,4 milhões no período.
São Sebastião do Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi – Imagem: divulgação
Brasil atinge volume histórico de 47,3 milhões de sacas exportadas
A exportação brasileira de café alcançou o volume histórico de 47,3 milhões de sacas de 60 quilos no ano safra 2023/24, o que implica alta de 32,7% na comparação com os 35,632 milhões apurados de julho de 2022 a junho de 2023.
O montante atual, embarcado para 120 países, também representa crescimento de 3,6% sobre o recorde anterior, de 45,675 milhões de sacas no ciclo 2020/21. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) referente ao mês de junho.
Também foi registrado um incremento de 20,7% na receita cambial obtida com os embarques realizados nos últimos 12 meses encerrados em junho passado. O valor saltou de US$ 8,142 bilhões, na temporada 2022/23, para os atuais US$ 9,826 bilhões. Essa cifra é a maior na história do levantamento das exportações brasileiras de café, iniciado em 1990.
O desempenho foi atingido com os 3,573 milhões de sacas remetidos ao exterior pelo país em junho, o maior montante registrado para este mês em cada ano, e os US$ 851,4 milhões em receita, também recorde para os meses de junho.
Os embarques dos cafés do Brasil no acumulado do primeiro semestre de 2024 somaram 24,286 milhões de sacas, gerando US$ 5,331 bilhões, níveis que implicam incrementos, respectivamente, de 49,6% e 50%, aferindo, da mesma forma, performances históricas para esse intervalo de seis meses.
De acordo com o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, o resultado alcançado pelas exportações brasileiras reflete contextos díspares do mercado cafeeiro, envolvendo menor disponibilidade de outras origens produtoras, mas, também, a continuidade de intensos problemas na logística.
“Do lado bom, o Brasil, com uma safra melhor, após dois ciclos de colheita menor, ampliou seu market share no comércio global, ocupando espaços deixados por oferta reduzida de outros produtores, como Indonésia e Vietnã, principalmente com o conilon e o robusta nacionais”, aponta.
Ele ressalta que outro ponto positivo é a receita cambial recorde, que reflete bons momentos de alta no mercado internacional ao longo da safra 2023/24. “Os cafés arábica e canéforas (robusta + conilon), assim como o produto solúvel, tiveram suas maiores receitas cambiais da história, o que possibilitou o recorde na entrada de divisas ao país, uma leve amenizada dos altos custos no fluxo de caixa dos exportadores e, principalmente, repasses significativos do valor (Free on Board) FOB aos produtores, a uma média de 85%”, comenta. (Clic Folha)
Sebrae Minas lança programa para ajudar pequenos negócios a exportar – Foto: reprodução
Em um momento em que o Congresso Nacional debate as regras para a importação de produtos ao Brasil, o Sebrae Minas lança um foco no caminho contrário: a exportação de produtos brasileiros. Hoje, as pequenas empresas são responsáveis por 40% das exportações totais do país, mas respondem por somente 0,8% do valor exportado, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC). Com o lançamento do programa Sebrae Exporta, nesta segunda-feira (03/06), a ideia é ampliar o número, começando por Minas Gerais.
O projeto mapeará polos e associações de empresas em diferentes graus de maturidade para exportar e, depois disso, convidará importadores de outros países para negociar diretamente com os empreendedores mineiros. O piloto é desenvolvido há oito meses em Nova Serrana, um dos maiores polos da indústria de calçados brasileiros, no Centro-Oeste de Minas. Composto em maioria por pequenos negócios, hoje o polo exporta cerca de 5% de sua produção, com vendas externas que correspondem a cerca de US$ 40 milhões por ano, segundo o Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova).
“Nossa meta é dobrar esse número em cinco anos. É um mercado que se mostra muito aberto para nós, principalmente a América do Sul e a América Latina. Praticamente 80% do que exportamos vai para a Argentina, hoje, e o objetivo é diversificar isso”, explica o presidente da entidade, Ronaldo Andrade Lacerda. Desde o segundo semestre de 2023, com a indefinição dos rumos do país vizinho devido às eleições presidenciais que deram a vitória a Javier Milei, as vendas despencaram, movimento que pode ser revertido no segundo semestre deste ano, espera o sindicato.
Entre segunda e quarta-feira (05/06), Nova Serrana recebe uma delegação de 12 importadores de cinco países — Chile, Colômbia, Espanha, Peru e Panamá. Eles serão apresentados a produtos de 45 empresas mineiras selecionadas pelo Sebrae, que, juntas, esperam movimentar R$ 4 milhões com as negociações.
Do ponto de vista dos importadores, as negociações com Minas também são interessantes, assegura o responsável pelo setor de calçados da empresa do Panamá Mays Zona Livre, que viajou ao Brasil para conhecer Nova Serrana. “Definitivamente, estamos buscando alternativas de produtos e calçados de alta qualidade para oferecer o melhor serviço para os mercados da América do Sul. No Panamá, especialmente, nós importamos produtos da China com a ideia de ‘reexportar’ para a América Latina. Mas vimos, há muito tempo, o nível dos produtos brasileiros melhorando e melhorando. Minas Gerais oferece uma das melhores opções de produção”.
Além do setor de calçados, o Sebrae Exporta buscará outros setores nos próximos passos do projeto, lista o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza Silva. “Temos um mercado do queijo, com grandes empresas, a cachaça, já trabalhamos o mercado de frutas no Jaíba, consolidado na exportação. Também estamos bastante demandados na apicultura. Em serviços, temos tecnologias e expectativa de fazer um trabalho da área de saúde de Minas para o Brasil e para o mundo”, conclui.
Recorde histórico: Exportações do agronegócio brasileiro superam US$ 140 bilhões em 2023 – Foto: reprodução
As exportações do agronegócio brasileiro atingiram um feito histórico em 2023, ultrapassando a marca de US$ 140 bilhões.
Esses dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, e segundo a coluna Radar da revista Veja, o setor cresceu mais de 3% em valor e quase 10% em volume em comparação com o ano anterior.
Os principais responsáveis por esse desempenho foram os setores de soja, cana-de-açúcar e cereais, farinhas e preparações, de acordo com o Ministério. Ao olharmos para os destinos das exportações, a Ásia se destacou como o maior comprador, investindo US$ 74,60 bilhões em produtos agropecuários brasileiros.
A União Europeia ficou em segundo lugar, adquirindo produtos no valor de US$ 18,43 bilhões. A China, um parceiro comercial essencial para o Brasil, continuou desempenhando um papel crucial, absorvendo mais de US$ 51 bilhões em produtos.
Esse aumento notável nas exportações não apenas fortalece a posição do Brasil no mercado global, mas também contribui para a sustentabilidade econômica do agronegócio brasileiro.
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