Jornal Folha Regional

Webinar discute violência sexual de crianças e adolescentes em tempos de pandemia

Um webinar realizado por FURNAS nesta sexta feira (9), apresentou dados sobre o aumento dos casos de violência sexual de crianças e adolescentes durante a pandemia do novo Coronavirus. Eva Cristina Dengler, Gerente de Programas e Relações Empresariais da Childhood Brasil, foi a convidada para falar sobre o assunto, apresentar dados e dizer como todo cidadão pode ajudar. A Childhood Brasil é a filial brasileira da entidade global fundada pela Rainha Silvia da Suécia, que atua para garantir a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, com foco na prevenção e no enfrentamento da violência sexual.

Também participaram do evento a Superintendente de Comunicação e Relações Institucionais de FURNAS, Ana Claudia Gesteira, e a Assistente Social da Gerência de Responsabilidade Sociocultural, Claudia Tenório. Em 2009 FURNAS assinou um pacto apoiando várias iniciativas da Childhood Brasil, inclusive o Programa Na Mão Certa, mobilizanco funcionários, fornecedores e sociedade para denunciar casos de exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas.

“Diante do cenário atual de isolamento, temos vivido um aumento dos casos de abuso de crianças e adolescentes, abusos que na maioria das vezes acontecem dentro de casa. Com as crianças passando mais tempo na internet e sem a rede de apoio de professores e orientadores que a escola oferece, essas crianças estão mais expostas a riscos e a material pornográfico. Eu quero convidar nossos empregados e colaboradores a desenvolver um olhar mais cauteloso para as crianças à sua volta e a denunciar. Não podemos ser omissos, temos que esgotar todos os nossos recursos para garantir o direito dessas crianças serem ouvidas e protegidas”, disse Ana Cláudia.

Eva Cristina afirmou que o primeiro passo para proteger crianças e adolescentes é compreender as formas de violência às quais elas estão sujeitas. Basicamente a violência é classificada em quatro grupos. A primeira é a negligência, isto é, qualquer tipo de descuido ou abandono, ou falta de política pública ou de garantia de direitos. “Estamos falando de ausência de educação, saúde, convivência familiar ou comunitária, cuidados pessoais. Toda criança que convive com adultos que são negligentes com esses cuidados que uma pessoa em desenvolvimento precisa é enquadrada como vítima de negligência. Muitas das denúncias que existem hoje no país estão dentro desse grande guarda-chuva da negligência”, completa Eva.

As outras formas são a violência física, a psicológica – que tem se intensificado por conta das questões on-line; o bulling por exemplo é uma das grandes violências psicológias – e, por fim, a violência sexual. “Se a gente parar para pensar, vai perceber que a violência sexual é uma consequência da negligência, da violência física e principalmente da violência psicológica. A violência psicológica é a grande arma do abusador” explica ela.

A violência sexual se divide em abuso sexual e exploração sexual. A exploração sexual de crianças e adolescentes está dentro de um contexto de prostituição, que pode ser no turismo, nas estradas, em grandes empreendimentos, grandes obras, terminais logísticos, portuários, polos industriais e outros lugares de grande circulação de pessoas. A exploração sexual de crianças e adolescentes também tem conexões com o tráfico de pessoas, tanto interno quanto internacional, e também com o uso dessas crianças em materiais pornográficos, uma prática que vem crescendo dentro desse novo ambiente online.

O abuso sexual é aquela situação em que uma criança ou adolescente está sendo usado para satisfação sexual de uma ou mais pessoas mais velhas. “É importante esse conceito porque você pode ter uma situação de abuso sexual acontecendo de um adolescente de 16 anos abusando de uma criança de 8. Nenhum dos dois é adulto ainda, mas ambos estão em uma faixa de idade em que deveriam estar protegidos e já está havendo uma violação entre eles. Nem sempre quem abusa de uma criança é um adulto” explica Eva.

O abuso sexual vai sempre envolver uma questão de ameaça ou sedução, para manter um pacto de segredo, porque geralmente ele é cometido por alguém que a criança conhece ou confia. Grande parte das vezes o abusador é da família, mas mesmo quando o abuso é extrafamiliar, é alguém que a criança conhece e confia, e pode acontecer com ou sem contato físico. “Pode ser alguém de um curso que a criança esteja fazendo, pode ser alguém do condomínio, da rua onde ela mora, da comunidade onde ela vive” diz Eva.

Ao contrário do abuso, a exploração sexual envolve um pagamento, é um ato comercial geralmente praticado por adultos. Esse pagamento pode ser dinheiro, um prato de comida, uma carona, um presente ou até mesmo o ingresso em uma boate ou clube da moda. Trata-se de uma troca comercial, está dentro de um ambiente de prostituição, mas não é prostituição.

“No Brasil a prostituição é uma profissão reconhecida e considerada legal quando exercida de maneira independente por uma pessoa maior de 18 anos. Quando uma criança exerce isso, muitos enquadram do ponto de vista legal como trabalho infantil. Nós dos Direitos Humanos qualificamos isso como uma violação de direitos. Não foi uma escolha, a criança foi colocada naquela situação”, comenta Eva.

As consequências são devastadoras para a vida dessa criança. A violência sexual afeta todo o desenvolvimento físico e social desse indivíduo, sua autoconfiança, sua capacidade de confiar nos outros, além dos riscos de desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis, de alcoolismo e uso de drogas, a evasão escolar, a gravidez precoce, o alto índice de tentativa de suicídio por crianças que não sabem lidar com isso e a perpetuação do ciclo continuo de violência.


Dados

Os dados da Childhood Brasil são assustadores:

  • 51 % das crianças abusadas no Brasil tem entre 1 e 5 anos.
  • 23 mil casos de violência sexual foram registrados no Brasil nos últimos cinco anos pelo Ministério da Saúde.
  • 49 mil denúncias de pornografia infantil na internet no mesmo período.
  • A cada hora, cerca de quatro crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual no Brasil.
  • Apenas sete de cada 100 casos são denunciados.
  • O Brasil é o sétimo país em gravidez na adolescência e quarto em casamento infantil no mundo.
  • Um em cada três indivíduos on-line hoje são crianças e adolescentes.
  • Existem cerca de 75 mil denúncias de pornografia infantil apenas em 2019.
  • Atualmente há mais de 46 milhões de imagens e vídeos de abuso sexual de crianças nos arquivos da Europol.

A Assistente Social de FURNAS, Claudia Tenório foi a responsável por organizar as mais de 20 perguntas feitas durante o webinar. No geral as pessoas queriam saber como contribuir para diminuir essas estatísticas. 

“Todos nós temos crianças próximas. São filhos, sobrinhos, afilhados, ou convivemos com filhos de vizinhos, de colegas de trabalho, etc. A primeira coisa necessária é construir uma relação de confiança com essa criança. Converse com as crianças, explique os perigos, explique as partes do corpo que não podem ser tocadas, construa, junto com a criança, uma autonomia, a autoconfiança para dizer não. Lembre-a que ela pode se comunicar com você no caso de alguma agressão” explica Eva.

Segundo Eva, a forma mais importante de reconhecer se a criança está sendo vítima de algum abuso on-line é se aproximar. Conhecer os sites, conhecer os jogos, acompanhar a navegação dessas crianças e acessar tudo que a criança navegou e tudo que ela está fazendo. Mostrar interesse em conhecer, procurar saber quais crianças ela conhece pessoalmente e quais só virtualmente. “O contato muitas vezes acontece com adultos que se passam por crianças na internet. O acompanhamento e a denúncia são fundamentais”, complementa ela.

“Acessem no site da Childhood (childhood.org.br) uma série chamada “Crescer sem violência” com filmes para várias faixas etárias. Como abordar o tema com diferentes graus de profundidade. É preciso despertar nela a autoproteção. A chave é dizer para a criança que não existe segredo com nenhum adulto, sejam eles pais, tios, conhecidos ou desconhecidos”, recomenda Eva.


Por: Fernanda Pontual / Furnas

Pescador morre afogado na represa de Furnas

Um homem de 44 anos morreu afogado enquanto pescava na tarde desse domingo em um trecho da represa de Furnas na zona rural de Alfenas, no Sul de Minas Gerais.

Segundo o Corpo de Bombeiros, testemunhas disseram que a vítima estava em uma chácara e praticava pesca a 15 metros da margem. Ao caminhar para uma área mais funda, ele afundou e não retornou à superfície.

Um bombeiro que estava de folga em um sítio perto do local do acidente foi avisado e tentou procurar a vítima. Após diversos mergulhos, ele encontrou o homem inconsciente, o trouxe até a margem e realizou manobras de reanimação.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros e outra do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas e continuaram o atendimento, mas o homem morreu no local. A perícia da Polícia Civil foi chamada e realizou os trabalhos de praxe.

Fonte: Estado de Minas

Plano de ação tenta evitar aglomerações às margens do Lago de Furnas em Carmo do Rio Claro

Fiscais da Prefeitura de Carmo do Rio Claro (MG) se uniram à Polícia Militar para realizar blitz em pontos turísticos para combater aglomerações durante os fins de semana.

Hoje Carmo do Rio Claro tem, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 76 casos de coronavírus, com quatro mortes.

Um dos pontos de aglomeração de pessoas é o “Aterro”, às margens do Lago de Furnas, onde existem restaurantes, que atraem muita gente. Nas últimas semanas, durante o dia, o número de pessoas no local fugiu do controle. Além disso, elas não estavam respeitando as medidas de segurança.

Por isso, na última semana, uma reunião entre comerciantes, Polícia Militar e Secretaria de Saúde definiu um plano de ação para combater aglomerações na cidade.

“Nós observamos uma deficiência nas fiscalizações por nossa parte, com isso nós contratamos mais fiscais sanitários especializados na fiscalização dos estabelecimentos, para aumentar as ações e diminuir as controvérsias em relação à Covid-19”, disse o secretário de Saúde, Elias César Leandro.

A Serra da Tormenta, que faz parte do roteiro de turismo religioso da cidade, foi fechada na sexta-feira e só reabrirá às 18h desta segunda-feira (12) para evitar aglomerações de fiéis.

Fonte: G1

Em defesa do Lago de Furnas, Comissão Especial se reúne pela primeira vez para analisar PEC 52 na ALMG

Dalmo Ribeiro Silva (deputado estadual PSDB/MG), Cássio Soares (deputado estadual PSD/MG)

Em reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira (28), foi realizada a eleição para a escolha da presidência da Comissão Especial que analisará a Proposta de Emenda Constitucional 52/2020. O encontro marcou o início dos trabalhos da comissão na Casa Legislativa. Os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Mauro Tramonte (Republicanos) foram eleitos como presidente e vice-presidente da Comissão.

A PEC propõe que a Bacia do Rio Grande e o Reservatório de Furnas sejam incluídos entre as unidades tombadas para fins de conservação e declaração de monumentos naturais. Para realizar esse tombamento, a matéria, que tem como primeiro signatário o deputado Professor Cleiton (PSB), altera o artigo 84 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual.

Também durante a reunião desta segunda-feira (28), o deputado Cássio Soares (PSD) foi designado como relator da matéria. Segundo ele, a demanda de energia elétrica não planejada pelo governo federal tem prejudicado bastante os municípios do Sul de Minas, que dependem do turismo e da piscicultura nos Lagos de Furnas e Peixoto.

“A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e o Ministério das Minas e Energia não estão levando em conta o quanto os lagos movimentam a economia da região. É urgente o estabelecimento de uma cota mínima para que as demais atividades não sejam prejudicadas. Às vezes, temos níveis tão baixos em Peixoto que a balsa não consegue atravessar e isso prejudica os moradores de Delfinópolis, que têm como alternativa uma estrada de 62 quilômetros de terra. O Sul é a região mais desenvolvida do Estado e ainda temos de lidar com esse tipo de questão”, declarou o relator.

Logo após a eleição, o deputado Professor Cleiton disse acreditar que, com a promulgação da PEC 52/20, a ALMG irá mudar o conceito do que é o tombamento de patrimônios naturais em Minas Gerais. “Defender os Lagos de Furnas e Peixoto é defender o povo mineiro”, completou.

A PEC 52/20 recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade e juridicidade, em março, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e agora será analisada pela Comissão Especial, cuja composição foi definida em Plenário em agosto. São membros efetivos os deputados Professor Cleiton, Mauro Tramonte, Cássio Soares, Dalmo Ribeiro Silva e Ulysses Gomes (PT). Como suplentes, foram designados os deputados Charles Santos (Republicanos), Fernando Pacheco (PV), Doutor Paulo (Patri), Betinho Pinto Coelho (Solidariedade) e André Quintão (PT).

Na CCJ, a matéria recebeu o substitutivo n° 1, fazendo uma adequação do texto original, já que o artigo 84 não poderia ser modificado da forma como havia sido proposta. Isso porque seu parágrafo 1º definiu prazo de 360 dias contados da promulgação da Constituição para o Estado demarcar as unidades de conservação previstas no caput, o que já está prescrito.

Dessa forma, o substitutivo propõe a criação de um novo artigo, em cujo caput estará definido o tombamento e a declaração de monumento natural da Bacia do Rio Grande e do Reservatório de Furnas. Também fica definido que o Estado providenciará a demarcação e estabelecerá os limites em lei.

Proposta de emenda à Constituição declara o reservatório e a Bacia do Rio Grande como monumentos naturais.

Imagem: Flávia Bernardo / Fonte: Blog do Lindenbeg

Marinha do Brasil inicia “Operação Ribeirinha” no Lago de Furnas

A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, iniciou nesta quarta-feira (23), o adestramento de “Operações Ribeirinhas” no Lago de Furnas e nos municípios de Capitólio, São João Batista do Glória e São José da Barra (MG).

O adestramento militar visa a manutenção do aprestamento do componente anfíbio na segurança em ambientes fluviais e contará com a participação de militares do 3º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais e do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro.

Na ocasião, serão conduzidos exercícios de retomada de território terrestre pela Força de Desembarque Ribeirinho, evacuação de feridos, proteção da barragem da represa, além de instruções teóricas e práticas de segurança para atividades de Inspeção Naval. A oportunidade servirá para testar a ação e a prontidão dos militares em uma situação de emergência e a capacidade logística diante de um cenário hipotético adverso.

Além disso, uma Ação Cívico-Social será realizada pelos militares, que reformarão quadras poliesportivas no município de São José da Barra.

Cabe ressaltar que todos os procedimentos sanitários e medidas preventivas recomendados pelos Ministérios da Defesa e da Saúde, bem como pela Diretoria de Saúde da Marinha, vêm sendo adotados, a fim de evitar a disseminação da COVID-19.

Casa de temporada da Maria

Se está procurando espaço e um lugar perfeito para descansar nas suas vindas a região de Furnas e Capitólio, a casa de temporada da Maria é ideal. Projetada para receber e confortar sua família e amigos, a casa fica localizada em São José da Barra, bairro Nossa Senhora de Fátima, rua C, N° 352.

A residência conta com:

  • 3 quartos (todos com ventilador de teto)
  • 3 camas de casal
  • 1 cama com auxiliar
  • 1 colchão de casal
  • Cozinha equipada
  • Garagem
  • Utensílios
  • Wi-fi
  • Área Gourmet
  • Piscina simples

Para reservas, entrar em contato com Maria: (35) 991080937

Passeio de lancha e 4×4 do Nilson

Pra quem quer conhecer as belezas de Furnas, Capitólio, São João Batista do Glória e outros municípios da região, o passeio de lancha e 4×4 é essencial. Para isso, o melhor é contratar um profissional ou equipe especializada, para que tudo ocorra com segurança.

O passeio de lancha e 4×4 do Nilson é perfeito para quem quer desfrutar das belezas de Minas Gerais. A programação do piloto é feita especialmente para deixar os visitantes deslumbrados, pois passa pelos principais pontos turísticos da região, tais como: Lagoa Azul, Diquadinha, Pedreira, Paraíso Achado, Paraíso Perdido, Capivara, Beija-flor, tudo para apresentar para você, família e amigos o melhor de Minas. Sem falar nos bares flutuantes, com o melhor chop artesanal de Capitólio.

A lancha suporta até 10 pessoas, e o carro até 4, mas em caso de mais visitantes, é feita uma parceria com outras empresas, para que todos tenham uma experiência única juntamente com família e amigos.

A lancha parte do Clube Náutico, situado no município de São João Batista do Glória. O veículo 4×4 sai de Furnas.

O valor dos passeios é de R$ 90,00, mas caso ocorra a vontade de ficar por mais tempo, é feita uma negociação no preço.

Os prejuízos ambientais em São José da Barra

Fotos: Luiz Júnior

Recentemente o município de São José da Barra (MG), viveu uma das piores queimadas na história da cidade.

A espécie humana vem evoluindo e aperfeiçoando suas técnicas de exploração dos recursos naturais. Nos lembramos constantemente da água como recurso vital, mas nos esquecemos do fogo.

A descoberta do fogo permitiu, à primitiva humanidade, o deslocamento para outras regiões do planeta. Empurrado pela necessidade, com a caça e a coleta escassa, o homem descobriu uma nova forma de obter alimentos. Surgia a partir de então a agricultura. Sem motivos para mudar de lugar, o homem tornou-se sedentário. Cabia agora desenvolver técnicas e meios que proporcionassem o uso do solo a fim de facilitar e propagar as fronteiras agrícolas.

No Brasil, as queimadas estão associadas aos sistemas de produção mais primitivos, como os de caça e coleta dos indígenas e de pequenos produtores rurais. A falta de informação sobre métodos menos agressivos à natureza, provoca confusão entre as queimadas tropicais e os incêndios florestais.

Mais de 98% das queimadas praticadas no Brasil são de natureza agrícola. O agricultor decide quando e onde queimar. É uma prática controlada, desejada e faz parte do sistema de produção. Já os incêndios florestais são de natureza acidental, indesejados e difíceis de controlar, pois assolam, na maioria das vezes, os parques nacionais, geralmente localizados em regiões remotas e de difícil acesso.

O impacto ambiental das queimadas e incêndios florestais vem preocupando há décadas a comunidade científica, ambientalistas e a sociedade em geral, pois interferem na harmonia da biodiversidade e na saúde humana. Tais práticas também estão presentes em outras regiões do globo, sobretudo na savana africana, nas estepes russas e da Ásia central. A legislação brasileira, através da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei 6.938/81, tem como instrumento de proteção dos recursos naturais um mecanismo denominado “avaliação de impactos ambientais”, cuja função é a elaboração de um estudo antes de qualquer ação humana sobre o meio ambiente.

Nesse ínterim, o Direito Ambiental Internacional está em franco desenvolvimento e aceitação, servindo para dirimir os problemas de caráter global relacionado às atividades que causem conflitos de conseqüências ambientais entre países. Isto porque a poluição é transfronteiriça, ou seja, não respeita fronteiras. A fumaça de uma queimada em um estado poderá atingir outro, e até mesmo outro país, como acontece com a poluição das águas.

Estas queimadas afetam o solo, o ar, as águas, os mananciais, a fauna e a flora, atingindo amplamente o ecossistema, o que fere frontalmente as leis ambientais. A Organização das Nações Unidas comprovam que a grande porcentagem da emissão de dióxido de carbono na atmosfera brasileira é decorrente das queimadas, colocando nosso país entre os dez maiores poluidores do mundo.

Recentemente, um incêndio florestal em São José da Barra (MG), colocou o o município em estado de emergência, provocando um forte aumento nas reclamações por meio da população, devido à densa fumaça negra que se deslocou em direção a zona urbana.

Desenvolver técnicas que substituam a utilização do fogo como agente de “limpeza” do terreno para o plantio é, sem dúvida, um grande desafio, sobretudo nos países do hemisfério sul, cuja prática é amplamente utilizada, e a indisponibilidade de recursos financeiros é um agravante dessa situação. É preciso apresentar soluções concretas ao agricultor, aliadas a políticas públicas que demonstrem eficiência e domínio do Poder Público na efetiva fiscalização e aplicação das leis.

Marinha do Brasil realizará “Operação Ribeirinha” no Lago de Furnas

A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, informa que, no período entre 21 de setembro e 4 de outubro, será realizado um adestramento de “Operações Ribeirinhas” no Lago de Furnas e nos municípios de Capitólio, São João Batista do Glória e São José da Barra (MG).

O adestramento militar visa a manutenção do aprestamento do componente anfíbio na segurança em ambientes fluviais e contará com a participação de militares do 3º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais e do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro.

Na ocasião, serão conduzidos exercícios de retomada de território terrestre pela Força de Desembarque Ribeirinho, evacuação de feridos, proteção da barragem da represa, além de instruções teóricas e práticas de segurança para atividades de Inspeção Naval. A oportunidade servirá para testar a ação e a prontidão dos militares em uma situação de emergência e a capacidade logística diante de um cenário hipotético adverso.

Além disso, uma Ação Cívico-Social será realizada pelos militares, que reformarão quadras poliesportivas no município de São José da Barra.

Cabe ressaltar que todos os procedimentos sanitários e medidas preventivas recomendados pelos Ministérios da Defesa e da Saúde, bem como pela Diretoria de Saúde da Marinha, vêm sendo adotados, a fim de evitar a disseminação da COVID-19.

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