Jornal Folha Regional

Obra na hidrovia Tietê-Paraná beneficia lagos de Furnas e Peixoto

Prefeitos de cidades da região e lideranças do setor de turismo nos lagos de Furnas e Peixoto comemoraram a decisão do governo do Estado de São Paulo que oficializou, no último fim de semana em Buritama, região de Araçatuba, um contrato para a retomada das obras de ampliação do canal de navegação de Nova Avanhandava, na hidrovia Tietê-Paraná.

O processo de derrocamento do pedral, que é a fragmentação da rocha por meio de explosão, estava paralisado desde 2019. Para possibilitar a navegação da hidrovia, exigia-se a liberação das águas represadas na bacia do Rio Grande, a partir do Lago de Furnas.

Esse projeto teve início em fevereiro de 2017, quando o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também esteve em Buritama, mas estava paralisado desde 2019. A sessão da licitação para contratar a obra de retirada de rochas submersas (derrocamento) do canal de Nova Avanhandava aconteceu em outubro do ano passado e, de acordo com o que foi divulgado no evento, nos próximos dias deve ser emitida a ordem de serviço para que as obras comecem em até 30 dias.

INVESTIMENTOS

Serão investidos cerca de R$ 300 milhões e, de acordo com o que foi divulgado, devem ser gerados 1,4 mil empregos, entre diretos e indiretos. O contrato prevê a remoção de 552 mil metros cúbicos de rochas, o que equivale ao volume de 600 piscinas olímpicas.

Com isso, haverá um aprofundamento do canal em 3,5 metros, com largura de 60 metros, ao longo de 16 quilômetros de extensão, melhorando a navegabilidade. O investimento também permitirá maior flexibilidade na operação das usinas hidrelétricas de Furnas, Mascarenhas de Moraes (Peixoto), Três Irmãos e Ilha Solteira, eliminando eventuais conflitos entre navegação e geração de energia.

O governo do Estado de São Paulo aponta que, para não prejudicar a produção de energia, entre 2014 e 2015 e 2020 e 2021 a navegação na hidrovia foi interrompida, por 20 meses e sete meses, respectivamente, devido ao baixo nível da água.

ALAGO

Este ato do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, poderá contribuir em muito para Minas Gerais, especialmente para ajudar a manter o nível da água no Lago de Furnas em um patamar mais elevado. Isto porque, sempre, era necessário gerar mais energia na Hidrelétrica de Furnas para turbinar mais água e contribuir com a elevação do nível no canal por onde trafegam as embarcações da hidrovia, ou seja, usava-se a água do Lago de Furnas, Peixoto e outras usinas para possibilitar a navegabilidade.

Agora, com a retomada das obras, cuja primeira ordem de serviço ocorreu em 2016, poderá resolver de vez essa questão, pois a retirada do pedral possibilitará a navegação com menos água no canal da hidrovia”, afirma o secretário-executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Fausto Costa.

SUSTENTÁVEL

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, esteve presente e chamou a atenção para o caráter sustentável da obra. “Para se ter uma ideia, a distância percorrida transportando uma tonelada de carga com um litro de combustível é de 25 quilômetros pelo modo rodoviário, 85 quilômetros pelo ferroviário e 220 quilômetros pela hidrovia”, disse.

Segundo o Departamento Hidroviário (DH), em termos de volume transportado, uma embarcação do tipo chata, com um empurrador, é capaz de transportar 1,5 mil toneladas. No modo rodoviário, para o transporte do mesmo volume seriam necessárias 43 carretas, de 35 toneladas cada.

HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

A Hidrovia Tietê-Paraná tem 2,4 mil quilômetros navegáveis e atende, sobretudo, o transporte da produção agrícola até o Porto de Santos, com menor emissão de poluentes, 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono a menos ao ano, e custo de transporte reduzido. Com 30 terminais intermodais para carga e descarga de produtos, a hidrovia conecta os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

O trecho paulista possui 800 quilômetros, começa na altura de Mogi das Cruzes e termina no município de Pereira Barreto, passando por São Paulo, Santana de Parnaíba, Pirapora de Bom Jesus, Salto, Tietê, Barra Bonita, Ibitinga e Buritama.

No ano passado, foram transportados, pelo trecho paulista, 1,4 milhão de toneladas de cargas, principalmente soja in natura, farelo de soja, milho, cana-de-açúcar e areia. (Clic Folha)

Furnas completa 66 anos na rota da energia limpa, inovação e sustentabilidade

Empresa acompanha a transformação do setor elétrico com foco em modernização da gestão

Furnas completa 66 anos, nesta terça-feira (28), em uma jornada de renovação, buscando crescer de forma sustentável e se modernizar para atender às demandas do setor elétrico e de um mundo em constante transformação. A capitalização da Eletrobras, formalizada em junho de 2022, tornou a holding uma corporação de padrão internacional, com a pulverização do capital social da companhia e a entrada de novos investidores. Nesse novo cenário, Furnas faz sua parte para que a Eletrobras atinja seu objetivo: tornar-se uma empresa inovadora, de energia limpa, reconhecida pela excelência e sustentabilidade.

“São 66 anos gerando e transmitindo energia para o desenvolvimento do Brasil e dos brasileiros com muita competência, dedicação e comprometimento de sua força de trabalho”, pontua o presidente da empresa, Caio Pompeu.

Transformação Cultural e tecnológica

Para desenvolver uma cultura que valorize a alta performance, Furnas implementou o Projeto de Fortalecimento Cultural, elaborado a partir do diagnóstico da Transformação Cultural, realizado por todas as empresas Eletrobras e alinhado às diretrizes do Plano de Desenvolvimento de Negócios e Gestão (PDNG).

Para alcançar a diversidade nas posições gerenciais, foi iniciado o projeto Impulsionando Mulheres na Liderança, com o objetivo de alavancar o desenvolvimento de carreira para as mulheres na empresa, por meio da sensibilização, capacitação e mentoria.

A digitalização também é uma das metas no Plano Estratégico da Eletrobras. Para atingi-la, Furnas criou a Gerência de Transformação Digital, que está trabalhando na arquitetura de soluções para favorecer a gestão inteligente dos dados e o seu consumo pelos clientes internos. Já foram implementadas soluções digitais para aprimorar processos, reduzir custos e otimizar recursos humanos e materiais.

Uma dessas soluções, o RECFY, fez com que Furnas figurasse entre as corporações mais Inovadoras no Uso de TI em 2021, ranking feito pela IT Mídia. O RECFY é uma plataforma inovadora que utiliza a tecnologia blockchain para a emissão e comercialização de certificados de energia renovável. Em pouco mais de um ano, Furnas comercializou mais de 2 milhões de RECFYs.

Outra prova da competência dos quadros da empresa veio com a conquista do prêmio PMO (Project Manager Office) 2022, oferecido pela revista Mundo PM em parceria com o Project Manager Institute São Paulo e com a IPMA (International Project Management Association), além do apoio de diversas entidades e associações ligadas à gestão de projetos. A companhia concorreu com outras 28 empresas – inclusive da área de energia.

Inovação

Na seara da inovação, foi realizada pelas empresas Eletrobras, em 2022, a III Olimpíada Nacional de Inovação em Energia, uma jornada completa com 54 horas de treinamentos e elaboração de um projeto aplicado. A edição prepara profissionais e estudantes para executar, na prática, a inovação em projetos de energia, alinhados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Furnas participa, desde a formação original, do grupo que desenvolve o projeto do MIT-Reap Rio, programa de aceleração de startups que segue metodologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), para a formação de um ecossistema de inovação no Rio de Janeiro focado em energia e sustentabilidade. Os frutos reais do programa de aceleração do MIT já estão sendo colhidos, como o EnergINN, programa de formação de empreendedores, criação de startups e geração de provas de conceito. O EnergINN é um desdobramento das Olimpíadas de Inovação em Energia, realizadas desde 2020. Recentemente, foi assinado o protocolo para a criação do Rio Energy Bay, um instituto para fomentar o ecossistema.

Já os projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em andamento em Furnas priorizam a sustentabilidade e novas fontes limpas de geração de energia elétrica. O objetivo principal é transformar os estudos realizados em produtos ou serviços patenteados e, com isso, agregar vantagem competitiva à empresa. Entre eles está o projeto de Hidrogênio Verde, já em sua segunda fase de desenvolvimento, e a criação do primeiro coletor termossolar do tipo calha cilindro-parabólica nacional. A geração termossolar, também chamada de heliotérmica, utiliza o calor do sol para gerar eletricidade através da concentração da irradiação direta (DNI) em um tubo receptor, usando um espelho refletor, e a transferência deste calor até uma turbina a vapor, gerando eletricidade.

Modernização dos ativos

É destaque também a modernização dos parques de geração e transmissão de Furnas. Em 2022, foram modernizados a proteção do Sistema de Transmissão de Itaipu e o sistema de gravação dos Centros de Operação, e fechado o contrato para a modernização da Usina de Porto Colômbia – um projeto orçado em R$ 400 milhões que ampliará a vida útil do empreendimento. Além disso, Furnas iniciou a substituição do seu sistema de sincronismo de tempo e a modernização da segurança cibernética das suas subestações e usinas. Setenta e uma instalações operativas estão sendo modernizadas para oferecer confiabilidade à operação e proteção de dados.

A conclusão das obras do ciclo combinado da UTE Santa Cruz (RJ) também segue no sentido da otimização das instalações. O empreendimento adiciona 150 MW aos 350 MW de capacidade instalada da termelétrica, sem consumo extra de combustível e nenhum acréscimo de emissão de gás carbônico, trazendo uma significativa redução no Custo Variável Unitário (CVU) da usina e tornando-a mais competitiva na comercialização de energia despachada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Na área ambiental, Furnas comemora seu aniversário recebendo, pelo nono ano consecutivo, o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG). A certificação é um reconhecimento concedido às empresas que realizam, verificam por terceira parte independente e publicam seus inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no Registro Público de Emissões (RPE).

E, na área social, além do edital voltado a projetos para o bem-estar de crianças e adolescentes, em 2021, Furnas – pela primeira vez – promoveu um edital voltado a um público que representa cerca de 18% da população brasileira – cerca de 38 milhões de habitantes, segundo o IBGE: a Terceira Idade.

“FURNAS segue alinhada com os desafios do mundo atual, pronta para o futuro. Um futuro de energia limpa, inovação, sustentabilidade e mais oportunidades para todos”, arremata Caio Pompeu.

Furnas segue com nível acima de 94% mesmo após abertura de vertedouros

O volume útil do Lago de Furnas é de 94,43%, marca que não era atingida há 11 anos. A hidrelétrica está com os vertedouros abertos desde o meio de janeiro e, mesmo com o aumento da vazão, segue com grande volume, além de ter atingido 767,3 metros acima do nível do mar.

São 1,5 m³ por segundo que descem pela barragem de Furnas, em São José da Barra. O cenário não era visto há anos, pois a última vez que a Usina Hidrelétrica de Furnas abriu as comportas para controlar o nível da água foi em 2012.

Onze anos depois, a ação foi necessária outra vez devido ao grande volume de chuva na bacia do Rio Grande nas últimas semanas.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a abertura das comportas ajuda a regular o volume de água dos cursos dos rios e reduzir o impacto das vazões elevadas. Ainda assim, a população que vive às margens da represa precisa ficar atenta.

“A população ribeirinha tem que ficar atenta. Estamos aumentando a vazão e faz muito tempo que isso não acontecia. Muitas das áreas de várzea, as áreas próximas aos cursos d’água estão sendo ocupadas e as pessoas podem se surpreender. Na história isso mostra muita gente morrendo, ilhada em situações como essas”, explicou o professor da Unifei Afonso Henrique Moreira Santos.

Hoje, o Lago de Furnas está em 767,3 metros acima do nível do mar, cinco metros a mais do que determina a cota 762.

“Porque, então, não encher mais e atingir 100%? Nós temos que tem um volume de espera, um volume que é uma reserva, que de repente, há uma chuva muito grande e intensa, o volume de água chegando ao reservatório, o vertedouro não seria capaz de passar aquela água. Portanto, preciso ter o volume de atenuação, esse volume que vai segurar a água, sem levar risco à população e também à segurança estrutural da barragem. É muito importante não deixar a água chegar ao nível de galgar a barragem, o que poderia ocasionar um acidente catastrófico”, pontuou o professor.

Chuvas de janeiro

O diretor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajuá (Unifei), Marcelo de Paulo Correa, explicou que, ao contrário do que parece, o mês de janeiro teve mais chuvas que o normal. Segundo ele, os últimos anos é que registraram menos chuvas.

“Este mês de janeiro ele teve chuva um pouco acima da média na região. Ele não é o janeiro mais chuvoso dos últimos 10 anos. Tivemos nos últimos três anos meses de janeiro com chuva abaixo da média. Essas chuvas que caíram em 2023 fizeram com que neste mês tenhamos o que é esperado de chuvas para este verão”, falou o diretor.

“Essas chuvas foram um alento para os reservatórios. Tivemos alguns anos de muita estiagem, diminuição da disponibilidade hídrica e, consequentemente, preocupação com a água para o uso cotidiano, geração de energia e todas as necessidades. Esperamos que essas chuvas, que têm sido recorrentes, sejam suficientes para que os reservatórios atinjam os níveis mínimos adequados. É muito difícil fazer uma estimativa para o inverno, mas esperamos que este ano não tenhamos um sufoco em relação à disponibilidade hídrica”, finalizou. (G1)

Furnas tem 24 horas para iniciar ações de reparos aos danos causados pelo transbordamento de rio em Capitólio

A empresa Furnas Centrais Elétricas S.A. tem 24 horas para iniciar as ações de reparos aos danos causados pelo transbordamento do Rio Piumhi, em Capitólio (MG), no início de janeiro. A determinação judicial da última quarta-feira (1º) ocorreu mediante a uma ação do Ministério Público (MP) com apoio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).

A Eletrobras Furnas informou que adotará todas as medidas jurídicas cabíveis para esclarecer os fatos e demonstrar a regularidade de sua atuação.

A decisão determinou que, em 24 horas, a empresa ofereça abrigo para as pessoas afetadas pela inundação em hotéis, pousadas ou imóveis locados. Atualmente, os moradores estão em um pátio de uma escola municipal.

A decisão também determina que Furnas arque com a alimentação, objetos de higiene pessoal e medicamentos de cada indivíduo e família. O descumprimento da medida acarretará no pagamento de multa diária de R$ 5 mil.

A determinação judicial também inclui as seguintes ações:

  • Furnas deverá apresentar em cinco dias, depois de ouvidos os atingidos, um plano e informações detalhadas quanto ao número de residências e estabelecimentos comerciais desocupados em razão do transbordamento do Rio Piumhi;
  • O número e a qualificação das pessoas ocupantes dos imóveis e dos animais deles que foram ou serão realocados; os locais onde estão ou serão abrigadas, além de relatório circunstanciado de todas as ações de apoio desenvolvidas e, a partir de então, atualização das informações com periodicidade semanal, enquanto mantida a situação de emergência.

Segundo o MP, as obrigações sob pena de multa visam responsabilizar a Furnas por medidas emergenciais específicas necessárias para dar suporte a todas as pessoas afetadas.

“A empresa, na qualidade de concessionária de serviço público, está obrigada a zelar pela barragem-auxiliar, pelo lago formado pelo Rio Piumhi a partir do barramento, bem como, pelo canal de refluxo componente das obras de transposição do referido curso d’água da Bacia do Rio Grande para a Bacia do Rio São Francisco”, afirmou.

A Eletrobras Furnas informou que ”está adotando todas as medidas que lhe competem. A Prefeitura de Capitólio informou não haver mais desabrigados nesta data”.

Em reportagem publicada pelo g1 na última terça-feira (31) sobre a proposição da ação, a Eletrobras Furnas se posicionou informando que adotará todas as medidas jurídicas cabíveis para esclarecer os fatos e demonstrar a regularidade da atuação da empresa.

Ação pede bloqueio de R$ 10 milhões de Furnas para reparar danos causados por alagamento em Capitólio

Uma ação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Estado, Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e Prefeitura de Capitólio pede o bloqueio judicial de R$ 10 milhões da empresa Furnas Centrais Elétricas S.A., para reparar os danos causados pelo transbordamento do Rio Piumhi, em Capitólio, no começo de janeiro.

A ação quer que a empresa:

  • contribua com auxílio emergencial, no valor mínimo de R$ 10 mil, para as famílias que saíram das residências em razão do alagamento, e R$ 20 mil para cada empreendedor que teve a atividade interrompida;
  • se responsabilize por abrigar em hotéis, pousadas, imóveis locados todos os desabrigados e que providencie local adequado aos animais que também ficaram desalojados.

Segundo o MPMG, esses pedidos se tratam de uma Tutela Cautelar Antecedente preparatória de Ação Civil Pública que tvisa responsabilizar a Furnas por medidas emergenciais específicas necessárias para dar suporte a todas as pessoas afetadas.

“A empresa, na qualidade de concessionária de serviço público, está obrigada a zelar pela barragem-auxiliar, pelo lago formado pelo Rio Piumhi a partir do barramento, bem como, pelo canal de refluxo componente das obras de transposição do referido curso d’água da Bacia do Rio Grande para a Bacia do Rio São Francisco”, afirmou o Ministério Público.

Entenda o caso

  • O Rio Piumhi transbordou no dia 9 de janeiro e, desde então, a cidade segue com pontos alagados. A situação atingiu 46 casas, deixando 84 pessoas desalojadas e quatro desabrigadas, conforme a Defesa Civil.
  • O prefeito Cristiano Gerardão explicou que o problema ocorre por conta de um assoreamento no canal de escoação da água do rio e, por isso, a água não baixa com facilidade.
  • A situação tramita em âmbito judicial contra Furnas Centrais Elétricas que, segundo o Executivo, é a responsável pela limpeza do canal.
  • No último dia 26, a empresa Furnas foi multada pelo Estado em quase R$ 300 milhões devido à falta de manutenção do canal de refluxo do Rio Piumhi. A estrutura, que seria responsável pela drenagem das lagoas do rio, não funcionou do jeito correto e, com isso, as lagoas próximas ao perímetro urbano transbordaram, causando alagamentos.

De acordo com a Prefeitura, no ano de 2008, o Município de Capitólio ajuizou uma ação solicitando que Furnas Centrais Elétricas realizasse a limpeza e manutenção do canal do Rio Piumhi que, por falta de manutenção e ocorrência de assoreamento, provoca uma diminuição da vazão da água e, consequentemente, aumento do nível dos represamentos da água do lago artificial de Capitólio. E isso provoca inundações na cidade em períodos de chuva.

Via: G1.

Estado multa Furnas em quase R$ 300 milhões por falta de limpeza em lagoa que transbordou em Capitólio

Alagamento atingiu 46 casas, deixando 84 pessoas desalojadas e quatro desabrigadas. Drenagem do excedente e limpeza da estrutura são de responsabilidade da companhia

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), multou a empresa Furnas Centrais Elétricas S.A. em R$ 289.512.040,13 pela falta de manutenção do canal de refluxo do Rio Piumhi, no município de Capitólio (MG). A estrutura, que seria responsável pela drenagem das lagoas do Rio, não funcionou da maneira devida e, com isso, as lagoas adjacentes ao perímetro urbano transbordaram, causando alagamentos em vias públicas e residências, causando transtornos à população local.

Em atendimento à Subsecretaria de Fiscalização Ambiental (Sufis), uma equipe da Superintendência de Meio Ambiente do Alto São Francisco (Supram-ASF) esteve em Capitólio na última segunda-feira (23). Em conversa com representantes da prefeitura local, a fiscalização recebeu a informação de que a elevação do nível das lagoas e o consequente transbordamento estariam relacionados à falta de manutenção do canal de refluxo do Rio Piumhi.

A limpeza da estrutura, conforme condenação na Ação de Obrigação de Fazer, movida pelo município de Capitólio, é de responsabilidade da Furnas Centrais Elétricas. Ainda de acordo com os servidores da Prefeitura de Capitólio, o canal foi limpo pela última vez no ano de 1986, demonstrando a inércia da empresa sobre a drenagem do excedente de água pluvial que chegou até o lago.

A equipe de Fiscalização da Semad observou durante a vistoria que parte da cidade ainda estava alagada, incluindo estações elevatórias e canais de coleta de esgoto, causando o extravasamento do material citado para vias públicas. De acordo com o boletim da Defesa Civil da última segunda-feira, o alagamento atingiu 46 casas, deixando 84 pessoas desalojadas e quatro pessoas desabrigadas.

Em uma ação efetiva e de primordial importância, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente fiscalizou e multou, nesta quarta-feira, em quase 300 milhões de reais, a empresa Furnas Centrais Elétricas S.A pela falta de limpeza em lagoa que transbordou em Capitólio, situação que causou grande transtorno à população do município.  

A equipe de fiscalização da Secretaria identificou, em vistoria no local, que a elevação do nível das lagoas e o consequente transbordamento estariam relacionados à falta de manutenção do canal de refluxo do Rio Piumhi. Isso ocasionou o alagamento de parte da cidade, além de estações elevatórias e canais de coleta de esgoto, causando o carreamento para as vias públicas.

A resolução do problema observado na cidade de Capitólio depende, primordialmente, da realização das obras de desassoreamento e desobstrução do canal, sem as quais, estima-se que o nível da água no centro de Capitólio só voltará ao normal após o período de estiagem. A não realização das obras resultará, possivelmente, na geração recorrente desse tipo de transtorno para o município.

“É importante destacar nesta ação efetiva de fiscalização realizada pela Semad que o Estado está atento e, além da multa de quase R$ 300 milhões aplicada à empresa, solicitou o início imediato da operação de dragagem para desassoreamento do corpo d’água e outras providências para evitar novas ocorrências dessa natureza”, salientou a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Carvalho de Melo.

Infrações

O transbordamento pode causar danos à saúde da população pelo contato ostensivo com o esgoto, podendo causar doenças como hepatite, cólera, leptospirose, dentre outras. Além disso, o bem-estar da população ficou prejudicado com o intenso mau cheiro no local e com o bloqueio das principais vias da cidade, provocando, ainda, dano econômico em comércios da região.

Com isso, o caso foi enquadrado no Art. 80 do Decreto Estadual nº 47.383/2018, que trata das infrações cometidas por empreendimento ou atividade de grande porte que cause dano ou perigo de dano à saúde pública, ao bem-estar da população ou aos recursos econômicos do Estado. Também foi caracterizada a reincidência da empresa por infrações ambientais pretéritas, conforme Art. 81 do mesmo Decreto Estadual.

Além das infrações, foi acrescido às multas aplicadas à empresa Furnas Centrais Elétricas S.A. as situações agravantes com aumento da multa em 90% por ter havido dano sobre a propriedade alheia; poluição que provocou a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes de área ou região; e de o agente ter cometido infração que provocou a interdição total de vias públicas, estradas ou rodovias.

Ações

A equipe de Fiscalização da Semad não verificou nenhuma ação em curso por parte da empresa Furnas Centrais Elétricas S.A. relacionada ao desassoreamento e desobstrução do ponto crítico do Canal do Rio Piumhi. Apenas foi constatada uma ação de manutenção em uma via não pavimentada na margem da lagoa marginal e, segundo agentes municipais consultados, as contribuições da empresa quanto à mitigação dos impactos ainda estavam aquém da gravidade da situação.

Com isso, foi solicitado à empresa o início imediato da operação de dragagem para desassoreamento do corpo d’água. A empresa ainda deverá protocolar relatório descritivo e fotográfico, comprovando o início das atividades em prazo não superior a 15 (quinze) dias, constando cronograma evolutivo das ações que serão implementadas. O não-cumprimento das medidas determinadas é passível de novas sanções administrativas.

Após alagamento, Furnas realiza ações emergenciais em Capitólio

Iniciativa conjunta com Prefeitura objetiva minimizar impactos do transbordamento do rio Piumhi

Em uma ação coordenada com a Prefeitura de Capitólio, a Eletrobras Furnas está colocando em prática uma série de ações emergenciais para recuperar a infraestrutura do município atingido pelo transbordamento do rio Piumhi. A empresa também trabalha junto aos órgãos municipais na assistência à população impactada pelas fortes chuvas na região.

Acompanhado do diretor de Engenharia da Eletrobras Furnas, Sidnei Bispo, o diretor de Operação e Manutenção e presidente em exercício da empresa, Francisco Arteiro, reuniu-se com autoridades locais na última terça-feira (17) e conheceu in loco as necessidades da população. “A Eletrobras Furnas é uma empresa atenta ao seu redor e comprometida com o bem-estar social. Fiz questão de vir à região para ver de perto a situação do município e propor ações de mitigação rápida dos efeitos causados pela enchente”, afirmou.

“Nós colhemos bons frutos hoje, através de reuniões e diligências com a Eletrobras Furnas, e vamos realizar nos próximos dias as ações e obras necessárias para a gente conseguir mitigar o reflexo do alagamento e escoar o acúmulo de água que existe na entrada da nossa cidade”, declarou o prefeito Cristiano Geraldo da Silva.

Uma das iniciativas é a recuperação do acesso de veículos leves a áreas do município, com a mobilização de máquinas e operários para a colocação de brita na estrada do Dique de Capitólio e em vias da região central da cidade.

A intervenção prevê utilizar 400 toneladas de brita. A empresa também trabalha para a contratação de equipamentos para a dragagem imediata do canal do rio Piumhi.

Paralelamente, serão feitas adequações técnicas nas bombas das estações elevatórias da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para garantir o funcionamento do sistema mesmo com nível d’água elevado.

A companhia também alugará uma ambulância para apoiar o atendimento dos órgãos de saúde municipais. E está adquirindo ração para os animais que foram transferidos do abrigo público.

Após a licença ambiental para a limpeza de parte do canal de refluxo do Rio Piumhi ter sido emitida em 6 de janeiro, a Eletrobras Furnas finalizou o processo de contratação da empresa responsável pelo serviço de dragagem, incluindo limpeza da vegetação. A execução da obra terá início no dia 1º de fevereiro.

Mesmo com mil m³/s de vazão, Lago de Furnas sobe a 766,7 m

Mesmo com o dobro da vazão nas comportas, o nível no reservatório de Furnas aumentou e atingiu 766,71 metros na última segunda-feira, o que corresponde a 89,52% do volume útil, segundo boletim diário do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A hidrelétrica abriu o vertedouro, na sexta-feira, 13, com vazão de 500 metros por segundo (m³/s) e, segundo informações divulgadas por Furnas nesta segunda, o volume vertido havia subido para 1.000 metros por segundo.

Além de Furnas, também foram abertas as comportas das usinas de Mascarenhas de Moraes (Peixoto), Luiz Carlos Barreto de Carvalho (Estreito), Marimbondo e Porto Colômbia, conforme determinação do ONS em decorrências das fortes chuvas que atingem a bacia do Rio Grande. Em Porto Colômbia, o vertedouro foi acionado no último dia 9

De acordo com informações de Furnas, a usina está operando, conforme despacho do ONS, com uma geração média de 875 MW, cerca de 72% da sua capacidade instalada, que é de 1.216 MW. Em Peixoto, o vertedouro foi aberto com 120 m³/s para controle de nível de reservatório. Atualmente, a vazão está em 1.500 m³/s. Até o dia 16, o reservatório estava com 664,46 metros, com volume útil de 84,16%. A usina está operando com geração média de 326 MW, cerca de 68% da sua capacidade instalada, que é de 478 MW.

Em Estreito, o vertedouro foi aberto 1.000 m³/s, na sexta-feira, e a vazão subiu para 1.300 m³/s até segunda, quando o reservatório estava com 620,59 metros, o que corresponde a um volume útil de 51,77%. A usina está operando com geração média de 737 MW, cerca de 70% da sua capacidade instalada que é de 1050 MW.

Em Porto Colômbia e Marimbondo, as vazões, até segunda-feira, estavam em 2.600 m³/s. 2.900m³/s, respectivamente. (Clic Folha)

Furnas divulga investimento de R$ 4 milhões em projetos culturais em 2023

A Eletrobras divulgou a lista dos projetos selecionados no Programa Cultural das Empresas Eletrobras 2022. A iniciativa investirá cerca de R$ 9,5 milhões em projetos culturais. Desse total, R$ 4 milhões serão aportada por FURNAS em 13 iniciativas nas áreas artes cênicas (dança, teatro e teatro musical); música (erudita e instrumental); e museus e memória (planos anuais de atividades e elaboração de planos museológicos).

Ao todo, foram selecionados pelas empresas Eletrobras 36 projetos, sendo 31 titulares e 5 suplentes. A partir da divulgação do resultado até o dia 31 de maio de 2023, será realizada a contratação. Os projetos serão realizados entre 2 de janeiro e 31 de dezembro de 2023.

Confira o resultado aqui. (Edital Cultural (eletrobras.com))

Limpeza de canal do Rio Piumhi em Capitólio deve começar dia 1º, diz Furnas

Furnas deve começar a limpeza do canal do Rio Piumhi a partir do dia 1º de fevereiro. O procedimento é necessário para acabar com o problema de alagamento na entrada de Capitólio, que tem ocorrido nos últimos anos e colocado famílias em risco, prejudicado o tráfego e causado impactos no turismo no município. Na semana passada, a prefeitura decretou situação de emergência devido ao alagamento.

De acordo com nota oficial divulgada por Furnas no domingo, 15, “a licença ambiental permitindo limpeza de parte do canal de refluxo do Rio Piumhi foi emitida na última sexta-feira, 6 de janeiro de 2023. Furnas finalizou o processo de contratação da empresa responsável pela execução da obra, que terá início em 1º de fevereiro de 2023.”.

Segundo o prefeito Cristiano Geraldo, o problema ocorre por conta de um assoreamento no canal de escoamento de água do rio e, por isso, a água não baixa com facilidade. O imbróglio sobre a obra de limpeza do canal tramitava na Justiça desde 2008, em uma ação contra Furnas que, segundo o Executivo, é a responsável pela limpeza e manutenção.

Ajuizamos uma ação de obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela em face de Furnas Centrais Elétricas S/A, a fim de que a requerida realizasse a limpeza e manutenção do canal, o qual por falta de manutenção e ocorrência de assoreamento vem provocando uma diminuição da vazão da água e, consequentemente, aumento do nível do represamento da água do lago artificial de Capitólio, causando inundações na cidade em períodos de chuvas”, diz a nota de esclarecimento divulgada pela prefeitura.

O processo, bem como outras ações que foram desencadeadas desde então, ainda estão em tramitação. No início do ano de 2022, a atual gestão, por meio da Procuradoria Municipal, distribuiu ação de execução provisória, conseguindo em sede liminar a publicação de decisão para execução imediata da obra.

A Secretaria de Obras do município informou que a prefeitura está organizando forças tarefas para atuarem emergencialmente diante das intempéries causadas pelo alagamento.

As famílias serão abrigadas na escola municipal Elias Teodoro. De acordo com Secretaria, a entrada pelo aterro está interditada e a entrada principal está liberada somente carros altos, caminhões e ônibus, tendo como opções a entrada pelo dique e pelo socorro.

Via: Clic Folha/Luciene Garcia.

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.