Jornal Folha Regional

3⁰ Queima do Alho é sucesso em São José da Barra

Evento foi organizado pela Prefeitura Municipal e recebeu comitivas da região

Foto: Reprodução / Prefeitura de São José da Barra

Neste domingo (23), a prefeitura de São José da Barra (MG), realizou a 3⁰ edição da Queima do Alho no município.

A etapa São José da Barra aconteceu no Estádio Municipal Dona Belinha e recebeu diversas comitivas da região.

O evento cultural reuniu o melhor da culinária mineira, moda de viola e solidariedade.

A renda dola Queima do Alho foi revertida para as instituições GAPOP-R e APAE de Passos (MG).

O evento com a apresentação de artistas regionais, da Orquestra de Viola da Secretaria de Assistência Social e fechando com chave de ouro a cantora Gaby Violeira e banda.

“Agradecemos as comitivas de cidades vizinhas que nos ajudaram a realizar este lindo evento, a câmara municipal pelo apoio, aos artistas que abrilhantaram nosso evento e todas as pessoas que participaram”, informaram o prefeito Serginho e vice-prefeito André Luiz.

Lago de Furnas tem melhor nível para mês de outubro em 10 anos

Foto: Reprodução / EPTV

O volume útil nesta quinta-feira (21) era de 59,6%. A última vez que este nível foi alcançado foi em 2011.

O Lago de Furnas tem o melhor nível para um mês de outubro em 10 anos. O volume útil nesta quinta-feira (21) era de 59,6%. A última vez que este nível foi alcançado foi em 2011.

Segundo o prefeito de Fama (MG), uma das cidades banhada pelo lago, afirmou que um dos motivos deste aumento no nível da água é a cota 762.

“Normalmente a balsa está parada porque não dá pra fazer a travessia porque abaixa demais e ela fica encalhada. […] Valeu a pena. Eu acho que temos que lutar pra manter a 762 e jamais abaixar ela”, afirmou Osmair Leal dos Reis.

O aumento no nível da água do Lago de Furnas é importante para a economia das cidades banhadas pela represa. Em Fama, além do turismo, a área da saúde também era impactada pelo baixo volume útil.

“O turismo hoje é a máquina que gera emprego mais rápido, mais economia para o município. Fama tem neste tempo recebido muitos turistas. Todos os anos, a balsa nesta época tem que parar. E atrapalha demais quem vem de Campos Gerais-Alfenas, porque Alfenas atende muito nós na Saúde. A balsa hoje está funcionando graças a 762, se não estava parada”.

Via EPTV

Veículo da Copasa é furtado e envolve em acidente em São José da Barra

Foto: Reprodução

Na madrugada desta sexta-feira (20), foi furtado na garagem da Copasa (Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais), no centro de São José da Barra (MG), um veículo Fiat/Strada 2020, placa RFW8A15.

O (s) autor (es), evadiram do local sentido trevo Barra/Alpinópolis, porém, o veículo foi encontrado  as margens da rodovia, no qual tudo indica que o motorista perdeu o controle vindo a capotar.

A Polícia Militar de São José da Barra está no local do acidente e até o fechamento desta matéria não foi identificado nenhum autor.

A PM segue intensamente com as buscas.

“Travessia do Mar de Minas” realizado pela Prefeitura de São José da Barra é destaque regional

Foto: Prefeitura Municipal de São José da Barra

No último domingo (16), a prefeitura de São José da Barra (MG), por meio da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, realizou o evento “Travessia do Mar de Minas”, no Clube Náutico de Furnas.

Atletas de diversas cidades e todas as faixas etárias participaram e deram o seu melhor na natação.

Dentre os atletas, a prefeitura parabeniza em especial a participação do atleta Emanuel da cidade de Passos (MG), que mesmo com todas as limitações, deu um exemplo de superação e emocionou a todos fazendo a prova dos 500 metros.

A Gestão Municipal parabeniza e agradece a participação de todos os atletas, os servidores da Secretaria de Obras, a Polícia Militar e equipes de apoio envolvidas, inclusive a Marinha do Brasil que apoiou o evento.

A prefeitura também agradece a equipe da THR e Raiaviva pela parceria e organização e também o Clube Náutico que cedeu o lugar para a realização das provas.

Ministro anuncia investimento de R$ 2,3 bilhões para revitalização das bacias de Furnas

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, anunciou ações importantes, do ministério, para o setor em Minas Gerais. Em uma publicação nas redes sociais, na manhã desta segunda-feira (17/10), Sachsida destacou o que chamou de três “boas notícias” para o estado: respeito à Cota 762 do Lago de Furnas; R$ 2,3 bilhões para revitalização das bacias de Furnas e atração de investimentos para o Vale do Jequitinhonha, com geração de empregos e renda. 

Cota 762 do Lago de Furnas

De acordo com o ministério, a cota se refere ao volume mínimo para que haja o uso múltiplo das águas do Lago de Furnas. Quando o lago atinge 762 metros acima do nível do mar, o recurso pode ser usado para várias funções, como turismo e geração de energia.

A pasta informa que a cota tem sido respeitada e vai continuar sendo, tendo em vista a importância para a economia local. “Além disso, o Governo Federal, agências reguladoras e sociedade civil têm trabalhado de forma conjunta para manter o nível do reservatório elevado, mesmo em períodos em que estiagens estão previstas.”

O ministério destaca, ainda, que “a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas” e está prevista na Lei nº 9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos.

Recursos para revitalização

A segunda ação divulgada por Sachsida foram os R$ 2,3 bilhões destinados à revitalização das bacias de Furnas. O recurso viria da Lei da Eletrobras.

Segundo a pasta, a capitalização das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras, aprovada na Lei nº 14.182/2021, provoca um aumento natural e gradual do investimento e da participação no mercado do setor elétrico brasileiro. Entre eles, está a “revitalização dos recursos hídricos das bacias hidrográficas, definidas conforme o inciso V do caput do art. 1º da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, na área de influência dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Furnas.”

O ministério informa que os R$ 2,3 bilhões, citados por Sachsida na postagem, também estão previsto na lei, seriam “aportes de R$ 230 milhões anuais, pelo prazo de 10 anos, atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, ou por outro índice que vier a substituí-lo, a partir do mês de assinatura dos novos contratos de concessão.”

A lei estabelece que o valor deve ser aplicado em “programa de revitalização dos recursos hídricos das bacias hidrográficas na área de influência dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Furnas, cujos contratos de concessão sejam afetados por esta Lei.”

Essas ações devem levar em conta a ampliação da flexibilidade operativa dos reservatórios, sem prejudicar o uso prioritário e o uso múltiplo dos recursos hídricos.

Segundo o ministério, a Eletrobras vai estar à frente da implementação dos projetos e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é a responsável por regular e fiscalizar os projetos.

Investimento para o Vale do Jequitinhonha

O Decreto do Lítio (11.120/22) foi publicado em julho deste ano e permite operações de comércio exterior de minerais e minérios de lítio e de seus derivados. A medida tem como objetivos:

  • promover a abertura e dinamização do mercado brasileiro do mineral
  • posicionar o Brasil de forma competitiva na cadeia global
  • atrair investimentos para pesquisa e produção mineral
  • atrair investimentos para avanço da capacidade produtiva em etapas de processamento, produção de componentes e baterias


Com isso, o ministério espera atrair investimentos para desenvolvimento sustentável do Vale do Jequitinhonha, que concentra a maior parte das reservas minerais conhecidas para produção de lítio no país.

Com o avanço da produção do mineral, estima-se um volume de investimentos superior a R$ 15 bilhões na região até 2030. São esperados mais de 7 mil empregos diretos apenas na mineração e mais de 84 mil empregos diretos e indiretos ao longo das cadeias produtivas.

Somente na mineração, são esperado pagamentos de salários que somarão R$ 440 milhões por ano, além de mais R$ 100 milhões anuais de arrecadação de royalties (Compensação Financeira pela Exploração Mineral – CFEM), na maior parte distribuída aos pequenos municípios produtores.

A medida também representa um passo importante para ampliar o olhar da indústria automotiva e atrair investimentos para a produção de veículos elétricos no Brasil. “É, portanto, essencial para o fortalecimento da cadeia automotiva brasileira nos próximos anos, considerada uma das indústrias que mais emprega no país”, segundo a pasta.

O ministério destaca ainda que a transição energética está provocando o aumento da fabricação de baterias, principalmente para veículos elétricos, que demanda um avanço do mercado de lítio em nível global. O lítio seria, portanto, um mineral estratégico para o país, essencial à transição energética para energias limpas e para atração de investimentos na cadeia industrial para produção de veículos elétricos.

A medida traz também maior competitividade para demais segmentos industriais consumidores do mineral no Brasil, como, por exemplo, a produção de graxas lubrificantes, maior consumidor atual.

O ministério não informou, porém, quando essas medidas começarão a valer.

Hidrelétrica de Furnas pode voltar a operar com 100% do seu volume útil depois de 11 anos

Especialistas acreditam que o reservatório deva alcançar a capacidade de 768 metros no fim do período chuvoso.

Imagem: EPTV

Depois de 11 anos, a Hidrelétrica de Furnas pode voltar a operar com 100% do seu volume útil. É o que dizem especialistas, que acreditam que o reservatório deva alcançar a capacidade de 768 metros no fim do período chuvoso, em fevereiro do ano que vem.

Furnas chegou a operar com menos de 10% da capacidade em 2011. Nos últimos 10 anos, foram muitas vezes em que o sinal de alerta foi ligado. A água foi ficando longe. Mas agora é diferente.

Estudiosos projetam que o lago pode chegar a 768 metros, ou seja, 100% de sua capacidade, depois de mais de uma década.

“De forma que em 2023 nós estivéssemos em uma situação mais confortável, e é o que está acontecendo agora. Se as chuvas continuarem na intensidade que estão acontecendo, provavelmente nós teremos esses reservatórios em capacidade máxima no final do período de chuvas”, disse o professor de planejamento energético e de engenharia hídrica da Unifei, Carlos Barreira Martinez.

Imagem EPTV

Mais água no lago significa mais clientes para comerciantes e mais emprego para a região. Com a alta do reservatório, o administrador Rogério Oliveira vai precisar contratar mais funcionários para atuar na marina.

“Já estamos com esse projeto para ampliação porque está existindo a demanda, a mesma coisa em relação aos píers também, já está com o projeto e em andamento a ampliação dos píers, com isso aumentando a quantidade de embarcações, o movimento nosso, a tendência, praticamente certeza, a geração de empregos não só na marina, na loja de conveniências”, disse o administrador Rogério Oliveira.

No ano passado, o Lago de Furnas foi poupado pelo sistema de energia elétrica do país, o que possibilitou que o nível permanecesse estável ou até mesmo subindo, o que favorece o preço da energia elétrica.

“Nós podemos entender esse reservatório como uma conta bancária. Imagina que você tem uma conta no banco e você consegue fazer uma reserva razoável, a sua vida fica melhor. Você pode em um período de necessidade sacar aquele dinheiro sem ter que emprestar. O empréstimo no caso do setor elétrico é usar a central termelétrica, que queima petróleo e a conta fica salgada, então à medida que se recuperam esses reservatórios, a nossas tarifas tendem a ficar mais contidas, vamos dizer assim, o preço para o consumidor lá na ponta tem que abaixar”, explicou o professor da Unifei.

A previsão é que em fevereiro, o nível mais alto seja alcançado, mas manter ele cheio depende de muitos fatores.

“Depende de duas coisas, do quanto você tira de água, e de quanta água entra dentro do reservatório, é como a relação da bateria do celular, se eu conectar a bateria do celular na rede e tentar carregar e ficar mexendo na internet, eu nunca consigo encher essa bateria, a mesma coisa vai acontecer com a usina, depende do quanto de água eu coloco no reservatório, do quanto chove na bacia, o regime de chuvas é extremamente importante e depende do quanto essas usinas serão despachadas, como elas vão operar suas turbinas e injetar energia no sistema elétrico”, concluiu o professor da Unifei.

Atualmente Furnas opera em 762,6 metros ou quase 60% do volume útil.

Por EPTV Sul de Minas

Capitólio está entre os 100 melhores destinos responsáveis do mundo segundo fundação holandesa

Capitólio está na lista das 100 Top “Melhores Histórias de Destinos Responsáveis”, concurso promovido anualmente pela fundação holandesa Green Destinations. O resultado foi divulgado na última terça-feira (27), data em que foi celebrado o Dia Mundial do Turismo, na Conferência Anual Green Destinations 2022, em Atenas, Grécia.  A cidade mineira concorria com destinos de todo o mundo. Capitólio foi selecionada com o case da cachoeira da Capivara; Diamantina, com a revitalização do Carnaval. O destino está elegíveis para a segunda fase da competição, o Green Destinations Stories Award. O resultado será divulgado entre 7 a 9 de março na feira ITB Berlin. 

O que é o concurso

 O concurso “100 Melhores Histórias de Destinos Responsáveis” é uma lista anual  de práticas inovadoras e eficazes de destinos que estão progredindo em direção a uma indústria de turismo sustentável e responsável. Desde 2014, a Green Destinations reconhece seus esforços e os coloca no centro das atenções em uma escala global. Os critérios de avaliação são muito rigorosos. São avaliados 84 itens abrangendo seis temas principais: gerenciamento de destino, natureza e Cenário, meio ambiente e clima, cultura e tradição, bem-estar social, negócios e comunicação. Desde a sua criação, apenas dez cidades brasileiras já entram para a seleta lista da Green Destinations. 

Cachoeira sustentável

 Segundo Leandro Maciel Silva, proprietário do Complexo da Cachoeira da Capivara, a indicação da cachoeira da Capivara se deu por meio da prefeitura de Capitólio e programa alemão Del Turismo. “A cachoeira fica em um fazenda que tem piscinas naturais. Nós trabalhamos com energia solar, reciclagem e visitação controlada”, conta o empresário.

A Fazenda Capivara foi uma antiga área de mineração recuperada após 2003, quando foi adquirida pela família Silva. O empreendimento fica às margens da BR-050, no KM 314, e tem uma boa estrutura de visitação. As quedas d’água são formadas pelo ribeirão Capivara e recebem, na alta temporada, cerca de 4.000 a 5.000 visitantes.

“Essa premiação é importante, pois ela faz parte do projeto alemão Dell turismo, que trabalha a sustentabilidade de nosso destino, integrando a população e o poder público em prol de um turismo sustentável. Com essa premiação, sabemos que estamos no caminho certo”, afirma Silva.

Quem também comemora a premiação é o prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva.

“Para gente é uma satisfação muito grande. O que nos fez escolher a cachoeira da Capivara, é porque ela era uma pedreira antigamente, tinha extração de pedra. Com a alteração do plano de manejo do Parque Nacional da Serra da Canastra, todas as pedreiras foram fechadas. O proprietário que adquiriu o local, preservou o espaço e iniciou a exploração turística”, explica.

Segundo Cristiano da Silva, a cachoeira da Capivara é um local que vem sendo construído desde o início visando a sustentabilidade e as normas do ICMBio, porque está dentro da área do parque. “O complexo respeita todas as leis: coleta de lixo seletiva, construções ecológicas, banheiros com tratamento de biodigestor para não agredir o lençol freático”, afirma.

A premiação, destaca ele, vem mostrar que Capitólio tem respeitado e transformado a relação do turismo com o meio ambiente. 

Nove brasileiros

Entre os destinos brasileiros selecionados a “Melhores Histórias de Destinos Responsáveis” na edição 2022 do concurso estão, além de Capitólio, Diamantina, Tibau do Sul (Pipa), Corguinho e Pedro Gomes (MS), Epitaciolândia (AC), Bombinhas, Orleans e Itá (SC).

Gerente desmente ‘fake news’ referente a rompimento da Usina Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra

Na tarde desta quinta-feira (21), uma publicação informando que a ‘barragem de Furnas’ está correndo alto risco de romper, com anexo de uma imagem da Usina em São José da Barra, está circulando na internet e inclusive deixando diversos internautas assustados.

Na montagem é possível observar alguns erros ortográficos, como: ‘’’auto’ risco de romper’’, o qual seria ‘alto’. Usina também está escrito errado, com acento agudo no Ú. Além disso, a escrita ‘interdita-la’ está como ‘interdita lá’.

O gerente de Produção Minas da Usina Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra (MG), Roberto Teixeira Siniscalchi, afirmou para a redação do Jornal Folha Regional que a notícia não procede.

“A empresa Furnas em breve emitirá uma nota desmentindo essa ‘fake news’. Prezamos pela segurança de nossos colaboradores e população ao entorno de nossas unidades operacionais”, informou Siniscalchi.

Alunos da Escola Estadual de Furnas visitam FLIPOÇOS

A Escola Estadual de Furnas em São José da Barra (MG), por meio do Projeto “Educação Fora da Escola” promoveu na última sexta-feira (09), a visita dos alunos do Ensino Médio de Tempo Integral ao Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (MG).

O FLIPOÇOS está inserido no calendário oficial das principais Festas Literárias do Brasil e é considerada a maior Feira do Livro do interior de Minas Gerais e a segunda mais importante de todo o Estado mineiro.

A programação contou com shows, mesas de bate-papo, oficinas, workshop, teatro, música e lançamentos de livros.

De acordo com a direção da escola, o ensino fora da sala de aula não é apenas sair por vários locais para observar coisas. É preciso um planejamento consistente, a fim de que essa experiência possa agregar às propostas de cada turma.

Pesca do pintado será proibida a partir de dezembro em todo o Brasil

A pesca do pintado será proibida em todo o país a partir de 5 de dezembro deste ano. A espécie Pseudoplatystoma corruscans foi incluída pelo Ministério do Meio Ambiente na Lista Oficial das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção, na categoria Vulnerável. O documento atualizado foi publicado em 8 de junho deste ano, mas novos prazos de proibições de captura foram definidos pela pasta.

Segundo a analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Carla Polaz, o pintado foi incluído na lista de espécies ameaçadas porque suas populações foram reduzidas em até 30% no país, em algumas bacias mais como a do Rio São Francisco e do alto Rio Paraná, e em outras bacias menos, como na do Pantanal.

“Por ser um peixe migrador, foram os barramentos [as barragens] que interrompem as suas rotas migratórias a principal causa de redução”, disse. A proliferação de híbridos e a sobrepesca em algumas localidades também prejudicaram a espécie, segundo a analista.

O surubim ou pintado é um peixe de couro de grande porte que pode medir até 1,5 metro e pesar até 50 quilos. Ele é encontrado na bacia do Rio São Francisco e na bacia do Rio da Prata, que engloba vários países (Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e parte da Bolívia). Ele é um peixe de importância pesqueira, principalmente no Pantanal, e muito apreciado na pesca esportiva.

Para outras espécies conhecidas como pintados e surubins (Pseudoplatystoma punctifer e Pseudoplatystoma tigrinum) não houve proibição de pesca, devendo ser respeitadas apenas as legislações vigentes quanto ao defeso e ao tamanho mínimo de captura.

Ameaçados de extinção

De acordo com Carla Polaz, 219 espécies entraram como ameaçadas na última atualização da lista de animais em perigo de extinção. “Isso é bastante preocupante porque revela que os impactos, principalmente antrópicos [pela ação humana], que tornam as espécies ameaçadas, não diminuíram”, disse.

Por outro lado, 220 espécies tiveram melhora, indo para categorias de menor risco do que estavam em 2014, incluindo 144 que saíram da lista.

O ICMBio elabora estratégias de conservação para combater as principais ameaças de extinção, conhecidos como planos de ação nacional. Hoje, há 50 planos de ação para toda a fauna brasileira. O ICMBio é responsável pela avaliação do risco de extinção da fauna, enquanto o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é o responsável pela avaliação da flora.

Das espécies de fauna, 1.249 foram consideradas ameaçadas: 465 estão na categoria Vulnerável; 425 na categoria Em Perigo, 358 estão Criticamente em Perigo e uma está extinta na natureza. Elas são 257 espécies de aves, 59 espécies de anfíbios, 71 espécies de répteis, 102 espécies de mamíferos, 97 de peixes marinhos, 291 de peixes continentais, 97 de invertebrados aquáticos e 275 invertebrados terrestres.

Segundo o ICMBio, o Brasil possui aproximadamente 20% das espécies existentes no mundo, o que faz da Lista Oficial brasileira um dos maiores esforços em avaliação da biodiversidade empreendidos ao nível global.

As espécies constantes da lista ficam protegidas de modo integral, incluindo, entre outras medidas, a proibição de captura, transporte, armazenamento, guarda, manejo, beneficiamento e comercialização. Para a lista da fauna e da flora, as proibições entraram em vigor hoje (6) e para as espécies de peixes e invertebrados aquáticos, elas começam a valer em 5 de dezembro. (Agência Brasil)

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