Jornal Folha Regional

Professores da UEMG entram em greve e pedem reajuste de 71%

A Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) é mais uma instituição em greve no Estado. Desde essa sexta-feira (18/3), professores da UEMG cruzaram os braços para pedir, entre outras pautas, recomposição salarial de 71%, referente à falta de reajustes entre 2012 e 2021.

Outras pautas da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Aduemg) são a incorporação de todas as gratificações ao salário, a implementação de um novo plano de carreira e a não adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que mudaria a carreira do professor.

Também solicita a abertura de editais para ampliar o regime de trabalho de 20 para 40 horas, de acordo com a demanda das unidades. Outro pedido é a contratação de professores substitutos em regime de 40 horas, com isonomia salarial em relação aos efetivos.

A imediata nomeação de professores aprovados em concurso público e a abertura de novos editais convocatórios também são demandas da Aduemg.

“A greve foi votada e aprovada na nossa última assembleia-geral da categoria, que bateu recorde de participação. Teremos uma nova assembleia-geral na próxima terça (22/3), às 14h. Nós também teremos atos gerais e locais na próxima semana. É importante que a categoria permaneça em defesa da universidade pública de Minas Gerais”, disse o vice-presidente da Aduemg, Cássio Diniz, em vídeo gravado no Instagram.

De acordo com Cássio Diniz, a categoria conta com apoio das associações estudantis e de profissionais da educação da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), também ligada ao Executivo Estadual.

Outro lado


Em nota, o Governo de Minas informou que “tramita na Assembleia Legislativa de Minas projeto de lei que prevê o reajuste salarial de 10,06% para todos servidores públicos estaduais. O percentual estabelecido é o que a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento”.

O governo ainda informa que “retirou o regime de urgência do projeto de lei do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para que o texto sobre a recomposição de perdas inflacionárias a todos os servidores de Minas Gerais possa ter a máxima celeridade na avaliação e aprovação”.

Ainda de acordo com a administração pública, “em junho de 2021, foram nomeados 180 professores de educação superior aprovados como excedentes em concurso público para 17 unidades da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). Outros 256 professores foram nomeados em 2020. Além disso, há um concurso em andamento para preencher 56 vagas docentes dos cursos de saúde da unidade de Passos, no Sul de Minas”.

Trabalhadores da Cemig entram em greve nesta segunda

Trabalhadores da Cemig entraram de greve nesta segunda-feira (29) em Minas Gerais. A informação foi repassada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Energética em Minas Gerais (Sindieletro-MG).

De acordo com a associação, o ato se dá pela falta de diálogo com Zema e pela antecipação da privatização da empresa. “A estatal está sendo desmontada pelo governo para ser privatizada e é alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa que aponta várias irregularidades cometidas pelos gestores indicados pelo governador, grande parte deles constituída de paulistas”, afirmou o sindicato em nota enviada à imprensa.

Além disso, o sindicato questiona previlégios que seriam “garantidos à alta cúpula”. Na nota, o sindicato afirma que apoia a CPI da Cemig e que defende o afastamento do presidente Reynaldo Passanezi Filho até que sejam concluídas as apurações.

Nesta segunda, também está marcado um ato o em frente à Sede da Cemig, no bairro Santo Agostinho, a partir das 14h.

Estatal afirma que sindicato rejeitou proposta de reajuste

Em nota encaminhada à reportagem, a Cemig afirma que o Sindieletro-MG “recusou proposta de reajuste salarial superior a 11%” que teria sido oferecida “a todos os seus empregados”.

“O reajuste incidiria sobre salários e benefícios, como vale-refeição e auxílio educação, entre outros. A Companhia ofereceu ainda a manutenção de condições diferenciadas oferecidas a empregados, como pagamento antecipado de 30% dos salários na primeira quinzena do mês e a quitação do pagamento até o penúltimo dia do mês corrente, e não até o quinto dia útil do mês seguinte, como é previsto pela legislação”, diz o texto. 

Ainda, a estatal alegou que “a adesão à paralisação é mínima” e minimizou a greve, declarando não haver “qualquer prejuízo operacional”. 

“A proposta da Cemig foi aceita por 13 dos 16 sindicatos que representam empregados da Companhia. Entre eles, as representações de economistas, engenheiros, advogados, administradores, médicos, psicólogos e programadores, além da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Minas Gerais” , completa.

Caminhoneiros fazem greve em estradas de 15 estados

Um dia após os discursos do presidente Jair Bolsonaro em Brasília e São Paulo, nos quais criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e voltou a defender o voto impresso, caminhoneiros decidiram parar vários pontos de estradas em pelo menos 15 estados, especialmente na região Sul, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Na quarta, 8, um grupo de cem caminhoneiros resolveu bloquear a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e tentou chegar a locais de acesso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso.

De acordo com lideranças da categoria, que não endossam os protestos dos caminhoneiros, as paralisações são organizada por grupos que apoiam o governo.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, que monitora greves da categoria, foram registrados nesta madrugada pontos de bloqueio em rodovias federais em estados como a Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Maranhão. Em Santa Catarina, a mobilização chegou a ameaçar o abastecimento e a Polícia Rodoviária Federal entrou em ação para liberar as estradas.

Segundo a pasta, o movimento é espontâneo. “Não há coordenação de qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e a composição das mobilizações é heterogênea, não se limitando a demandas ligadas à categoria”, informou a pasta em nota.

A pasta disse ainda que não há previsão de que os bloqueios nas rodovias afetem o abastecimento de produtos no país, mas a situação já preocupa as distribuidoras de combustíveis.

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que diz congregar 4.000 empresas do setor, disse em nota que as paralisações poderão causar sérios transtornos, com graves consequências para o abastecimento de produtos, incluindo alimentos, medicamentos e combustíveis. Entidades representativas de caminhoneiros autônomos dizem não apoiar os protestos.

Um dos líderes da greve, Francisco Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, pretendia entregar nesta quarta um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pedindo a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “O povo brasileiro não aguenta mais a forma impositiva que STF vem se posicionando. O povo brasileiro está aqui (Esplanada dos Ministérios) buscando solução e só vamos sair daqui com solução na mão”, disse Chicão, que preside União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), em vídeo que circula pelas redes sociais.

Os caminhoneiros representam uma forte base de apoio do governo. A paralisação da categoria teve início pouco mais de 24 horas após os discursos do presidente Jair Bolsonaro no feriado do 7 de setembro. Em seu pronunciamento em São Paulo, Bolsonaro disse que não cumprirá “ordens” do STF e chamou o ministro Alexandre de Moraes de “canalha”. Observando a multidão que o aplaudia, do alto do palanque montado na avenida Paulista, o presidente reforçou o discurso contra Moraes. “A paciência do nosso povo já se esgotou. Ele que vá cuidar da sua vida. Para nós, ele não existe mais”, afirmou.

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