Jornal Folha Regional

MP oferece nova denúncia e cumpre mandados contra esquema de corrupção na Prefeitura de Guapé

MP oferece nova denúncia e cumpre mandados contra esquema de corrupção na Prefeitura de Guapé - Foto: reprodução
MP oferece nova denúncia e cumpre mandados contra esquema de corrupção na Prefeitura de Guapé – Foto: reprodução

O Ministério Público deflagrou nesta terça-feira (10) a 7ª fase da Operação “Trem da Alegria”. Mais 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O órgão ofereceu nova denúncia contra o prefeito afastado de Guapé, Nelson Lara, e de um empresário, pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva e organização criminosa.

Conforme narra a sétima denúncia, o prefeito afastado recebeu vantagem indevida, na forma de 10 terrenos urbanos localizados em um loteamento no município de Guapé, para facilitar a sua aprovação e instalação, totalizando a propina aproximadamente R$ 500 mil.

Segundo o MP, o empresário denunciado integraria a organização criminosa instalada no âmbito do Poder Executivo prestando serviços ligados a fraudes em licitação e crimes de corrupção.

Em continuidade às investigações, o Ministério Público também cumpriu mais 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Pimenta e Santo Antônio do Monte para dar sequência às apurações do núcleo empresarial.

Prefeitura de Guapé — Foto: Reprodução
Prefeitura de Guapé — Foto: Reprodução

A denúncia foi oferecida por intermédio da Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Originária Criminal (PCO), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, núcleo Varginha, e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público (Sudoeste de Minas Gerais).

Ainda de acordo com o MP, participaram da operação 40 policiais militares, 10 policiais civis, 7 promotores de Justiça e 10 servidores do Ministério Público.

Relembre

O prefeito de Guapé, Nelson Alves Lara, o procurador-geral do município, o diretor-geral do Saae, o gestor de obras e dois empresários foram presos durante a 1ª fase da operação “Trem da Alegria”, realizada em fevereiro deste ano. A ação teve como objetivo combater um esquema de corrupção na cidade sul-mineira.

Segundo o Ministério Público, foram expedidos 38 mandados judiciais, sendo seis de prisão preventiva, seis de afastamento dos cargos e 26 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Guapé e no Rio de Janeiro (RJ).

Os suspeitos são investigados por pelos crimes de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e entrega de veículo automotor a pessoa não habilitada. O MP informou na época que já tinha sido oferecida denúncia contra seis pessoas pela prática de oito crimes.

Segundo as investigações, os denunciados são parte de um “grande esquema de corrupção que se instalou no Município de Guapé”. Segundo o MP, o grupo obtinha, por causa do cargo de prefeito municipal, vantagens indevidas na forma de terrenos de empresários do setor imobiliário.

“Em um primeiro mote há o pagamento de propinas a servidores municipais, sobretudo ao prefeito municipal no âmbito da aprovação e da fiscalização de loteamentos urbanos e rurais. Então se verificou que empresários do setor imobiliário, do setor de loteamentos, pagavam aos funcionários públicos, sobretudo ao prefeito municipal, propina em forma de terrenos para aprovação, para a não fiscalização ou para a realização de algum ato no que se refere a esses empreendimentos imobiliários que dependesse do poder público municipal”, disse o promotor coordenador do Gaeco, Igor Serrano.

Além disso, os integrantes da organização criminosa ocultavam a origem e a propriedade dos bens por meio de operações de lavagem de dinheiro. Paralelamente, eles também utilizavam para proveito próprio os bens públicos.

“Esses bens recebidos como propina via de regra eram colocados no nome de terceiros ou aguardavam no nome do próprio empreendedor até que fosse determinada a passagem deste bem imóvel até um outro destinatário final. A investigação apontou determinados casos concretos que foram até aqui apurados já foram denunciados, tanto em relação aos terrenos identificados, até aqui no número de três, em três empreendimentos diferentes pagos a título de propina, bem como a destinação desses lotes em operações de lavagem de dinheiro”, disse o promotor.

Ainda de acordo com o MP, os denunciados são investigados ainda por fraudes e desvios na execução de contratos administrativos e em licitações.

Prefeito de Guapé é preso em operação do MP contra esquema de corrupção — Foto: Lorena Vale/EPTV
Prefeito de Guapé é preso em operação do MP contra esquema de corrupção — Foto: Lorena Vale

De acordo com o MP, as prisões foram decretadas para garantir a ordem pública e por conveniência da investigação e da instrução processual penal, uma vez que os denunciados planejavam ocultar documentos, combinavam versões e cogitavam atentar contra a vida e a saúde de pessoas de alguma forma envolvidas nas apurações.

“Durante a investigação com uso de técnicas especiais de investigação, nós chegamos à conclusão que determinados investigados membros da organização criminosa estavam planejando atentar contra a saúde e até mesmo contra a vida, não apenas das pessoas que estavam levando essas informações ao Ministério Público, como também contra promotores de justiça”, disse Igor Serrano.

Operação Trem da Alegria

A primeira fase operação “Trem da Alegria” foi realizada no dia 7 de fevereiro pelo Ministério Público por intermédio da Procuradoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, núcleo Varginha, e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público.

Na primeira fase, participaram das diligências 128 pessoas, sendo 5 Promotores de Justiça, 12 servidores do Ministério Público, 57 policiais militares, 45 policiais civis e 9 policiais penais. Foram empenhadas 35 viaturas e 1 aeronave.

No dia 3 de abril, uma nova denúncia foi oferecida e desencadeou a 2ª fase da operação, que cumpriu dois mandados de prisão contra o ex-prefeito Nelson Lara e um empresário, já presos na operação. Além disso, dois afastamentos foram determinados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A segunda denúncia foi feita contra o ex-prefeito de Guapé, Nelson Alves Lara, e um empresário, presos durante a primeira fase da operação, além de um secretário municipal. De acordo com o MP, eles teriam cometido dezenas de crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato.

Segundo o MP, a nova denúncia diz que o prefeito teria registrado em nome do empresário uma área rural de sua propriedade e, por causa das facilidades do cargo e documentos falsos em relação a real titularidade, concorrido para a aprovação de todas as autorizações necessárias para a implantação de um empreendimento de luxo no local.

Ainda de acordo com MP, paralelamente, o prefeito teria feito o uso de recursos públicos para fazer uma obra particular. O MP informou que, por causa disso, uma área rural de pequeno valor foi transformada em área urbana e com valor estimado em mais de R$ 10 milhões.

Diante disto, novas prisões foram decretadas contra o prefeito afastado e o empresário. Nelson Lara e o empresário já estavam presos e somaram mais uma prisão no processo. Também foi determinado novo afastamento do prefeito.

O secretário envolvido nesta denúncia era o responsável pela Secretaria Municipal de Estradas e Transportes. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou o afastamento dele do cargo. Todo o empreendimento foi sequestrado pela Justiça.

Para a reportagem, o atual procurador-geral informou na ocasião que o município “acompanha com atenção os desdobramentos do caso e vem acatando todas as determinações judiciais, de par com a imediata prestação de informações ao Ministério Público para auxiliar nas investigações”. Também disse que o secretário já foi afastado e substituído.

Ainda de acordo com o procurador, as licitações e ordens de fornecimento relativas ao asfaltamento de estradas municipais foram canceladas e abertos novos procedimentos licitatórios.

“A missão do Prefeito Municipal Interino é promover a correção das falhas administrativas apontadas e promover apuração própria sobre os fatos objeto dos processos judiciais. Foram formados grupos de trabalho para verificação da regularidade de aprovações de loteamentos, de diárias, de convênios com entidades do terceiro setor, etc”.

A defesa do ex-prefeito Nelson Lara informou que aguardava acesso aos autos para se manifestar. “Os processos estão divididos em várias etapas e nem todas estão sendo compartilhadas com a defesa”.

Prefeito foi expulso de partido, mas teve mandato mantido

O PCdoB comunicou a expulsão do prefeito Nelson Lara do partido. Em nota, a comissão estadual do partido disse que espera que o procedimento legal seja adotado e todos sejam punidos no âmbito da Lei.

“Sua conduta de extrema infidelidade partidária – seja nos processos eleitorais, bem como na vida cotidiana do partido – demonstrava seu distanciamento dos princípios históricos do PCdoB, de luta em defesa do povo e cuidado com o bem público. Foi motivo para sequer termos registrado o partido na cidade de Guapé”.

No dia 22 de maio, o prefeito Nelson Alves Lara teve o mandato mantido pela Câmara de Vereadores. Preso em Uberlândia, o prefeito participou da reunião por meio de chamada de vídeo. Durante a votação, o prefeito disse que iria provar a inocência dele.

Com o prefeito preso, o vice, Evandro Antônio Oliveira, é quem administra a cidade do Sul de Minas.

O que disse a defesa dos envolvidos

Na ocasião, o advogado Marcus Vinicius Oliveira, que acompanhou a prisão do prefeito de Guapé, disse que a decisão do pedido de prisão preventiva feita pelo desembargador Jolber Carneiro não estava bem fundamentada. Ele informou que não teve acesso aos autos, apenas ao pedido de prisão.

Ainda de acordo com o advogado, o prefeito foi surpreendido com medida de busca e apreensão em sua residência e prisão preventiva. Segundo ele, o prefeito estava tranquilo, seguro e passou voluntariamente a senha e o celular para a polícia. O caso seria assumido por um advogado de Belo Horizonte.

No momento em que era levado à viatura policial, o prefeito falou com jornalistas que estavam no local: “Tudo será esclarecido, tenho certeza”.

O presidente da Câmara de Guapé, Danilo Álvaro da Silva (PCdoB), informou que iria esperar as investigações e o desenrolar da situação para saber mais sobre a prisão. De acordo com Danilo, diante dos fatos, a Câmara Municipal também poderia abrir uma investigação.

Via: G1

Homem é preso após assaltar estabelecimento comercial portando faca, em Guapé

Homem é preso após assaltar estabelecimento comercial portando faca, em Guapé - Foto: divulgação/Polícia Militar
Homem é preso após assaltar estabelecimento comercial portando faca, em Guapé – Foto: divulgação/Polícia Militar

Nesta segunda-feira (2), um homem foi preso após assaltar um estabelecimento comercial portando uma faca, na rua Joaquim Flausino, no centro de Guapé (MG).

Segundo a Polícia Militar, a guarnição foi acionada a comparecer no local, onde a funcionária do estabelecimento relatou que um indivíduo alto, magro e moreno, utilizando de uma faca, anunciou o roubo, levando aproximadamente R$ 500,00 em dinheiro. A mulher disse que após a ação, o autor tomou rumo ignorado.

De acordo com a PM, foi solicitado as imagens das câmeras de segurança e a partir das características físicas, iniciaram o rastreamento. O indivíduo foi localizado nas imediação do Bairro Cândido Barbosa, e com ele, durante as buscas, foi localizado a quantia de R$ 50,00.

Indagado sobre o roubo, após ser cientificado que a polícia possuía as imagens do estabelecimento, o homem confessou o crime, levando a equipe até uma residência. No local, a equipe encontrou as vestimentas e a arma branca utilizadas no crime, bem como a quantia de R$ 560,00 em notas diversas.

Diante do fato o autor foi preso em flagrante delito cientificado de suas garantias constitucionais, conduzido para ACD no Hospital e posteriormente apresentado no primeiro momento na Delegacia de Guapé, para demais providências. A Polícia Militar informou que o referido indivíduo também é apontado como autor de furtos em residências rurais e a estabelecimento comerciais da cidade.

Prefeitura e Codema entregam 500 mudas em projeto social em Guapé

Prefeitura e Codema entregam 500 mudas em projeto social em Guapé - Foto: reprodução
Prefeitura e Codema entregam 500 mudas em projeto social em Guapé – Foto: reprodução

A Prefeitura de Guapé (MG) e o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Codema) iniciaram na última quarta-feira (23), o projeto “Guapé Sustentável – Óleo por árvores”, que consiste na troca de óleo de cozinha usado por mudas. A previsão é distribuir cerca de 500 plantas de espécies nativas e frutíferas da região.

O secretário de Meio Ambiente de Guapé, Marcelo Domiciano Gonçalves, a iniciativa do projeto “Guapé Sustentável: Óleo por Árvores” foi concebida em resposta a dois desafios ambientais críticos que enfrentamos.

“Após um longo período de estiagem, marcado por queimadas e incêndios florestais, a necessidade de reflorestamento tornou-se ainda mais evidente. Com a chegada das chuvas, temos uma oportunidade única de revitalizar nosso ecossistema através do plantio de árvores. Paralelamente, o descarte inadequado de óleo de cozinha representa uma ameaça contínua aos nossos recursos hídricos e solos”, destacou.

De acordo com o secretário, este projeto oferece uma solução prática e sustentável, incentivando a população a reciclar o óleo usado e, em troca, plantar e cuidar de árvores.

“Assim, estamos não apenas prevenindo a contaminação ambiental, mas também promovendo e incentivando o plantio de árvores que contribuem para a melhoria da qualidade do ar, a conservação da biodiversidade, a redução da erosão do solo e o aumento da infiltração de água no solo, além de oferecerem sombra e abrigo para a fauna local.

“Acreditamos que este é um momento crucial para agir com consciência e responsabilidade ambiental, transformando desafios em oportunidades de crescimento e sustentabilidade para Guapé. Convidamos toda a comunidade a participar ativamente desta iniciativa, que promete deixar um legado positivo para as futuras gerações”, completou o secretário.

Conforme explica o presidente da Codema em Guapé, José Augusto de Oliveira Filho, para participar do projeto o interessado deve trazer o documento de identificação com foto e o óleo usado de cozinha para a troca por muda, na sede do Codema, localizado no Bosque Municipal de Guapé, na rua Altivo José da Costa, 384, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h.

“A cada dois litros de óleo, entregue em garrafa PET, o participante recebe uma muda de árvore, que pode ser nativa ou frutífera. A troca está limitada no máximo de três mudas por pessoa, para alcançar o maior número possível de participantes. O óleo coletado será reciclado, evitando a contaminação do meio ambiente”, ressaltou.

Segundo José Augusto, inicialmente, o projeto disponibiliza cerca de 500 mudas, provenientes de recursos próprios, compensações ambientais e do viveiro municipal, que cultiva espécies nativas da região.

“Esperamos que essa ação também atraia empresas interessadas em contribuir, fornecendo recursos para expandir este e outros projetos ambientais”, disse.

Para o presidente, esta ação é fundamental para a preservação ambiental, pois o descarte inadequado do óleo de cozinha pode contaminar recursos hídricos e solos, afetando a fauna e a flora locais.

“O plantio de árvores melhora a qualidade do ar, conserva a biodiversidade e mitiga as mudanças climáticas. A reciclagem do óleo é uma ação urgente e essencial para proteger nosso meio ambiente de danos irreversíveis. Ao reciclar, transformamos um resíduo perigoso em uma oportunidade de preservação ambiental, garantindo a saúde de nossos recursos hídricos e de nossos solos. Não podemos esperar mais para agir, cada litro de óleo de cozinha reciclado faz a diferença agora e para o futuro de Guapé”, destacou.

Segundo informações da prefeitura, além da troca, o projeto promove a integração e o diálogo com os participantes, abordando temas de conscientização, práticas corretas de plantio e experiências de plantios anteriores, sendo uma oportunidade para discutir educação ambiental e incentivar práticas sustentáveis.

As espécies nativas e frutíferas disponíveis incluem ipê amarelo, ipê roxo, ipê Branco, quaresmeira, jatobá, ameixa amarela, acerola, laranja, abacate, marolo, jabuticaba e caju, entre outras.

Para mais informações do projeto e saber a lista completa das mudas, o interessado pode consultar pelo Instagram do Cedema de Guapé (@codemaguapemg) e no Instagram da Prefeitura de Guapé (@prefeituradeguape). (Clic Folha)

Guapé publica 4 editais no valor de R$ 128 mil para setor cultural

Guapé publica 4 editais no valor de R$ 128 mil para setor cultural - Foto: reprodução
Guapé publica 4 editais no valor de R$ 128 mil para setor cultural – Foto: reprodução

A Prefeitura de Guapé (MG) publicou quatro editais para apoio a projetos de iniciativas culturais e artísticas. Segundo a administração, o valor total dos repasses é de cerca de R$ 128 mil, sendo um de R$ 52,3 mil, R$ 20 mil, R$ 30 mil e R$ 25,9 mil, todos pela Lei Complementar nº 195/2022 (Lei Paulo Gustavo), regulamentada pelo decreto nº 11.525/2023. O prazo para inscrições é até 30 de outubro.

Segundo informa a prefeitura, pode se inscrever nos editais o agente cultural maior de 18 anos e que resida no município há pelo menos dois anos.

Conforme consta nos editais, agente cultural é toda pessoa ou grupo de pessoas responsável por criar, produzir e promover manifestações culturais, como artistas, músicos, escritores, cineastas, dançarinos, artesãos, curadores, produtores culturais, gestores de espaços culturais, entre outros.

O 1º edital deve selecionar 13 projetos na categoria expressão cultural/linguagem artística e culinária mineira. O 2º disponibiliza 10 vagas, com valor de R$ 2 mil cada, destinadas a grupos de congadas, moçambiques, capoeiras, mestre da cultura negra, folia de Reis, dentre outros.

Já o 3º é destinado aos espaços, ambientes ou iniciativas culturais para assinatura do Termo de Execução Cultural com o município de Guapé, podendo o agente cultural ser pessoa física ou jurídica com ou sem fins lucrativos. O 4º edital deve selecionar propostas/projetos que visam atender necessidades das zonas periféricas da cidade, incluindo a zona rural.

Segundo os editais, o processo de escolha dos projetos é composto pelas seguintes etapas: inscrições (etapa de apresentação dos projetos pelos agentes culturais); seleção (etapa em que uma comissão analisa e seleciona os projetos; habilitação (etapa em que os agentes culturais selecionados na fase anterior serão convocados para apresentar documentos necessários); e assinatura do Termo de Execução Cultura (etapa em que os agentes culturais habilitados serão convocados para assinar o termo).

Para mais informações e detalhes sobre como se inscrever e sobre as etapas dos editais, o interessado deve procurar a Secretaria de Cultura e Patrimônio Histórico, situada na rua Joaquim Coelho Filho, 122, em frente ao Gato Som.

Reunião

Nesta quarta-feira, 23, a Prefeitura de Guapé promove uma reunião para a apresentação dos editais da Lei Aldir Blanc 2 Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). O encontro acontece nesta quarta-feira, 23, às 17h30, no Clube dos 70.

Segundo a prefeitura, a reunião serve para aprofundar sobre as oportunidades que a nova fase da lei traz para o fortalecimento da cultura no município. “Além da apresentação dos editais, estaremos à disposição para esclarecer todas as dúvidas sobre os processos de participação”, destaca a administração.

Legislação

A Lei nº 14.399/2022 institui a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), baseada na parceria da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios com a sociedade civil no Setor da Cultura, bem como no respeito à diversidade, à democratização e à universalização do acesso à cultura no Brasil.

A PNAB objetiva também estruturar o sistema federativo de financiamento à cultura mediante repasses da União aos demais entes federativos de forma continuada. As condições para a execução da PNAB foram criadas por meio do engajamento da sociedade e o presente edital destina-se a apoiar projetos apresentados pelos agentes culturais. (Clic Folha)

Lar São José fala sobre idosa internada em Guapé e pede apoio para entidade não fechar as portas

Lar São José de Guapé - Foto: reprodução
Lar São José de Guapé – Foto: reprodução

Após a repercussão das informações sobre uma idosa, residente no Lar São José de Guapé (MG), que está internada na Santa Casa do município, a entidade, que acolhe diversos idosos, isentou a responsabilidade sobre a falta de um acompanhante para a senhora Maria Inês Marcelino Santos, de 82 anos. Segundo o Lar, é dever da Santa Casa ou da família se encarregar de um responsável pelo acompanhamento da paciente.

Em nota, a Sociedade de São Vicente de Paulo informou que é habitual que as unidades hospitalares custeiam um acompanhante para pacientes que residem nesse tipo de instituição.

‘’Nos últimos tempos, tem-se tornado corriqueira a exigência por partes dos hospitais, públicos ou privados, conveniados ao SUS – Sistema Único de Saúde, o custeio de acompanhante durante a internação dos idosos acolhidos em nossas Instituições. Todavia, tal exigência, além de carecer de fundamento legal, nos impõem um enorme dispêndio financeiro, escoando o dinheiro que poderia ser revertido na melhoria das condições de saúde e bem-estar dos nossos acolhidos. É notório que o repasse de verbas públicas às nossas ILPI – Instituições de Longa Permanência de Idosos, tem sido cada vez menor, ou seja, o Estado tem deixado de contribuir para o exercício de uma atividade de sua competência’’, informou a sociedade.

De acordo com o movimento católico, de modo geral, é responsabilidade dos órgãos públicos da saúde encontrar formas que permitam a presença adequada de acompanhantes a pacientes com idade igual ou superior a 60 anos.

‘’Sendo a saúde direito de todos, é competência dos órgãos e entidades públicas da área de saúde, dentro da Política Nacional do Idoso, prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde desse segmento da população. Em razão dessas imposições constitucionais, o Ministério da Saúde definiu a obrigação dos hospitais públicos e conveniados com o SUS de viabilizar meios que permitam a presença de acompanhantes de pacientes idoso quando internados, o que abrange acomodações adequadas e fornecimento de refeições’’, frisou a Sociedade de São Vicente de Paulo.

A Tesoureira do Lar São José, Kelly Oenning, reafirmou que é encargo da Santa Casa e da família disponibilizar um acompanhante para a paciente Maria Inês e para qualquer outro idoso ou idosa residente da entidade, visto que o Lar não possui verba para custear uma pessoa que possa acompanhar a paciente.

’Ela (Maria Inês) ficou doente em agosto, nós a levamos para Passos (MG). Tivemos um médico, ele nem cobrou a consulta dela, que ficou quase um mês internada, pagando. Nós gastamos mais de dez mil reais com ela. Tudo dinheiro de doação, só que agora o dinheiro de doação acabou. Nós fomos atrás das Obras Unidas para saber como resolver (sobre o caso da paciente). Quando você entra no Lar, você tem um contrato. A responsabilidade do Lar de ficar com o idoso é até a internação dele na Instituição de saúde. Internou é responsabilidade da família. Se não tem família, é responsabilidade da Santa Casa. Nós fizemos reuniões com a presidente da Santa Casa, já conversamos, já pedimos, tentamos entrar em um acordo com ela. Isso é uma nova necessidade que surgiu, porque o Lar não tem mais dinheiro para poder pagar”.

Kelly relata que atualmente a entidade acolhe 33 pessoas, sendo cuidadas apenas por uma técnica e uma cuidadora diariamente, portanto é impossível retirar uma profissional para acompanhar uma paciente no hospital.

‘’Deixamos uma cuidadora até que ela seja atendida na Santa Casa. Precisou internar, quando a pessoa tem familiares, vai para lá, quando não tem, a gente às vezes pede doação, só que agora a gente não tem dinheiro para isso. Nós fomos ver, todas as outras unidades dos lares, nas internações nos hospitais, tem uma aula especial, que cuida dessas pessoas. Aqui tem que criar essa condição, porque agora surgiu a necessidade disso’’.

A tesoureira diz que nenhum residente do Lar, que é internado na Santa Casa, incluindo Maria Inês, é abandonado.

‘’Já tem um voluntário com ela (Maria Inês), que é a Beatriz. Nós dependemos disso, essa é uma realidade, o poder público tem que ajudar. Eles não ficam abandonados lá, de forma alguma. A Dona Inês está sob os cuidados médicos, tudo certinho, as enfermeiras estão cuidando super bem dela, desde a atenção necessária até o banho. Nós fazemos tudo dentro das normas. Esses dias a Santa Casa estava fechada para visitas por causa da Covid. Então a gente vai até a portaria e pede. A responsabilidade do Lar é até o momento que o paciente é internado, depois é da família, do Poder Público ou da Santa Casa. Os hospitais de outras cidades, têm uma ala para isso, é uma nova necessidade que a Santa Casa tem que adequar’’.

Kelly informou que a residente Maria Inês não gosta de sair do lar, por isso fica triste quando há essa necessidade.

‘’Ela mora no Lar há mais de 20 anos, então todas as vezes que ela sai do Lar, mesmo estando acompanhada, ela chora porque quer voltar, ela se sente feliz lá. Ela foi para o Lar há mais de 20 anos, andando com as próprias pernas. Foi ela quem pediu para ser moradora de lá. Então ela adora, é uma pessoa alegre, feliz, muito boa. Hoje mesmo o presidente, que é o Geraldo, foi lá para ver ela. A dona Inês conversou, contou caso, ela está bem. Só é aquela coisa de idoso, porque quem mora em lares se sente abandonado pelas pessoas, pela família, isso é um grande problema, é um dilema sério. Então nós estamos promovendo muitas festas e atividades para que eles se sintam mais amados. Estamos fazendo aula de pintura, tem missa, aula de educação física. Então estamos fazendo a nossa parte’’.

Kelly diz que o Lar se sustenta com o salário dos acolhidos e com doações. Segundo a tesoureira, parte dos internos recebem R$1.412,00 de aposentadoria ou pensão e a outra parte ganha R$600,00 de LOAS.

‘’70% do salário é para manutenção do Lar, como funcionários, alimentação, luz, água. 30% é para despesas com fraldas, remédios, despesas pessoais. Então o Lar vive doação, porque é impossível, a conta não fecha. A folha de pagamento é R$39.000,00 mensais, o que entra deles (dos internos) dá mais ou menos R$25.000/R$26.000. A prefeitura contribui com a subvenção, mas mesmo assim, a gente depende muito das doações. Igual supermercado, desde quando entramos, em maio de 2024, nós não pagamos mais, pois ganhamos tudo. Nós vamos atrás, estamos fazendo um trabalho bacana lá. Com as Obras Unidas, estamos tentando corrigir. Estamos fazendo um trabalho de formiguinha. Tentando elevar a autoestima deles’’.

Kelly relata, que devido a alguns ex-funcionários do Lar São José, ela têm sido atacada pela população.

‘’Eles não deram conta do trabalho, da forma que a gente solicitou, do acompanhamento, das mudanças que a gente queria, e pediram demissão. Isso aí é complicado porque dói nas pessoas. Mas a gente está tentando fazer um trabalho muito bom. Isso qualquer um pode ver, você pode olhar aí do Facebook do Lar. A gente procura mostrar tudo, para as pessoas se envolverem, se motivarem, ajudarem. Por exemplo, tem gente que acha que não pode ajudar: ‘ah, eu não tenho nada’. Mas se tem um maracujá em casa, que ele leva para o Lar, a gente faz um suco pra eles. Então todo mundo pode ajudar, esse é o nosso trabalho, nós tentando fazer’’.

O Lar está de portas abertas para visitas e pedimos a população para que contribua, pois a diretoria está lutando para não fechar as portas da entidade e os idosos serem encaminhados para as cidades vizinhas.

Quem puder e tiver o desejo de contribuir com qualquer valor será de grande ajuda.

SICREDI
C/C 38917/0
Agência 0218

PIX CNPJ: 19 093 392 0001 09

Nova subestação da Cemig reforça sistema elétrico no Sul de Minas

Nova subestação da Cemig reforça sistema elétrico no Sul de Minas - Foto: divulgação/CEMIG
Nova subestação da Cemig reforça sistema elétrico no Sul de Minas – Foto: divulgação/CEMIG

Com investimento de R$ 29 milhões da Cemig, o Sul de Minas recebe mais uma subestação de energia (SE), que vai reforçar o sistema elétrico da região.

A nova SE Guapé 2 proporciona uma oferta adicional de 15 MVA ao sistema e vai beneficiar diretamente os municípios de Guapé e Ilicínea, além de contribuir para o alívio da carga e melhoria do fornecimento em Boa Esperança, fomentando a geração de emprego e renda.

O Gerente de Expansão e Manutenção da Alta Tensão da Distribuição Leste, Ramon Cavalini Furiati, destaca que esse investimento tem alta relevância para o município e para a região, pois otimiza significativamente os níveis de tensão e possibilita novos empreendimentos, garantindo a qualidade do fornecimento e o atendimento aos atuais e futuros clientes.  “A companhia está ampliando a disponibilidade, a confiabilidade e a segurança na oferta de energia, contribuindo para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Além disso, o sistema elétrico fica cada vez mais robusto e resiliente, capaz de suportar as novas demandas da população”, afirma o engenheiro da companhia.

Maior plano de investimentos da história

A instalação da nova SE e as obras de ampliação da infraestrutura de linhas e redes de distribuição energia no município de Guapé fazem parte de um volumoso pacote de obras. Por meio do Programa de Desenvolvimento da Distribuidora (PDD), a Cemig está investindo R$ 23 bilhões na rede de distribuição que atende mais de 9 milhões de clientes em todo o Estado até 2027.

Esse é o maior plano de investimentos da história na Cemig e contempla a construção de novas unidades e modernização de subestações existentes, totalizando mais de 200 entregas pelo Programa Mais Energia, além da conversão de cerca de 30.000 km de redes elétricas rurais monofásicas em redes trifásicas pelo Programa Minas Trifásico, instalação de dupla alimentação nos municípios, regularização do fornecimento de energia e instalação de medidores inteligentes.

Guapé renova 70% da Câmara e pede que reeleitos possam eleger o mais votado como presidente da Casa Legislativa

Guapé renova 70% da Câmara e pede que reeleitos possam eleger o mais votado como presidente da Casa Legislativa - Foto: arquivo pessoal
Guapé renova 70% da Câmara e pede que reeleitos possam eleger o mais votado como presidente da Casa Legislativa – Foto: arquivo pessoal

Após o maior escândalo de corrupção em Minas Gerais, guapeenses estão esperançosos com os novos vereadores eleitos para a gestão 2024/2028 e espera que presidência da câmara seja ‘renovada e jovem’.

Dos nove vereadores que ocuparão as cadeiras da Câmara Municipal, seis são novos e apenas três reeleitos, o que fez com que aumentassem as expectativas dos munícipes para uma nova Guapé.

Confira como ficou:

  • Rafael (UNIÃO) – 588 votos – 7,04% (NOVO)
  • Nena (PL) – 515 votos – 6,17% (REELEITO)
  • Nenzão do Santo Antônio (PSDB) – 454 votos – 5,44% (NOVO)
  • Luiz Fernando Enfermeiro (PP) – 431 votos – 5,16% (NOVO)
  • Divininho Donato (UNIÃO) – 387 votos – 4,64% (NOVO)
  • Pedro Barateiro (PL) – 378 votos – 4,53% (NOVO)
  • Leilamilton Dedei da Araúna (PSDB) – 270 votos – 3,23% (REELEITO)
  • Rapha Fotografias (PSD) – 207 votos – 2,48% (NOVO)
  • Everton Assistente Social (PSD) – 206 votos – 2,47% (REELEITO)

Kennedy Rafael Dutra Fernandes é um exemplo de ‘cara nova’ no legislativo. Ele é do União Brasil e foi eleito com 588 votos válidos, sendo o vereador mais votado nessa última eleição em Guapé. Com 32 anos, essa é a terceira vez que Rafael se candidata, as outras ele ficou como suplente.

Rafael, como é mais conhecido, afirma saber o grande desafio que será esses quatro anos.

‘’O momento será de união de uma nova câmara e atender o mais rápido todas demandas do município, temos que resolver urgente o problema da falta de água no município e também pela qualidade e pelo preço abusivo que é cobrado da população. Mais estarei 100% dedicado à casa legislativa fiscalizando o município e buscando recursos para atender as demandas da população’’, frisa Rafael.

Guapé renova 70% da Câmara e pede que reeleitos possam eleger o mais votado como presidente da Casa Legislativa - Foto: redes sociais
Guapé renova 70% da Câmara e pede que reeleitos possam eleger o mais votado como presidente da Casa Legislativa – Foto: redes sociais

Rafael diz que ele e os demais vereadores eleitos trabalharão juntamente com o executivo para fazer a mudança acontecer no município.

‘’Guapé tem muito a ganhar, tanto no executivo quanto no legislativo, foi feita uma mudança muito significativa, hoje a câmara conta com 6 vereadores novos, com muita vontade de trabalhar em prol da população, e vale ressaltar que os 3 vereadores reeleitos são pessoas que irá contribuir muito também para desenvolvimento que Guapé precisa e merece’’.

Assim como a população, Rafael afirma a necessidade da reconstrução de Guapé, que carece de atenção em todas as áreas.

‘’Hoje Guapé precisa se reconstruir, infelizmente estamos parado no tempo, temos uma estrutura gigantesca a explorar, lógico que com muita responsabilidade, mas existem inúmeros desafios, e acredito muito que com o time que foi escolhido aos poucos vamos conseguir vencer cada etapa’’.

Rafael agradece aos 588 votos e promete protagonismo no legislativo.

‘’Gostaria primeiramente de agradecer a Deus, e a população de Guapé que confio em mim dando a oportunidade de representá-los, e ainda tendo a honra de ser o vereador mais votado nessas eleições, gostaria de agradecer a equipe do Jornal Folha Regional pela oportunidade em está falando um pouco sobre as eleições, e quero aqui também parabenizar ao novo prefeito eleito Thiago Câmara e sua vice Maria Áurea, e todos outros vereadores eleitos, que Deus nos abençoe e que possamos fazer a diferença para Guapé evoluir cada vez mais, eu amo essa cidade e quero muito contribuir para o desenvolvimento e crescimento. Um grande abraço a todos atenciosamente Kennedy Rafael Dutra Fernandes’’.

Lavouras de café são queimadas por fogo que castiga a Serra do Macaco, entre Ilicínea e Guapé

Lavouras de café são queimadas por fogo que castiga a Serra do Macaco, no Sul de Minas — Foto: Reprodução
Lavouras de café são queimadas por fogo que castiga a Serra do Macaco, no Sul de Minas — Foto: Reprodução

Lavouras de café estão sendo destruídas pelas chamas que castigam a Serra do Macaco, entre Ilicínea e Guapé (MG). Só um dos produtores perdeu uma plantação com nove hectares. Segundo especialistas, os prejuízos vão durar anos. Do começo do ano até agosto, foram mais de 20 mil incêndios registrados em Minas Gerais.

Seu Edilar cultiva café há mais de 50 anos. Já passou por geada, falta de chuvas e neste ano as queimadas.

O meu irmão ligou que tinha vista a fumaça e nós viemos correndo e aí nós acionamos a família, todo mundo, os amigo, primo, veio vizinho, todo mundo, juntou aqui umas 50 pessoas ou mais. Aí eu acionei também a Polícia Militar no grupo e eles mandou, o prefeito da nossa cidade de Guapé mandou aqueles brigadistas, que veio, deu um apoio, mas foi mais por um consolo, pra nós não falar que deixou queimar do jeito que quis. Nós tentamos, mas um fogo da natureza que ele foi aqui, só Deus pra acertar”, disse o produtor Edilar Antônio Lima.

“Muito ruim, porque aí nós já tá com mais de 120 dias de seca de novo, a expectativa é que está todo mundo aí, ansioso, todo mundo pensativo”.

Na lavoura do Fernando, também na Serra do Macaco, os impactos foram ainda maiores. Dos 19 hectares de área plantada, nove viraram cinza.

“Desses novos hectares atingidos, 4,5 seria de produção para o ano que vem que que eu tive nada nada em cima uma produção de 350 sacas, que eu não vou ter ela mais e eu tinha uma lavoura que a gente esqueletou esse ano, que daria para o ano de 2026, a produção, que é mais ou menos a mesma quantidade e eu também não vou ter, então o meu prejuízo é muito grande. Eu não tenho a de 2025 e eu não tenho a de 2026”, disse o produtor de café Fernando Rodrigo Benjamin.

Lavouras de café são queimadas por fogo que castiga a Serra do Macaco, no Sul de Minas — Foto: Reprodução
Lavouras de café são queimadas por fogo que castiga a Serra do Macaco, no Sul de Minas — Foto: Reprodução

“Sinceramente, agora não sei. Vamos começar de novo, do zero. E Deus é bão E sabe o que faz”.

E para que a lavoura volte a ter produtividade, pode demorar três anos ou mais.

“Para uma lavoura, às vezes mais velha, mais adulta, às vezes é possível recuperar, a gente faz uma poda drástica, corta essa lavoura embaixo, às vezes tem chance dessa lavoura se recuperar. O produtor vai ter que fazer novamente o equilíbrio nutricional daquele solo, repor os nutrientes daquele solo e vai ter um prejuízo inicial ali da matéria orgânica, que foi queimada, de micro-organismo, mas essa parte logo se recupera”, explicou o agrônomo Lucas Bartelega.

Desde domingo, militares do Corpo de Bombeiros, brigadistas e voluntários tentam conter as chamas que se espalharam pelas áreas rurais de Guapé e Ilicínea. Os trabalhos agora são para impedir que o fogo chegue ao Parque do Paredão, em Guapé.

“A gente recebe vários turistas, economicamente ele é muito importante, é cultural nosso visitar essa cachoeira que é muito linda. Também é uma área de preservação permanente lá, a gente tem as APPs lá, a gente quer proteger o máximo possível pra também não afetar a cachoeira, esse bem que a gente tem aqui no nosso município”, disse o secretário de Meio Ambiente de Guapé, Marcelo Gonçalves.

Via: G1

Corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos: Câmara divulga relatório de prefeito de Guapé; julgamento acontece em novo horário

Corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos: Câmara divulga relatório de prefeito de Guapé; julgamento acontece em novo horário - Foto: redes sociais
Corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos: Câmara divulga relatório de prefeito de Guapé; julgamento acontece em novo horário – Foto: redes sociais

Em um caso chocante que tem abalado a pequena cidade de Guapé (MG), o atual prefeito, Nelson Lara Alves, enfrenta acusações de corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos. As alegações vieram à tona após uma denúncia formal apresentada pelos cidadãos Mariel Marley Marra e Thiago Sávio Câmara, levando a uma investigação detalhada pela Câmara Municipal.

Segundo o relatório da investigação, o prefeito é acusado de nomear três de seus amantes para cargos de assessoria sem que eles exercessem efetivamente suas funções públicas, servindo apenas como acompanhantes de luxo nas viagens e eventos particulares do prefeito.

Os nomeados são Júnior Antônio de Jesus Bolivar Seijas, como assessor especial do governo, Luis Guillermo Cova Leon, como superintendente do programa Mais Genética, e Daniel Alves dos Santos, como assessor de comunicação social.

A investigação revelou também o uso indevido do veículo oficial da prefeitura, um Jeep Commander, que era frequentemente utilizado para fins pessoais, incluindo passeios e até viagens a cachoeiras com os assessores nomeados. Transcrições de captações ambientais indicam conversas entre os envolvidos que sugerem relações íntimas e impróprias para o contexto profissional.

Além disso, evidências apontam para a solicitação fraudulenta de diárias de viagem para cobrir despesas pessoais, como a compra de um telefone celular, IPhone, da marca Apple, sem a realização efetiva das viagens pretendidas.

Segundo a denúncia, o caso levanta sérias questões sobre o abuso de poder e a corrupção no nível municipal, destacando o desrespeito aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade que devem reger a Administração Pública.

Após quase 90 dias desde o protocolo do pedido de cassação, o relatório final da comissão processante anexado ao processo recomenda a cassação do mandato do prefeito considerando que todos os fatos denunciados estão comprados pelas investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), inclusive por meio de escutas.

Relatório

O relatório, divulgado pela Câmara Municipal, mostra diálogos gravados por captação de áudio, entre o prefeito e os contratados.

Em uma das gravações, Nelson Lara, diz a Daniel, que ele, como prefeito, pode ter ”quantos assessores quiser”, ainda que estes não desempenhem qualquer função, já que isso é prerrogativa do cargo público que ele exerce. Na conversa, o acusado ainda diz que levaria um dos assessores para uma viagem, que serviria de manicure, maquiador e cabeleireiro.

Em outro diálogo, Junior relata o interesse em adquirir um aparelho celular iPhone, da marca Apple, mas foi impedido por outra servidora pública: ”Como vamos justificar um IPhone para o gabinete?”. Posteriormente, Nelson diz: ”A gente compra de outra maneira, de outro jeito. É melhor assim. Dá uma diária para você e você compra um [IPhone]”.

As diversas captações mostram, possivelmente, ilegalidades na atuação de Nelson como prefeito de Guapé. Veja todos os diálogos anexados mais a baixo .

Mudança de horário

Câmara Municipal de Guapé - Foto: reprodução
Câmara Municipal de Guapé – Foto: reprodução

O julgamento, que está marcado para a próxima quarta-feira (22) na câmara municipal de Guapé, aconteceria á 13h, mas a pedido do presidente da comissão processante, o vereador Leilamilton Teixeira, foi remarcado para ás 15h.

Se o mandato for cassado, Nelson Lara Alves ficará inelegível por oito anos a partir do dia 1° de janeiro de 2025.

Confira o relatório completo

Câmara de Vereadores votará cassação do prefeito preso Nelson Lara na próxima semana

Nesta quinta-feira (16), o vereador Leilamilton Teixeira, realizou uma transmissão ao vivo para informar sobre o andamento da cassação de Nelson Lara, prefeito de Guapé (MG). Leilamilton é presidente da comissão processante, instaurado em face de denúncia contra Nelson.

Indagado pela população sobre o porque da demora do processo, o vereador informou que houve diversos obstáculos que impediram o andamento da ação, um deles seria a distância de onde o prefeito está preso e o município de Guapé.

”Nelson está preso lá em Uberlândia (MG), tivemos que intimar ele lá. Mandamos a papelada, foram muitos papéis, mas o presídio não aceita acima de três folhas. Tivemos que trazer tudo de volta, refazer e mandar novamente”, disse o vereador.

O vereador disse que a comissão tem até o dia 2 de julho para finalizar o processo, além disso, afirmou que existem diversas etapas que devem ser seguidas.

Leilamilton informou que a audiência e votação para a cassação de Nelson, deve acontecer na próxima quarta-feira (22).

”Ainda vai sobrar quarenta e cinco dias de prazo, se houver algum imprevisto, ainda dá para recuperar e resolver o que tiver que ser resolvido”, informou.

Oitiva de Nelson Lara

A audiência com a Comissão Processante – Oitiva de Nelson Lara, aconteceu no dia 2 de maio, onde participaram a relatora, vereadora Jacenir Souza Miranda, o presidente, Leilamilton Teixeira e o membro, vereador Éverton Gonçalves de Oliveira, que por motivo desconhecido, não participou. Esteve presente o advogado que acompanha o processo, Dr. Edmar Brandão Luciano.

Ao ser questionado sobre a veracidade das denúncias, o prefeito negou todas as acusações.

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