Resolução da ANA que estabelece novas normas para Furnas entra em operação no Sul de MG – Foto: reprodução
Começou a valer desde a última segunda-feira (2) a resolução da Agência Nacional de Águas (ANA), que orienta como será feita a operação em alguns reservatórios do país, incluindo o de Furnas, em São José da Barra (MG).
A resolução 193 da ANA divide o ano em dois períodos: o úmido, que vai de dezembro a abril, que é uma época de chuvas mais intensas, e tem também o seco, que é o considerado de poucas chuvas entre maio e novembro, que é quando o Lago de Furnas começa e costuma diminuir a vazão e o volume.
Para essa resolução funcionar, foram criadas faixas de operação que devem ser respeitadas pelos reservatórios:
Na faixa de operação normal, quando o nível de água for igual ou superior a 50% do volume útil, a cota 762 será a cota mínima e não haverá restrição de vazão;
Na faixa de operação de atenção, quando o nível de água do reservatório for igual ou superior a 50% do nível de água do reservatório a 20% do volume útil, a vazão média mensal será de 500 metros cúbicos por segundo;
Já na faixa de operação de restrição, quando o reservatório estiver com o nível crítico menor que 20%, igual ou superior a 0% do volume útil, a vazão média mensal será de 400 metros cúbicos por segundo.
Essa resolução vai dar um indicativo de quais são os estados de alerta que as empresas devem adotar em função da quantidade de água que passa pelas usinas, ou seja, em um patamar a hidrelétrica tem uma liberdade de geração porque tem bastante água.
No segundo patamar, que tem que tomar um pouco mais de cuidado porque os reservatórios estão sendo esvaziados e também o estado de alerta quando os valores são muito baixos.
Durante o nível crítico, a ANA estabelece ainda que é preciso buscar o atendimento aos usos múltiplos da água e recuperar o nível da água para a operação de atenção.
Com essa resolução, ficam claro quais são os patamares de vazão que vão existir ao longo do ano e a sociedade passa a ter uma garantia de que ela nunca vai ter grandes vazões ou vazões muito baixas, dando uma segurança jurídica tanto para as empresas operadoras do sistema quanto também para o Operador Nacional do Sistema Elétrico brasileiro.
Funcionários de Furnas são rendidos por cerca de 8 assaltantes na Hidrelétrica em Planura – Foto: divulgação/Polícia Militar
Cerca de oito assaltantes com armas longas e lunetas renderam sete funcionários e dois vigilantes de Furnas na Usina Hidrelétrica de Porto Colômbia, por volta de 1h desta quarta-feira (10), em Planura (MG).
Os criminosos carregaram um caminhão com ferramentas, bobinas de cabo de cobre — cada uma avaliada em R$100 mil —, além de outros materiais. Entretanto, não conseguiram dar partida no veículo e o abandonaram no local.
Os indivíduos fugiram levando um revólver calibre .38, um colete balístico, celulares e um veículo Onix de cor prata. O carro foi posteriormente localizado pela polícia.
A Polícia Militar está realizando buscas para tentar localizar os assaltantes. Próximo à Conceição das Alagoas, segundo informações da polícia, um veículo furgão furou um bloqueio de viaturas.
Eletrobras realiza simulado de evacuação em São José da Barra e Capitólio – Foto: reprodução
A Eletrobras vai realizar simulados de evacuação da Usina de Furnas nas Zonas de Autossalvamento (ZAS), as áreas próximas à barragem da usina, das cidades de São José da Barra (MG) e Capitólio (MG), nos dias 20 e 21 de março, em parceria com as Defesas Civis municipais e estadual. O objetivo é orientar e treinar a população sobre as medidas a serem tomadas no caso de uma evacuação de emergência.
“A participação da população da ZAS no simulado do PAE da Usina de Furnas é fundamental para que todos fiquem seguros quanto às ações a serem tomadas em uma eventual evacuação de emergência, mas ninguém precisa se preocupar. As estruturas da barragem da Usina de Furnas são seguras e constantemente monitoradas, inspecionadas e fiscalizadas. Atualmente, o empreendimento se encontra operando normalmente, sem qualquer anomalia que implique em risco para a usina ou para as comunidades do entorno”, afirma o coordenador do PAE pela Eletrobras Furnas, Cristiano Simão.
Os simulados são mais uma etapa da implantação do plano de Ação em Emergências (PAE), uma medida da Lei Nacional de Segurança da Barragens que visa proporcionar mais segurança à população na região do empreendimento. A Usina de Furnas funcionará normalmente durante os simulados do PAE.
As torres sonoras do sistema de comunicação do PAE vão tocar nos horários determinados e placas de sinalização vão indicar as rotas que a população deve seguir até os pontos de encontro, onde equipes da Eletrobras e da Defesa Civil vão receber os moradores e tirar dúvidas. As equipes também vão auxiliar o público no download e uso do aplicativo Alert Indivíduo, criado para facilitar a comunicação entre a empresa e a população vizinha de seus empreendimentos.
Além da UHE Furnas, a Eletrobras Furnas implanta o PAE em outras 11 usinas hidrelétricas e uma subestação.
Serviço: simulado de evacuação do Plano de Ação em Emergências da Usina de Furnas
Local: São José Barra
Data: 20/03
Horário: 15h30
Ponto de Encontro 1: Praça da Matriz São José Operário – Centro
Ponto de Encontro 2: Casa de Visita da Usina de Furnas – Bairro Furnas
Serviço: simulado de evacuação do Plano de Ação em Emergências da Usina de Furnas
Local: Capitólio
Data: 21/03
Horário: 9h
Ponto de Encontro 5: Escola Estadual Modesto Antônio de Oliveira – Centro
Ponto de Encontro 6: Praça José de Melo Soares – UAITEC – Centro
Um anúncio recente da Eletrobrás gerou indignação e preocupação entre eletricitários brasileiros. A direção da empresa comunicou ao mercado que iniciou estudos para incorporar sua maior subsidiária, Furnas, como parte de um “plano para simplificar estrutura societária e governança, em meio aos trabalhos de reestruturação da empresa após a privatização”. Essa medida tem gerado forte oposição, com sindicatos e eletricitários de todo o país unindo forças para protestar contra o que consideram um ataque à história e à memória do Brasil.
Os eletricitários, representados pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), denunciaram, em boletim publicado na última segunda-feira (18), essa decisão como “o apocalipse da história que Furnas construiu” e “o fim da memória de um dos maiores casos de sucesso da história do Brasil”. Eles alegam que os interesses puramente financeiros dos privatistas estão prevalecendo sobre o valor histórico e cultural de Furnas.
Furnas foi criada em 1957 por um decreto do então presidente Juscelino Kubitschek para resolver a crise energética que ameaçava o abastecimento das principais cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O projeto envolveu a construção da primeira hidrelétrica de grande porte do Brasil, a Usina de Furnas, com uma capacidade de 1.216 MW. No entanto, essa conquista veio com um alto custo para as comunidades locais, com desapropriações, perda de terras férteis, gado e plantações, e o deslocamento de famílias inteiras.
Ao longo dos anos, a relação com o Lago de Furnas mudou, e hoje ele é visto como um orgulho para os mineiros, com múltiplos usos, incluindo turismo, agricultura, navegação, psicultura, irrigação e outros. No entanto, os eletricitários alertam que esses usos múltiplos da água estão ameaçados, especialmente devido à possível modificação da Usina de Furnas para Produtor Independente de Energia.
Com o fim iminente de Furnas pela direção da Eletrobrás, a chamada “Cota 762” pode estar em perigo, assim como os contratos de royalties da água dos municípios. Isso não só representaria um grande prejuízo para o povo mineiro, mas também um golpe na memória afetiva de figuras históricas como Juscelino Kubitschek, John Cotrim e Itamar Franco.
Furnas é a maior subsidiária da Eletrobrás, com presença em 15 estados e no Distrito Federal, e capacidade instalada de geração de mais de 18 GW a partir de fontes hidrelétricas, gás natural, eólica e solar. A empresa também se destacou na produção de hidrogênio verde, resultado de projetos de P&D em curso há dois anos na hidrelétrica de Itumbiara (MG/GO).
Os eletricitários enfatizam que o fim de Furnas representa um revisionismo histórico de Minas Gerais e do Brasil, e que a luta contra essa medida está apenas começando. Eles já iniciaram contatos com parlamentares, movimentos populares, prefeitos e advogados especializados em regulação e direito societário e empresarial. O Coletivo Nacional dos Eletricitários promete tomar as ruas e as redes sociais em defesa de Furnas, de Minas e do Brasil, afirmando que “só a luta salva”.
Mesmo com o dobro da vazão nas comportas, o nível no reservatório de Furnas aumentou e atingiu 766,71 metros na última segunda-feira, o que corresponde a 89,52% do volume útil, segundo boletim diário do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A hidrelétrica abriu o vertedouro, na sexta-feira, 13, com vazão de 500 metros por segundo (m³/s) e, segundo informações divulgadas por Furnas nesta segunda, o volume vertido havia subido para 1.000 metros por segundo.
Além de Furnas, também foram abertas as comportas das usinas de Mascarenhas de Moraes (Peixoto), Luiz Carlos Barreto de Carvalho (Estreito), Marimbondo e Porto Colômbia, conforme determinação do ONS em decorrências das fortes chuvas que atingem a bacia do Rio Grande. Em Porto Colômbia, o vertedouro foi acionado no último dia 9
De acordo com informações de Furnas, a usina está operando, conforme despacho do ONS, com uma geração média de 875 MW, cerca de 72% da sua capacidade instalada, que é de 1.216 MW. Em Peixoto, o vertedouro foi aberto com 120 m³/s para controle de nível de reservatório. Atualmente, a vazão está em 1.500 m³/s. Até o dia 16, o reservatório estava com 664,46 metros, com volume útil de 84,16%. A usina está operando com geração média de 326 MW, cerca de 68% da sua capacidade instalada, que é de 478 MW.
Em Estreito, o vertedouro foi aberto 1.000 m³/s, na sexta-feira, e a vazão subiu para 1.300 m³/s até segunda, quando o reservatório estava com 620,59 metros, o que corresponde a um volume útil de 51,77%. A usina está operando com geração média de 737 MW, cerca de 70% da sua capacidade instalada que é de 1050 MW.
Em Porto Colômbia e Marimbondo, as vazões, até segunda-feira, estavam em 2.600 m³/s. 2.900m³/s, respectivamente. (Clic Folha)
As constantes chuvas que atingem a região nas últimas semanas têm contribuído para o aumento do nível do Lago de Furnas. Sendo assim, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela programação energética das unidades geradoras brasileiras, determinaram a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Furnas, situada em São José da Barra (MG), em 500 m3/s para controle de nível de reservatório.
As oitos comportas foram abertas às 12h desta sexta-feira (13) e reuniu uma grande quantidade de pessoas no local. A previsão para fechamento é às 16h, podendo estender dependendo do nível do Lago.
O reservatório de Furnas encontra-se na elevação 766,33 metros, o que corresponde a um volume útil de 86,53%. A usina de Furnas está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 700 MW, cerca de 58% da sua capacidade instalada, que é de 1.216 MW. A última vez que a UHE Furnas abriu um vertedouro para controle de cheias foi em 2012. A cota mínima do Lago de Furnas é 762 e a máxima é 768.
Os vertedouros das usinas de Mascarenhas de Moraes, Luiz Carlos Barreto de Carvalho e Marimbondo também foram abertos nesta sexta. O de Porto Colômbia está aberto desde a última segunda-feira (9).
A Eletrobras Furnas anunciou que haverá aumento do nível da água a jusante (após a barragem) das respectivas usinas. A empresa acionou as autoridades locais para que adotem providências visando à segurança de todos.
Confira abaixo os níveis atuais de cada usina:
UHE Mascarenhas de Moraes
O vertedouro da Usina de Mascarenhas de Moraes foi aberto em 13/01/23, às 9h, em 120 m3/s para controle de nível de reservatório e chegará 500m3/s às 16h. O reservatório de Mascarenhas encontra-se na elevação 664,44 metros, o que corresponde a um volume útil de 83,98%. A usina de Mascarenhas de Moraes está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 370 MW, cerca de 77% da sua capacidade instalada, que é de 478 MW. A última vez que a UHE Mascarenhas de Moraes abriu o vertedouro para controle de cheias foi em 2012.
UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho
O vertedouro da Usina de Luiz Carlos Barreto de Carvalho (SP/MG) foi aberto em 13/1/23, às 12h, em 1.000 m3/s para controle de nível de reservatório. O reservatório de Luiz Carlos Barreto encontra-se na elevação 621,68 metros, o que corresponde a um volume útil de 79,29%. A usina de Luiz Carlos Barreto de Carvalho está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 616 MW, cerca de 59% da sua capacidade instalada, que é de 1050 MW. A última vez que a UHE Mascarenhas de Moraes abriu o vertedouro para controle de cheias foi em 2012.
UHE Porto Colômbia
O vertedouro da Usina de Porto Colômbia (SP) foi aberto para controle de nível de reservatório em 09/1/23, às 13h, e atualmente está com vazão de 800m3/s. O reservatório de Porto Colômbia encontra-se na elevação 466,80 metros, o que representa um volume útil de 75,80%. A Usina está operando conforme despacho do ONS, com uma geração de 240 MW, cerca de 75% de sua capacidade. A última vez que a UHE Porto Colômbia abriu vertedouro para controle de cheias foi em 2012.
UHE Marimbondo
O vertedouro da Usina de Marimbondo (SP/MG) foi aberto em 13/1/2023, às 9h, em 500m3/s para controle do nível do reservatório e chegará a 2000 m3/s às 16h. O reservatório da usina encontra-se atualmente na elevação 443,14 metros, o que representa volume útil de 75,37%. Marimbondo está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 1.092 MW, o que corresponde a 80% de sua capacidade instalada (1.440 MW). A última vez que a UHE Marimbondo abriu vertedouro para controle de cheias foi em 2012.
A Eletrobras Furnas cumpre estritamente as determinações dos órgãos reguladores na operação dos empreendimentos hidrelétricos sob sua concessão. Os níveis dos reservatórios e a energia despachada são programados pelo ONS, responsável por operar o conjunto de reservatórios brasileiros de forma integrada, com o objetivo de garantir a segurança energética.
No início da noite da última segunda-feira (26), uma moradora de Capitólio (MG) pediu para a sensitiva Bianca Godoy prever sobre a região do Lago de Furnas.
Segundo o vídeo postado pela vidente, uma barragem em uma cidade vizinha, que é em São José da Barra (MG), poderá se romper e causar uma grande tragédia na cidade de Passos (MG).
A vidente pede para todos rezarem o Salmo 66, e cita alguns horários especiais para orações: 21h45, 23h15 e 3:00. Segundo ela todo poder da oração poderá mudar essa visão.
Diversos internautas entraram em contato com a redação do Jornal Folha Regional, a qual não conseguiu contato com a vidente até o fechamento da matéria.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as usinas de furnas têm baixo nível de rompimento, mas pode causar grandes estragos, caso venham a se romper.
“O grande risco das obras hidrelétricas, as barragens hidrelétricas, está no vertedouro, que é a capacidade de escoar as cheias. No Brasil estamos precisando redimensioná-los, tendo em vista as mudanças climáticas e mudanças de uso de solo”, explica o professor Afonso Henrique Moreira Santos.
A barragem da hidrelétrica fica no Rio Grande e tem núcleo de argila e comporta um volume total de 9,4 milhões de metros cúbicos de água. A argila serve para torná-la impermeável e blocos de rocha compactados em camadas dão maior estabilidade.
Em nota ao Folha Regional, Furnas disse que faz inspeções e medições periódicas em suas barragens e que todos os dados coletados pela empresa são repassados para as prefeituras, polícias e bombeiros para criação de um plano de contingência.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou por unanimidade, na última terça-feira, 13, o estabelecimento do Plano de Contingência para Recomposição dos Volumes de Reservatórios das Bacias Hidrográficas dos rios Paranaíba e Grande durante o período úmido 2022-2023. O Plano de Contingência será objeto de três resoluções específicas a serem editadas pela ANA e entrará em vigor a partir de 2 de janeiro de 2023.
Nos reservatórios dos rios Grande e Paranaíba a contingência se dará de 2 de janeiro a 28 de abril. Já para Jupiá e Porto Primavera, de 2 janeiro a 28 de fevereiro. A decisão tem o objetivo de promover o reenchimento dos reservatórios, com foco na segurança hídrica e na garantia de atendimento aos múltiplos usos da água em 2023 e nos anos seguintes.
O Plano se baseia em estudos e simulações realizados pela ANA, em articulação com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), setores usuários de água, órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, setor ambiental, comitês de bacias, entre outros.
PASSADO
No ano passado o Plano deu resultado. Produzido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e iniciado em 1º de dezembro de 2021, o Plano de Contingência para a Recuperação de Reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) chegou ao fim de sua vigência no dia 30 de abril, com os reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA), Itumbiara (GO/MG), Furnas (MG) e Marechal Mascarenhas de Moraes (MG) superando o patamar de 70% de seu volume útil. Os reservatórios dessas hidrelétricas contribuem para a produção de energia do SIN nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste.
Somente nas bacias dos rios Tocantins e São Francisco foram observadas afluências acima da média. Na bacia do São Francisco, as medidas adotadas e as afluências possibilitaram que o maior reservatório do Nordeste, Sobradinho, atingisse sua capacidade máxima, chegando a 99,85% de seu volume útil em 30 de abril. Nas demais bacias foram observadas afluências próximas às médias, o que demonstra a importância das medidas implementadas no Plano de Contingência para recuperação dos armazenamentos.
Serra da Mesa (GO) e Emborcação (GO/MG) ficaram com um armazenamento de respectivamente 64,8% e 68% de seus volumes úteis, sendo que o reservatório de Serra da Mesa, no rio Tocantins, é o maior reservatório do Brasil e um dos maiores do mundo e teve seu armazenamento quase triplicado no período de duração do Plano de Contingência. Já no reservatório de Emborcação, no rio Paranaíba, seu volume útil saltou de menos de 15% – o menor percentual entre os reservatórios citados – para quase 70% entre dezembro e abril, período chuvoso nas bacias englobadas pelo Plano da ANA. Os sete reservatórios foram escolhidos pelo seu papel para a segurança hídrica das bacias hidrográficas dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins.
OPERATIVAS
Entre sete reservatórios que contaram com as medidas operativas do Plano de Contingência, em cinco deles o armazenamento de água em 30 de abril foi o maior nos últimos dez anos para essa data: Serra da Mesa, Sobradinho, Emborcação, Itumbiara e Furnas. Somente em Três Marias, que tem liberado mais água para evitar a mortandade de peixes, e Marechal Mascarenhas de Moraes, que tem grande oscilação pela sua menor capacidade de armazenamento, atingiram o segundo maior volume útil dos últimos dez anos em 30 de abril.
No reservatório de Serra da Mesa, um dos mais importantes do Brasil para geração hidrelétrica, o armazenamento de aproximadamente 65% registrado em 30 de abril, fim do período chuvoso, não ocorria desde agosto de 2012. Já no reservatório de Furnas, no rio Grande, o volume útil de cerca de 85% não acontecia desde abril de 2012. Ainda considerando os últimos dez anos na variação dos volumes desses sete reservatórios, os ganhos de armazenamento variaram entre 41 e 66 pontos percentuais – melhor condição da última década – durante a vigência do Plano de Contingência da ANA. Com essas medidas a ANA atuou no sentido de garantia da segurança hídrica e dos usos múltiplos da água em 2022 e nos anos seguintes por meio dessas medidas para recuperação dos reservatórios.
Nas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, que operam a fio d’água no rio Paraná na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, a redução das vazões liberadas buscou diminuir a demanda por escoamento de água dos reservatórios a montante (acima) deles, principalmente dos reservatórios das bacias dos rios Grande e Paranaíba.
Outra medida adotada pela ANA para mitigação dos impactos da crise hidroenergética de 2021 sobre os volumes dos reservatórios trata especificamente da operação da UHE Ilha Solteira, onde o atendimento às necessidades de geração levou a acumulação a níveis inferiores ao mínimo operativo autorizado em sua outorga. Um Protocolo de Compromisso foi celebrado com a concessionária responsável, com a interveniência do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), estabelecendo medidas restritivas e cronograma para reenchimento até o nível necessário para a retomada da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, sem a utilização das águas dos reservatórios de cabeceira das bacias do rio Grande e do rio Paranaíba, nesse reenchimento. Esse nível foi atingido em 29 de março, normalizando as condições mínimas para navegação na principal hidrovia brasileira. (Clic Folha)
Especialistas acreditam que o reservatório deva alcançar a capacidade de 768 metros no fim do período chuvoso.
Imagem: EPTV
Depois de 11 anos, a Hidrelétrica de Furnas pode voltar a operar com 100% do seu volume útil. É o que dizem especialistas, que acreditam que o reservatório deva alcançar a capacidade de 768 metros no fim do período chuvoso, em fevereiro do ano que vem.
Furnas chegou a operar com menos de 10% da capacidade em 2011. Nos últimos 10 anos, foram muitas vezes em que o sinal de alerta foi ligado. A água foi ficando longe. Mas agora é diferente.
Estudiosos projetam que o lago pode chegar a 768 metros, ou seja, 100% de sua capacidade, depois de mais de uma década.
“De forma que em 2023 nós estivéssemos em uma situação mais confortável, e é o que está acontecendo agora. Se as chuvas continuarem na intensidade que estão acontecendo, provavelmente nós teremos esses reservatórios em capacidade máxima no final do período de chuvas”, disse o professor de planejamento energético e de engenharia hídrica da Unifei, Carlos Barreira Martinez.
Imagem EPTV
Mais água no lago significa mais clientes para comerciantes e mais emprego para a região. Com a alta do reservatório, o administrador Rogério Oliveira vai precisar contratar mais funcionários para atuar na marina.
“Já estamos com esse projeto para ampliação porque está existindo a demanda, a mesma coisa em relação aos píers também, já está com o projeto e em andamento a ampliação dos píers, com isso aumentando a quantidade de embarcações, o movimento nosso, a tendência, praticamente certeza, a geração de empregos não só na marina, na loja de conveniências”, disse o administrador Rogério Oliveira.
No ano passado, o Lago de Furnas foi poupado pelo sistema de energia elétrica do país, o que possibilitou que o nível permanecesse estável ou até mesmo subindo, o que favorece o preço da energia elétrica.
“Nós podemos entender esse reservatório como uma conta bancária. Imagina que você tem uma conta no banco e você consegue fazer uma reserva razoável, a sua vida fica melhor. Você pode em um período de necessidade sacar aquele dinheiro sem ter que emprestar. O empréstimo no caso do setor elétrico é usar a central termelétrica, que queima petróleo e a conta fica salgada, então à medida que se recuperam esses reservatórios, a nossas tarifas tendem a ficar mais contidas, vamos dizer assim, o preço para o consumidor lá na ponta tem que abaixar”, explicou o professor da Unifei.
A previsão é que em fevereiro, o nível mais alto seja alcançado, mas manter ele cheio depende de muitos fatores.
“Depende de duas coisas, do quanto você tira de água, e de quanta água entra dentro do reservatório, é como a relação da bateria do celular, se eu conectar a bateria do celular na rede e tentar carregar e ficar mexendo na internet, eu nunca consigo encher essa bateria, a mesma coisa vai acontecer com a usina, depende do quanto de água eu coloco no reservatório, do quanto chove na bacia, o regime de chuvas é extremamente importante e depende do quanto essas usinas serão despachadas, como elas vão operar suas turbinas e injetar energia no sistema elétrico”, concluiu o professor da Unifei.
Atualmente Furnas opera em 762,6 metros ou quase 60% do volume útil.
Na tarde desta quinta-feira (21), uma publicação informando que a ‘barragem de Furnas’ está correndo alto risco de romper, com anexo de uma imagem da Usina em São José da Barra, está circulando na internet e inclusive deixando diversos internautas assustados.
Na montagem é possível observar alguns erros ortográficos, como: ‘’’auto’ risco de romper’’, o qual seria ‘alto’. Usina também está escrito errado, com acento agudo no Ú. Além disso, a escrita ‘interdita-la’ está como ‘interdita lá’.
O gerente de Produção Minas da Usina Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra (MG), Roberto Teixeira Siniscalchi, afirmou para a redação do Jornal Folha Regional que a notícia não procede.
“A empresa Furnas em breve emitirá uma nota desmentindo essa ‘fake news’. Prezamos pela segurança de nossos colaboradores e população ao entorno de nossas unidades operacionais”, informou Siniscalchi.
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