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Medicamentos ficarão mais caros a partir desta segunda-feira (31)

Medicamentos ficarão mais caros a partir desta segunda-feira (31) - Foto: reprodução
Medicamentos ficarão mais caros a partir desta segunda-feira (31) – Foto: reprodução

A partir de hoje, os preços dos medicamentos no Brasil podem ficar até 5,06% mais caros. O reajuste máximo permitido, que ocorre anualmente, foi publicado hoje no Diário Oficial da União.

O que aconteceu

O indicador foi definido pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). O reajuste é baseado na inflação do IPCA entre os meses de fevereiro do ano anterior e fevereiro do ano em que ocorre o reajuste. Em 2024, o aumento foi de 4,5%.

O ajuste máximo dos preços definido pela Cmed ficou em:

  • 5,06% para medicamentos do nível 1;
  • 3,83% para medicamentos do nível 2 e
  • 2,6% para medicamentos do nível 3.

Os níveis dependem da competitividade dos produtos no mercado, ou seja, com mais alternativas no mercado. Os de nível 1 são os mais competitivos, e os de nível 3, os menos. Os de nível 2 são intermediários.

Reajuste médio será de 3,48%, segundo o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos). “Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os
contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, afirma Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

Setor farmacêutico é o único segmento de bens de consumo submetido ao controle de preços. Somente uma vez por ano as indústrias farmacêuticas estão autorizadas a reajustar os preços de seus produtos, para compensar os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores.

Reajuste pode ser aplicado neste ano, a partir de hoje, em cerca de 10 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro. Ele não se aplica aos MIPs (medicamentos isentos de prescrição), que têm preços liberados e, portanto, estão fora do controle de preços.

Algumas classes de medicamentos isentos de prescrição:

  • Analgésicos e antitérmicos
  • Antigripais
  • Descongestionantes nasais
  • Antialérgicos
  • Antiácidos
  • Produtos dermatológicos e dermocosméticos
  • Produtos para dor articular e muscular

Novo preço dos medicamentos não é automático e funciona como teto que pode ser cobrado de cada remédio. Os fornecedores têm um período para adaptações e precisam respeitar os “limites legais e suas estratégias diante da concorrência”, afirma a Anvisa. No entanto, mercado pode praticar descontos em cima do valor. Por isso, o preço final pode variar, o reajuste pode ser aplicado até março de 2026. “Em 2024, por exemplo, identificamos medicamentos que tiveram variações maiores que 300% ao longo do ano. Esse é o caso da rivaroxabana, um tipo de anticoagulante, que teve seu preço variando em até 359%”, explica Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil.

Anvisa tem canal de denúncia caso farmácias cobrem valor do remédio acima do estabelecido em lei. Ao fazer a solicitação (neste link), o consumidor precisará incluir documentos como a nota fiscal e a cópia da ata de preço.

”A lei prevê um reajuste anual do teto de preços com o objetivo de proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso aos medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população. Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei, busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos”, disse a Anvisa.

Veja dicas para economizar

Compre genéricos ou biossimilares. São versões mais baratas e com eficácia comprovada.

Use programas governamentais, como Farmácia Popular. Algumas UBSs também disponibilizam gratuitamente diversos medicamentos via SUS.

Compare preços das farmácias antes da compra.

Compre em maior quantidade. Algumas farmácias oferecem desconto na compra de mais de uma unidade, mas isso só vale se o medicamento tiver validade longa e for de uso contínuo.

Aproveite descontos e programas de fidelidade. Há muitos estabelecimentos que oferecem benefícios para clientes cadastrados.

Remédios são descartados irregularmente em estrada rural de Arcos

Remédios são descartados irregularmente em estrada rural de Arcos - Foto: Prefeitura de Arcos
Remédios são descartados irregularmente em estrada rural de Arcos – Foto: Prefeitura de Arcos

Cerca de 500 caixas de remédios variados foram descartadas irregularmente em uma estrada rural que liga a área urbana de Arcos (MG) à comunidade de Cristais.

Segundo a prefeitura de Arcos, os medicamentos foram encontrados na última terça-feira (25), após uma denúncia feita à Secretaria de Saúde e Meio Ambiente. Ainda não foi possível identificar o responsável pelo descarte.

De acordo com a prefeitura, os remédios não pertencem a nenhum posto de saúde e nem ao Hospital Municipal.

O material foi recolhido e será incinerado por uma empresa especializada, em Iguatama (MG).

A administração municipal disse que pretende acionar a polícia para procedimentos de praxe.

Remédios são descartados irregularmente em estrada rural de Arcos - Foto: Prefeitura de Arcos
Remédios são descartados irregularmente em estrada rural de Arcos – Foto: Prefeitura de Arcos

Farmácia Popular oferece todos os medicamentos gratuitamente

Farmácia Popular oferece todos os medicamentos gratuitamente - Foto: reprodução
Farmácia Popular oferece todos os medicamentos gratuitamente – Foto: reprodução

O programa Farmácia Popular, uma iniciativa do governo brasileiro para facilitar o acesso a medicamentos essenciais, anunciou uma importante mudança: a gratuidade total de todos os 41 itens disponíveis. Essa medida, anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, representa um avanço significativo na política de saúde pública do país, especialmente para a população idosa que anteriormente arcava com parte dos custos de alguns produtos.

Com a nova política, espera-se que mais de um milhão de pessoas sejam beneficiadas, ampliando o alcance do programa e promovendo uma maior inclusão social. A gratuidade total abrange itens como fraldas geriátricas e medicamentos para diabetes associada a doenças cardiovasculares, reforçando o compromisso do governo com o cuidado integral à saúde dos cidadãos.

Quais são os Benefícios da Gratuidade Total no Farmácia Popular?

Alívio financeiro

  • Eliminação da necessidade de coparticipação em medicamentos essenciais.
  • Liberação de recursos para outras necessidades básicas familiares.

Melhoria na adesão ao tratamento médico

  • Remoção de barreiras financeiras que impedem o acesso aos medicamentos.
  • Maior adesão aos tratamentos prescritos, resultando em melhores resultados de saúde.

Inclusão de fraldas geriátricas

  • Alívio financeiro para famílias com idosos que necessitam de fraldas geriátricas.
  • Maior dignidade e qualidade de vida para os idosos.

Atenção ao envelhecimento da população

  • Resposta ao envelhecimento populacional, garantindo acesso facilitado a itens essenciais para a saúde dos idosos.
  • Promoção da saúde e bem-estar da população mais velha.

Impacto social

  • Redução das desigualdades no acesso à saúde.
  • Maior acesso a medicamentos para famílias de baixa renda.
  • Melhora na qualidade de vida da população.

Como Será o Credenciamento de Novas Farmácias?

Além da gratuidade total, o programa Farmácia Popular está ampliando sua rede de atendimento através do credenciamento de novas farmácias. Esta expansão visa alcançar municípios que ainda não são atendidos pelo programa, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso aos benefícios oferecidos. Atualmente, o programa está presente em 4.812 municípios, com 31 mil farmácias credenciadas, mas a expectativa é de que esse número cresça significativamente.

O credenciamento de novas farmácias privadas é uma estratégia para garantir que o programa cubra todo o território nacional. Essa expansão é crucial para assegurar que os medicamentos e produtos essenciais cheguem a todas as regiões, especialmente aquelas mais remotas ou com menor infraestrutura de saúde.

Qual é o Impacto Esperado da Expansão do Programa?

A expansão do programa Farmácia Popular e a gratuidade total dos itens têm um impacto direto na saúde pública do Brasil. Ao facilitar o acesso a medicamentos e produtos essenciais, o programa contribui para a prevenção e o tratamento de doenças, reduzindo a necessidade de internações hospitalares e melhorando a qualidade de vida da população.

Além disso, a medida fortalece o sistema de saúde pública, promovendo a equidade no acesso aos serviços de saúde. A inclusão de novas farmácias no programa também impulsiona a economia local, gerando empregos e estimulando o desenvolvimento das comunidades atendidas.

Em suma, a gratuidade total e a expansão do credenciamento de farmácias no programa Farmácia Popular representam um avanço significativo na política de saúde pública do Brasil, promovendo inclusão, equidade e qualidade de vida para todos os cidadãos.

Farmácia Popular terá remédios para Parkinson, colesterol, glaucoma e rinite gratuitos

Farmácia Popular terá remédios para Parkinson, colesterol, glaucoma e rinite gratuitos – Foto; reprodução

A partir desta quarta-feira, 10, o Ministério da Saúde passa a oferecer gratuitamente remédios indicados para o tratamento de colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite no Programa Farmácia Popular do Brasil. Com a ampliação, 39 dos 41 itens disponibilizados pelo projeto poderão ser retirados sem custo.

Antes, apenas anticoncepcionais e remédios indicados para pessoas que tratam diabeteshipertensão, asma e osteoporose eram entregues de forma gratuita. O restante fazia parte da lista de medicamentos por copagamento, em que o Estado subsidia até 90% do valor e o paciente realiza a compra com desconto — para pessoas cadastradas no Bolsa Família ou pertencentes à população indígena, todos os medicamentos do programa já são gratuitos.

Com a nova medida, o Ministério da Saúde espera beneficiar 3 milhões de pessoas que já utilizam o programa. Pelas projeções da pasta, a inclusão dos medicamentos à lista de gratuidade pode gerar uma economia de até R$ 400 por ano para esses usuários.

A atualização acontece em comemoração aos 20 anos do Farmácia Popular, que soma 70 milhões de pessoas atendidas desde sua criação, em 2004. O projeto passou por cortes no orçamento em 2022 e foi relançado em junho de 2023. No início deste ano, o programa incluiu também em seu escopo a distribuição de absorventes higiênicos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Para adquirir um medicamento ou fraldas geriátricas pelo programa Farmácia Popular, o paciente precisa apresentar documento de identidade com número do CPF e receita médica em um dos estabelecimentos credenciados. A prescrição médica pode ser proveniente tanto de unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de serviços particulares.

Para retirar absorventes higiênicos, é preciso ter entre 10 e 49 anos e estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico). É necessário emitir o Documento de Autorização do Programa Dignidade Menstrual pelo site ou pelo aplicativo Meu SUS Digital e apresentá-lo, em formato digital ou impresso, nos estabelecimentos credenciados pelo Farmácia Popular.

São José da Barra promove campanha sobre descarte de medicamentos vencidos

São José da Barra promove campanha sobre descarte de medicamentos vencidos - Foto: reprodução
São José da Barra promove campanha sobre descarte de medicamentos vencidos – Foto: reprodução

A Prefeitura de São José da Barra (MG) promove neste mês de maio uma campanha sobre o descarte correto de medicamentos vencidos ou que sobraram de algum tratamento. A administração alerta que jogar esses materiais no lixo comum ou no esgoto doméstico podem degradar o meio ambiente.

Segundo informa a Secretaria de Saúde do município, o ideal é entregar esses produtos separadamente ao agente comunitário de saúde, durante a visita domiciliar, ou, se preferir, levar até a unidade de saúde mais próxima de casa.

Conforme a pasta, as medicações não devem ser retiradas da embalagem primária, que é aquela que fica em contato direto com o remédio. No caso de líquidos, a embalagem primária é o frasco de vidro ou plástico, já os comprimidos e pílulas, o blister de alumínio. As caixas, bulas e outros materiais também devem ser devolvidos e descartados corretamente.

Sobre a prescrição de antibiótico e corticoide, a secretaria orienta que é fundamental para o restabelecimento da saúde, que o tratamento seja mantido pelo prazo prescrito, evitando a interrupção da medicação assim que os sintomas supostamente desaparecem.

A secretaria alerta ainda que os medicamentos não devem ser descartados no lixo comum ou no sistema de esgoto porque liberam resíduos químicos que contaminam o solo, os rios, córregos e até mesmo a água que bebemos, pois, cada quilo de medicamento descartado incorretamente pode contaminar até 450 mil litros de água.

“Saúde em Movimento na Praça”

A Secretaria de Saúde do município iniciou nesta semana o projeto “Saúde em Movimento na Praça”, voltado para o bem-estar, promoção e prevenção a saúde.

Segundo a secretaria, serão ofertados serviços de aferição de pressão arterial e glicemia, testes rápidos de hepatite B, C, HIV e sífilis. O projeto ainda prevê panfletagem e orientação sobre hipertensão, uso racional de medicamentos, tabagismo e importância do exercício físico.

Conforme o cronograma divulgado pela prefeitura, o evento começou na última terça-feira, 30 de abril, na praça João Paulo I. Na próxima quinta-feira, 9, o projeto retoma na praça Paraguaçu, no bairro de Furnas. No dia seguinte deve chegar na praça Elói Batista Pereira, no centro. Já no dia 14 deste mês, o “Saúde em Movimento” deve instalar na praça Bom Jesus, no bairro de Bom Jesus da Penha. Por fim, no dia 22, o projeto deve chegar na praça Juvenal Dias, na Cachoeira da Laje.

Via: Clic Folha

Remédios devem subir 4,5% a partir de 1º de abril

Remédios devem subir 4,5% a partir de 1º de abril - Foto: reprodução
Remédios devem subir 4,5% a partir de 1º de abril – Foto: reprodução

O governo federal deve anunciar um aumento de 4,5% no preço dos medicamentos até o fim do mês. A projeção do reajuste é feita pela indústria farmacêutica e pode ser oficializada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) ainda nesta semana.

O reajuste costuma ser divulgado no último dia útil de março, mas em virtude do feriado da Semana Santa existe a possibilidade de o anúncio ser feito até quinta-feira (28). Ele deve entrar em vigor a partir do 1º de abril.

O aumento é anual e leva em consideração um cálculo que considera a inflação no período medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,5% em fevereiro no acumulado dos últimos 12 meses.

Os outros índices usados no cálculo (produtividade do índice farmacêutica, custos de produção não captados pelo IPCA e promoção de concorrência no setor) foram estabelecidos como zero pela Cmed. Neste ano, não haverá distinção de aumento em três faixas (mercado mais competitivo, moderadamente concentrado e muito competitivo) como já ocorreu em outros anos.

O aumento deve entrar em vigor em 1º de abril após a publicação da resolução da Cmed no Diário Oficial da União, porém o reajuste não é imediato, já que depende de cada farmácia e indústria farmacêutica.

FARMÁCIAS ANUNCIAM PROMOÇÕES; ANALISTAS RECOMENDAM PESQUISA

Nas lojas em São Paulo e nos sites, grandes redes do setor como Drogasil, Farmácias Pague Menos, Drogaria São Paulo, Droga Raia e Drogaria Pacheco anunciam promoções para medicamentos antes do reajuste anual. Os descontos chegam a até 90% em alguns casos.

“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais, aumentos de preços podem demorar meses ou nem acontecer”, afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, recomenda que os consumidores evitem comprar por impulso, pesquisem preços de genéricos ou similares e façam o cadastro no programa Farmácia Popular.

“A grande maioria das farmácias possui ainda programas de fidelidades com grandes benefícios. Além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%”, comenta Domingos.

Justiça determina que União forneça medicamento de R$ 15 milhões a menino com distrofia rara no Sul de Minas

Menino Enrico, de 5 anos, precisa de remédio avaliado em R$ 15 milhões para tratar distrofia rara — Foto: Reprodução / Facebook
Menino Enrico, de 5 anos, precisa de remédio avaliado em R$ 15 milhões para tratar distrofia rara — Foto: Reprodução / Facebook

A Justiça determinou que a União forneça um medicamento milionário para o tratamento de uma criança de 5 anos de Varginha, no Sul de Minas, diagnosticada com a rara Distrofia Muscular de Duchenne. O remédio necessário para o menino Enrico, de 5 anos, é avaliado em mais de R$ 15 milhões e só pode ser aplicado até a criança atingir 6 anos de idade. A decisão é liminar e ainda cabe recurso. A família segue com a campanha nas redes sociais para obter o valor e conta com apoio de famosos.

O medicamento Elevidys só existe nos Estados Unidos e consiste em uma terapia genética de única dose que foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, em junho de 2023. Ele está em fase experimental e ainda não é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Um pedido já havia sido negado judicialmente. Na antiga decisão, a juíza alegou que o medicamento ainda não tem eficácia comprovada.

Na nova decisão liminar de tutela antecipada, que determina o fornecimento do remédio pela União, concedida na quarta-feira (21), o desembargador Rubens Calixto citou uma tese do Supremo Tribunal Federal. No trecho, o juiz pontua ser possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário quando preenchidos três requisitos.

Conforme o desembargador, são eles: “a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras); a existência de registro do medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; e a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil”.

Ainda de acordo com o juiz. “o não fornecimento do medicamento pode gerar consequências graves à sua saúde, inclusive, o óbito”.

Desta forma, a decisão liminar para o custeio do medicamento foi concedida para a família de Enrico. Os custos hospitalares e médicos, além de viagem e hospedagem, nos EUA, não foram concedidos pelo desembargador.

A decisão ainda cabe recurso e a União tem até 30 dias úteis para recorrer. Se recorrer, um novo julgamento irá acontecer. Caso a União não recorra, o medicamento precisa ser concedido à família.

Menino Enrico, de 5 anos, precisa de remédio avaliado em R$ 15 milhões para tratar distrofia rara — Foto: Reprodução Facebook
Menino Enrico, de 5 anos, precisa de remédio avaliado em R$ 15 milhões para tratar distrofia rara — Foto: Reprodução / Facebook

Corrida contra o tempo

Por conta da possibilidade de mais tempo até a decisão, a campanha realizada pela família segue nas redes sociais para que a quantia seja arrecadada. A ação conta com apoio de famosos, que gravaram vídeos em apoio ao menino Enrico. A família já foi vítima até de golpe de estelionatários que tentaram se aproveitar da campanha. Até o início deste mês, metade do valor já havia sido obtido.

“É uma corrida contra o tempo, cada dia que passa ele tem uma piora motora e a gente tem a certeza que num prazo de seis meses a gente vai conseguir essa medicação”, disse o pai do Enrico, Erick Cavalcanti.

“A gente se sente muito abraçado. Muitos artistas estão nos apoiando, a cidade também, Varginha, São Paulo e é um carinho enorme, que nos dá força e esperança para continuar”, completou a mãe, Marina Mesquita Geraldeli Carvalho.

Segundo o médico que acompanha a família, a criança precisa tomar a medicação até completar 6 anos.

“Hoje os estudos com essa medicação comprovam que até 6 anos o resultado é melhor e também da questão da evolução da doença. O Enrico tem hoje 5 anos e 5 meses e a doença vem evoluindo desde que ele nasceu, ela é genético, então ele vem perdendo musculatura, as lesões, o que ele já perdeu até hoje é irrecuperável, quanto maior o prazo para se aplicar essa medicação maior vai ser a lesão e consequentemente menor a efetividade, os resultados não serão tão bons quanto até o momento em que se aplicar até 6 anos de idade”, explicou o neuropediatra Lucas Gabriel.

Famosos se unem e família faz pedido até ao Neymar

Zico, Tony Ramos, Rogério Flausino, Maria Cecília e Rodolfo, Raul Plasman, Ronaldinho Gaúcho, Ana Castela, José Neto e Cristiano, Tatá Werneck, Isis Valverde… a lista é grande. Todas essas personalidades já gravaram vídeos para as redes sociais convocando o público a ajudar.

“A gente está aqui junto unindo forças, muita gente já entrou nessa campanha maravilhosa pra gente ajudar a salvar o nosso querido Enrico e que somente com a colaboração de todos nós vai vencer essa batalha”, diz no vídeo o também Sul-mineiro Rogério Flausino, líder da banda Jota Quest.

Enrico e família com Ana Castela e Ronaldinho Gaúcho: famosos se unem em campanha — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Enrico e família com Ana Castela e Ronaldinho Gaúcho: famosos se unem em campanha — Foto: Reprodução / Redes Sociais

“O mínimo que eu posso fazer além de pedir a Deus que ajude essa criança, é contar com a colaboração de todos, cada um de nós. Como a própria campanha diz, um pouquinho que seja de cada um para que esses pouquinhos se juntem em uma ajuda pra essa criança com uma doença extremamente rara”, disse o ator Tony Ramos.

Na página da campanha, a família informa que até o momento conseguiu arrecadar apenas 20% do valor necessário para conseguir o medicamento. Ainda faltam cerca de R$ 12 milhões.

Eles também tentam sensibilizar outras celebridades e pessoas que possam ter condições de ajudar, como o jogador Neymar.

Família do menino Enrico pede ajuda ao jogador Neymar — Foto: Reprodução / Facebook
Família do menino Enrico pede ajuda ao jogador Neymar — Foto: Reprodução / Facebook
'Salve Enrico': Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução
‘Salve Enrico’: Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução
'Salve Enrico': Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução
‘Salve Enrico’: Família faz campanha para conseguir tratamento de criança com distrofia muscular rara em Varginha, MG — Foto: Reprodução

Passos tem mais de 4 mil processos para compra de remédios de alto custo por via judicial

Passos tem mais de 4 mil processos para compra de remédios de alto custo por via judicial — Foto: Reprodução
Passos tem mais de 4 mil processos para compra de remédios de alto custo por via judicial — Foto: Reprodução

A necessidade de medicamentos de alto custo para tratamentos tem sido problema para a pacientes de Passos (MG). De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, há mais de 4 mil processos para a compra desses remédios na cidade.

Esse tipo de ação, de acordo com a secretaria, é feita em casos de medicamentos que não são fornecidos pela prefeitura no sistema público de saúde.

“As pessoas estão buscando judicializar os medicamentos e princípios ativos, dietas, que não fornecemos no sistema público. Nessa questão da judicialização o município de Passos, hoje, enfrenta uma grande demanda com o gasto do recurso público de questão própria, do recurso próprio, onde nós não temos uma contrapartida nem do governo do estado e nem da união”, disse o Secretário Municipal de Saúde, Thiago Salum.

Os remédios considerados de alto custo são utilizados em tratamentos de doenças crônicas, como, por exemplo, câncer, hepatite, HIV, asma, doenças cardiovasculares, entre outras. Esses medicamentos, normalmente, devem ser usados continuamente e, com isso, necessitam ser comprados diversas vezes.

De 2021 até agora, Passos gastou quase R$ 2 milhões com medicamentos de alto custo. Segundo o secretário, sem a ajuda do estado, o município não consegue agilizar a lista de produtos que devem ser comprados.

“Tanto na parte orçamentária quanto na parte de busca por esses medicamentos. Muitas das vezes são medicamentos de uso restrito, hospitalar, de medicamentos que saem diretamente da empresa para o fornecedor. É por isso que nós temos que chegar até os órgãos superiores, ao estado e à união, para que esteja renovando a lista de medicamentos que são distribuídos para a população. E comover o estado para que esteja participando com nós na entrega de leite e dietas especiais para pessoas que têm necessidade”, falou o secretário.

Minas Gerais acumula 20,5 mil ações na Justiça para a compra de medicamentos por via judicial. Para a advogada especialista em direito da saúde, Ana Carolina Freitas De Carvalho, o acesso aos medicamentos de alto custo é direito de todos.

Ela explica que existe a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que é atualizada a cada dois anos pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde. No entanto, os medicamentos de alto custo são desenvolvidos mais rapidamente do que a atualização é feita posteriormente.

“Os medicamentos de alto custo, a maioria deles, são desenvolvidos rapidamente, com pesquisas e avanço da medicina. Mas a Conitec não consegue realizar as pesquisas em tempo de incorporar no Rename de forma rápida”, falou.

Mesmo que os medicamentos não estejam na lista (Rename), o paciente pode procurar pelos direitos.

“O paciente precisa buscar auxilio de um advogado especialista em direito da saúde”, pontuou ela.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Nenhum retorno foi enviado até esta publicação.

Santa Casa de Passos aguarda ressarcimento de medicamentos de câncer comprados com recursos próprios

Santa Casa de Passos aguarda ressarcimento de medicamentos de câncer comprados com recursos próprios – Foto: reprodução

A Santa Casa de Passos (MG) aguarda o ressarcimento por parte do Ministério da Saúde de medicamentos contra o câncer de mama que a instituição teve que comprar com recursos próprios.

Devido ao atraso na entrega dos medicamentos, a Santa Casa precisou fazer a compra por conta própria.

“A demanda que a gente exige, o quantitativo que chegou atende a demanda a partir de quando chegou para o mês de setembro, do dia 19 em diante a gente está com a situação regularizada. A gente fica apreensivo para que essa situação não ocorra de novo visto que os pacientes são os mais prejudicados”, disse o oncologista Leandro Reis.

Até o mês passado, Minas Gerais havia recebido apenas 25% da quantidade do medicamento “Trastuzumabe”, usado no tratamento para o câncer de mama, previstos para o 3º trimestre de 2023.

Segundo o Ministério da Saúde, até essa data, apenas 4,9 mil unidades tinham sido entregues para o estado. Se comprado de forma particular, o valor é muito alto, custa entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. Por isso o recebimento via SUS é fundamental para os pacientes.

Diante disso, a Santa Casa de Passos, que trata 79 pacientes que necessitam do remédio, fez a compra dos medicamentos por conta própria. A instituição assumiu os custos e comprou 228 frascos por mais de R$ 330 mil.

O Ministério da Saúde fez o repasse do remédio em setembro, mas o valor gasto pela Santa Casa ainda não foi resposto.

“A Santa Casa por meio da política de não deixar o paciente desassistido, a Santa Casa fez o custeio nesses meses que houve falha por envio por parte do ministério. A Santa Casa conta sim com o ressarcimento visto que o orçamento da saúde é um orçamento apertado e esse recurso provavelmente vai fazer falta em algum outro lugar”, disse o oncologista.

Falta de medicamentos: farmácia básica está sem antibióticos e antialérgicos em Passos

Falta de medicamentos: farmácia básica está sem antibióticos e antialérgicos em Passos – Foto: reprodução

A farmácia básica de Passos (MG) está sem alguns medicamentos. Muitas pessoas contam com essa entrega gratuita para ajudar no tratamento de infecções e alergias, já que a despesa com os remédios não é nada baixa.

Em uma vistoria feita pela Comissão de Saúde da Câmara de Passos ficou constatada a falta de alguns medicamentos que são disponibilizados de forma gratuita aos pacientes.

Os remédios ficam na farmácia do Ambulatório São Lucas e são entregues depois da apresentação da receita médica.

“Infelizmente, muitos medicamentos não estão sendo encontrados. Como antibióticos. É preciso melhorar a comunicação entre PSF e farmácia básica, para o médico verificar qual medicamento tem na farmácia básica e que ele possa receitar”, disse o vereador Francisco Sena (Podemos), que é presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Passos.

Entre os remédios em falta estão os antibióticos amoxicilina + clavulanato de potássio em comprimido e xarope e azitromicina em xarope. O antialérgico loratadina também está na lista dos medicamentos em falta.

“O grande problema da falta desses medicamentos é ter um quadro infeccioso e ser preciso controlar a infecção, para evitar que o quadro evolua para um quadro mais grave. Quando há falta de um medicamento tão importante e tão utilizado, que uma eficácia comprovada, colocamos em risco o paciente”, falou o professor de farmacologia da UEMG, Gabriel Tavares do Vale.

Ainda segundo o professor da Universidade do Estado de Minas Gerais, a falta do medicamento atrapalha o tratamento, já que os pacientes precisam retornar ao médico para o especialista avaliar um novo remédio que seja compatível com a doença.

“A partir do momento que aquele o médico prescreveu, principalmente em questão de antibiótico, está em falta, é preciso ter o retorno médico para tentar substituir aquele medicamento, mas substituir por um antibiótico que tenha a mesma ação. Se aquele tipo de paciente é permitido fazer o uso do novo tratamento. Isso tem que ser avaliado pelo médico para ver se conseguir trocar por outra classe de medicamento. Quanto maior o tempo esperado pelo paciente, mas o quadro evolui”

Em nota, a Prefeitura de Passos disse que em relação aos antibióticos, recebeu uma carta do laboratório fabricante explicando que está em falta a matéria-prima usada na produção.

Já com relação ao outro medicamento, a prefeitura informou que já foi feita a compra e eles estão esperando a entrega.

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