Jornal Folha Regional

Petrobras deve anunciar aumento dos combustíveis nesta sexta-feira

Um aumento nos preços da gasolina e do diesel deve ser anunciado nesta sexta-feira (17) pela Petrobras. A decisão foi tomada depois de uma reunião extraordinária do conselho de administração da estatal, realizada em pleno feriado, na tarde da quinta-feira (16).

Com o encontro, Márcio Weber, presidente do conselho, pretendia fazer a petrolífera segurar por mais algum tempo o reajuste dos combustíveis, como foi solicitado pelo Presidente da República Jair Bolsonaro. Entretanto, a diretoria da Petrobrás decidiu manter o que já estava planejado, e aprovou o aumento nos preços do diesel e da gasolina, que entrará em vigor na próxima semana.

Tal atitude atende à demanda do mercado, uma vez que havia defasagem de cerca de 15% a 20% nos preços desses dois produtos nas refinarias da estatal. O diesel estava há mais de 30 dias sem reajuste, e a gasolina não tinha aumento havia mais de três meses. A pressão era para que se alinhassem os valores desses combustíveis aos preços internacionais. 

A  Petrobras tem como política de preços o PPI (Preço de Paridade Internacional), que foi implementada em 2016, no governo Michel Temer. Por meio dela, o índice para cálculo dos preços dos combustíveisos considera os custos de importação, incluindo transporte e taxas portuárias, além do preço do petróleo no mercado internacional e o valor do dólar (câmbio).

Procurada, a Petrobras não confirmou o anúncio do reajuste “por questões concorrenciais”. Disse que “não pode antecipar decisões sobre manutenção ou reajuste de preços”.

Eleição

Neste momento, a inflação é vista como uma ameaça à reeleição de Jair Bolsonaro. Esse seria um dos motivos para o governo tentar segurar os preços da gasolina e do diesel.

Em sua live semanal, nesta quinta-feira (16), o presidente voltou a afirmar que vai baixar os impostos PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) que incidem sobre os combustíveis. Ele falou que a redução vai representar mais ou menos R$ 2 no preço da gasolina, e R$1 no preço do diesel.

Bolsonaro também disse esperar que a Petrobras não reajuste os preços antes de ele mandar essa medida de redução ao Congresso Nacional. “Quanto mais o povo está sofrendo, mais felizes estão os diretores e o atual presidente da Petrobras”, comentou, durante a transmissão ao vivo nas redes sociais.

O presidente afirmou que já chegou ao Planalto o projeto, aprovado na Câmara, que torna essenciais itens como energia, combustíveis, transportes e telecomunicações. Agora, ele tem 15 dias para sancionar a proposta. 

“A Câmara aprovou em definitivo o teto de ICMS. […] A gente espera que a Petrobras não reajuste os combustíveis. Porque eles têm total liberdade. Eu não mando nada lá. Nós trocamos o ministro de Minas e Energia, ele está tentando mudar a presidência e a diretoria da Petrobras, mas é complicado, uma burocracia enorme”, reclamou Bolsonaro.

Nos últimos dias, José Mauro Coelho, presidente da estatal, conversou com dois membros do governo: os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. Eles solicitaram a manutenção dos preços, e pediram para Coelho renunciar ao cargo. A ideia é colocar em seu lugar Caio Paes de Andrade, indicado por Sachsida. 

Gasolina em Passos é 10% mais cara que média do Brasil

O preço médio de R$ 7,42 no litro da gasolina comum identificado pelo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em Passos (MG), dias 8 e 9 de dezembro é 10% mais caro que a média nacional, que caiu para R$ 6,70. No município, produto varia de R$ 7,24 a R$ 7,69 (mesma oscilação da aditivada) – foram pesquisados 9 estabelecimentos. No caso do etanol, variação entre R$ 5,43 e R$ 5,99. O diesel, de R$ 5,36 a R$ 5,59.

Em 16 locais pesquisados pela ANP, apenas um estabelecimento comercializa o botijão de 13 quilos do gás de cozinha por R$ 100.

O preço máximo, de R$ 115, também é anunciado por apenas um local. O preço médio alcançou os R$ 108,31.

Via: Da Redação.

Senado deve votar nesta terça criação de fundo para conter alta dos combustíveis

Depois de 20 dias da primeira tentativa, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado marcou para esta terça-feira (7) a votação do projeto de lei que cria um fundo de estabilização e muda o cálculo de referência dos preços dos combustíveis, com o objetivo de controlar os valores que chegam ao consumidor final. Se aprovado, haverá uma segunda fase de análise no plenário, que reúne os 81 senadores.

A ideia é que os preços internos praticados por produtores e importadores sejam baseados nas cotações médias do mercado internacional, custos internos de produção e custos de importação, quando for possível aplicar. A atual fórmula é ligada à Paridade de Preços Internacionais (PPI).

O sistema considera o valor do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional para definir o preço dos combustíveis. O relator do projeto, senador Jean Paul Prates (PT-RN), afirmou que o ideal seria abandonar esse modelo, mas reclamou da falta de apoio político para isso.

“A malfadada metodologia do PPI é uma guilhotina que, com frequência quase mensal, corta o orçamento das famílias e a receita de trabalhadores autônomos de transporte de carga e de passageiros. Apenas em 2021, a Petrobras aumentou onze vezes o preço de refinaria da gasolina e nove vezes o do diesel, totalizando a elevação de respectivamente, 73% e 65%”, afirmou.

Além disso, o Poder Executivo poderá utilizar o sistema de bandas de preços para limitar a variação dos valores, definindo a frequência de reajustes e os mecanismos de compensação. Nesse modelo, para evitar aumento súbito, haverá um limite máximo para as variações dos preços do petróleo no varejo.

Pelo texto, ficar criado um imposto de exportação sobre o petróleo com alíquotas móveis à variação do preço. Caso a proposta seja aprovada, haverá isenção para o barril de petróleo bruto de até US$ 80; alíquota de 7,5% quando o barril custar entre US$ 80 e US$ 100; e máxima de 12,5% quando o valor do barril superar US$ 100.

Em segunda versão do relatório apresentado em 30 de novembro, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) alterou a taxas. Antes, o proposta era de taxa zero para o barril de até US$ 40; de 30% quando o barril custar entre US$ 40 e US$ 70; e atingirá 50% quando o valor do barril ultrapassar US$ 70.

O texto determina ainda que o fundo de estabilização dos preços dos combustíveis seja alimentado pelo imposto de exportação do petróleo e por dividendos da Petrobras devidos à União, além de outras fontes de recursos.

De autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), o projeto de lei foi apresentado em abril deste ano com a intenção de conter altas abruptas nos preços da gasolina, etanol e diesel. Na avaliação dele, com a aprovação do projeto, o litro da gasolina poderia cair a R$ 5 nas bombas ao consumidor.

O governo, no entanto, resiste à aprovação e foi o responsável pelo primeiro adiamento da votação. Na ocasião, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), se manifestou abertamente contrário ao imposto de exportação. Ele afirmou que o debate é delicado e repercute no ponto de vista de investimentos financeiros e da competitividade de mercado do Brasil.

“Quero lembrar que o nosso sistema tributário não permite a criação de nenhum imposto de exportações. Isso tira a competitividade do produto do Brasil. Na realidade, todos os sistemas tributários procuram não onerar o fluxo de exportação”, pontuou o líder do governo.

Preço médio do etanol no país sobe 12,96% em um mês

Assim como a gasolina, o etanol vive uma escalada nos preços. Os valores praticados nas bombas dos postos de combustíveis subiram em 21 estados e no Distrito Federal na semana de 7 a 13 de novembro, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

O preço médio do etanol subiu 1,89% na semana em relação à anterior, de R$ 5,294 para R$ 5,394 o litro, ainda segundo a ANP. Em outros quatro Estados, os preços recuaram, enquanto no Amapá não houve levantamento.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 12,96%. O estado com maior alta no período foi Mato Grosso, onde o litro subiu 18,03% no mês. Na apuração semanal, a maior alta de preço foi observada em Roraima, com avanço de 5,27%, para R$ 6,095 o litro.

O  Rio Grande do Sul tem o maior preço pesquisado: R$ 7,899 o litro. O maior preço médio estadual também foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 6,943.

Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do etanol ficou em R$ 5,256 o litro, alta de 2,12% ante a semana anterior.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 4,499 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 5,021, foi registrado na Paraíba – não há, portanto, estados com o biocombustível a menos de R$ 5/litro. 

Gasolina sobe pela 5ª semana seguida e máxima chega a 8 reais por litro

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis informou nesta segunda-feira 8 que o preço médio da gasolina nos postos brasileiros subiu 2,25% na semana passada e atingiu 6,7 reais por litro. O preço máximo registrado foi de 7,99 reais no Rio Grande do Sul.

Trata-se da 5ª semana consecutiva com elevação nos preços. Em 20 estados é possível encontrar o litro da gasolina a mais de 7 reais: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

O último reajuste dos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras foi anunciado pela Petrobras em 25 de outubro. Com isso, o preço do litro do diesel nos postos subiu 2,45% na última semana, atingindo uma média de 5,34 reais.

O preço médio do etanol subiu 4,5% na semana e chegou a 5,29 reais, enquanto o do botijão de gás se manteve estável, em 102,48 reais.

Postos repassam reajuste e gasolina sobe 3,3% em uma semana

Com o reajuste promovido pela Petrobras, o preço da gasolina nos postos brasileiros subiu 3,3% na semana passada, atingindo o valor médio de R$ 6,321 por litro, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

O reajuste, de 7,2%, entrou em vigor no último dia 9, segundo a estatal, para compensar parte da elevação das cotações internacionais do produto.

A Petrobras também aumentou o preço do gás de cozinha, no mesmo percentual.

Com os repasses, já é possível encontrar gasolina a mais de R$ 7 por litro em seis estados, segundo a pesquisa da ANP: Mato Grosso, Piauí, Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O preço mais alto, R$ 7,499 por litro, foi registrado em Bagé (RS).

De acordo com a ANP, o preço do botijão de 13 quilos teve alta de 1,8% nas revendas esta semana, atingindo o valor médio de R$ 100,44, superando pela primeira vez casa dos R$ 100 no preço médio nacional. Em Mato Grosso, Rondônia e no Rio Grande do Sul, é possível encontrar o botijão a R$ 135.

A escalada dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores de pressão sobre a inflação brasileira, que em setembro acelerou para 1,16%, a maior alta para o mês desde o início do Plano Real, quebrando a barreira simbólica dos dois dígitos no acumulado de 12 meses.

Para tentar reverter os impactos dos aumentos sobre sua popularidade, o presidente Jair Bolsonaro vem colocando o tema como principal prioridade do seu governo, com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Nesta quinta (14), a Câmara aprovou projeto de lei que altera as regras de cobrança do ICMS, imposto estadual que vem sendo apontado erroneamente pelo governo como principal causa dos aumentos dos preços dos combustíveis.

Criticado por governadores e especialistas, o projeto promete reduzir em 7% o preço da gasolina. Os estados alegam que perderão R$ 24 bilhões por ano com a nova fórmula, que segundo eles não resolveria o problema da alta de preços.

A pesquisa da ANP identificou também nova alta no preço do diesel, que foi reajustado nas refinarias no início do mês. Segundo a agência, o produto custa, em média, R$ 4,976, aumento de 0,3% em relação à semana anterior.

Assim, a alta acumulada desde o reajuste nas refinarias é de 5,7%.

O preço do etanol também manteve a tendência de alta e fechou a semana a R$ 4,819 por litro, valor 0,9% superior ao registrado na semana anterior.

Com a pressão política sobre os preços dos combustíveis, a Petrobras vem tendo dificuldades de cumprir os prazos de acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que prevê a venda de metade de sua capacidade de refino.

Até agora, apenas duas unidades foram vendidas, as refinarias da Bahia e do Amazonas. Outros três processos ainda estão em negociação e três, com prazo final para assinatura de contratos no fim deste mês, foram suspensos.

Petrobras anuncia aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (8) que vai reajustar o preço da gasolina e do gás de cozinha (GLP) para as suas distribuidoras a partir deste sábado (9). O aumento será de 7,2% em cada produto.

Segundo a companhia, o preço médio da gasolina passará de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,20 por litro.

Para o GLP, o preço médio passará de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg, equivalente a R$ 50,15 por botijão de 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,26 por kg.

Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,18 por litro em média, o que corresponde a um aumento de R$ 0,15 por litro.

A Petrobras não anunciou reajuste nos preços dos demais combustíveis. No final de setembro, a estatal reajustou o preço do diesel em 8,89%, após 85 dias de preços estáveis para o combustível.

De acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, no acumulado nos últimos 12 meses até setembro, a gasolina subiu 39,6% no país e o gás de botijão avançou 34,67%.

Justificativas da Petrobras

Em seu anúncio, a Petrobras destacou que aplica o reajuste sobre o GLP “após 95 dias com preços estáveis, nos quais a empresa evitou o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”. Já para a gasolina A, o período de estabilidade foi de 58 dias, segundo a empresa.

A companhia afirmou que elevação reflete os patamares internacionais de preços de petróleo, “impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial”, e a taxa de câmbio, “dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.

Nesta quinta-feira, o preço do barril de petróleo Brent – referência internacional – fechou acima em US$ 81,95, renovando máximas de cotação desde o final de 2018. Já o dólar atingiu R$ 5,5160, a maior cotação desde 20 de abril.

De acordo com a Petrobras, esses ajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.

Petrobras anuncia alta no preço do diesel

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (28) que vai elevar o preço do diesel vendido às distribuidoras. Com o reajuste, o preço médio de venda do diesel A passa de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro. O reajuste entra em vigor na próxima quarta-feira (29).

Segundo a Petrobras, a alta de 8,89% vem após 85 dias de preços estáveis para o combustível – a última alta antes dessa havia sido em 7 de julho passado. A Petrobras não informou reajuste nos preços dos demais combustíveis.

A estatal também informa que, com o reajuste, a parcela que corresponde à Petrobras no preço pago pelos consumidores na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro em média, uma alta de R$ 0,22 em relação ao valor atual.

Altas esperadas

Na segunda-feira, a Petrobras já havia informado que estudava reajuste nos preços dos combustíveis, e reafirmou que não faria mudanças em sua política de preços – que acompanha os valores do mercado internacional e é influenciada também pelo câmbio.

Segundo o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, o papel de zelar pelos preços dos combustíveis é do governo, do Ministério de Minas e Energia, do Ministério da Economia e da Casa Civil.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro do diesel no país estava em R$ 4,707 na semana passada, pouco abaixo dos R$ 4,709 registrados na semana passada.

De acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, no acumulado no ano até agosto, o óleo diesel subiu 28,02% no país.

Nesta terça-feira, o barril do petróleo Brent, referência global, superou a marca de US$ 80 atingindo a maior cotação desde outubro de 2018.

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