Jornal Folha Regional

Bolsonaro minimiza racismo no Brasil: “Não é como dizem”

Em entrevista ao apresentador Tucker Carlson, da emissora estadunidense conservadora Fox News, o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a existência do racismo no Brasil e mencionou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal oponente nas eleições de outubro para o Palácio do Planalto.

“É uma forma de você dividir. Mesmo antes de Lula tomar o poder, em 2003, a esquerda já pregava uma disputa de negros contra brancos, chefes e empregados, nordestinos e sulistas. A esquerda ganhou seguidores graças a essa abordagem”, afirmou o presidente. A conversa foi exibida na noite de quinta-feira (30/6) nos Estados Unidos.

“Eu sou um branco de olhos azuis. Racismo existe no Brasil, mas não como dizem. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas”, prosseguiu.

Confira a entrevista:

Ainda na entrevista, o mandatário afirmou que a esquerda brasileira estaria desesperada, pois seu governo “está indo muito bem”.

Bolsonaro também voltou a criticar a vacina contra a Covid-19 e medidas restritivas de combate à doença, voltou a defender o tratamento precoce com hidroxicloroquina, desmentiu informações sobre o desmatamento da Amazônia e minimizou o racismo no Brasil.

Via: Metrópoles.

Bolsonaro estará presente na inauguração do Santuário de Santa Rita de Cássia a convite de Carlos Melles

O presidente nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, que é de São Sebastião do Paraíso (MG), no ano passado entregou ao presidente Jair Messias Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília, um convite especial para a inauguração do novo Santuário de Santa Rita, que será em maio deste ano. O templo está sendo construído na cidade de Cássia (MG).

De acordo com informações do empresário Paulo Flávio de Melo Carvalho, doador do Santuário à Diocese de Guaxupé, o templo será o maior do mundo dedicado à Santa Rita.

“O convite, do qual fui portador, está assinado pelo bispo diocesano, Dom José Lanza Neto, pelo prefeito cassiense, Rêmulo Carvalho Pinto, o “Reminho”; e pelo empresário Paulo Flávio. O presidente ficou muito honrado e agendou para estar presente, no dia 22 de maio de 2022, neste que será um momento histórico com a participação de milhares de fiéis”, afirmou Melles ao jornalista Romulo Leandro.

Um grupo de apoiadores do Presidente estão movimentando as redes sociais com a confirmação da vinda do Presidente, e sua participação em uma Motociata que será organizada.

De acordo com as postagens apuradas pela redação do Jornal Folha Regional, um grupo de conservadores e apoiadores do presidente, a concentração será no Posto Primavera no Jardim Elimar em Franca (SP), às 07h30 rumo à cidade de Cássia pela Rodovia Ronan Rocha.

Avante lança pré-candidatura de André Janones à Presidência da República

O partido Avante lançou no último sábado (29) a pré-candidatura do deputado federal Andre Janones à Presidência da República.

O lançamento da pré-candidatura ocorreu em ato do partido no Mar Hotel, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Antes mesmo do lançamento oficial pelo partido, Janones já era citado em pesquisas de intenção de voto.

Entre os presentes no evento de lançamento da pré-candidatura estavam os deputados federais pelo Avante Greyce Elias (MG), Sargento Isidorio (BA), Tito (Bahia), Sebastião Oliveira (PE) e Luís Tibé (MG), que também é presidente nacional do partido.

Outros partidos também já lançaram oficialmente pré-candidatos ao Palácio do Planalto:

  • Cidadania – Alessandro Vieira, atual senador por Sergipe;
  • Novo – Felipe d’Ávila, cientista político;
  • PSDB – João Doria, atual governador de São Paulo;
  • PDT – Ciro Gomes;
  • UP – Leonardo Péricles, presidente do partido.
  • MDB – Simone Tebet, atual senadora pelo Mato Grosso do Sul.

Não foram anunciados oficialmente ainda, mas estão cotados para participar das eleições para Presidência da República:

  • Jair Bolsonaro (PL);
  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
  • Rodrigo Pacheco (PSD);
  • Sergio Moro (Podemos).

Discurso


Após ter a pré-candidatura lançada, Janone fez um discurso de cerca de 45 minutos. Depois de cumprimentar as pessoas presentes, ele falou sobre a própria história de vida e criticou direcionamentos ideológicos a pautas relacionadas ao país

Janones também criticou adversários políticos, principalmente o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula e o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro, todos cotados como candidatos à Presidência.

Sobre as propostas, o pré-candidato disse que pretende criar um programa de renda básica e fazer investimentos “pesados” na promoção da igualdade social.

“Vamos encampar essa campanha de um programa de renda mínima para aqueles que mais precisam. E quando eu falo sobre isso, a primeira coisa que sempre me perguntam em qualquer entrevista ou debate é ‘vai tirar dinheiro de onde?’. Ninguém nunca perguntou de onde vai tirar dinheiro para pagar o juro a banqueiro, para pagar amortização de dívida, para pagar privilégio de político”, disse.

O deputado federal criticou em diversas vezes o que chamou de “polarização política” entre a esquerda e a direita. Criticou a discussão de pautas como porte de arma de fogo, do movimento “Escola sem Partido” e também do que se convencionou chamar de “ideologia de gênero”.

“Ela [a população] até queria poder falar do ‘partido sem escola’ (sic) mas ela não pode opinar sobre isso porque está com fome, ela não tem o que comer hoje à noite, ela não tem garantia de que amanhã vai conseguir se alimentar. Então, para essas pessoas, essas discussões ideológicas são discussões absolutamente secundárias”, declarou.

Janones também falou, por diversas vezes, que pretende exercer um mandato participativo, caso seja eleito à Presidência da República. Afirmou que o eleitor deve participar ativamente da gestão e que é possível discutir “combate à corrupção enquanto se dá comida a quem tem fome”.

Sobre o meio ambiente, o pré-candidato afirmou que a preservação seria muito mais fácil e efetiva se o foco fosse colocado em políticas sociais para melhorar as condições de vida das pessoas.

Carreira política


André Janones nasceu em Ituiutaba, no triângulo mineiro, e é advogado. Exerce o primeiro mandato na Câmara como deputado federal. Em 2016, ele se candidatou à prefeitura da cidade em que nasceu, mas foi derrotado.

Em 2018, foi eleito deputado federal pelo Avante como o terceiro parlamentar mais votado de Minas Gerais, com 178.660 votos. Em 2019, foi alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara por ter mencionado que havia bandidos entre os parlamentares.

Ele responde a um processo cível na Justiça de Minas Gerais por ter postado no Facebook um vídeo com críticas ao chefe de gabinete do então prefeito de Capelinha (MG), o qual chamou de “estelionatário” e “nepotista”.

Em 2021, André Janones tentou, em candidatura avulsa, ser presidente da Câmara dos Deputados. Ele ficou em sexto lugar, com três votos.

Bolsonaro anuncia reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (27) que reajustou o piso salarial para professores de todo o país em 33,24%. Com isso, o piso passa de R$ 2.886 para R$ 3.845.

A informação de que o governo iria dar esse reajuste foi antecipada pelo blog da Ana Flor.

A lei do piso salarial dos professores, sancionada em 2008, estabelece que o reajuste é feito anualmente, no mês de janeiro.

De acordo com o blog da Ana Flor, setores do governo debatiam até a noite desta quarta (26) qual deveria ser o tamanho do reajuste.

Casa Civil, Ministério da Economia e Ministério da Educação estavam considerando um aumento de 7,5%, que atenderia a governadores e prefeitos, já que estados e municípios arcam com a maior parte do custo da folha da educação básica.

Só que a pressão de parlamentares da área da educação e das categorias do magistério, além das ameaças de judicialização, levaram o governo a não querer assumir o custo político de dar um percentual de reajuste menor que 33%.

O reajuste de 33% defendido pelos professores segue os critérios da antiga lei do Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb), substituída por uma nova versão aprovada no fim de 2020.

Mãe de Bolsonaro morre aos 94 anos

Olinda Bolsonaro, mãe do presidente Jair Bolsonaro, morreu na madrugada desta sexta-feira (21), aos 94 anos. O anúncio foi feito pelo presidente em suas redes sociais. A causa da morte ainda não foi informada. Corpo será velado e enterrado em Eldorado, no interior de São Paulo.

“Com pesar o passamento da minha querida mãe. Que Deus a acolha em sua infinita bondade”, escreveu ele no Twitter.

Olinda Bolsonaro estava internada no Hospital São João, em Registro, no interior de São Paulo, desde a última segunda-feira (17).

Ela morava em Eldorado (SP), que fica a aproximadamente 52 quilômetros de distância de Registro e não conta com hospital de referência.

Na mesma publicação em que anunciou a morte da mãe, Bolsonaro também afirmou que se prepara para voltar ao Brasil. Bolsonaro viajou na manhã desta quinta-feira (20) para Paramaribo, no Suriname, e chegou à cidade por volta de 12h, no horário de Brasília. Essa era a primeira parada de uma viagem que duraria dois dias e também incluiria a Guiana.

Bolsonaro: ‘Não vou dizer que no meu governo não tem corrupção’

Aos apoiadores no “cercadinho” do Palácio do Planalto, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que não há como afirmar 100% que seu governo não tem corrupção. 

A frase de Bolsonaro destoa do que o próprio presidente disse em outubro de 2020, quando afirmou que a operação Lava Jato acabou porque “no meu governo não tem corrupção”. 

Nesta segunda-feira (6), Bolsonaro disse que não consegue saber o que acontece com milhares de servidores, mas que a maioria é honesta. 

“Não vou dizer que no meu governo não tem corrupção. A gente não sabe o que acontece muitas vezes. Sre tiver qualquer problema no meu governo a gente vai investigar aí. Não posso dar conta de mais de 20 mil servidores comissionados, ministérios com 300 mil funcionários. A grande maioria são (sic) pessoas honestas”, disse o presidente. 

Presidente Jair Bolsonaro participa da cerimônia de lançamento da Jornada das Águas em São Roque de Minas

O presidente Jair Bolsonaro visitou São Roque de Minas (MG) onde participou da cerimônia de lançamento da Jornada das Águas nesta segunda-feira (18). O evento aconteceu no Estádio Municipal José Firmino de Souza, onde o Governo Federal também deu início ao processo de construção da Barragem de Jequitaí (MG).

O presidente chegou a Araxá (MG) por volta das 9h30 e não falou com a imprensa. Bolsonaro cumprimentou apoiadores que estavam esperando na entrada do aeroporto, o que gerou aglomeração.

Ele foi recebido pelo prefeito Robson Magela. No aeroporto ele cumprimentou o ex-combatente Francisco Matias de Oliveira que completa 100 anos no próximo mês.

Acompanhado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o presidente seguiu de helicóptero para São Roque de Minas.

Durante seu discurso, emocionado, Bolsonaro falou sobre o Dia do Médico e agradeceu aos profissionais por terem realizados seu tratamento contra a Covid-19.

”Gostaria de pedir uma salva de palmas para os médicos aqui presentes, muito obrigado a todos vocês, por mim, pela minha filha e por todos nós. Esse dia é muito especial, vocês são aqueles que nos momentos mais difíceis nos confortam e nos dão esperança. Seguindo a orientação do Conselho Federal de Medicina, ele defende a autonomia do médico. Se não tem um medicamento especifico para aquele momento, vocês tem o dever e a liberdade de comum acordo com o paciente ou sua família em receitar um remédio não previsto na bula, o conhecido tratamento off label. Vivemos no Brasil um momento de politização de uma doença, a história dirá quem estava certo. A vida não tem preço, devemos fazer tudo para salvar a vida de um companheiro, e em especial os profissionais preparados e habilitados para isto. O tratamento off label para Covid, o meu não foi, mas foi uma situação emergencial. Se fosse esperar o resultado de mais exames, eu não teria sobrevivido. Obrigado médicos, pela formação, pela dedicação, pelo carinho e pela força que vocês tratam as nossas vidas”, comentou o presidente.

Jair ainda falou sobre a seca que atinge não só a região, mas o país todo.

‘’Quando se fala de vida, tem que se falar em água, até quando descobrimos um planeta a luz de distância aqui da terra, procuramos saber, através da física, se lá existe algum vestígio de água, porque se existir, existe a possibilidade de vida. E não é porque temos água em abundância que não devemos preservá-la. A água aqui não é apenas para Minas Gerais, é para o nosso Nordeste, se não preservarmos aqui, faltará lá. Muitas pessoas têm trabalhado neste projeto do governo. Preservando estes mananciais, garantimos que o Velho Chico vai continuar com água’’, continuou Bolsonaro.

O presidente afirmou que vai decidir sobre a extensão do auxílio emergencial e a questão do preço do diesel ainda esta semana.

“Se Deus quiser, nós resolveremos esta semana a extensão do auxílio emergencial. Como devemos resolver, também esta semana, a questão do preço do diesel. As soluções não são fáceis, mas nós temos obrigação de mostrar a origem do problema e como resolvê-lo”, afirmou o chefe do Executivo nacional.

Apesar de confirmar reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o mandatário da República não deu detalhes sobre valores nem o dia exato em que divulgará as informações.

Mais uma vez, o presidente afirmou que a inflação tem afetado o mundo inteiro, e voltou a enfatizar que esse problema veio por causa da política do “fique em casa”, adotado por governadores durante a pandemia da Covid-19, e que atingiu a economia brasileira.

A questão do diesel também entrou na pauta desde que os caminhoneiros anunciaram um indicativo de greve para o dia 1º de novembro. Segundo a categoria, o valor do combustível tem feito a classe perder o poder aquisitivo.

No evento, foi anunciado aporte de R$ 5,8 bilhões em investimentos previstos no processo de capitalização da Eletrobras.

Do total, serão R$ 3,5 bilhões para as bacias do Rio São Francisco e do Rio Parnaíba e R$ 2,3 bilhões para as bacias que integram a área de influência dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Furnas.

Também foram anunciados R$ 20 milhões para obras complementares na barragem de Jequitaí, como realocação de pontes e galerias. Para a construção da barragem, será lançado Edital de Chamamento Público – PMI (Proposta de Manifestação de Interesse) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

A jornada vai partir da nascente do Rio São Francisco e percorrer os nove estados do Nordeste com obras de infraestrutura, preservação e recuperação de nascentes e cursos d’água, saneamento, irrigação, apoio ao setor produtivo e aos municípios, além de mudanças normativas.

Assista a cerimônia completa abaixo:

Bolsonaro veta distribuição gratuita de absorvente feminino

O presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorvente feminino para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. A decisão, publicada na edição desta quinta-feira (7) do “Diário Oficial da União”, argumenta que o texto do projeto não estabeleceu fonte de custeio.

A proposta, de origem na Câmara dos Deputados, foi avalizada pelo Senado no dia 14 de setembro e seguiu para a sanção do presidente.

Bolsonaro sancionou o projeto, criando o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, mas vetou o artigo 1º, que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos femininos, e o artigo 3º, que estabelecia a lista de beneficiárias:

  • estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino;
  • mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;
  • mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e
  • mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

O presidente vetou, ainda, o trecho que incluía absorventes nas cestas básicas distribuídas pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Custeio

Bolsonaro argumentou, entre outros motivos, que o projeto aprovado pelo Congresso não previu fonte de custeio para essas medidas.

O texto aprovado previa que o dinheiro viria dos recursos destinados pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) – e, no caso das presidiárias, do Fundo Penitenciário Nacional.

Em relação ao SUS, o presidente argumentou que absorventes não consta da lista de medicamentos considerados essenciais (a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e que, ao estipular beneficiárias específicas, o projeto não atendia ao princípio de universalidade do sistema único de saúde.

Sobre o o Fundo Penitenciário Nacional, o presidente alega que a lei o que criou o não prevê os uso de recursos para esse fim.

O presidente manteve os trechos que obrigam o Poder Público a promover campanha informativa sobre saúde menstrual e que autoriza os gestores da área de educação a realizar os gastos necessários para atendimento ao que prevê a lei.

O Congresso pode decidir manter ou derrubar vetos presidenciais. O prazo para essa avaliação é de 30 dias após a publicação do veto no Diário Oficial, mas nem sempre ele é cumprido.

Precariedade menstrual

A medida tem como objetivo combater a precariedade menstrual, identificada como a falta de acesso ou a falta de recursos que possibilitem a aquisição de produtos de higiene e outros itens necessários ao período menstrual.

Reportagens de maio do Fantástico mostram que mulheres chegam a usar miolo de pão em substituição ao absorvente e que uma em cada quatro jovens já faltou à aula por não poder comprar o item.

Governo de Minas promete reunião com tanqueiros para a próxima semana

O Governo de Minas Gerais confirma que terá uma reunião com tanqueiros somente na próxima semana, após o grupo demandar, novamente, uma discussão sobre o valor do ICMS do etanol nos últimos dias. O Estado sinaliza, contudo, que não diminuirá a alíquota do imposto imediatamente.

O Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas (Sindtanque-MG) confirma que a reunião ocorrerá na próxima terça-feira (14) e informa que, até lá, manterá somente 50% da frota de distirbuição de combustíveis em circulação no Estado. O sindicato destaca que não está envolvido na greve de caminhoneiros desta quinta-feira (9), que paralisa vias em vários Estados. 

Mais uma vez, o governo estadual reforçou que a alta dos preços dos combustíveis está relacionada à Petrobras. “É importante deixar claro que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelo Estado, mas, sim, à política de preços adotada pela Petrobras”, disse, por meio de nota.

O último ajuste da alíquota do ICMS pelo Estado para o diesel, foco dos tanqueiros, ocorreu em 2012, quando ela passou de 12% para 15%. Já a taxa cobrada pela gasolina e pelo etanol aumentou em 2018, chegando a 31% e 16%, respectivamente.

De acordo com o governo do Estado, a redução das alíquotas atuais do ICMS depende de autorização, por unanimidade, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A proposta, apresentada pela última vez em julho, foi rejeitada, segundo o governo estadual. 

Impasse

O professor de planejamento tributário do Ibmec BH Antônio Paulo Machado avalia que a margem de manobra do Estado é curta neste momento. “O governo está falando uma verdade quando diz que não está aumentando a alíquota. Por outro lado, a incidência do ICMS sobre o combustível é sobre o preço de pauta, que segue o valor de mercado calculado em pesquisa pelo governo estadual”, pondera. Ele lembra que, mesmo um eventual congelamento do cálculo dessa média, que considera o valor praticado pelos postos mineiros, poderia não solucionar a alta dos combustíveis, pois o valor atual já está em um patamar elevado. 

O professor também lembra que a alteração do imposto poderia ir na contramão do equilíbrio fiscal, em um momento de aperto das contas públicas. Ao mesmo tempo, ele pontua que o governo federal e a Petrobras também precisam ser chamados ao diálogo. “Estabelecer uma política de preço de curto prazo com a Petrobras envolve o governo federal, que também precisaria conversar com os governos estaduais para ver como poderia ser um ressarcimento pela diminuição do ICMS. O governo federal também pode ter políticas econômicas para reduzir o câmbio. É uma conversa que envolve vários setores”, conclui. 

Concessão da Globo termina em 5 de outubro de 2022. Entenda!

Desde que ingressou no Executivo nacional, o presidente Jair Bolsonaro prometeu, em diversas ocasiões, ser criterioso no processo que analisará a próxima renovação de concessão da TV Globo, que vence em 5 de outubro de 2022.

Porém, esse processo inclui uma série de questões que vão além da vontade do presidente da República. Elas envolvem o Congresso Nacional, pontos burocráticos e técnicos que podem levar até anos para serem finalizados.

CONGRESSO É QUEM DECIDE PROCESSOS DE RADIODIFUSÃO


Apesar de controlados por empresas privadas, os serviços de rádio e televisão são espécies de serviços públicos, e, por conta disso, são submetidos a controles e condições especiais de prestação. Para os serviços de radiodifusão, por exemplo, existem regras constitucionais específicas. Uma delas é a apreciação dos atos de outorga e de renovação de outorga pelo Poder Legislativo.

A Constituição estabelece que é do Congresso a responsabilidade de apreciar, em um prazo legal de 45 dias para a Câmara e de 45 dias para o Senado, os processos de radiodifusão, assim como as concessões, que só têm efeito legal se aprovadas pelos congressistas. Esse prazo, porém, acaba sendo flexibilizado, já que os serviços podem continuar sendo realizados em caráter provisório. As concessões de emissoras de TV são válidas por 15 anos e das emissoras de rádio, por 10.

EXECUTIVO É RESPONSÁVEL POR VERIFICAR CRITÉRIOS


A Constituição também estabelece qual é o papel do Poder Executivo na concessão das outorgas e renovações de concessão. O governo é o responsável por, na prática, implementar todas as etapas do procedimento licitatório, incluindo a verificação da regularidade fiscal e qualificação jurídica e econômico-financeira das concorrentes.

A questão da regularidade fiscal é, inclusive, um ponto crítico e citado frequentemente quando o assunto é a concessão da TV Globo. Nos últimos anos, por exemplo, diversos artistas da emissora têm sofrido punições pela prática de pejotização, no que a Receita Federal já chegou a classificar como “associação criminosa” entre os profissionais e a Globo com objetivo de fraudar o Fisco.

Também cabe ao Poder Executivo verificar se, no período de vigência da outorga, a emissora cumpriu todas as determinações previstas na Constituição e na regulamentação legal e infralegal, como as restrições à veiculação de propaganda de bebidas alcoólicas e tabaco, cumprimento da classificação indicativa, preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas etc.

DESCUMPRIMENTO DE EXIGÊNCIAS PODE RESULTAR EM FIM DE CONCESSÃO


O artigo 110 do Decreto nº 52.795, de 1963, destaca que o direito à renovação da outorga pela emissora decorre do cumprimento “das exigências legais e das finalidades educativas, culturais e morais a que se obrigou, condicionado à manutenção da possibilidade técnica e do interesse público”.

No mesmo regramento, o artigo 112 estabelece que a emissora deve encaminhar ao Poder Executivo requerimento solicitando a renovação da concessão ou permissão nos doze meses anteriores ao término do prazo da outorga. De acordo com o Congresso, em caso de descumprimento desses dispositivos, não há que se falar em renovação, mas em encerramento da concessão ou permissão.

Nessa hipótese, o artigo 113-A do decreto determina que seja declarada a “perempção” da concessão ou permissão. O mesmo artigo atribui ao Ministério das Comunicações a responsabilidade pela adoção das providências necessárias para a interrupção imediata da execução do serviço, sem prejuízo da manifestação do Congresso Nacional.

É importante lembrar, porém, que de acordo com a Constituição, o cancelamento de uma concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, só pode ser feito mediante decisão judicial.

COMO É A TRAMITAÇÃO DE UMA CONCESSÃO NO CONGRESSO


Os processos de radiodifusão tramitam de forma sequencial no Congresso Nacional, começando pela Câmara e terminando no Senado. Depois de tramitar pelo Poder Executivo no Ministério das Comunicações (MCOM) e na Casa Civil, o processo é remetido à Câmara via Mensagem Presidencial.

Na Câmara, o processo é numerado como TVR, termo técnico empregado na Casa para designar as proposições legislativas originadas dos atos de outorga e renovação de outorga que são encaminhados pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, antes de sua transformação em Projeto de Decreto Legislativo (PDC).

A TVR então é remetida para a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicações e Informática (CCTCI), que avalia o mérito da proposição, dando origem ao respectivo PDC. O projeto segue então para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), onde são avaliados aspectos relacionados à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da medida.

Caso a proposição seja aprovada em ambas as comissões (na CCTCI, como TVR, e na CCJC, como PDC), o PDC é considerado aprovado pela Câmara. Porém, ainda há situações em que o PDC é remetido ao Plenário da Casa, como no caso em que o processo trate de outorga ou de renovação de outorga, e haja interposição de recurso assinado por um décimo dos parlamentares da Casa.

Além disso, o projeto também vai para o Plenário sempre que o processo tratar de não renovação da outorga, ou quando tratar de renovação de outorga, mas a CCTCI ou a CCJC (ou ambas as Comissões) concluírem pela não renovação. Caso a medida seja reprovada nas comissões, ela só será validada se for aprovada pela maioria dos parlamentares, em um quórum mínimo de dois quintos da Câmara.

No Senado Federal, o PDC aprovado pela Câmara é apreciado pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática em caráter terminativo, ou seja, sem necessidade de ir a Plenário. Em caso de aprovação, é gerado, então, o Decreto Legislativo dispondo sobre o ato de outorga ou renovação, o qual é finalmente encaminhado à Casa Civil.

PRAZO PARA A CONCESSÃO PODE LEVAR ANOS


Apesar de a Constituição determinar que os atos de outorga e renovação de outorga sejam apreciados pela Câmara dos Deputados em 45 dias (excetuando recessos), na prática, o tempo médio de tramitação é superior a esse prazo e pode levar muitos anos para ser finalizado.

O que motiva a demora do processo é, sobretudo, a necessidade do cumprimento de rígidos trâmites administrativos e regimentais internos, que envolvem inclusive a manifestação de duas comissões temáticas distintas. Embora o tempo médio de tramitação na Câmara exceda em muito o limite, os prazos praticados pelo Poder Executivo também são dilatados.

Dados levantados pela Subcomissão Especial de Radiodifusão da Câmara indicam que o tempo médio de tramitação no Poder Executivo dos processos de renovação de outorga de emissoras FM em 2006 era de quase sete anos, enquanto na Câmara esse prazo era de 227 dias.

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