Jornal Folha Regional

Zema admite concorrer a presidente em 2026 ‘se for o nome mais viável’

Zema admite concorrer a presidente em 2026 'se for o nome mais viável' - Foto: reprodução
Zema admite concorrer a presidente em 2026 ‘se for o nome mais viável’ – Foto: reprodução

O governador Romeu Zema (Novo) admitiu na última terça-feira (2) que pode ser candidato a presidente em 2026 caso o seu nome apareça como o mais viável entre aqueles que compõem seu grupo político.

“Nós governadores de centro-direita temos conversado muito, nos aproximado, e no que depender de mim estarei apoiando o nome que o grupo vier analisar como o mais viável. Se for o meu, serei candidato”, afirmou o governador em live do Ranking dos Políticos. O canal avalia deputados e senadores e tem entre seus mantenedores a produtora de vídeos conservadora Brasil Paralelo.

“É algo que terá de ser construído, baseado em pesquisas, alianças, mas quero ajudar o Brasil. Para mim, não faz diferença se eu tiver de varrer as ruas de Brasília ou ser candidato a presidente”, disse.

Zema tem lançado sinais distintos em relação à sua candidatura em 2026, quando terá de deixar o cargo de governador de Minas. Ele tem sido cotado como um dos postulantes da direita em 2026 desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado pela Justiça Eleitoral e se tornou inelegível.

Na semana passada, Zema admitiu a possibilidade de ser candidato a vice-presidente, mas descartou as chances de concorrer a uma das duas vagas do Senado que estarão em disputa.

“Não ligo de ser vice, o que eu quero é participar”, disse o governador em conversa com jornalistas de rádio e TV do estado. Ele também afirmou que “não tem perfil” para um cargo no Legislativo.

Em fevereiro, disse que se sentia “convocado” e que estaria de prontidão para acompanhar o melhor candidato da direita. Em setembro do ano passado, ele havia descartado concorrer à Presidência.

“Eu estarei colaborando, sim, mas quero muito apoiar alguém, não quero ser o nome”, disse durante evento em São Paulo.

Além de Zema, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também são citados como possíveis presidenciáveis do grupo da direita -Tarcísio é único dos três que pode concorrer à reeleição.

Em maio deste ano, Mateus Simões (Novo), vice-governador de Minas e cotado a sucessor de Zema, disse à coluna Painel que a preferência para ser o candidato da direita em 2026 é do governador de São Paulo.

Foi Simões quem compareceu à agenda do presidente Lula na última semana em Minas Gerais, já que Zema alegou que tinha agenda marcada em cidades do norte do Estado.

Em evento em Belo Horizonte, o vice-presidente foi vaiado quando ia fazer o discurso e viu Lula interceder para reduzir os apupos da plateia.

“O vice-governador não está aqui só porque ele quer. Ele está aqui porque nós o convidamos. Temos que respeitar quem veio falar na nossa casa”, disse o presidente, ao lado de Simões.

“Muito antes de qualquer divergência político-partidária e ideológica, o importante é colocar Minas Gerais na frente. E o senhor, quando vem, faz os anúncios que fez ontem, mostra que está fazendo isso. Temos muito a construir juntos”, afirmou o vice no palanque.

Em assembleia geral, docentes da UEMG decidem pela continuidade da greve – 04 de junho

Em assembleia geral, docentes da UEMG decidem pela continuidade da greve - Foto: ADUEMG
Em assembleia geral, docentes da UEMG decidem pela continuidade da greve – Foto: ADUEMG

Na tarde dessa terça-feira (04) docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) de diversas unidades acadêmicas da capital e do interior se reuniram em assembleia geral, no auditório da Escola Guignard, em Belo Horizonte. A assembleia foi em um dia marcada por forte mobilização da categoria, que começou de manhã com a participação na audiência pública na Assembleia Legislativa e pelas votações em 1º turno das emendas ao PL 2.309/24.

Após a apresentação dos informes da mobilização e da greve na última semana, como também o andamento da situação no parlamento mineiro, a categoria reunida em assembleia debateu o movimento, e logo em seguida, em votação unanime, deliberou pela continuidade da greve por tempo indeterminado.

Aprovou-se também a moção de apoio às greves dos trabalhadores da Gerdau e também dos/das docentes e técnico-administrativos das instituições de ensino superior federais, organizados no ANDES-SN, SINASEFE e FASUBRA. E por fim, aprovou-se o calendário de lutas para a próxima semana, enfatizando na participação da categoria na pressão aos deputados na quarta e quinta, nas atividades da greve e na próxima assembleia geral da categoria, que se realizará na próxima quarta-feira (12).

Vídeo: Zema cede à pressão e promete reajuste de 4,62% aos servidores de Minas Gerais

O governador Romeu Zema (Novo) divulgou um vídeo na manhã desta terça-feira (4), prometendo reajuste de 4,62% aos servidores. Ao lado da secretária de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luísa Barreto, que é pré-candidata à Prefeitura de Belo Horizonte, Zema falou da situação financeira do Estado, do esforço para manter as contas em equilíbrio e prometeu o reajuste nesse percentual. O anúncio acontece depois da pressão dos servidores e de vários protestos, contrários ao índice de 3,62%, apresentado inicialmente.

“Recebemos as demandas dos servidores, com a interlocução sempre construtiva, do presidente da Casa, Tadeu Martins (presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais), e do nosso líder de governo, (deputado) João Magalhães. Passamos as últimas semanas reunidos, fazendo contas e ajustando economias nos gastos públicos para conseguirmos alcançar o índice de reajuste de 4,62%. Esse percentual corresponde exatamente à inflação de 2023. Desta forma, daremos uma recomposicao integral das perdas inflacionárias”, afirmou o governador de Minas.

Segundo a secretária Luísa Barreto, esse reajuste será geral, para todo o funcionalismo do Executivo estadual, retroativo a janeiro. Hoje, está prevista a votação de emendas ao projeto de recomposição, na Assembleia Legislativa. Luísa Barreto informou que o governo vai enviar uma emenda, nesta terça (4), ampliando o percentual, de 3,62% para 4,62%. “Esse índice foi alcançado graças a muito trabalho, capacidade de gestão e de planejamento. Pois a partir de uma análise dos números, fizemos remanejamentos internos e conseguimos buscar uma solução para aumentar o índice, sem comprometer o financiamento dos serviços prestados a todos mineiros. Esse reajuste será geral, para todo o funcionalismo do Executivo estadual, retroativo a janeiro”, garantiu a secretária.

Protesto

Nas últimas semanas, Romeu Zema enfrentou vários protestos de servidores de todo o Estado. Para hoje, estavam previstas novas manifestações, na abertura do congresso da Associação Mineira de Municípios (AMMM), que vai reunir os prefeitos de Minas Gerais no Expominas, na capital. Os servidores também prometeram se manifestar contra o governo, na Assembleia Legislativa, para pressionar a votação das emendas à proposta de reajuste. O vídeo foi divulgado por Zema minutos antes da abertura. O governador deve estar no Expominas, junto do vice, Mateus Simões.

Em cerca de 5 minutos de fala no vídeo, ao lado de Luísa Barreto, Zema afirma que desde que assumiu o governo, ele e o secretariado trabalharam arduamente para que Minas Gerais seja um Estado sustentável financeiramente – que gaste somente aquilo que arrecada. Ao defender que houve melhorias em indicadores de políticas públicas, o governador faz um afago aos servidores. “Essas melhorias só foram possíveis porque contamos com o trabalho dedicado dos nossos servidores que se empenham todo dia para atender bem os mineiros”, afirmou.

O governador citou ainda a dívida de Minas com a União, que já chega a cerca de R$ 170 bilhões, para justificar o aperto financeiro de Minas Gerais. “Devido a essa situação delicada, o reajuste aos servidores apresentado para 2024 foi inicialmente de 3,62%. Esse era, até então, o limite máximo que conseguíamos ofertar, sem colocar em risco o equilíbrio financeiro”, disse Zema, ao citar que o governo preza pelo diálogo. O governador reforçou que o índice de 4,62% é o máximo que o governo consegue ofertar.

Além de Zema, outros governadores mais que dobraram salários desde 2022

Além de Zema, outros governadores mais que dobraram salários desde 2022 - Foto: reprodução
Além de Zema, outros governadores mais que dobraram salários desde 2022 – Foto: reprodução

Três governadores aprovaram aumentos de mais de 100% sobre os próprios salários desde 2022, mostram dados das Assembleias Legislativas estaduais e portais de transparência.

Carlos Brandão (PSB), do Maranhão, aprovou neste mês aumento de 107%. O rendimento mensal dele vai passar de R$ 15.915 para R$ 33.006,39 a partir de junho. Em nota, o governo maranhense disse que Brandão recebia o menor salário entre os governadores de todo o Brasil e que não tinha reajuste desde 2014.

Antes dele, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aprovou aumento de 278% em maio passado, e o caso foi parar na Justiça. Em dezembro passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou um pedido para reverter o acréscimo. O subsídio mensal de Zema passou de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil.

Já o governo de Pernambuco, comandado por Raquel Lyra (PSDB), também sancionou aumento de 129%. Em dezembro de 2022, a Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco) aprovou que o salário do governador passasse de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil. No entanto, este não é o valor que Lyra recebe. A governadora escolheu continuar a receber R$ 42.145 mensais como procuradora do estado, cargo que ocupava antes de entrar para a política.

Lyra tem o maior salário entre os governadores brasileiros e também é quem recebe melhor na comparação com a renda média do estado. O salário dela é quase 38 vezes maior do que a renda per capita média do pernambucano em 2023, de R$ 1.113, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para o cientista político André César, não há justificativa para reajustes tão altos. “O seu vencimento tem que ser de acordo com a realidade local”, disse. “A inflação é muito menor que esses índices de reajuste, e o homem público tem que ser um exemplo para a sociedade. Nesses casos, é realmente tudo menos exemplar”, afirma. 

QUANTO GANHAM OS GOVERNADORES DE CADA ESTADO?

  • Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 42.145,88
  • Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92
  • Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69
  • Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 39.717,69
  • Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27
  • Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22
  • Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22
  • Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22
  • Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55
  • São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89
  • Roraima – Antonio Denarium (PP) – R$ 34.299,00
  • Amazonas – Wilson Lima (União) – R$ 34.070,00
  • Piauí – Rafael Fonteles (PT) – R$ 33.806,39
  • Paraná – Ratinho Junior (PSD) – R$ 33.763,00
  • Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – R$ 33.006,39
  • Amapá – Clecio Luis (Solidariedade) – R$ 33.000,00
  • Paraíba – João Azevedo (PSB) – R$ 32.434,82
  • Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – R$ 30.971,84
  • Mato Grosso – Mauro Mendes (União) – R$ 30.862,79
  • Distrito Federal (Brasília) – Ibaneis Rocha (MDB) – R$ 29.951,94
  • Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – R$ 29.365,63
  • Goiás – Ronaldo Caiado (União) – R$ 29.234,38
  • Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – R$ 28.070,00
  • Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – R$ 25.322,25
  • Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – R$ 21.914,76
  • Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL) – R$ 21.868,14
  • Ceará – Elmano de Freitas (PT) – R$ 20.629,59

Romeu Zema recusa negociação com docentes e UEMG continua em greve

Assembleia realizada na última sexta-feira (24), os professores e professoras da UEMG aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado. - Foto: Ascom/UEMG
Assembleia realizada na última sexta-feira (24), os professores e professoras da UEMG aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado. – Foto: Ascom/UEMG

Mesmo com o acordo de greve homologado em 2018, o posicionamento do Governo de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), é de não dialogar com a classe docente da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), a greve na instituição teve início no dia 02 de maio. Em assembleia realizada na última sexta-feira (24), os professores e professoras da UEMG aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado.

A Assembleia Geral de Docentes da UEMG aconteceu no Bloco 01 da Unidade Passos, a mesa foi coordenada pela vice-presidenta da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (ADUEMG), Camila Moura. O evento contou com centenas de trabalhadores e trabalhadoras que atuam na universidade, envolvendo unidades de todo o estado.

Entre os pontos abordados na pauta de reivindicações está a recomposição salarial e orçamentária cuja defasagem ultrapassa os 75%. “Os professores também exigem a incorporação das ajudas de custo e gratificações ao vencimento básico da carreira, atitude que impediria que parte dos seus salários fossem cortados em caso de licença saúde e maternidade”, comenta Camila Moura.

Nesta semana o Conselho Universitário da Universidade do Estado de Minas Gerais (CONUN) manifestou apoio à greve dos docentes, reconhecendo a importância do trabalho realizado na universidade. “O CONUN reconhece o direito do movimento de greve e expressa solidariedade aos professores em sua batalha pela garantia de melhores condições de trabalho para a categoria, incluindo a luta pela autonomia universitária”, destaca o documento assinado pela reitora e também presidenta do CONUN, Lavínia Rosa Rodrigues.

Novo já projeta Zema como candidato à Presidência da República em 2026

Novo já projeta Zema como candidato à Presidência da República em 2026 - Foto: reprodução
Novo já projeta Zema como candidato à Presidência da República em 2026 – Foto: reprodução

O Novo já trata Romeu Zema – principal nome nacional do partido – como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. O presidente nacional da legenda, Eduardo Ribeiro, diz que o governador de Minas é “naturalmente visto como um presidenciável” e que a sigla confia que Zema será um “excelente presidente do Brasil”. “Romeu Zema hoje é o nosso pré-candidato à Presidência em 2026. Embora ele esteja em dedicação total e exclusiva ao governo de Minas, como deve ser, é função do partido também trabalhar o nome dele e construí-lo como presidenciável para 2026”, afirma Ribeiro.

A conversa com demais partidos para compor uma eventual chapa com Zema como vice-presidente, contudo, não está descartada, e o Novo trabalha com todas as possibilidades para “derrotar o PT”, conforme Ribeiro. “Conversar com outros partidos, com outras lideranças de centro-direita ou direita, é algo aberto, tem que estar aberto. Acho que todos têm um objetivo em comum, que é vencer o PT em 2026, e precisamos estar na mesa para conversar”, continua.

Apesar disso, atualmente a legenda entende que Romeu Zema, pelos feitos como governador de Minas, está “credenciado” como uma das principais lideranças do campo da direita para 2026. “É por isso que nós, enquanto partido, temos obrigação de trabalhar e projetá-lo para ser o futuro candidato em 2026”, diz o dirigente partidário.

Questionado se o objetivo do Novo e do próprio Zema seria ocupar o vácuo deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que está inelegível até 2030 –, Ribeiro foi evasivo e disse apenas que “a ideia é que a direita se una”. Ele também descartou a possibilidade de o governador mineiro se colocar como uma “terceira via” nas eleições.

União da direita

O vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), enxerga como natural a posição do partido e diz que, para ele, Zema está mais preocupado em ver o campo centro-direita no poder do que, necessariamente, em ser o principal nome para a disputa em 2026. “O governador é o grande nome do partido, é natural vê-lo como presidenciável. Do ponto de vista político, não sei e é natural ainda, tem muita água para passar por baixo dessa ponte, mas me surpreenderia se o Novo não visse um presidenciável no maior nome do partido e no governador reeleito em Minas”, declarou.

“Acho que hoje o governador tem uma leitura de que a direita precisa estar unida em 2026. Vejo ele repetindo isso em toda conversa que tem com o Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo), com Ratinho Júnior (governador do Paraná), com o Ronaldo Caiado (governador de Goiás). É mais a preocupação de ver a direita unida do que de ser a cara principal desse movimento. Mas, de fato, Zema gostaria de ver a centro-direita governando o país”, completa Simões.

Reajuste salarial proposto por Zema a servidores descumpre promessa de campanha feita em 2022

Reajuste salarial proposto por Zema a servidores descumpre promessa de campanha feita em 2022 - Foto: Fred Magno
Reajuste salarial proposto por Zema a servidores descumpre promessa de campanha feita em 2022 – Foto: Fred Magno

O descumprimento de uma das principais promessas de campanha feitas pelo governador Romeu Zema (Novo) a servidores públicos de Minas Gerais durante as eleições de 2022, que previa reajustes salariais anuais suficientes para recompor perdas inflacionárias, deve fazer com que a proposta de recomposição dos vencimentos, apresentada pelo Executivo na Assembleia Legislativa, enfrente caminhos tortuosos na Casa.

Na última terça-feira (14), primeiro dia de tramitação do projeto de lei, o texto foi retirado da pauta antes mesmo de ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A decisão, acordada por todos os parlamentares presentes na reunião, ocorreu em meio à pressão de representantes do funcionalismo, que lotaram a galeria do plenário e promoveram um ato do lado de fora da Assembleia para protestar contra a proposta do governador, que sugere reajuste de 3,62% para servidores públicos civis e militares da administração direta, de autarquias e de fundações do Poder Executivo.

O principal argumento dos servidores para tentar derrubar o projeto é que o índice oferecido não é suficiente para recompor nem mesmo os valores corroídos pela inflação. A garantia de recomposição inflacionária foi, inclusive, um dos pilares da proposta para equilíbrio das contas do Estado registrada no plano de governo entregue por Zema ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante a última eleição. “Vamos garantir o poder de compra do servidor público, com o reajustamento anual para recompor as perdas ocasionadas pela inflação”, informava o governador no documento.

Desse modo, para cumprir o prometido, o reajuste dos salários dos servidores públicos deveria ser de, no mínimo, 4,62%, mesmo valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Autor do requerimento que retirou o projeto de lei da pauta do CCJ, na manhã desta terça, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) classificou a proposta de reajuste como “uma migalha” e uma “afronta ao servidor”. Presente na reunião, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG), Wemerson Oliveira, também condenou o projeto de lei e cobrou diálogo com o Executivo. “Sabemos da necessidade da segurança, mas ninguém sobrevive arriscando a vida todos os dias para não ter a dignidade de (ter salário suficiente para) cuidar bem da sua família e morar em um lugar seguro”, afirmou o representante da categoria, que pleiteia reajuste de 41,6% para recompor perdas inflacionárias dos últimos sete anos. 

Diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind Saúde-MG), Neuza Freitas também calcula que a categoria sofre perdas acumuladas que beiram os 40% e cobra compensação para os servidores. “Zema deixou de cumprir não só essa como outras promessas de campanha. Hoje, além de lutar por reajustes, os trabalhadores estão lutando para não perder direitos já adquiridos e tentam manter serviços públicos em uma luta incansável contra a privatização do serviço público”, reclama a sindicalista. 

Sem resposta. O último reajuste geral concedido pelo governo de Minas a servidores do Estado ocorreu em 2022. Na ocasião, os salários foram reajustados em 10,06%. Questionado sobre o descumprimento da promessa de campanha de Zema, que previa reajuste anual dos salários para recompor a inflação, o governo de Minas ainda não se manifestou. 

Líder do governo na ALMG fala em diálogo


O deputado estadual João Magalhães (MDB), líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, defendeu que o reajuste proposto pelo governo é responsável e  “pensa nos servidores, respeitando os limites do Estado, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal”. O parlamentar também argumentou que a proposta de reajuste geral  garante o pagamento do Piso Nacional da Educação para os servidores das carreiras do grupo de atividades da educação básica.

Segundo Magalhães, é esperado que o projeto seja alvo de discussões, dada sua relevância. “Acredito que este seja o momento desses debates e que as comissões vão, ao longo da tramitação, oferecer aos parlamentares o melhor espaço possível para o diálogo. Um exemplo disso foi a retirada de pauta que aconteceu na manhã desta terça-feira (14/05), de forma unânime por todos os presentes”, afirmou o parlamentar. 

Segurança pública ameaça cruzar os braços

Servidores da segurança pública ameaçaram cruzar os braços caso o governo de Minas não reveja o índice de reajuste proposto para a categoria. Enquanto a gestão de Romeu Zema oferece 3,62%, bombeiros, policiais civis e militares pleiteiam recomposição de 41,6%, valor que seria referente a perdas inflacionárias sofridas nos últimos sete anos. 

Vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e dos Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra PMBM), o sargento da Polícia Militar Marco Antônio Bahia Silva diz que o governo “obriga os policiais a pararem”. “Se os deputados não tiverem a sensibilidade de acatar a proposta (dos servidores) já encaminhada para o governo, certamente a polícia vai ter uma paralisação, vai cruzar os braços, porque estão mexendo nana estrutura remuneratória. O valor proposto não é nem 10% daquilo que a gente pretende repor”, argumentou o policial militar.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG), Wemerson Oliveira, lembra que a categoria já reduziu o ritmo de trabalho desde a semana passada, em regime popularmente conhecido como “operação tartaruga”. Mas ele não descarta uma paralisação. “Com essa proposta de reajuste, parece que Zema quer que os policiais parem o serviço de segurança pública de de Minas Gerais. Os policiais não estão aguentando”, declarou o sindicalista.

TSE nega cassação de Zema, mas aplica multa de R$ 5 mil

TSE multa Zema por propaganda irregular durante as eleições de 2022 - Foto: reprodução
TSE multa Zema por propaganda irregular durante as eleições de 2022 – Foto: reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve na última terça-feira (14) a decisão que rejeitou pedido de cassação do mandato do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. No entanto, o tribunal multou Zema em R$ 5 mil. 

O TSE julgou recurso apresentado pela coligação Juntos pelo Povo de Minas Gerais, formada por partidos de oposição, para rever a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas que rejeitou a cassação de Zema por abuso de poder político nas eleições de 2022.

Os partidos acusaram Zema, então candidato à reeleição, de usar a estrutura do governo para favorecer sua campanha por meio de publicidade institucional em sites do governo e com a publicação de imagens nas redes sociais durante o período da campanha, conduta proibida pela legislação eleitoral.

Por maioria de votos, os ministros seguiram voto proferido pelo relator, ministro Raul Araújo. Apesar de entender que a conduta de Zema não teve gravidade para impactar no resultado das eleições, o ministro aplicou multa de R$ 5 mil.

Durante a sessão, o advogado Arthur Magno e Silva Guerra, representante de Zema, disse que todas as acusações foram rejeitadas pelo TRE e afirmou que os gestores do governo determinaram a retirada de conteúdos que pudessem ser considerados ilegais durante a campanha. 

“Foi constatada uma pequena falha nos sistemas, que levava a essas poucas notícias”, justificou.

Governador Romeu Zema é presença confirmada na inauguração do trevo de acesso ao Tuná Parque Aquático em Capitólio

Governador Romeu Zema é presença confirmada na inauguração do trevo de acesso ao Tuná Parque Aquático em Capitólio - Imagem: divulgação
Governador Romeu Zema é presença confirmada na inauguração do trevo de acesso ao Tuná Parque Aquático em Capitólio – Imagem: divulgação

Na próxima sexta-feira (5), às 14h30, acontecerá a cerimônia de inauguração do trevo de acesso ao Tuná Parque Aquático, na rodovia MG 050 – KM 312, em Capitólio (MG). Um marco inicial significativo para o empreendimento.

O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, confirmou presença na inauguração e aproveitará a agenda para visitar algumas cidades da região.

Governador Romeu Zema é presença confirmada na inauguração do trevo de acesso ao Tuná Parque Aquático em Capitólio - Foto: redes sociais
Governador Romeu Zema é presença confirmada na inauguração do trevo de acesso ao Tuná Parque Aquático em Capitólio – Foto: redes sociais

Romeu Zema marca presença no 1° encontro de Muladeiros de Passos

Romeu Zema marca presença no 1° encontro de Muladeiros de Passos – Foto: André Cruz

Na manhã do último sábado (2), o governador Romeu Zema esteve em Passos (MG), onde participou da abertura do 1° Encontro de Muladeiros de Passos. O evento reúne criadores de mula de diversas regiões do país e conta com exposições e competições variadas.

Na ocasião, o governador conversou com os cavaleiros e com o público presentes e destacou os avanços do Estado, principalmente na área da saúde. Vale lembrar que após o Encontro de Muladeiros, no domingo, vai acontecer a 4ª Queima do Alho, com o objetivo de arrecadar recursos para o Hospital Regional do Câncer de Passos.

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