Jornal Folha Regional

Especialista alerta sobre a importância de ações em atenção ao Dia da Hipertensão para pacientes diabéticos

Professor de Endocrinologia do Centro Universitário São Camilo informa que hipertensão é uma condição comum em pacientes diabéticos.

Especialista alerta sobre a importância de ações em atenção ao Dia da Hipertensão para pacientes diabéticos´- Foto: reprodução
Especialista alerta sobre a importância de ações em atenção ao Dia da Hipertensão para pacientes diabéticos´- Foto: reprodução

No 26 de abril acontece o Dia Nacional da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Uma data que procura conscientizar a população sobre a importância da prevenção da doença que acomete cerca de 36 milhões de pessoas adultas no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Segundo o professor de Endocrinologia do Centro Universitário São Camilo, Leonardo Alvares, pessoas com Diabete Mellitus devem ter atenção redobrada à pressão alta, uma vez que “a associação dessas duas doenças é especialmente preocupante devido ao aumento do risco de complicações vasculares ateroscleróticas como o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, e complicações microvasculares com consequente alterações renais e oftalmológicas, alertou.”

A hipertensão é uma condição comum entre pacientes diabéticos, e sua prevalência varia de acordo com diversos fatores, como duração do diabetes, idade, sexo, etnia, índice de massa corporal (IMC). Estudos demonstraram que o controle da pressão arterial reduz significativamente o risco de eventos cardiovasculares e complicações microvasculares em pacientes com diabetes.

“A avaliação da pressão arterial deve ser uma prática rotineira em todas as consultas clínicas, com confirmação da hipertensão através de múltiplas leituras, incluindo medições em diferentes dias. A individualização das metas de tratamento é fundamental, considerando fatores como riscos de eventos cardiovasculares, idade e comorbidades para otimizar os resultados clínicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com diabetes e hipertensão”, disse o professor Leonardo Alvares.

De acordo com o professor, a intervenção no estilo de vida desempenha papel crucial no manejo da pressão arterial elevada. Estratégias como perda de peso, adoção de dieta balanceada, redução do consumo de sódio, aumento da atividade física e cessação do tabagismo são fundamentais para controlar a pressão arterial e melhorar a saúde metabólica e vascular. A promoção de mudanças sustentáveis no estilo de vida deve ser parte integrante do tratamento do diabetes e da hipertensão. “Considerando a importância deste tema e alinhando-se ao Dia da Hipertensão, a comunidade médica está intensificando seus esforços para promover a conscientização e oferecer orientações atualizadas sobre o manejo da pressão arterial elevada em pacientes com diabetes’, finalizou o médico.

Para 22% da população, saúde é o problema mais grave de Minas Gerais

Para 22% da população, saúde é o problema mais grave de Minas Gerais – Foto: reprodução

A saúde é o problema mais grave enfrentado pelo Estado de Minas Gerais. A avaliação é feita por 21,8% dos entrevistados pela pesquisa DATATEMPO entre os dias 23 de outubro e 21 de novembro. Em nove das 12 regiões de Minas, a saúde ou a falta de serviços dela foram apontadas como o principal gargalo, à frente de, por exemplo, desemprego, segurança pública, educação e economia.    

As piores avaliações são dos moradores do Campo das Vertentes, do Rio Doce e do Triângulo e Alto Paranaíba, onde as referências à saúde como o principal problema estão, considerada a margem de erro, acima da média de 21,8%. No Campo das Vertentes e no Rio Doce, a insatisfação, que é de, respectivamente, 32% e 31,2%, chega a ultrapassar em dez pontos percentuais a média. Já no Triângulo e no Paranaíba, 26,2% consideram a saúde o mais urgente.

Conforme a reportagem mostrou no último mês de novembro, a Justiça é acionada contra o Sistema Único de Saúde (SUS) a cada 20 minutos em Minas, o que já provocou custos de R$ 2,4 bilhões ao governo. Entre 2020 e 2023, a média diária de processos em saúde cresceu 64%. Se há três anos a média era de 44 por dia, neste ano, ao menos até 10 de outubro, ela foi 73. 

A mesma série ainda apontou que a falta de acesso a um atendimento ou a um tratamento matou cerca de cinco vezes mais em Minas Gerais do que a pandemia de Covid-19, que teve como vítimas quase 66 mil pessoas em três anos e oito meses desde o primeiro óbito no Estado. Em dez anos, Minas teve aproximadamente 900 mil mortes classificadas como “evitáveis”, ou seja, perdas que não poderiam ocorrer. 

Apenas no Norte de Minas, no Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, a saúde ou a falta de serviços dela não são apontadas como o problema mais grave enfrentado pelo Estado. No Norte, por exemplo, 18,5% dos entrevistados consideram a saúde o mais urgente. No Jequitinhonha e no Mucuri, as classificações são de, respectivamente, 14,8% e 14,1%, menos da metade da avaliação do Campo das Vertentes e do Rio Doce.

O nível de confiança da pesquisa DATATEMPO é de 95% e a margem de erro é 1,41 ponto percentual para mais ou para menos. O instituto sondou 4.804 pessoas em entrevistas domiciliares nas 12 mesorregiões de Minas Gerais.

Desemprego é o segundo problema mais grave

Para os moradores do Norte, do Jequitinhonha e do Mucuri, o problema mais grave enfrentado por Minas é o desemprego ou a falta de emprego, que, com 15,9%, é considerado pelos entrevistados como o segundo tema mais urgente do Estado, onde a taxa de desemprego, conforme dados do IBGE correspondentes ao terceiro trimestre de 2023, é de 6%.

A insatisfação chega a 25,3% no Mucuri, 22% no Norte e 20,3% no Vale do Jequitinhonha, as três acima da média de Minas. O Vale do Mucuri é percentualmente a terceira região com o maior número de pessoas que não são economicamente ativas em Minas, com 29,9%. Em seguida, vem o Jequitinhonha na quarta colocação, com 28,6% de pessoas que não são economicamente ativas. 

As únicas regiões onde as referências ao desemprego como o problema mais grave de Minas estão abaixo da média de 15,9% são o Noroeste e o Triângulo e o Alto Paranaíba. Enquanto a insatisfação é de apenas 10,2% para os entrevistados no Noroeste, no Triângulo e no Alto Paranaíba é de 10,8%. Ambas são onde a população tem menos medo de perder o emprego, com 67,8% e 60%, respectivamente. 

Novos serviços devem ajudar no atendimento de saúde mental em São Sebastião do Paraíso; entenda como vão funcionar

Novos serviços devem ajudar no atendimento de saúde mental em São Sebastião do Paraíso; entenda como vão funcionar – Foto: reprodução

São Sebastião do Paraíso (MG) inaugurou nesta segunda-feira (20) quatro novos serviços públicos de Saúde. As unidades devem facilitar o atendimento de saúde mental para pacientes da região, inclusive em relação ao Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira – que corre risco de fechar e deve ser redirecionado para uma “nova vocação”, conforme Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

As inaugurações foram da Unidade de Saúde da Família do bairro Rosentina, a Residência Terapêutica, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) AD III e Laboratório Municipal. Uma dessas obras chegou a ficar parada por cerca de 8 anos, causando transtornos a moradores da região.

A cerimônia de inauguração aconteceu no Teatro Municipal Sebastião Furlan, na Praça dos Imigrantes com a presença do Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti.

“Essa nova UBS ela realmente muda toda essa comunidade. […] Esse Caps III, que é uma referência para toda essa região, vai ter esse atendimento ambulatorial com psiquiatras, psicólogos, uma equipe treinada e também podendo ter até internações em 24 horas, caso necessário. As residências terapêuticas para conseguir desinstitucionalizar pessoas que desde a sua infância, às vezes, foram jogadas em hospitais psiquiátricos e precisam, sim, ter a oportunidade de conviver. E um novo laboratório que vai poder dar um tempo de diagnóstico mais rápido para os pacientes da região”, afirma Baccheretti.

Conforme o secretário, os novos centros de atenção psicossocial e a residência terapêutica podem desempenhar um papel crucial na reorganização do cuidado em saúde mental na região. Ele enfatizou a importância de uma abordagem mais ampla, priorizando a reintegração de pessoas com doença mental ao convívio social.

“A gente acredita na promoção de saúde como a melhor estratégia para evitar a gente parar de correr atrás apenas de doença. […] A gente acredita muito que a melhor forma de tratar alguém com doença mental é tratá-lo perto da sua família, do seu vínculo social”, afirma.

Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira

Diante do risco de fechamento do Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira, em São Sebastião do Paraíso, Baccheretti afirmou que o Estado está empenhado em buscar soluções viáveis para manter o hospital aberto. O déficit mensal chega a R$ 300 mil por mês.

Os problemas na Fundação Gedor Silveira se arrastam há mais de 1 ano. Manter a instituição em funcionamento tem sido um desafio para a administração. Mesmo com a possibilidade de fechar as portas por estar com as contas no vermelho, a unidade continuava recebendo pacientes para internação.

O objetivo é garantir uma sobrevida a instituição enquanto se implementa uma rede robusta que possa absorver a maior parte dos pacientes, reservando os leitos de saúde mental para casos mais graves.

Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira pode fechar as portas por falta de dinheiro em São Sebastião do Paraíso — Foto: Reprodução EPTV
Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira pode fechar as portas por falta de dinheiro em São Sebastião do Paraíso — Foto: Reprodução

“Fizemos reuniões junto com o provedor do Gedor [Silveira], que é vinculado à Santa Casa, com os municípios aqui da região. Amanhã teremos, em Belo Horizonte, um acordo com o Ministério Público para dar sobrevida. […] Então, uma organização e planejamento que está sendo feito para que a gente consiga ter, dentro do Gedor, um novo revocacionamento, um hospital mais sustentável, com a sua expertise também em saúde mental, mas vinculado às novas políticas existentes, tanto nacional e estadual, pela luta anti-manicomial”, afirmou.

Conforme o secretário, tem se tornado necessário “encontrar uma nova vocação para o hospital”, alinhada às demandas crescentes da região.

“A saída viável é manter este hospital aberto, esse esforço dos municípios inicialmente, mas achar uma nova vocação, porque a Santa Casa, onde é vinculada o Gedor, está crescendo no leito de queimados, crescendo na neurocirurgia, ele vai precisar de novos leitos clínicos como transição de cuidado. E a nossa expectativa junto com o Ministério Público é que o Gedor continue tendo alguns leitos de saúde mental utilizados para aqueles pacientes que precisam, ou seja, não vão precisar de tantos leitos, e o restante dos leitos sejam revocacionados para tratamento de cuidados de transição, pós-AVC, pós-cirurgias e pacientes clínicos, para que a gente consiga dar sustentabilidade para o hospital. Porque hoje os hospitais sempre psiquiátricos, não tem sustentabilidade dentro do SUS”.

Senado autoriza governo a não cumprir o piso da saúde

Senado autoriza governo a não cumprir o piso da saúde – Foto: reprodução

O Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (4), um projeto de lei que permite que o governo Lula não cumpra a exigência de pagar o piso da saúde para 2023. Foram 63 votos a favor e apenas dois contrários. A proposta segue para sanção do presidente.

O dispositivo estava inserido em um projeto de lei que autoriza a compensação de receita a estados e municípios em decorrência da redução do ICMS sobre os combustíveis, que vigorou entre junho e dezembro de 2022.

A possibilidade de revogação do teto da saúde foi inserido pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR), ainda quando o projeto tramitava na Câmara dos Deputados. A proposta não estava prevista na pauta desta quarta pelo Senado, mas foi aprovada como pauta extra.

Com a possibilidade de não se cumprir o piso da saúde, o texto retirou a obrigatoriedade de destinar 15% da receita corrente líquida (RCL) para a saúde. Para a saúde, seria preciso desembolsar mais R$ 20 bilhões.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) protocolou um destaque ao projeto — para votação posterior –, com objetivo de retirar o artigo que previa o governo descumprir o teto, mas acabou sendo vencida durante a votação no plenário.

“A exclusão desse artigo é uma medida crucial para assegurar que as políticas governamentais estejam alinhadas com os princípios e compromissos legais estabelecidos pelo Congresso, promovendo a transparência, a credibilidade e a sustentabilidade das finanças públicas”, afirmou a senadora.

Dentre os votos contrários ao projeto, apenas os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ) se negaram a aprovar a proposta que prevê o descumprimento do teto. Outros seis parlamentares do PL foram favoráveis ao projeto. Todos os senadores do PT votaram para aprovar a proposta.

Tratativas do governo

Na semana passada, o Ministério da Fazenda enviou uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) para deixar de aplicar, em 2023, o valor mínimo constitucional de investimento em saúde e educação.

Na consulta, o ministério questiona se o piso constitucional deveria ser aplicado já em 2023. O arcabouço foi aprovado pelo Congresso em agosto. O governo quer saber se a obrigatoriedade do piso não valeria só a partir de 2024.

Também nesta quarta-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que é mais fácil para o governo aumentar a arrecadação por meio de novas medidas do que cortar gastos.

“É mais fácil até aumentar a arrecadação, como agora está sendo votado taxação de ‘offshores’, do que cortar gastos. Em um país tão pobre, não é uma decisão tão simples. É preciso ter coragem para fazer isso. Na pior das hipóteses, melhorar qualidade dos gastos. Tirar de quem não merece e dar para quem precisa. Se conseguirmos virar essa chave, teremos um novo Brasil”, declarou Tebet.

Governo de Minas assina Termo Aditivo que dá autonomia às prefeituras para gestão de recursos da Saúde nos municípios

Governo de Minas assina Termo Aditivo que dá autonomia às prefeituras para gestão de recursos da Saúde nos municípios – Foto: Cristiano Machado / Imprensa MG

O governador Romeu Zema e o vice-governador Professor Mateus participaram, nesta terça-feira (26/9), no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, da solenidade de assinatura simbólica do Termo Aditivo do Acordo do Fundo Estadual que regulamenta a transposição e transferência de saldos constantes e financeiros provenientes de repasses, parcerias e convênios firmados com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) até a data de 9 de maio de 2023.  

O Termo Aditivo do Acordo do Fundo Estadual vem para facilitar a gestão financeira dos municípios na área da Saúde, permitindo, por exemplo, o remanejamento de recursos que anteriormente eram “carimbados”, ou seja, só poderiam ser gastos com um fim específico, predeterminado.  

Agora, municípios que tenham saldo do Acordo no Fundo Municipal de Saúde – seja por eficiência nos gastos ou, por exemplo, ausência de objeto, quando um valor é destinado para algo que não é mais necessário – poderão realocar estes recursos para outras áreas da saúde municipal, conforme a demanda da própria cidade. Dessa forma, o Estado equaciona dificuldades enfrentadas pelos prefeitos para executar recursos provenientes de convênios antigos e, ainda, dá mais autonomia aos gestores municipais para as decisões relacionadas. 

De forma simbólica, assinaram o documento Governo de Minas, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e a Associação Mineira de Municípios (AMM). Vale ressaltar que, com apoio do Governo do Estado durante todo o processo, o Termo Aditivo foi uma iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

Flexibilização 

Ao fim da solenidade, o governador concedeu uma entrevista coletiva e ressaltou que o Governo de Minas deu mais um importante passo para melhorar a vida dos mineiros, já que os prefeitos, a partir de agora, terão a liberdade de utilizar os cerca de R$ 2 bilhões – já em caixa – que estavam travados legalmente em relação ao objeto do convênio firmado no passado. 

“Com a sanção da Lei Complementar, que trata da transferência de saldos financeiros resultantes de parcerias, convênios firmados com o Estado e de saldos constantes dos fundos de saúde dos municípios, cada prefeito, que conhece melhor a realidade do seu município, saberá onde alocar os recursos na área da Saúde”, explicou. 

O Termo Aditivo do Fundo Estadual teve origem no Projeto de Lei Complementar (PLC) 18/23, que é de autoria coletiva de 40 parlamentares e tem como primeiro signatário o deputado estadual Tadeu Martins Leite, presidente da ALMG.  

Em seu pronunciamento, Zema ainda enfatizou que já é perceptível identificar como os avanços na Saúde estão transformando a vida das pessoas. “Durante a entrega de um tomógrafo em Itaobim, escutei o relato de dois pacientes que confirmaram que não precisariam mais se deslocar para realizar os exames. Isso significa que estamos atendendo melhor e com mais conforto a população ”, comemorou. 

Transformação 

Assim como o chefe do Executivo, o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, celebrou a assinatura do acordo e também ressaltou que as mudanças já estão sendo percebidas pelos mineiros. Ele ainda aproveitou para destacar o papel das prefeituras na gestão do repasse da forma mais conveniente para cada município.  

“As entregas que estão sendo feitas são já perceptíveis e mensuráveis. As pessoas conseguem sentir na pele a mudança dos números e da realidade. A celebração desse termo aditivo, que começa a ser celebrado hoje, é o reconhecimento de que quem sabe o que deve ser feito no município é quem está lá. Aqui, de Belo Horizonte, a gente tenta desenhar soluções para os problemas que vocês, que têm o termômetro do paciente, sabem quais são e sabem como abordar”, reforçou o Professor Mateus. 

Histórico 

O presidente da ALMG, o deputado Tadeu Martins Leite, classificou a solenidade como um dia histórico para todo o estado. “O acordo que foi firmado lá atrás para que o Governo de Minas quitasse os repasses constitucionais da Saúde aos municípios se completa com a legislação aprovada pelo parlamento mineiro”, afirmou. 

O deputado ainda disse que a iniciativa reforça, cada vez mais, o Pacto Federativo, no sentido de dar mais liberdade e autonomia para quem de fato conhece, ponta a ponta, as principais necessidades. “Nós precisamos trabalhar cada vez mais para destravar e facilitar a utilização dos recursos públicos”, ponderou. 

Entregas 

Já o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, aproveitou para apresentar as entregas da pasta após o governo colocar as contas em dia. Ele destacou a inauguração de Unidades Básicas de Saúde (UBS), os recordes de cirurgias eletivas no estado, mais recursos para os Hospitais Filantrópicos, e a universalização do serviço do Samu em Minas. Baccheretti também ressaltou a importância da assinatura da Lei Complementar na autonomia das prefeituras e no repasse das verbas.  

“Com essa oportunidade da Lei Complementar, somada ao jeito diferente e inovador que o Executivo vem fazendo, aproveitando essa grande parceria, vamos conseguir que os municípios tenham total autonomia no uso do recurso. Cumprido o objeto, o saldo financeiro poderá ser transferido ou transposto, o que é custeio pode ir para investimento e vice-versa. E aqueles objetos que não fazem mais sentido, os municípios poderão executar em outro objeto na área de saúde, obviamente”, declarou o secretário. 

Acordo da Saúde 

Entre outros recursos que poderão ser destinados para outras ações da saúde estão os do repasse do Acordo da Saúde, firmado entre Governo de Minas e municípios em 2021, com participação da AMM, do Ministério Público e o Tribunal de Justiça.  

Segundo a SES-MG, o Acordo do Fundo Estadual – que rege a dívida do Estado com os municípios – é de R$ 6.765.006.390,90, dos quais já foram pagos R$ 1.607.484.217,90.  

Cabe ressaltar que o compromisso firmado nesta gestão garante o pagamento de dívidas que deveriam ter sido quitadas por governos anteriores desde 2014. A expectativa é que o repasse seja concluído em setembro de 2030.

Rodrigo Pacheco destina R$ 250 mil para saúde pública de Ilicínea

Rodrigo Pacheco destina R$ 250 mil para saúde pública de Ilicínea – Foto: Pedro Gontijo/Presidência do Senado

 O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) garantiu o repasse de R$ 250 mil para reforçar o serviço de saúde pública de Ilicínea, no sul de Minas Gerais. A verba foi assegurada por uma emenda individual e paga pelo Ministério da Saúde, na última semana, por meio do orçamento federal de 2023.

O recurso deverá ser aplicado na atenção primária, o que inclui uma série de estratégias e procedimentos de promoção e proteção à saúde, passando por ações de prevenção até atendimentos de urgência.

Rodrigo Pacheco afirmou que iniciativas que melhorem a qualidade de vida da população nas cidades mineiras, em áreas como a saúde, educação, segurança pública e infraestrutura são prioridades do seu mandato. “Reforço o meu compromisso para trabalhar, em Brasília, pelo fortalecimento da prestação de serviços de qualidade à população na saúde pública e por melhores condições de trabalho aos profissionais das cidades de Minas Gerais. A garantia do acesso aos serviços de saúde pela população é a forma mais eficiente de garantir a qualidade de vida dos mineiros”, destacou.

Alta de infartos entre os mineiros chega a 115% em 15 anos

Alta de infartos entre os mineiros chega a 115% em 15 anos – Foto: reprodução

A tendência de aumento de infartos na população também é vista em Minas. Outra pesquisa, que levantou dados regionalizados, mostrou que o crescimento foi de 115,4%, passando de 8.751 registros em 2008 para 18.856 em 2022, entre homens e mulheres. O levantamento é do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e foi divulgado em agosto deste ano, com base no Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde – abrange cerca de 75% dos pacientes do país.

No Brasil, o aumento de 2008 para 2022 foi de 158,3%. Esse avanço nos índices acende o alerta para a importância da prevenção.

“As pessoas estão ficando muito estressadas, estão comendo pior e fazendo menos atividade física. O diabetes, a pressão alta e a obesidade estão aumentando. Então, são muitos fatores unidos que podem levar as pessoas a infartar”, afirmou o médico responsável pelo estudo, o doutor em pesquisa clínica Bernardo Tura, do INC.

Sobrecarga

Foi justamente a rotina de trabalho do marceneiro Alexandre Maldonado, de 53 anos, que o levou a um infarto. Ele conta que há meses seguia trabalhando sem parar, incluindo sábados, domingos e feriados. 

“Eu caminhava e sentia uma queimação no peito, mas, como tive chikungunya no início do ano, achava que fosse por isso. Não dei atenção, e já era indício do infarto”, lembrou. 

No fim de julho, porém, sentiu uma dor mais forte no peito e não teve opção: procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De lá, foi transferido com urgência para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Santa Casa, na capital. Ficou internado quatro dias, fez cateterismo e está em casa, em tratamento medicamentoso. “Não tenho hipertensão, diabetes, não fumo, não bebo, mas estava parado nos exercícios. Agora não posso fazer esforços excessivos e preciso melhorar a alimentação”, contou.

Ele avalia que o infarto foi uma nova chance para uma vida nova. “Tem gente que passa por isso e não sobrevive. Temos que nos preocupar com 
qualidade de vida, nos alimentar melhor, tirar um tempo para o exercício, descansar no fim de semana”, aconselha.

Socorro em até uma hora
Cerca de 50% das vítimas de infarto não sobrevivem a tempo de serem socorridas, conforme a literatura médica. No entanto, se atendidas por um médico em até uma hora, a taxa de sobrevivência das vítimas pode ultrapassar 90%, sem sequelas graves.

Arte infarto em MG
Alta de infartos entre os mineiros chega a 115% em 15 anos – Imagem: reprodução

Pior no frio
Qualquer infecção pode desencadear um infarto. As respiratórias oferecem ainda mais riscos. Por isso, a época de frio preocupa, já que as pessoas ficam em locais sem ventilação e diminuem a atividade física. “No frio, as veias se contraem para manter calor”, disse Bernardo Tura.

Risco da obesidade abdominal
Duas vezes e meia maior é a chance que uma pessoa com obesidade abdominal tem de infartar na comparação com um indivíduo sem essa condição, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, exercício físico é tão importante.

Médico de Minas cria ‘detector de infarto’ para salvar vidas
O cardiologista mineiro Marco Túlio Castagna, PhD em fisiologia e bioquímica pela UFMG, criou o AngelUS, um equipamento que permite o automonitoramento dos pacientes, por meio de um eletrocardiograma (ECG) feito em casa e transmitido ao médico. Em caso de infarto, o próprio sistema libera a medicação e indica o hospital mais próximo.

“Em torno de 70% das pessoas infartam em casa. Muitas vezes, a pessoa não tem noção de que um sintoma pode ser de infarto. Então, o equipamento fará diagnóstico precoce”, afirmou Castagna.

O projeto foi reconhecido internacionalmente e é semifinalista do Prêmio Eurofarma de Inovação em Saúde. Ele precisa de financiamento para ser comercializado.

Rodrigo Pacheco destina R$ 500 mil para saúde pública de Guapé

Rodrigo Pacheco destina R$ 500 mil para saúde pública de Guapé – Foto: divulgação

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assegurou R$ 500 mil para a melhoria da prestação de serviços na saúde pública da cidade de Guapé (MG). A verba, reservada no orçamento da União de 2023, foi repassada à prefeitura por meio de emenda parlamentar individual do senador mineiro.

Os valores deverão ser aplicados na atenção primária no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no município, que inclui uma série de estratégias e procedimentos de promoção e proteção da saúde, passando por ações de prevenção até atendimentos de urgência.

Rodrigo Pacheco afirmou que iniciativas que melhorem a qualidade de vida da população nas cidades mineiras, em áreas como a saúde, educação, segurança pública e infraestrutura são prioridades do seu mandato. “Reforço o meu compromisso para trabalhar pelo fortalecimento da prestação de serviços de qualidade à população na saúde pública e por melhores condições de trabalho aos profissionais. A prevenção é a forma mais eficiente de garantir a qualidade de vida dos mineiros”, destacou. (Pedro Gontijo/Presidência do Senado)

Recursos da Saúde chegarão com mais agilidade aos municípios mineiros

Recursos da Saúde chegarão com mais agilidade aos municípios mineiros – Foto: Dirceu Aurélio

O acordo já em curso do pagamento da dívida relacionada aos repasses da verba da Saúde do Governo de Minas aos municípios e instituições, no valor de R$ 6,7 bilhões, será simplificado e ampliado. O governador Romeu Zema assinou, na última terça-feira (8), decreto que regulamenta a Lei Complementar (LC) 171/2023, sobre a execução dos recursos da dívida.

Na prática, os valores que estavam parados nos caixas das prefeituras e que deveriam ser utilizados apenas para uma finalidade, como no combate à dengue, por exemplo, agora poderão ser empregados na área da saúde de acordo com a necessidade do município.

De acordo com o governador, a lei complementar equacionou a dificuldade que os prefeitos esbarravam para executar os recursos provenientes de convênios antigos. “Com essa solução, bilhões de reais poderão, a partir de agora, começar a ser utilizados”, explicou.

Já o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, afirmou que LC é de grande importância porque existem resoluções de dez anos e que não fazem mais sentido.

“Hoje, o gestor público terá a autonomia para utilizar os recursos da melhor maneira, como em cirurgias, exames ou consultas. É uma dívida que está sendo paga conforme foi acordada, e até de forma adiantada pelo Governo de Minas. Isso significa mais saúde para a população mineira”, disse.

Sobre a dívida

Os R$ 6,7 bilhões são referentes a repasses para a saúde previstos no orçamento do Governo do Estado entre 2009 e 2020, mas que não haviam sido quitados.

O pagamento vem sendo realizado em 98 parcelas: uma de R$ 400 milhões, quitada em 2021, outra também de R$ 400 milhões, quitada no primeiro semestre de 2022, e o residual, em 96 parcelas mensais e consecutivas, que vem sendo pago desde outubro de 2022.

Recursos da Saúde chegarão com mais agilidade aos municípios mineiros – Foto: Dirceu Aurélio

Repercussão

O prefeito de Ipatinga, Gustavo Morais Nunes, agradeceu o Governo de Minas, a ALMG e os demais envolvidos pela solução encontrada. “O que era complexo tornou-se fácil. A LC vai ajudar a vida do gestor público que, consequentemente, facilitará a vida da população de um modo geral”, explicou.

Nunes disse que Ipatinga tem cerca de R$ 60 milhões que deverão ser desvinculados. “Isso significará um respiro para os municípios que são referências na área da Saúde e que recebem pacientes de outras cidades”, afirmou.

Dengue: SES-MG confirma mais 2 mortes em Passos e 1 em Itaú de Minas

Dengue: SES-MG confirma mais 2 mortes em Passos e 1 em Itaú de Minas – Foto: reprodução

Subiu para 37 o número oficial de mortes confirmadas por dengue no Sul de Minas neste ano pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Os dados foram divulgados em novo boletim nesta segunda-feira (17).

Conforme a SES-MG, foram confirmadas mais duas mortes em Passos e outra em Itaú de Minas. Com isso, Passos volta a ser a cidade com mais mortes na região: 9.

A boa notícia é que o número de casos prováveis da doença seguem em queda há pelo menos quatro semanas. Em 03/07, o número de casos prováveis na região era de 44.934. Agora esse número caiu para 44.015.

Passos segue sendo a cidade com mais casos prováveis na região: +12.421. São Sebastião do Paraíso (+5.585) e Lavras (+4.058) aparecem na sequência.

Novas mortes:

  • Itaú de Minas +1
  • Passos +2

Mortes no total:

  • Alpinópolis: 2
  • Boa Esperança: 1
  • Bom Jesus da Penha: 1
  • Ijaci: 1
  • Ingaí: 1
  • Itaú de Minas: 8
  • Lavras: 3
  • Passos: 9
  • Perdões: 1
  • Pratápolis: 1
  • São Sebastião do Paraíso: 8
  • Varginha: 1

Cidades com mais casos prováveis de dengue:

  • Passos: 12.421
  • São Sebastião do Paraíso: 5.585
  • Lavras: 4.058
  • Itaú de Minas: 3.012
  • Varginha: 1.988
  • Nepomuceno: 1.244
  • Cássia: 1.180
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