Jornal Folha Regional

SRS-Passos recebe 88,7 mil doses da vacina Influenza

SRS-Passos recebe 88,7 mil doses da vacina Influenza - Foto: reprodução
SRS-Passos recebe 88,7 mil doses da vacina Influenza – Foto: reprodução

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos (MG) entregou 88,7 mil doses da vacina Influenza Trivalente, que protege contra três tipos de vírus da gripe, aos municípios da região. Essa é uma das ações do órgão com o objetivo de preparar os municípios e a assistência hospitalar da região para a prevenção das infecções e tratamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Segundo a SRS-Passos, além da entrega das vacinas, dentre outras medidas, está a capacitação de médicos e profissionais da rede de assistência aos usuários e o alinhamento das normativas relacionadas à SRAG para os municípios e prestadores hospitalares enfrentarem o período sazonal.

Para a referência técnica em imunizações da SRS-Passos, Sueli Veloso Maia, a imunização das pessoas contra a gripe é uma das medidas para evitar novos casos de SRAG, mas é preciso que os municípios concentrem a vacinação nesse período de temperatura baixa, em que é mais fácil a dispersão do vírus.

“Vários fatores influenciam, como a concentração de pessoas em ambientes fechados e mal ventilados, a composição da faixa etária mais vulnerável, que são as crianças, os idosos, as gestantes e os portadores de doenças crônicas”, disse.

Conforme a SRS-Passos, para que os municípios e os prestadores de serviços hospitalares pudessem se preparar para o período de maior incidência da SRAG, a superintendência, por meio da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde (Cras), promoveu reuniões com gestores e capacitação para profissionais da saúde, com apresentação do Fluxograma da Bronquiolite Viral Aguda (BVA) e da grade de referência hospitalar na região para casos moderados e graves da doença.

Nesses eventos, também foram repassados o teor do decreto do governo de Minas Gerais (nº 411/2025), que declara situação de emergência em saúde pública em razão do cenário epidemiológico de Doenças Infecciosas Virais – Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), as Deliberações da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-SUS/MG) do estado e uma Portaria do Ministério da Saúde (MS), que tratam de incentivos financeiros para custeio da ampliação e/ou conversão de leitos para enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Casos de SRAG sobem na região

Até esta terça-feira, 27, 77 pessoas foram hospitalizadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em hospitais da região e 12 pacientes haviam morrido em decorrência da doença neste ano.

No dia 29 de abril, eram 28 pessoas hospitalizadas e sete óbitos, o que representa um aumento de 125% nas notificações de internação e de 71,43% nos óbitos em um mês, segundo informações do Painel da Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG) atualizadas nesta terça-feira, 27.

De acordo com o painel, foram cinco mortes em Passos e duas em São Sebastião do Paraíso. Os outros óbitos são de pacientes de Capitólio, Delfinópolis, Monte Santo de Minas, Nova Resende e Pimenta, com uma morte em cada município.

Segundo o painel, 22 casos são de SRAG por covid-19, o que representa 33,33% das notificações; empatado com os casos que envolvem influenza (33,33%); 18 são de SRAG não especificado (27,27%); três casos por outro vírus respiratório (4,55%); e um caso por outro agente etiológico. Em relação aos óbitos, sete foram relacionados à covid.

A maior incidência das internações por SRAG na região ocorreu em pessoas com idade entre 60 e 69 anos, com 16 notificações, seguida pelas faixas entre 1 a 9 anos (15 notificações) e 70 e 79 anos (14 notificações)

Entre pessoas com 80 a 89 anos foram 13 hospitalizações e, na faixa de 10 e 19 anos, cinco casos. O painel também registra quatro notificações em pessoas entre 30 e 39 anos e 50 e 59 anos, em cada faixa etária.

Conforme o painel, oito dos 12 óbitos em decorrência de SRAG registrados na região neste ano ocorreram entre pessoas com idade entre 60 e 89 anos, sendo quatro na faixa de 60 a 69, dois na faixa de 80 a 89 e um na de 70 a 79 anos de idade. O painel também registra duas mortes de paciente com 50 a 59 anos, um óbito entre 1 e 9 anos de idade, um entre 30 e 39 anos e um óbito em pessoa com 90 anos ou mais. Entre os óbitos, seis foram de pacientes do sexo masculino e seis do sexo feminino.

Em Passos, o painel aponta que 13 pessoas foram hospitalizadas com SRAG em 2025. Paraíso registra 12 hospitalizações. Piumhi, teve um registro de SRAG neste ano.

Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde (CVS) da SRS Passos, Camila Ribeiro Correia Amano, o cenário epidemiológico no estado tem acompanhado a tendência nacional, com destaque para o aumento expressivo de SRAG em crianças menores de cinco anos, principalmente por bronquiolite (VSR) e resfriados (rinovírus), com alta taxa de ocupação de leitos hospitalares.

“Estamos no período sazonal, e todo cuidado tem que ser dispensado para que as pessoas, especialmente as crianças e os idosos, não desenvolvam as formas graves das doenças respiratórias”, alerta Márcia Aparecida Silva Viana, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da SRS Passos.

“Em Minas Gerais, a SES-MG tem se esforçado para reduzir as complicações por essas doenças, as SRAG, o que levou ao decreto do governo que declara situação de emergência no estado”, acrescentou Márcia.

Via: Clic Folha

Mulher leva bebê reborn para vacinar e se irrita: “É só abrir uma agulha!”

Mulher leva bebê reborn para vacinar e se irrita: "É só abrir uma agulha!" - Foto: reprodução
Mulher leva bebê reborn para vacinar e se irrita: “É só abrir uma agulha!” – Foto: reprodução

Uma mulher procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Itajaí (SC) na tentativa de vacinar uma bebê reborn. Diante da negativa por parte dos funcionários, ela demonstrou indignação e deixou o local.

Segundo a prefeitura, ela chegou ao local com a boneca e a filha de 4 anos. Inicialmente, a profissional que fez o atendimento pediu a carteira de vacinação, imaginando que a menina receberia o serviço. Após isso, a mulher negou e solicitou que a injeção fosse dada na boneca, para que ela pudesse filmar e postar nas redes sociais.

O corpo técnico da UBS explicou que não seria possível prosseguir com o procedimento, uma vez que seriam desperdiçados equipamentos adquiridos com dinheiro público e que são utilizados exclusivamente em seres humanos.

Conforme a gerência da UBS, a mulher teria retrucado afirmando: “o que tem? É só abrir uma seringa, só abrir uma agulha e fingir que deu”. Diante da recusa dos profissionais, ela deixou o local exaltada.

O caso ocorreu em janeiro, mas veio à tona nesta semana. Na época, foi gerado um comunicado aos gestores das demais unidades para que se atentassem à possibilidade da mesma mulher procurar o atendimento à bebê reborn.

Morte de idosos por gripe dispara e aumenta 375% em Minas

Morte de idosos por gripe dispara e aumenta 375% em Minas - Foto: reprodução
Morte de idosos por gripe dispara e aumenta 375% em Minas – Foto: reprodução

No Brasil, o inverno começa oficialmente em 20 de junho, mas as baixas temperaturas que atingem diversas cidades de Minas Gerais desde o fim de abril já acendem o alerta para as síndromes respiratórias. Neste ano, até 7 de maio, o Estado contabilizou 29.723 internações causadas por enfermidades como pneumonia, gripe, sinusite, Covid, entre outras, o que levou o governador Romeu Zema (Novo) a decretar situação de emergência em saúde pública, válida por 180 dias.

Publicada em edição extra do jornal “Minas Gerais” no último dia 2, a deliberação reconhece que a capacidade de assistência da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) tem atingido o limite em diversas cidades. A situação levou Belo Horizonte e ao menos três cidades da região metropolitana (Betim, Contagem e Santa Luzia) a também declarar a emergência.

A ampliação da campanha de vacinação contra a gripe para toda a população foi outra medida adotada para combater o crítico cenário epidemiológico nas cidades, à exceção de Santa Luzia.

A situação é grave, já que a doença pode evoluir para óbitos, principalmente entre os idosos. Em Minas, no ano passado, dos 370 hospitalizados com mais de 60 anos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – causada pelo influenza, o vírus da gripe –, 76 morreram, quase um a cada cinco casos (confira a situação do Estado abaixo).

Outro dado alarmante sobre a doença especialmente nessa faixa etária é que o número de mortes por gripe cresceu muito de 2023 para 2024: em BH, a alta foi de 450%. Houve elevação também no Estado, de 375%; e no Brasil, de 179%.

Motivações. Esse cenário é reflexo da adesão aquém do necessário da população à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, segundo o infectologista Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Essa baixa procura ocorre muito por conta dos ‘negacionistas de plantão’, que disseminam falsas notícias (sobre a segurança e eficácia da vacina)”, disse.

A chegada de cepas mais agressivas do vírus ajuda a piorar a situação, acrescentou a médica Maria Rita Rassi, mestre em saúde pública e professora da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh). Para combater esse aumento, ela propõe a realização de “campanhas de vacinação mais eficazes”, com o combate à desinformação; e a ampliação da cobertura vacinal, com acesso mais facilitado aos imunizantes.

Questionado pelo Super Notícia sobre a possibilidade de a imunização ser feita também em escolas, medida defendida por especialistas para elevar a cobertura vacinal, o Estado não havia retornado até o fechamento da edição (veja dicas de prevenção aqui).

Imunização segue abaixo da meta 

Em BH, a quantidade de mortes de idosos que se internaram por gripe subiu 450% – de quatro, em 2023, para 22, no ano seguinte. A letalidade (número de mortes em relação a quantidade de doentes) subiu de 23,1%, em 2023, para 24,1%, em 2024.

“Podemos associar esse aumento, realmente significativo, às coberturas vacinais. Ou seja, a gente precisa reforçar que a população se vacine, pois a gripe é uma doença prevenível e tem vacina”, afirma Hoberdan Oliveira Pereira, gerente de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Belo Horizonte.

De fato, há baixa adesão à vacina (a taxa de imunização estava em 35,9% no último dia 12, após mobilização do dia D de vacinação), enquanto a meta é chegar a 90%. Pereira cita outro fator como explicação para o aumento dos números: “As condições do clima, temperatura, tudo isso pode impactar, de um ano para o outro, as internações”.

Família perdeu a matriarca

“A gente vai lamentar isto para sempre. Deveríamos ter pegado na mão dela e a levado ao posto para receber a vacina”. Cheia de pesar e saudade, a declaração é de Alexandra Aguiar, de 49 anos, filha de Efigênia, que faleceu aos 68, em abril do ano passado, por complicações da gripe.

Viúva e aposentada, a matriarca da família tinha boa saúde e gostava de cuidar da horta e da própria casa, em Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde morava com Alexandra, uma das cinco filhas. A idosa costumava ir ao posto de saúde perto de casa para tomar as vacinas e se consultar quando precisava. No entanto, por descuido, a idosa não foi buscar o imunizante contra a doença causada pelo vírus influenza e estava com a vacinação atrasada.

Em março de 2024, Efigênia acabou gripando, mas a enfermidade não foi bem curada, e a idosa teve pneumonia. “Mãe era forte, não reclamava de dor de nada. Mesmo com sintomas de gripe, não reclamava. A gente deveria ter insistido mais. Ela ficou gripada, não curou, (a doença) virou pneumonia, e ela não resistiu“, contou Alexandra, que é atendente de padaria.

‘Surto’. O governador Romeu Zema (Novo) reconheceu que o Estado está passando por um surto. Em momento de alta repentina dos casos e sobrecarga do sistema de saúde, a região metropolitana de BH registrou, nos últimos dias, a morte de uma menina de 1 ano que aguardava a liberação de um leito em um hospital.

Minas Gerais mantém liderança na cobertura vacinal e amplia vantagem em relação à média nacional

Minas Gerais mantém liderança na cobertura vacinal e amplia vantagem em relação à média nacional - Foto: reprodução
Minas Gerais mantém liderança na cobertura vacinal e amplia vantagem em relação à média nacional – Foto: reprodução

Em 2025, Minas Gerais ultrapassou a meta de cobertura vacinal em 13 das 19 vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e registrou índices superiores à média nacional e da região Sudeste em 18 delas. Esse avanço é resultado direto dos investimentos estratégicos e das ações implementadas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), para fortalecer a imunização em todo o território mineiro.

Os imunizantes com cobertura acima da meta preconizada pelo PNI são: BCG (90,26%), DTP (95,04%), Febre Amarela (104,31%), Meningo C (95,26%), Penta (95,03%), Rotavírus (92,64%), Hepatite A infantil (103,86%), DPT – 1º reforço (97,16%), Tríplice viral – 1ª dose (106,94%), Pneumo 10 – 1º reforço (103,25%), Polio injetável – VIP (99,74%), Meningo C – 1º reforço (103,69%) e dTpa Adulto (117,56%).

“Esse resultado só está sendo possível com o trabalho contínuo do Governo de Minas no estímulo à vacinação e políticas estruturadas importantes, como o Projeto Vacina Mais, Minas Gerais, lançado em 2023, e o Programa Mineiro de Imunizações, pactuado em 2024”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. 

“Destinamos R$165 milhões em bonificações para municípios que se aproximaram das metas vacinais, realizaram vacinação extramuros, como em escolas, e R$100 milhões para a aquisição dos vacimóveis, que circulam tanto em praças e locais movimentados quanto em áreas rurais, fazendo a busca ativa da população não vacinada. E, para o biênio 2025/2026 serão mais R$210 milhões para a intensificação dessas ações”, anuncia.

Ato de amor

Leilane Ferreira Arães, publicitária e mãe da pequena Celeste, de 10 meses, levou a filha ao centro de saúde Santa Rita de Cássia, em Belo Horizonte, para receber a segunda dose da vacina contra a Influenza.

“Vacinar minha filha é essencial para a saúde dela e também para proteger outras crianças. Vacinar é um ato de amor”.

Ela não abre mão de manter as cadernetas de vacina de toda a família em dia. “Eu e meu marido também temos muito cuidado com a nossa saúde e a preocupação de estarmos vacinados, até para acompanhar nossa filha por muitos e muitos anos”, conclui.

Intensificação da vacinação

Em Belo Horizonte, as ações de vacinação foram intensificadas para ampliar as coberturas vacinais. O município ampliou horários de funcionamento das unidades de saúde, está promovendo vacinação em escolas e realizando busca ativa de não vacinados. A cidade conta com 153 salas de vacinas e, de janeiro até 2/5, aplicou mais de 672 mil doses.

A enfermeira epidemiologista e assessora da diretoria de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jandira Campos Lemos, detalha algumas dessas ações.

“Abrir salas de vacina em horários alternativos e finais de semana, por exemplo, possibilita que pessoas que trabalham possam levar seus filhos e também se vacinar, aumentando o acesso da população. Também colocamos salas de vacina em locais de lazer, como praças e parques, durante campanhas de vacinação contra influenza e covid-19”, explica.

Vacinação contra a gripe

A estratégia de vacinação contra a influenza também está ocorrendo em todo o estado. A partir de 2025, o imunizante foi incorporado ao PNI e estará disponível durante todo o ano nas unidades de saúde, e é destinado principalmente a gestantes, crianças e idosos. 

A aposentada Maria das Graças e Silva, 76 anos, já garantiu a proteção. “Eu faço questão de tomar a vacina contra a gripe todos os anos. Sei que ela é importante para minha saúde, então meu cartão de vacina está sempre completo,” afirma.

Ela é uma das 1.365.599 pessoas que já receberam a dose da vacina contra a gripe no estado este ano.

Devido ao período sazonal das doenças respiratórias, desde o dia 28/4, o Governo de Minas ampliou a vacinação contra a influenza para toda a população acima de 6 meses de idade e, no dia 10/5, será realizado o Dia D da Vacinação contra a Gripe em todo o estado.

Ministério da Saúde vai pedir inclusão de vacina contra chikungunya no SUS

Ministério da Saúde vai pedir inclusão de vacina contra chikungunya no SUS - Foto Paulo Pinto/Agência Brasil
Ministério da Saúde vai pedir inclusão de vacina contra chikungunya no SUS – Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

Após a aprovação da vacina contra a chikungunya pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta segunda-feira (14), o Ministério da Saúde solicitará que o imunizante seja incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde).

O pedido será encaminhado à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), responsável por avaliar a adoção de novas tecnologias na rede pública de saúde.

Caso a incorporação seja aprovada e haja capacidade de produção, a vacina será incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), com aplicação prevista para a população adulta a partir dos 18 anos.

O imunizante foi desenvolvido pelo laboratório franco-austríaco Valneva, em parceria com o Instituto Butantan. Esta é a primeira vacina contra a doença autorizada no país -o pedido de aprovação havia sido submetido à Anvisa em dezembro de 2023.

A vacina demonstrou segurança e eficácia imunológica em dois estudos clínicos de fase 3 realizados no Brasil e nos Estados Unidos. A etapa brasileira foi coordenada pelo Instituto Butantan e apresentou produção de anticorpos neutralizantes em 98,8% dos participantes.

O instituto tem um segundo pedido sendo analisado pela Anvisa, para a aprovação de uma versão do imunizante que será formulado, liofilizado e rotulado no Brasil. Com custos menores, ele poderá ser incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde).

A chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da zika. A doença provoca febre alta e dores intensas nas articulações, podendo evoluir para quadros crônicos de dor em alguns casos.

O vírus foi introduzido no Brasil em 2014 e, atualmente, há registro de casos em todos os estados do país. Até 14 de abril deste ano, o Brasil contabilizou 68,1 mil casos e 56 mortes confirmadas pela doença.

Minas Gerais inicia distribuição de 640 mil doses da vacina contra a Influenza

Minas Gerais inicia distribuição de 640 mil doses da vacina contra a Influenza - Foto: divulgação
Minas Gerais inicia distribuição de 640 mil doses da vacina contra a Influenza – Foto: divulgação

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciou, nessa segunda-feira (24/3), a distribuição de 640 mil doses da vacina contra a Influenza para as Unidades Regionais de Saúde. O imunizante foi enviado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e faz parte da campanha anual de vacinação, que começa em 7/4. A expectativa é que o envio às regionais de saúde seja concluído até esta sexta-feira (28/3). 

“Com a chegada das doses, mobilizamos todos os esforços para distribuir os imunizantes às regionais de todo o estado. Essa agilidade é essencial para que os municípios organizem suas estratégias e estejam prontos para iniciar a campanha já na segunda semana de abril”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. 

“A Influenza é uma doença que pode levar a complicações graves, e garantir acesso rápido à vacina, logo no início do período sazonal, é um passo decisivo para proteger nossos grupos prioritários, reduzindo impactos no sistema de saúde e salvando vidas”, complementa o secretário.

A vacina de 2025 protegerá contra as cepas H1N1, H3N2 e B e poderá ser administrada junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Imunização. Uma novidade deste ano é que esta vacina passa a fazer parte do PNI de forma permanente. Isso significa que o público prioritário terá acesso à imunização ao longo de todo o ano nas unidades de saúde do SUS.

O Dia D de mobilização nacional está previsto para 10/5. A meta é atingir 90% de cobertura vacinal, protegendo cerca de 9,4 milhões de pessoas em Minas Gerais. A primeira remessa enviada pelo Ministério da Saúde vai cobrir 6,9% dessa população, outras remessas estão previstas ao longo da campanha.

Os grupos prioritários incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, idosos a partir de 60 anos, povos indígenas, quilombolas, pessoas com doenças crônicas, trabalhadores da saúde, professores e outros profissionais essenciais.

A coordenação e execução da campanha são de responsabilidade das prefeituras municipais, que organizam as estratégias de vacinação para atender os grupos elegíveis.

”A imunização é um ato de cuidado individual e coletivo. Ao nos vacinarmos, evitamos complicações, óbitos e aliviamos a pressão sobre hospitais e unidades de saúde. Então, reforçamos desde já a importância da adesão à vacinação e convocamos a população a procurar uma unidade básica de saúde para se vacinar”, alerta o secretário de Estado de Saúde.

Rússia anuncia vacina gratuita contra o câncer prevista para 2025

Rússia anuncia vacina gratuita contra o câncer prevista para 2025 - Foto: reprodução
Rússia anuncia vacina gratuita contra o câncer prevista para 2025 – Foto: reprodução

Uma vacina contra o câncer, desenvolvida na Rússia, foi anunciada nesta semana pelo Ministério da Saúde do país. O imunizante já estaria em fase final e poderá ser disponibilizado para pacientes em 2025, de forma gratuita.

A notícia foi anunciada pela Rádio Rossiya, durante entrevista com Andrey Kaprin, diretor geral do Centro de Pesquisa Médica em Radiologia do Ministério da Saúde da Rússia.

A vacina é o resultado do trabalho de vários centros de pesquisa. Estudos apontaram que o imunizante tem a capacidade de reduzir o crescimentos dos tumores e prevenir metástases.

Como funciona?

O imunizante seria responsável por introduzir um pedaço de RNA mensageiro no corpo, levando as células a produzir uma proteína específica. Na prática, o sistema imunológico vai reconhecer essa proteína como estranha e gerar anticorpos para combatê-la.

No caso do câncer, esse processo é adaptado para ajudar o sistema imunológico a identificar e atacar células cancerígenas.

Anvisa analisa nova vacina contra a dengue, a primeira em dose única

Anvisa analisa nova vacina contra a dengue, a primeira em dose única - Foto: Flickr/Governo de SP
Anvisa analisa nova vacina contra a dengue, a primeira em dose única – Foto: Flickr/Governo de SP

O Instituto Butantan submeteu, na última segunda-feira (16), à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro para a Butantan-DV, vacina que desenvolveu contra a dengue. Caso seja aprovado, o imunizante será o primeiro do mundo em dose única contra a doença e se somará à Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda e à disposição do público no Sistema Único de Saúde (SUS).

O processo de submissão contínua permitiu que os dados do Butantan fossem enviados à Anvisa conforme eram gerados, agilizando as etapas de avaliação e acelerando a aprovação. O pedido de registro foi feito 48h depois que o Ministério da Saúde lançou, no sábado, o Dia D contra a Dengue — campanha de esclarecimento da população, que visa impedir o avanço da doença a partir da chegada do verão, no dia 21. Somente neste ano, há o registro de aproximadamente 6,5 milhões de casos prováveis. As mortes estão em torno de 5,9 mil.

A Butantan-DV é uma vacina tetravalente desenvolvida para combater os quatro sorotipos do vírus da dengue. Os ensaios clínicos da vacina foram concluídos em junho, após o último participante completar cinco anos de acompanhamento.

Os dados de segurança e eficácia da Butantan-DV foram publicados no New England Journal of Medicine e têm uma eficácia geral de 79,6% na prevenção de casos sintomáticos de dengue. Resultados da fase 3, divulgados na revista The Lancet Infectious Diseases, apontaram uma proteção de 89% contra formas graves da doença e casos com sinais de alarme, além de eficácia e segurança comprovadas por até cinco anos.

“É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do país e uma enorme conquista em nível internacional. Que o Instituto Butantan possa contribuir com a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue. Mostra que vale a pena investir na pesquisa feita no Brasil e no desenvolvimento interno de imunobiológicos. Vamos aguardar e respeitar todos os procedimentos da Anvisa, mas estamos confiantes nos resultados que virão”, afirmou Esper Kallás, diretor do Butantan.

100 milhões de doses

Se aprovada, o instituto estima entregar cerca de 100 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde ao longo dos próximos três anos. Em 2025, está prevista a entrega de um milhão de doses, com o restante distribuído em 2026 e 2027.

A definição dos critérios para vacinação da população caberá ao Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A fábrica da vacina Butantan-DV foi inspecionada pela Anvisa e considerada adequada. A agência também emitiu o certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para a planta de fabricação.

Segundo o infectologista Leandro Machado, a nova vacina pode mudar radicalmente o enfrentamento da dengue no Brasil: “Com apenas uma dose, ela não só facilita o acesso para milhões de pessoas, mas, também, oferece proteção prolongada e eficaz contra a doença. Isso significa menos casos graves, menos internações e menos vidas perdidas. Para um país como o nosso, onde a dengue é um problema constante, essa vacina traz esperança de um futuro com muito menos sofrimento”, explica. Questionada pelo Correio, a Anvisa informou que analisará os documentos submetidos nos próximos dias.

Vacina brasileira contra o câncer de próstata começa a ser testada nos EUA

Vacina brasileira contra o câncer de próstata começa a ser testada nos EUA - Foto: reprodução
Vacina brasileira contra o câncer de próstata começa a ser testada nos EUA – Foto: reprodução

Uma vacina brasileira contra o câncer de próstata, criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, começou a ser testada nos Estados Unidos esta semana, segundo reportagem exibida pelo Fantástico neste domingo (24).

Depois de 25 anos de estudos no Brasil, ela recebeu sinal verde da FDA, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos. O imunizante promete tratamentos individualizados

“É uma caminhada de muita resiliência, de muito apoio de diversas partes. Para chegar onde a gente chegou, são literalmente centenas de pessoas que hoje estão trabalhando para isso”, relatou o médico ao dominical. 

Como funciona?

Primeiro, fragmentos do tumor do paciente são retirados. Em seguida, as células cancerígenas são expandidas e modificadas em laboratório. E depois, são utilizadas para ativar o sistema imunológico do próprio paciente.

Na última terça-feira (19), os primeiros 280 voluntários retiraram fragmentos do câncer de próstata para a pesquisa em solo americano. Caso tudo ocorra como o esperado, segundo o doutor Fernando, a autorização do registro da vacina pela FDA pode ocorrer dentro de dois anos

A vacina possa beneficiar milhares de pacientes nos próximos anos. A expectativa é que os casos de câncer de próstata devem dobrar até 2040

Brasil recupera certificado de país livre do sarampo depois de 5 anos

Sarampo é uma das doenças prevenidas com vacinação - Foto: Agência Brasil
Sarampo é uma das doenças prevenidas com vacinação – Foto: Agência Brasil

Cinco anos após perder o certificado de eliminação do sarampo, em 2019, o Brasil voltou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o status de país livre da doença. O último registro de sarampo no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no Amapá. A cerimônia aconteceu em Brasília nesta terça-feira (12).

Para cumprir os critérios de reverificação, o Brasil precisou demonstrar que não houve transmissão do vírus do sarampo durante pelo menos um ano, além de ter fortalecido o seu programa de vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida a casos importados. 

Em 2016, o Brasil já havia alcançado esse status, no entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Em 2019, após um ano de franca circulação do sarampo por mais de 12 meses, o Brasil perdeu o status. Agora, com a conquista do Brasil, as Américas recuperam o status de região livre de sarampo endêmico. 

Segundo a Opas, as Américas também eliminaram a rubéola e a síndrome da rubéola congênita em 2015, uma conquista que os países da região têm mantido desde então. 

Em seu discurso, Jarbas Barbosa, diretor da Opas, lembrou que as Américas figuram, atualmente, como a região do mundo que mais recuperou a cobertura vacinal após a pandemia de covid-19. “Isso é importante porque a pandemia foi um golpe. A gente estima que 23% ou 24% das crianças deixaram de se vacinar durante a pandemia”.

Dados do ministério indicam que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com data de início do exantema (erupções cutâneas) em 05 de junho.

Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e um em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra.

Ações

Para reverter o quadro, o governo informa que investiu em vacinação nas fronteiras e em locais de difícil acesso, também na busca ativa de casos suspeitos, realização de Dia S de combate ao sarampo, oficinas de resposta rápida a casos de sarampo e rubéola nos territórios, além de cursos online de manejo clínico de sarampo, por meio da UNASUS.

Todas as ações coordenadas por meio do Plano de Ação para reverificação do sarampo e sustentabilidade da eliminação da rubéola, republicado pelo Ministério da Saúde em 2024. 

Ainda em 2023, o financiamento do Governo Federal para manutenção da eliminação das doenças ultrapassou R$724 milhões, com investimentos em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, além de oficinas para todos os estados brasileiros sobre microplanejamento e multivacinação, realizadas nos 5.570 municípios.

O modelo de microplanejamento adotado, recomendado pela OMS, inclui atividades direcionadas às especificidades locais e busca fortalecer o acesso da população à vacinação durante todo o ano. 

Alerta continua

Em nota, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, comemorou a recertificação, mas alertou que a manutenção do status depende de mobilização constante, já que o vírus continua a circular. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, em 2023, mais de 320 mil casos foram confirmados em todo o planeta.

“Perder o certificado seria um grande retrocesso. Estamos no caminho certo, mas precisamos estar atentos e redobrar os nossos esforços, até porque o sarampo não é a única doença com a qual devemos nos preocupar”, disse. 

O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação para prevenir casos graves e óbitos causados pelo sarampo, adotando diversas ações para incentivar a imunização em todo o país.

Em 2023, 13 dos 16 imunizantes do calendário nacional tiveram aumento na cobertura vacinal, incluindo a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. A cobertura da primeira dose passou de 80,7% em 2022 para 88,4% em 2023, e em 2024, até o momento, já chegou a 92,3%. 

A tríplice viral é recomendada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e em dose única para adultos de 30 a 59 anos. Essa vacina é essencial para prevenir doenças altamente contagiosas que, no passado, causaram epidemias e graves consequências à saúde pública. 

Sarampo

O Ministério da Saúde define o sarampo como uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). “A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação”, ressaltou o ministério.

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