
A luta pela manutenção da cota mínima nos lagos de Furnas e Peixoto teve mais um capítulo com a realização do “I Encontro A Hora é Agora no Mar de Minas”, realizado no último final de semana, no Porto Fazenda Hotel em Alfenas. Várias associações e entidades ligadas à questão da cota mínima e políticos locais e estaduais, participaram do encontro que teve várias apresentações de temas de relevância para os setores da economia que necessitam do lago para seu pleno funcionamento.
João de Assis, presidente da Aquatur destacou que o objetivo do encontro foi restabelecer a associação, para que ela seja mais uma das entidades na luta pela manutenção da cota mínima dos lagos de Furnas que é 762 e a de Peixoto que é a 663.
“Estamos nessa guerra a muitos anos e temos que exigir que sejam cumpridas as normas e as leias para que toda a região seja beneficiada com a manutenção dos níveis dos lagos”, enfatizou João Assis.
Thayse de Castro, presidente da Acilago, ressaltou a necessidade da mobilização: “Estamos com o Lago cheio e devemos trabalhar para que essa cota mínima que no caso de Furnas seja mantida na 762, garantindo manter o nível da represa e manter o uso múltiplos das águas o que não vem sendo feito nos últimos 12 anos. Nós precisamos que nível do lago de Furnas seja mantido porque necessitamos disso para a atração turística, para a psicultura, agricultura, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região”, enfatizou Thayse de Castro.
O deputado estadual Bernardo Bartolomeu Moreira (Bartô), um dos convidados a falar no encontro, destacou que o tema abordado foi sobre a união de esforços e o papel legislativo na luta para manter as cotas dos lagos de Furnas e Peixoto. “O que a gente deixa bem claro é que depende muito da luta da população em pressionar e determinar o caminho a ser seguido pelos seus representantes no legislativo e é o que venho fazendo na defesa das cotas mínimas. É impressionante ver como o lago de Furnas está hoje com toda essa água, trazendo benefícios para toda a região, especialmente para os empreendimentos a beira da represa como o da Pousada do Porto”, ressaltou.
A PEC 106, é mais um instrumento que temos para pressionar de forma a manter a cota mínima 762 no lago de Furnas seguindo uma negociação junto aos diversos órgãos federais para o tombamento do lago destacou o deputado estadual.
O presidente da Associação dos municípios do Lago de Furnas (Alago), Prof. Djalma Francisco Carvalho que também é Prefeito da cidade de Cristais, ressaltou que essa luta é antiga e não tinha reconhecimento a nível estadual e nem federal sobre o reconhecimento da cota mínima para o uso múltiplos das águas dos reservatórios que é fundamental para as atividades econômicas desenvolvidas em seu entorno. “A manutenção da cota mínima para os lagos de Furnas e Peixoto é de suma importância para mantermos nossas atividades econômicas, como forma de compensação pelas áreas inundadas com a construção das represas”, destacou o presidente da Alago.
“Temos que estar cada vez mais unidos e este encontro mostra que a cada vez ganhamos mais força para enfrentar as batalhas até chegarmos à vitória que é a manutenção das cotas mínimas 762 para Furnas e 663 para Peixoto”, enfatizou o Prof. Djalma Carvalho.
Via: Observo.