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Ministério manda reter água em hidrelétricas para garantir o nível do Lago de Furnas

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Ministério manda reter água em hidrelétricas para garantir o nível do Lago de Furnas - Foto: reprodução
Ministério manda reter água em hidrelétricas para garantir o nível do Lago de Furnas – Foto: reprodução

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, comandado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, autorizou, na última quarta-feira (6), a a redução da saída de água nas usinas hidrelétrica de Jupiá e Porto Primavera, no Rio Paraná (entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul) e a retenção nas usinas de cabeceira. De acordo com o ministro, esta medida tem o potencial de preservar cerca de 11% de armazenamento na bacia do Paraná até agosto/2024 e cerca de 7% no Sudeste/Centro-Oeste.

O objetivo é garantir o abastecimento de energia elétrica no Brasil e manter o nível do Lago de Furnas, em Minas Gerais. “Esta medida contribui para a segurança eletroenergética do país, além de atender aos usos múltiplos da água. Os lagos de Furnas e Peixoto são os pulmões do setor elétrico, mas deixaram de ser exclusivamente usados para a geração de energia. Eles servem também à agricultura, à irrigação, à piscicultura e levam desenvolvimento econômico e social à essa importante região mineira, gerando emprego e renda para a população, além, claro, do seu grande potencial para o ecoturismo”, afirmou o ministro, Alexandre Silveira.

Segundo o ministro, a defesa do uso múltiplo dos lagos é histórica e vem sendo feita por diversos setores, entidades e representantes da população, incluindo o presidente do Congresso Nacional, senador mineiro Rodrigo Pacheco.

“Desde quando senador, trabalhei ao lado do presidente Pacheco pelo reconhecimento da importância dos Lagos de Furnas e Peixoto para o desenvolvimento econômico do Sul de Minas, compatibilizando a geração de energia com o turismo e o agronegócio. Os lagos são patrimônios do Brasil, mas, em especial, das mineiras e mineiros daquela região”, finalizou Silveira.

Segurança Energética

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), o período chuvoso deste ano tem sido, até o momento, um dos trimestres mais críticos nas regiões Sudeste e Centro Oeste do país. Em fevereiro deste ano, os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste alcançavam 64,5% de sua capacidade. O número é 12,4% inferior ao apresentado no mesmo período em 2023.

Com isso, Silveira determinou aos secretários da pasta e ao Operador Nacional do Sistema (ONS) que adotem medidas para preservar a água nos reservatórios de cabeceira, em articulação com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e IBAMA, garantindo a segurança energética e compatibilizando os demais usos dos reservatórios.

O CMSE é presidido pelo ministro de Minas e Energia e composto por representantes do MME e demais órgãos do setor elétrico: Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL; Agência Nacional do Petróleo – ANP; Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE; Empresa de Pesquisa Energética – EPE; e o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA – também participa como convidada. (Itatiaia)

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6 respostas para “Ministério manda reter água em hidrelétricas para garantir o nível do Lago de Furnas”

  1. É impossível manter o reservatório de Furnas, minimamente preservado, sem a ajuda das termoelétricas. Mais uma fala sem sentido.

  2. Por isto temos que investir na produção de energia de outras fontes renovaveis com eólica e solar temos sol o ano inteiro

  3. As melhores terras no entorno da barragem de Furnas foram inundadas. Que se garanta a Minas a manutenção do nível mínimo necessário para continuidade das atividades agricolas, de piscicultura, turísticas e de entretenimento. Esta de parabéns o ministro das Minas e Energia pela sua sábia decisão!

  4. Enquanto isso, o real problema dos baixos níveis dos reservatórios, que são as destruição dos mananciais, nascentes e assoreamento dos rios, continua sendo ignorado. Quando o brasileiro vai entender que água deve ser preservada?

  5. O governo brasileiro tem que investir em pch que operam por fio ďagua. Há um grande potencial no país para esse tipo de geração que não é aproveitado.

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