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Estudo indica que Passos está entre as piores cidades para ser mulher no Brasil

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Estudo indica que Passos está entre as piores cidades para ser mulher no Brasil - Foto: reprodução
Estudo indica que Passos está entre as piores cidades para ser mulher no Brasil – Foto: reprodução

Passos (MG) está entre as piores cidades do país para ser mulher. É o que revela pesquisa feita pelo instituto socioambiental Tewá 225. O estudo avaliou 319 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, e demonstra como cada um se classifica no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Número 5, que trata da igualdade de gênero e representa uma das metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

No ranking nacional, Passos ficou em 235º lugar, com índice de 38,17 na pontuação, considerado ‘muito baixo’ – mas com melhor avaliação de outros da região

 A nível nacional, nenhuma das cidades avaliadas no país atingiu um nível considerado “alto” de desempenho (pontuação de 60 a 79,99). Mais de 84% receberam uma pontuação classificada como “muito baixa” (0 a 39,99), com média de apenas 34,5 pontos na escala de 0 a 100. Nenhum município brasileiro ultrapassou os 54 pontos – desempenho em uma faixa de desenvolvimento “média” (de 50 a 59,99).

Em Minas Gerais, das 34 cidades analisadas, 30 apresentaram desempenho muito abaixo do ideal. As 10 piores do estado, segundo a pontuação no IDSC, foram: Araxá (24 pontos), Ituiutaba (28,6), Sabará (29,3), Poços de Caldas (29,7), Varginha (30,2), Sete Lagoas (30,4), Ipatinga (31,1), Betim (31,5), Vespasiano (31,7) e Patos de Minas (31,8). Pouso Alegre obteve 33,51 e Passos 38,17.

Dos municípios avaliados em Minas, apenas quatro – Belo Horizonte, Juiz de Fora, Nova Lima e Nova Serrana – apresentaram pontuações um pouco melhores, embora ainda insuficientes para sair da zona de alerta. “Mesmo assim, 88% das cidades mineiras seguem com desempenho muito baixo, e longe de atingirem a igualdade de gênero”, destaca Luciana.

O QUE É

“Somos uma organização 100% formada por mulheres. Vendo que faltam apenas seis anos para atingir o marco estabelecido (2030), entendemos que o ciclo de mandato dos próximos quatro anos será crucial para os municípios. A motivação da análise foi gerar dados substanciais para uma emulação positiva, ou seja, que as cidades, a partir da colocação no ranking, tivessem interesse em investir em mais políticas públicas de gênero”, afirma a CEO do Tewá e coordenadora da pesquisa, Luciana Sonck.

Em consonância com a Agenda 2030 da ONU, a pesquisa foi baseada no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), uma ferramenta de monitoramento dos ODS nos 5.570 municípios brasileiros. “O estudo parte do uso desse índice que mede o quanto cada município está ou não atingindo a igualdade de gênero de acordo com os parâmetros dos ODS. O levantamento normaliza cinco subindicadores com o mesmo peso na medição final. Eles são parametrizados para gerar uma nota, de 0 a 100, semelhante a indicadores como IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e PIB (Produto Interno Bruto)”, explica a coordenadora.

Para conhecer o estudo completo, clique aqui.

O ÍNDICE

A composição do índice do ODS 5 considera as seguintes variáveis e suas respectivas bases de dados: taxa de feminicídio a cada 100 mil mulheres (DataSUS); desigualdade salarial por sexo (Relação Anual de Informações Sociais – Rais); percentual de mulheres na Câmara de vereadores do ciclo legislativo 2020-2024 (Tribunal Superior Eleitoral); taxa de jovens mulheres (15 a 24 anos) que não estudam nem trabalham e a diferença percentual dessa taxa entre homens e mulheres, sendo os dois últimos dados baseados no Censo 2010 do IBGE.

Os critérios juntos formam a nota que permite identificar em que patamar se localiza o município frente a esse tema. “Para nós, isso gerou um ranking de cidades. Optamos por trabalhar com as médias e grandes cidades para gerar o máximo de justiça na análise, já que comparar essas realidades com pequenas regiões poderia ser injusto”, argumenta Luciana.

 OS ODS 2030

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um conjunto de 17 metas estabelecidas pela Assembleia Geral da ONU em 2015, como parte do plano de ação global para proteger o planeta e promover a prosperidade de todos os povos e nações até 2030. Entre os principais desafios dessa agenda estão pobreza, desigualdade, mudanças climáticas e paz. O ODS 5 balizou a pesquisa do instituto socioambiental Tewá 225.

Via: Observo

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