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Gás de cozinha pode subir nas revendas de Passos

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Pela segunda vez nos últimos 15 dias – e nona em 2020 –, a Petrobras reajustou o preço do gás de cozinha. Na última quarta-feira, 4, o percentual de aumento foi de 5%, o mesmo aplicado pela estatal no dia 22 de outubro, totalizando 10%.

De acordo com a Petrobras, o reajuste para o consumidor gira em torno de R$ 1,60 para cada botijão de 13 quilos do gás de cozinha. Muitas distribuidoras não chegaram a repassar para a população o aumento do fim do mês passado, e só anunciarão o novo preço do produto na próxima semana. Hoje, varia de R$ 68 a R$ 78, dependendo da marca e das promoções.

Jorge Júlio Ferreira, revendedor regional Ultragaz, afirma que, para o consumidor final, o aumento deve ser de, no máximo, R$ 3,40. “Muitas empresas ainda têm estoques suficientes para mais alguns dias. Eu nem apliquei o reajuste de outubro”, afirmou. Para Adilson José Ferreira, revendedor da Consigaz, os aumentos seguidos são um problema.

“É complicada a nossa situação também, porque nem bem houve a readequação no final do mês passado, agora vem outro. Vou tentar ao máximo não aumentar o botijão nos próximos dias, ou aumentar o mínimo possível”, declarou.

O atacadista Paulo Fernandes Teixeira, revendedor da marca Nacional Gás, ressalta que, além dos constantes reajustes da Petrobras, ainda tem a concorrência desleal.

“A prática da evasão fiscal é demais na região Sul de Minas Gerais, porque em São Paulo a incidência do ICMS é de 12%, enquanto em nosso estado sobe para 18%. Aí, os empresários e comerciantes paulistas, dos municípios próximos da divisa, vendem o gás mais barato por aqui e sem nota fiscal. Nós, que recolhemos o imposto, somos prejudicados em relação ao preço”, disparou.

Luciano da Silva Mendonça, varejista da Ultragaz – por meio da Expogás –, considera que os aumentos sucessivos anunciados pela Petrobras são ruins.

“Vivemos em uma época difícil, mas, como donos de depósitos de gás de cozinha, estamos no mesmo barco. Preciso fazer de tudo para não aumentar o preço, ou apenas o mínimo necessário. A mercadoria não pode faltar nas residências e no comércio em geral”, disse.

O município de Passos é atendido por cinco distribuidoras diferentes de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): Copagaz, Ultragaz e Nacional, cujos proprietários possuem área livre para estocar centenas de botijões e frota própria, e Consgigaz e Supergabras, que terceirizam o transporte do produto. Segundo a empresa estatal, a composição de preços do GLP é distribuída da seguinte maneira: 41% de realização da Petrobras; 3% de impostos federais (PIS e Cofins) ; 16% do ICMS; e 40% de distribuição e revenda.

Fonte: Clic Folha.

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