Jornal Folha Regional

Reajuste de políticos e secretários em cidade de Minas triplica salário de vice-prefeito

Reunião da Câmara de Itaguara, da Região Central de Minas Gerais - Foto: reprodução/Youtube
Reunião da Câmara de Itaguara, da Região Central de Minas Gerais – Foto: reprodução/Youtube

A Câmara Municipal de Itaguara (MG), aprovou, na noite da última terça-feira (14), um aumento salarial de políticos que propõe um reajuste significativo. Serão beneficiados com a medida vereadores, secretários municipais, o prefeito e o vice-prefeito. Os reajustes passam a valer a partir do próximo mandato, em 2025, até o ano de 2028.

De acordo com a proposta, o salário do prefeito da cidade, atualmente em R$ 19 mil, será elevado para R$ 25 mil. Dentre os ajustes, o maior aumento é destinado ao cargo de vice-prefeito, que triplicará, passando de R$ 4,3 mil para R$ 12 mil. 

A partir de janeiro os vencimentos dos secretários municipais passará de R$ 6,1 mil para R$ 10 mil. Já os vereadores serão beneficiados com subsídios fixados em R$ 6,8 mil. Atualmente, os parlamentares  recebem R$ 4,5 mil.  

Os agentes políticos também terão direito ao décimo terceiro salário, um benefício que não era concedido anteriormente. Os reajustes foram aprovados por oito votos a um.

Ao comentar o valor para os vencimentos do prefeito, o vereador José Hilton (PL) afirmou que o objetivo é garantir “caução”, pois o salário de servidores não pode exceder o do prefeito de uma cidade. Na ocasião, ele citou alguns médicos para exemplificar.  Já em relação aos secretários, disse que era necessário valorizar os servidores. O parlamentar não comentou os outros reajustes.

Justificativas

No texto apresentado à Casa Legislativa é destacado a “dedicação integral” do prefeito à atividade profissional. “É peculiar ao cargo de Prefeito a dedicação integral de seu titular, com redução ou subtração integral de tempo para dedicação a sua atividade profissional de origem.”

Já a justificativa do vice-prefeito é mais breve. “A função de Vice-Prefeito, desde a Constituição Federal de 1988, é cargo e tem a responsabilidade de substituir o Prefeito, em seus impedimentos legais e ausências.”

Em relação aos secretários, o texto afirma que os servidores possuem posições estratégicas de “interlocutor”.

“O titular do cargo de Secretário Municipal é solidariamente responsável com o Prefeito na gestão da sua respectiva pasta, assumindo a coordenação e o controle dos atos e das ações de gestão e de controle, posicionando-se estrategicamente como interlocutor das demandas de sua complexidade temática junto ao Prefeito e na captação de recursos federais e estaduais, construindo alternativas táticas para a inovação e a melhoria junto aos processos de trabalho sob a sua guarda”, afirma.

No texto, a justificativa para o aumento salarial dos vereadores é amparada pela norma jurídica. “O presente Projeto de Resolução tem por objetivo fixar o subsidio mensal dos Vereadores para a Legislatura 2025/2028, em cumprimento ao que prevê o inciso VI, do Art. 29 da Constituição Federal (…) observado os limites fixados pelo dispositivo supra referido. Assim, sendo a proposição em consonância a Carta Magna, assim como, com a Lei Orgânica Municipal, e Regimento Interno mostra-se de fundamental importância a aprovação da mesma”.

Reajuste salarial proposto por Zema a servidores descumpre promessa de campanha feita em 2022

Reajuste salarial proposto por Zema a servidores descumpre promessa de campanha feita em 2022 - Foto: Fred Magno
Reajuste salarial proposto por Zema a servidores descumpre promessa de campanha feita em 2022 – Foto: Fred Magno

O descumprimento de uma das principais promessas de campanha feitas pelo governador Romeu Zema (Novo) a servidores públicos de Minas Gerais durante as eleições de 2022, que previa reajustes salariais anuais suficientes para recompor perdas inflacionárias, deve fazer com que a proposta de recomposição dos vencimentos, apresentada pelo Executivo na Assembleia Legislativa, enfrente caminhos tortuosos na Casa.

Na última terça-feira (14), primeiro dia de tramitação do projeto de lei, o texto foi retirado da pauta antes mesmo de ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A decisão, acordada por todos os parlamentares presentes na reunião, ocorreu em meio à pressão de representantes do funcionalismo, que lotaram a galeria do plenário e promoveram um ato do lado de fora da Assembleia para protestar contra a proposta do governador, que sugere reajuste de 3,62% para servidores públicos civis e militares da administração direta, de autarquias e de fundações do Poder Executivo.

O principal argumento dos servidores para tentar derrubar o projeto é que o índice oferecido não é suficiente para recompor nem mesmo os valores corroídos pela inflação. A garantia de recomposição inflacionária foi, inclusive, um dos pilares da proposta para equilíbrio das contas do Estado registrada no plano de governo entregue por Zema ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante a última eleição. “Vamos garantir o poder de compra do servidor público, com o reajustamento anual para recompor as perdas ocasionadas pela inflação”, informava o governador no documento.

Desse modo, para cumprir o prometido, o reajuste dos salários dos servidores públicos deveria ser de, no mínimo, 4,62%, mesmo valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Autor do requerimento que retirou o projeto de lei da pauta do CCJ, na manhã desta terça, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) classificou a proposta de reajuste como “uma migalha” e uma “afronta ao servidor”. Presente na reunião, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG), Wemerson Oliveira, também condenou o projeto de lei e cobrou diálogo com o Executivo. “Sabemos da necessidade da segurança, mas ninguém sobrevive arriscando a vida todos os dias para não ter a dignidade de (ter salário suficiente para) cuidar bem da sua família e morar em um lugar seguro”, afirmou o representante da categoria, que pleiteia reajuste de 41,6% para recompor perdas inflacionárias dos últimos sete anos. 

Diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind Saúde-MG), Neuza Freitas também calcula que a categoria sofre perdas acumuladas que beiram os 40% e cobra compensação para os servidores. “Zema deixou de cumprir não só essa como outras promessas de campanha. Hoje, além de lutar por reajustes, os trabalhadores estão lutando para não perder direitos já adquiridos e tentam manter serviços públicos em uma luta incansável contra a privatização do serviço público”, reclama a sindicalista. 

Sem resposta. O último reajuste geral concedido pelo governo de Minas a servidores do Estado ocorreu em 2022. Na ocasião, os salários foram reajustados em 10,06%. Questionado sobre o descumprimento da promessa de campanha de Zema, que previa reajuste anual dos salários para recompor a inflação, o governo de Minas ainda não se manifestou. 

Líder do governo na ALMG fala em diálogo


O deputado estadual João Magalhães (MDB), líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, defendeu que o reajuste proposto pelo governo é responsável e  “pensa nos servidores, respeitando os limites do Estado, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal”. O parlamentar também argumentou que a proposta de reajuste geral  garante o pagamento do Piso Nacional da Educação para os servidores das carreiras do grupo de atividades da educação básica.

Segundo Magalhães, é esperado que o projeto seja alvo de discussões, dada sua relevância. “Acredito que este seja o momento desses debates e que as comissões vão, ao longo da tramitação, oferecer aos parlamentares o melhor espaço possível para o diálogo. Um exemplo disso foi a retirada de pauta que aconteceu na manhã desta terça-feira (14/05), de forma unânime por todos os presentes”, afirmou o parlamentar. 

Segurança pública ameaça cruzar os braços

Servidores da segurança pública ameaçaram cruzar os braços caso o governo de Minas não reveja o índice de reajuste proposto para a categoria. Enquanto a gestão de Romeu Zema oferece 3,62%, bombeiros, policiais civis e militares pleiteiam recomposição de 41,6%, valor que seria referente a perdas inflacionárias sofridas nos últimos sete anos. 

Vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e dos Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra PMBM), o sargento da Polícia Militar Marco Antônio Bahia Silva diz que o governo “obriga os policiais a pararem”. “Se os deputados não tiverem a sensibilidade de acatar a proposta (dos servidores) já encaminhada para o governo, certamente a polícia vai ter uma paralisação, vai cruzar os braços, porque estão mexendo nana estrutura remuneratória. O valor proposto não é nem 10% daquilo que a gente pretende repor”, argumentou o policial militar.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG), Wemerson Oliveira, lembra que a categoria já reduziu o ritmo de trabalho desde a semana passada, em regime popularmente conhecido como “operação tartaruga”. Mas ele não descarta uma paralisação. “Com essa proposta de reajuste, parece que Zema quer que os policiais parem o serviço de segurança pública de de Minas Gerais. Os policiais não estão aguentando”, declarou o sindicalista.

Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores

Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores - Foto: reprodução
Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores – Foto: reprodução

A Câmara de São João Batista do Glória aprovou em primeiro turno, na noite da última segunda-feira, 29, os projetos de lei 10 e 11, que fixam os subsídios aos vereadores, prefeito, vice e secretários, com 20% de reajuste a partir de 1º de janeiro de 2025. Na próxima sessão do Poder Legislativo, na segunda-feira, 6, as propostas devem ser votadas em segundo turno e, se aprovados, vão para a sanção do gestor municipal.

Os autores dos projetos Cresio Costa, presidente; Luiz Antônio Garcia e Ricardo Israel dos Reis, todos aliados ao prefeito. Por isso, houve mais dois votos a favor, dois contra, e o vereador Danilo Soares, em razão de problemas de saúde, não participou da sessão.

“Jamais fui contra o aumento salarial como manda a lei, porém o percentual determinado é abusivo. Quando fui pedir aumento para os servidores, o prefeito disse que não tinha dinheiro e só autorizou 3,71%, aumentando a nossa defasagem salarial para 40%. Se a cidade tivesse em ordem administrativa politicamente falando como obras concluídas, promessas de campanhas cumpridas e benefícios à população, ficaria calado, mas não tem nada disso acontecendo”, disparou Renato Aparecido Silva, motorista de ambulâncias e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do município.

“É um absurdo. Apesar dos secretários terem o direito, na justiça, de receberem o salário dobrado, ou seja, o 13°, juntamente com a folha de pagamento de cada mês de dezembro entre 2025/28, os aproveitaram isso e colocaram também os cargos de prefeito e vice no meio do reajuste. O Poder Legislativo gloriense só pensa em valorizar as funções mais elevadas da máquina administrativa, pisando com força nos servidores que ralam e fazem a cidade crescer, todavia de acordo com a péssima atual gestão”, afirmou revoltado o sindicalista.

Caso seja aprovado o reajuste de 20%, no próximo mandato, de 2025 a 2028, o prefeito vai receber R$ 21.548,16 por mês, o vice, R$ 5.224,53, e os secretários, R$ 6.970,86. O salário dos parlamentares deve passar de R$ 3,1 mil para R$ 4.287,92.

Via: Clic Folha

Governo propõe a servidores da educação reajuste de 9% em 2025

Governo propõe a servidores da educação reajuste de 9% em 2025 – Foto: reprodução

O governo federal apresentou, na última sexta-feira (19), proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. As categorias estão em greve em boa parte do país. Pela proposta, será concedido aos servidores reajuste de 9%, a partir de janeiro de 2025, e de 3,5%, em maio de 2026. A informação foi divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A proposta foi apresentada na sede do MGI, em Brasília, durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária que debate a reestruturação da carreira.

Para 2024, o governo já havia formalizado, para todos os servidores federais, proposta de reajuste no auxílio-alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais), de aumento de 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde) e de acréscimo na assistência pré-escolar (auxílio-creche), de R$ 321 para R$ 484,90.

Segundo o ministério, se forem considerados o aumento nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano passado, além da proposta feita nesta sexta-feira, os técnicos teriam um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira.

De acordo com o MGI, a proposta apresentada nesta sexta-feira inclui ainda a verticalização das carreiras “com uma matriz única com 19 padrões; a diminuição do interstício da progressão por mérito de 18 para 12 meses; a mudança no tempo decorrido até o topo das carreiras, que passa a ser de 18 anos”.

Servidores

Os servidores técnico-administrativos da área de educação classificaram de “irrisória e decepcionante” a proposta apresentada pelo governo federal. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), as negociações pela manhã foram dedicadas à carreira dos técnicos. Na parte da tarde, segundo ele, a mesa de negociação trataria da carreira dos docentes.

Além de reivindicar, inicialmente, uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, os servidores pedem a reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes; a revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, bem como a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

De acordo com o Sinasefe, a tendência é que a greve continue, pois o termo apresentado pelo governo, até o momento, não recompõe salários nem reestrutura as carreiras. “A proposta do governo foi de um reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026 . Isso significa a manutenção do congelamento salarial para 2024”, avalia o sindicato.

A decisão dos servidores da área de educação será oficializada após consulta às assembleias locais e apresentação durante a plenária nacional, ainda a ser convocada.

Remédios devem subir 4,5% a partir de 1º de abril

Remédios devem subir 4,5% a partir de 1º de abril - Foto: reprodução
Remédios devem subir 4,5% a partir de 1º de abril – Foto: reprodução

O governo federal deve anunciar um aumento de 4,5% no preço dos medicamentos até o fim do mês. A projeção do reajuste é feita pela indústria farmacêutica e pode ser oficializada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) ainda nesta semana.

O reajuste costuma ser divulgado no último dia útil de março, mas em virtude do feriado da Semana Santa existe a possibilidade de o anúncio ser feito até quinta-feira (28). Ele deve entrar em vigor a partir do 1º de abril.

O aumento é anual e leva em consideração um cálculo que considera a inflação no período medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,5% em fevereiro no acumulado dos últimos 12 meses.

Os outros índices usados no cálculo (produtividade do índice farmacêutica, custos de produção não captados pelo IPCA e promoção de concorrência no setor) foram estabelecidos como zero pela Cmed. Neste ano, não haverá distinção de aumento em três faixas (mercado mais competitivo, moderadamente concentrado e muito competitivo) como já ocorreu em outros anos.

O aumento deve entrar em vigor em 1º de abril após a publicação da resolução da Cmed no Diário Oficial da União, porém o reajuste não é imediato, já que depende de cada farmácia e indústria farmacêutica.

FARMÁCIAS ANUNCIAM PROMOÇÕES; ANALISTAS RECOMENDAM PESQUISA

Nas lojas em São Paulo e nos sites, grandes redes do setor como Drogasil, Farmácias Pague Menos, Drogaria São Paulo, Droga Raia e Drogaria Pacheco anunciam promoções para medicamentos antes do reajuste anual. Os descontos chegam a até 90% em alguns casos.

“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais, aumentos de preços podem demorar meses ou nem acontecer”, afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, recomenda que os consumidores evitem comprar por impulso, pesquisem preços de genéricos ou similares e façam o cadastro no programa Farmácia Popular.

“A grande maioria das farmácias possui ainda programas de fidelidades com grandes benefícios. Além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%”, comenta Domingos.

ALMG aprova reajuste de 12,84% para os professores

ALMG aprova reajuste de 12,84% para os professores – Imagem: divulgação

Foi aprovado nesta quinta-feira (6), de forma unânime, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o reajuste de 12,84% para as carreiras da educação.

Entretanto, não houve votos suficientes para aprovar a emenda apresentada pelo deputado Sargento Rodrigues (PL), que previa o mesmo índice de recomposição para a segurança pública. Trinta e um parlamentares foram favoráveis à emenda e 34 contrários.

O número de votos da emenda foi inferior ao apoio que o texto recebeu para poder ser colocada em tramitação. A proposta havia recebido 42 assinaturas anteriormente.

Para o líder da base governista na Casa, deputado Cássio Soares (PSD), a aprovação da emenda esbarraria na Lei de Responsabilidade Fiscal e na “capacidade de caixa de honrar esses compromissos”.

O parlamentar ainda argumentou que já “houve erros no passado”. “O governo enviou para a Assembleia, no mandato passado, mandou um reajuste que era inexequível e teve que voltar atrás. Sem querer voltar ao passado, o governo está fazendo aquilo que é possível ser feito”, ponderou.

“Então dentro do prognóstico, do cronograma, do planejamento, o piso salarial para a educação retroativo a janeiro de 2023, depois de um bom tempo, está sendo honrado, e vai para a sanção. Mas infelizmente, até o momento, o governo ainda não viu a capacidade de dar reajuste para as demais classes”, completa Soares.

Já a deputada Beatriz Cerqueira (PT), destacou que o índice de 12,84% ainda não chega ao valor do piso salarial. É uma recomposição importante, direito da categoria, receber desde janeiro, mas a nossa luta para que o governo cumpra a legislação nacional estadual pela integralidade salarial continua. Mas acho que nessa votação nós demos um recado muito importante, do respeito que precisa ser dado aos profissionais da educação”.

Com o reajuste, o salário inicial dos professores do Estado de Minas Gerais passa dos atuais R$ 2.350,49 para R$ 2.652,29. Já o piso salarial nacional é de R$ 4.420,55. De acordo com o governo Zema, o Estado paga o piso, mas proporcional, já que a carga horária estadual é de 24 horas semanais, não 40 horas. Os R$ 2.652,29 estariam acima do piso estadual, que, segundo a proporcionalidade, seria de R$ 2.652,22.

Por outro lado, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute) se ampara na Lei Estadual 21.7010/2015 para reivindicar o pagamento integral do piso salarial nacional. O texto rege que “o piso salarial profissional nacional previsto na lei federal será assegurado integralmente ao servidor ocupante do cargo de professor de educação básica com carga horária de 24 horas semanais”.

Em relação à emenda para a segurança pública, Sargento Rodrigues garantiu que “a segurança não perdeu. Quem perdeu foi o governador. Perdeu a capacidade de dizer que é comandante de uma força de segurança pública por que por duas vezes ele prometeu e não cumpriu. Isso é muito feio para o governador do estado. É muito feio fazer duas vezes um compromisso e descumprir um compromisso” e acrescentou que “o assédio moral feito pelo deputado Gustavo Valadares, líder de governo momentaneamente e secretário já anunciado, foi vergonhoso”.

Projeto do governo de Minas prevê aumento de quase 13% no piso salarial dos professores; categoria diz que valor é insuficiente

O governo de Minas Gerais protocolou, nesta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que aumenta o piso salarial dos professores em 12,84% no estado.

Segundo o Executivo, a proposta garante que o vencimento básico do estado seja equivalente ao piso nacional. Já o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE) afirma que o percentual é insuficiente.

Atualmente, o piso salarial nacional dos professores, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), é de R$ 4.420,55, para uma jornada de até 40 horas semanais.

Em janeiro deste ano, uma portaria determinou reajuste de 14,9% no valor.

Já o piso salarial dos profissionais da educação básica em Minas Gerais, para uma carga horária de 24 horas semanais, é de R$ 2.350,49. Se o reajuste proposto pelo governo for aprovado, a remuneração subirá para R$ 2.652,22 – o pagamento será retroativo a 1º de janeiro.

Polêmica

Segundo o estado, considerando a proporcionalidade da carga horária, o novo valor será equivalente ao piso nacional. O reajuste será pago a carreiras, cargos de provimento em comissão e gratificações de função do grupo de atividades de educação básica.

“Em Minas Gerais, a carga horária dos profissionais da educação básica é de 24 horas semanais e o piso foi estabelecido em âmbito nacional para uma carga horária semanal de 40 horas”, afirmou o governo de Minas, em nota.

No entanto, a coordenadora-geral do SindUTE, Denise Romano, disse que o reajuste proposto pelo governo está “atrasado” e é “insuficiente”.

“O reajuste do piso nacional de 2023 é de 14,95%. O governo envia um projeto no dia 30 de maio de um reajuste que deveria ter sido feito em janeiro e abaixo do que está previsto na portaria do MEC. Nós continuamos a reafirmar que Minas Gerais não paga o piso salarial nacional”, falou.

Para Denise, o governo de Minas descumpre a lei estadual 21.710, de 2015, que determina que “o piso salarial profissional nacional previsto na lei federal […] será assegurado integralmente ao servidor ocupante do cargo de Professor de Educação Básica com carga horária de 24 horas semanais”.

Zema sanciona aumento do próprio salário e de secretários em quase 300%; veja valores

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou o reajuste de 298% de seu salário nesta quarta-feira (3). Medida, aprovada pela Assembleia Legislativa (ALMG) foi divulgada no Diário Oficial do Estado. No texto, há previsão de que o chefe do Executivo, assim como o vice, Mateus Simões (Novo), e secretários, recebam até R$ 42 mil pelo serviço.  

Quando foi protocolado pela Mesa Diretora da Assembleia, no fim do mês passado, o projeto que propôs o aumento escalonado nos salários, foi defendido por Zema como um reajuste necessário. “São mais de 15 anos de congelamento dos salários dos Secretários Estaduais, situação incompatível com o cargo. Agradeço a ALMG que apresentou, a meu pedido, PL que resolve o problema”, escreveu o governador no Twitter. 
 
Os vencimentos saltaram de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil até 2025, enquanto o salário do vice-governador poderá chegar a R$ 37,6 mil. Salários dos secretários poderão chegar, nos próximos dois anos, a R$ 34,7 mil, de acordo com a proposta. A expectativa é que o pagamento dos adjuntos chegue a R$ 31,2 mil.

Justificativa

Na justificativa do projeto de lei, a Mesa Diretora da ALMG deixa claro que os reajustes foram pedidos pelo Executivo. Além disso, a justificativa informa que “a proposta apresentada busca corrigir os valores dos subsídios mencionados, que estão em vigor desde janeiro de 2007, utilizando-se como referência o subsídio estabelecido para o Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, no caso do Governador, e aquele fixado para o Deputado Estadual, no caso dos Secretários de Estado. Para definir os subsídios do Vice-Governador e do Secretário Adjunto de Estado, foi utilizado o percentual de 90% dos valores previstos, respectivamente, para o Governador e para o Secretário de Estado”. O projeto deve receber parecer da Mesa Diretora e depois segue para votação em plenário.

Durante a campanha eleitoral pela disputa de seu primeiro mandato, em agosto de 2018, Zema – que foi o candidato mais rico com um patrimônio declarado de R$ 69.752.863,96 –  registrou no 9º Ofício de Notas de Belo Horizonte a promessa de não receber salário. No documento oficializado, o então candidato registrou, ainda, que o vice-governador e os secretários também deixariam de receber “enquanto houver funcionário ativo ou inativo com vencimentos, aposentadorias ou pensões em atraso e parcelamento”. Como não era possível deixar de receber, a partir do momento que foi eleito, Zema informou que ele e o seu vice à época, Paulo Brant, estavam doando os salários, mas os secretários receberam normalmente.

Ao fim do escalonamento, o vice-governador Professor Mateus Simões deverá receber R$ 37.660,94, enquanto secretários devem passar a receber R$ 34.774,64 e secretários adjuntos, R$ 31.297,18.

Texto sancionado:

Art. 1º – O subsídio mensal do Governador fica fixado em: I – R$37.589,96 (trinta e sete mil quinhentos e oitenta e nove reais e noventa e seis centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$39.717,69 (trinta e nove mil setecentos e dezessete reais e sessenta e nove centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$41.845,49 (quarenta e um mil oitocentos e quarenta e cinco reais e quarenta e nove centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 2º – O subsídio mensal do Vice-Governador fica fixado em: I – R$33.830,96 (trinta e três mil oitocentos e trinta reais e noventa e seis centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$35.745,92 (trinta e cinco mil setecentos e quarenta e cinco reais e noventa e dois centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$37.660,94 (trinta e sete mil seiscentos e sessenta reais e noventa e quatro centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 3º – O subsídio mensal dos Secretários de Estado fica fixado em: I – R$31.238,19 (trinta e um mil duzentos e trinta e oito reais e dezenove centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$33.006,39 (trinta e três mil e seis reais e trinta e nove centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$34.774,64 (trinta e quatro mil setecentos e setenta e quatro reais e sessenta e quatro centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 4º – O subsídio mensal dos Secretários Adjuntos de Estado fica fixado em: I – R$28.114,37 (vinte e oito mil cento e quatorze reais e trinta e sete centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$29.705,75 (vinte e nove mil setecentos e cinco reais e setenta e cinco centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$31.297,18 (trinta e um mil duzentos e noventa e sete reais e dezoito centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 5º – Fica assegurada aos agentes públicos de que tratam os arts. 1º a 4º a percepção da gratificação natalina, calculada proporcionalmente ao período de exercício do respectivo cargo no ano 

Art. 6º – Ao Governador, ao Vice-Governador, aos Secretários de Estado e aos Secretários Adjuntos de Estado é permitida a percepção de remuneração de qualquer natureza pela participação em apenas um conselho administrativo ou fiscal da administração direta ou indireta 

Art. 7º – Fica revogada a Lei nº 16.658, de 5 de janeiro de 2007 

Art. 8º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação 

O governador Romeu Zema (Novo) justificou, nesta sexta-feira (24/3), a necessidade do reajuste de quase 300% no salário do chefe do Executivo e de seus secretários. Em suas redes sociais, o governador disse que a medida é necessária para que Minas continue atraindo e mantendo “os mais competentes” em seus quadros técnicos. Zema aproveitou a postagem para agradecer à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

Câmara aprova reajuste de até 22% para servidores em Passos

A Câmara de Passos aprovou, na última segunda-feira, o reajuste de até 22% nos salários de servidores públicos municipais, retroativo a 1º de janeiro deste ano. Projeto encaminhado pela prefeitura também concede aumento no valor do auxílio-alimentação, de R$ 450 para R$ 700.

Segundo informações da prefeitura, os profissionais da Educação terão 5,79% referentes à reposição da inflação, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais reajuste de 9,15%. Para os agentes de Combate a Endemias, a revisão nos salários prevê 5,79% de reposição e 1,63% de aumento.

Ainda de acordo com a administração, o reajuste dos demais servidores efetivos, contratados e comissionados, do Poder Executivo será de 5,79% de reposição da inflação e 16,21% de aumento. Os salários do prefeito, vice-prefeito e secretários terão reajuste de 5,79%. Os índices também serão aplicados a aposentadorias e pensões.

GASTOS

Em 2022, a Prefeitura de Passos gastou R$166,5 milhões com despesas de pessoal, o que corresponde a 42,1% das receitas orçamentárias (R$ 395,6 milhões), segundo levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE). Com salários e vantagens fixas foram R$ 89,6 milhões na prefeitura e R$ 4,7 milhões na Câmara, aponta o tribunal. (Clic Folha)

Praças de pedágio da Rodovia Fernão Dias terão tarifas reajustadas a partir desta quinta-feira no Sul de Minas

As oito praças de pedágio da Rodovia Fernão Dias, entre Contagem (MG) e Guarulhos (SP), terão suas tarifas reajustadas a partir da zero hora desta quinta-feira (9). A nova tarifa básica de pedágio passa a ser de R$ 2,80.

O reajuste foi publicado no Diário Oficial da União de 6 de março de 2023 e corresponde principalmente à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período.

A publicação atualiza a Tarifa Básica de Pedágio nas praças de pedágio P1, em Mairiporã/SP, P2, em Vargem/SP, P3, em Cambuí/MG, P4, em Careaçu/MG, P5, em Carmo da Cachoeira/MG, P6, em Santo Antônio do Amparo/MG, P7, em Carmópolis de Minas/MG, e P8, em Itatiaiuçu/MG.

Desde 2008, quando teve início a concessão, a concessionária investiu cerca de R$2,9 bilhões em obras e conservação na rodovia, que inclui o que inclui os serviços de conservação e manutenção do pavimento e a instalação de sinalização, ambos de acordo com os padrões do contrato firmado com o Poder Concedente.

Segundo a Arteris Fernão Dias, concessionária da rodovia, o trabalho desenvolvido pela concessionária nestes 15 anos ajudou a salvar vidas. A concessionária reduziu em 52% as fatalidades das ocorrências na BR-381 entre 2010 e 2020.

Confira abaixo como ficarão os valores com o reajuste:

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