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Vereadora quer acabar com transporte por carroças em Passos

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A vereadora Gilmara Ferreira de Oliveira que acabar com o transporte feito por carroças movidas a tração animal em Passos. Na tarde do dia 18 deste mês, ela se reuniu no plenarinho da Câmara Municipal com três carroceiros para comunicá-los, em nome dos demais que atuam na cidade, que pretende eliminar o uso de animais de grande porte atrelados às carroças, charretes ou similares.

O assunto, que pode ser considerado polêmico, tem esbarrado na falta do diagnóstico relacionado ao exercício da função no município, além do registro e o licenciamento, que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, devem obedecer à regulamentação estabelecida em legislação municipal do domicílio ou residência de seus proprietários.

Para a vereadora, os casos de maus-tratos durante o transporte e soltura dos equinos nas vias públicas, principalmente no período noturno, são os principais motivos que a levaram a propor o fim da atividade.

“Primeiro é necessário saber a quantidade de pessoas que sobrevivem desse tipo de trabalho e vimos pelas ruas diariamente, para depois buscarmos a solução exata. Minha intenção, jamais é tirar o direito dos chamados carroceiros ganharem dinheiro e sustentar suas famílias, mas continuar executando seus carretos sem o uso do cavalo, égua ou seja qual for a espécie de muar. É aí que vejo o principal problema, porque a maioria dos animais são sacrificados inocentemente, e alguns perdem a vida por falta de assistência veterinária, alimentação adequada, excesso de peso ao longo do transporte, e o pior, constantes maus-tratos”, disse Gilmara.

A vereadora disse que, na próxima semana, vai se encontrar com autoridades da classe política objetivando conseguir recursos para iniciar um projeto que visa acabar de vez com o uso de animais como meio de transportar desde entulho, restos de construções, madeira, móveis e diversos tipos de mercadoria.

BEM-INTENCIONADA

Anderson Magrini Borges, um dos três irmãos que se reuniram com a vereadora, disse que é a favor do projeto, de substituir o tradicional veículo de tração animal por outro.

“Ela não deixou bem claro quando e como será o nosso trabalho futuramente, porque é preciso saber quantas pessoas dependem do frete através de carroça. Hoje, é um pra si e Deus pra todos. Não há controle e nem fiscalização do poder público. A Gilmara está bem-intencionada e, se não deixar ninguém sem trabalhar, para que os cavalos sejam empregados em outras atividades menos forçada, judiada, e castigada como muitos fazem hoje, creio que dará certo”, disse o irmão de Giovane e Lucas Magrini Borges.

De acordo com Anderson, em Passos existem apenas dois pontos fixos de carroça – um ao lado do ginásio da Barrinha e na Praça Patriarca – somando menos de dez trabalhadores. Em toda a cidade, ele acredita ter dezenas de carroceiros espalhados pelos bairros, mas ficam em suas casas ou em ruas mais movimentadas ao longo do dia à espera de clientes.

O engenheiro civil Frank Dias Ferreira, que trabalha com o desenvolvimento sustentável, contou que muitos passam o dia todo coletando materiais recicláveis pesados e levando-os para vender. Ele também participou do encontro da última terça-feira.

Via: Clic Folha.

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