Jornal Folha Regional

Lago de Furnas atinge 762 metros e comissão faz audiência em Brasília

Compartilhe:

Nesta semana, o Lago de Furnas atingiu 762 metros acima do nível do mar, cota considerada mínima e defendida por municípios, empresários e produtores rurais para garantir o uso múltiplo. Com o objetivo de manter o reservatório acima do nível mínimo e garantir a segurança energética e hídrica para o país, evitar alta na tarifa de energia para o consumidor e o uso múltiplo, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento do deputado Domingos Sávio e marcou para o dia 6 de dezembro uma audiência pública para debater o tema.

O requerimento do deputado, apresentado na última reunião da comissão, ressalta a importância de que sejam fixados critérios operacionais para que Furnas possa operar o reservatório garantindo os demais usos da água, o equilíbrio na tarifa de energia elétrica e a segurança energética para o país, o que só é possível com o respeito à cota mínima 762 na operação da usina.

O deputado ressalta a importância do uso múltiplo para a região de Minas Gerais em relação ao fomento e realização de atividades como o turismo, irrigação agrícola, transporte aquático, pesca, piscicultura e também a preservação do ecossistema ali situado.

Foram convidados para participar da audiência pública diversos membros dos setores público e privado, como representante do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Águas (ANA), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad-MG), do Ibama, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da União dos Empreendedores dos Lagos de Furnas e Peixoto (UnelagoS).

Segundo o presidente da Unelagos, Thadeu Alencar, “a audiência pública foi marcada em um momento estratégico e muito importante para a luta em prol do Mar de Minas, pois se não forem definidas estratégias e ações a partir de agora podemos perder todo o trabalho que foi construído ao longo dos últimos anos e que possibilitou a recuperação do Lago de Furnas, bem como todas as consequências positivas disso, o que podemos vivenciar novamente após 10 anos de seca”.

O presidente da Unelagos também ressalta que será uma oportunidade importante para cobrar o fim do que chamam de “disputa pelas águas”, que pode ser resolver com uma obra que já deveria ter sido realizada desde 2015 na Hidrovia Tietê Paraná e que foi contemplada com recursos para execução no projeto de capitalização da Eletrobras.

“Não podemos nos esquecer de cobrar que seja feita a obra de derrocamento na Hidrovia Tietê Paraná, cuja não execução faz com que seja usada a água do Lago de Furnas de forma excessiva para manter a navegabilidade naquela região. A obra resolve totalmente o problema e traz novamente o equilíbrio para todo o sistema que engloba Furnas, o Rio Grande e a Hidrovia Tietê Paraná”, disse Thadeu.

A audiência está marcada para ocorrer a partir das 10h e deve ser transmitida pelos canais virtuais de comunicação da Câmara dos Deputados. (Via: Clic Folha)

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.