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Secretário Igor Eto é exonerado e está fora do governo Zema

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Queda teria ocorrido por pressão do Novo e da base do governador na Assembleia; ex-deputado Lucas Gonzalez e um nome do PP seriam alternativas para ocupar o cargo

Igor Eto teria deixado o primeiro escalão do governo Zema — Foto: Reprodução Instagram

O secretário de Estado de Governo, Igor Eto, foi exonerado pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), na tarde desta terça-feira (27). A informação correu nos bastidores e da sede do Executivo, Cidade Administrativa, mas não foi oficialmente divulgada.

O principal motivo para a saída seria a tensão dentro do partido de Zema, que não considera a articulação com a Assembleia Legislativa (ALMG) ideal, que é a principal função da pasta. Nos últimos meses, há insatisfações do Novo e de deputados da base aliada em relação ao posicionamento e a forma de conduzir as relações políticas por parte do secretário.

Zema estaria estudando duas alternativas para a Secretaria de Governo: alguém do PP, para ampliar a influência do Executivo na ALMG e atender demandas de Marcelo Aro, ou o ex-deputado Lucas Gonzalez, quadro do Novo, considerado melhor articulador do que Igor Eto.

Lucas Gonzales ao lado do vice-governador de MG — Foto: Reprodução Instagram

Histórico

Igor Eto assumiu a secretaria de governo em 2020, após o ex-deputado federal Bilac Pinto (DEM) deixar a pasta em meio ao imbróglio do veto parcial do governador ao projeto de lei que concedeu reajuste aos servidores da Segurança Pública.

Na época, ao invés de conceder aumento de 41,7% escalonado até 2022, como havia sido proposto pelo próprio governo, o Estado ofereceu recomposição salarial de 13% para a categoria em 2020. Além disso, vetou qualquer tipo de aumento para outras áreas.

Um secretário de Governo tem como atribuição cuidar da articulação com a ALMG, principalmente para conseguir aprovação de projetos de autoria do Executivo.

No comando da pasta, Eto colecionou embates com à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, principalmente durante a gestão do ex- presidente e conselheiro do TCE Agostinho Patrus, com as discussões sobre a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), votações sobre IPVA, acordo da Vale, dentre outros.

Durante o período na Segov, Eto conseguiu a aprovação de algumas propostas, como a reforma administrativa, por exemplo, mas projetos caros para o governo, como as privatizações das estatais e a aprovação ao Regime de Recuperação Fiscal não avançaram no Legislativo.

Igor Eto é administrador de empresas, graduado pelo Ibmec/MG. Eto começou sua vida profissional na iniciativa privada como analista comercial da Ceres Finanças, e analita financeiro na Construtora Libe.

Foi coordenador administrativo da campanha que elegeu Romeu Zema governador em 2018. Quatro anos depois, atuou como coordenador político da campanha.

Via, O Tempo

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