Jornal Folha Regional

Petrobras sobe gasolina pela sexta vez no ano; diesel tem quinta alta

Litro da gasolina que já subiu mais de 50% este ano; preço do diesel ficou 41% mais caro desde dezembro.

A Petrobras vai elevar mais uma vez os preços da gasolina e do diesel nas refinarias a partir de terça-feira (9), informou a companhia nesta segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa. A nova alta vem em meio aos trâmites para a substituição do presidente da petroleira, após intervenção do presidente Jair Bolsonaro.

O preço médio de venda da gasolina passará a ser de R$ 2,84 por litro, alta de R$ 0,23 por litro (alta de 9,2%), enquanto o diesel passará a média de R$ 2,86 por litro, aumento de R$ 0,15 por litro (alta de 5,5%).

É a sexta alta do ano nos preços da gasolina, e a quinta no valor do litro do diesel. Em dezembro, o litro da gasolina custava em média R$ 1,84. Já o do diesel saía a R$ 2,02.

Troca de comando

As sucessivas altas nos combustíveis este ano irritaram o presidente Jair Bolsonaro, que indicou o general Joaquim Silva e Luna para substituir o atual presidente Roberto Castello Branco do comando da estatal, como mostra o vídeo abaixo. O mandato de Castello Branco, no entanto, termina em 20 de março, e ele segue no cargo.

A troca provocou um forte abalo nas ações da companhia, que chegou a perder R$ 75 bilhões em valor de mercado em um só dia.

Lucro recorde

A Petrobras encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro recorde de R$ 7 bilhões, apesar do momento de crise. Segundo a Economatica, o resultado é tanto recorde nominal entre as empresas brasileiras como também quando se ajustam os valores dos maiores lucros da história pela inflação.

Desde o início do ano, a gasolina acumula alta de 54% nas refinarias, enquanto o diesel subiu 41,6%.

Petrobras sobe preço da gasolina pela 4ª vez no ano; diesel tem 3ª alta

Refueling Car

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (18) mais um aumento dos preços médios de venda às distribuidores da gasolina e do diesel, que irão vigorar a partir de sexta-feira (19), segundo comunicado da estatal.

O preço médio de venda de gasolina nas refinarias da Petrobras passará a ser de R$ 2,48 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,23 por litro. Já o preço médio de venda de diesel passará a ser de R$ 2,58 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,34 por litro.

É a quarta alta do ano nos preços da gasolina, e a terceira no valor do litro do diesel. Em dezembro, o litro da gasolina custava em média R$ 1,84. Já o do diesel saía a R$ 2,02.

Com os novos reajustes, o litro da gasolina nas refinarias acumula alta de 34,78% desde o início do ano. Já o diesel subiu 27,72% no mesmo período.
Nos postos, a gasolina está 5,8% mais cara desde a primeira semana do ano, vendida a R$ 4,833 na média, segundo pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já o diesel era vendido a um preço médio de R$ 3,875 o litro nas bombas.

Política de preços


No início o mês, a petroleira divulgou comunicado para reafirmar que não houve alteração no alinhamento dos seus preços de combustíveis em relação ao praticado no mercado internacional.

Em nota nesta quinta, a Petrobras afirma que esse alinhamento “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.

Os preços internacionais do petróleo atingiram nesta quarta-feira os maiores níveis desde janeiro do ano passado. O barril do tipo Brent fechou em alta de 1,6%, a US$ 61,14, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) avançou 1,8%, para US$ 61,14.

A estatal tentou amenizar o impacto das altas no bolso dos brasileiros, citando o preço pago pelos combustíveis internacionalmente. Em nota, destacou que, segundo pesquisa da Globalpetrolprices.com abrangendo 167 países, “o preço médio da gasolina ao consumidor final no Brasil está 17% inferior à média global e ocupa a 56ª posição do ranking sendo, portanto, inferior aos preços observados em 111 países”.

Para o diesel, em uma amostragem de 166 países, o preço final no Brasil está 28% inferior à média global, segundo a estatal, o que coloca o país na 43ª posição do ranking, com um preço inferior a 123 países.

“Em ambos os casos, os preços médios no Brasil estão abaixo dos preços registrados no Chile, Argentina, Peru, Canadá, Alemanha, França e Itália”, acrescentou.

Governo quer mudanças em tributos
Diante de reclamações do setor de transporte sobre o valor dos combustíveis, o governo vem falando em alterar a estrutura de tributação do setor. No último dia 5, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo avalia um projeto para estabelecer um valor fixo do ICMS sobre combustíveis ou a incidência do ICMS sobre o preço dos combustíveis nas refinarias.

O presidente afirmou que o governo está fazendo estudos sobre as mudanças no ICMS e que, se ficar comprovada a viabilidade jurídica, apresentará um projeto sobre o tema ao Congresso na semana que vem.

De acordo com o presidente, o valor do ICMS fixo seria decidido pelos governos estaduais, junto com as assembleias legislativas.

Gasolina já subiu 13% nas refinarias em 2021 e deve ficar ainda mais cara

Ainda é fevereiro, mas a Petrobras já anunciou dois aumentos para a gasolina e um para o diesel em 2021. Com um reajuste de 7,6% anunciado em 8 de janeiro e outro de 5% no dia 26 do mesmo mês, a gasolina já acumula cerca de 13% de alta nas refinarias neste ano. Já o diesel, pivô do descontentamento dos caminhoneiros que levou a paralisações isoladas nos últimos dias pelo país, foi reajustado em 4,4%.

E os analistas são unânimes: deve vir mais alta de preços dos combustíveis por aí, já que os valores praticados pela Petrobras no mercado interno seguem abaixo do mercado internacional, que serve de referência para os reajustes da estatal.

O aumento esperado dos preços reflete a expectativa de valorização do barril do petróleo, diante da previsão de manutenção da oferta restrita pela Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) e Rússia; aliada ao crescimento projetado da economia mundial, com o avanço da vacinação contra a covid-19; e à incerteza com relação ao câmbio, diante do desequilíbrio das contas públicas nacionais.

Gasolina, diesel e o bolso do consumidor

Para o consumidor final, a expectativa dos analistas é de uma alta entre 8% e 10% do preço da gasolina neste ano e um pouco menos do que isso para o diesel, devido à sensibilidade política do reajuste desse combustível desde a greve nacional dos caminhoneiros de 2018.

A gasolina pesa no bolso do consumidor de classe média que tem carro e dos trabalhadores que dependem de veículos automotores para seu sustento, como motoristas de aplicativos e entregadores.

Já o diesel tem peso direto menor no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação do país, mas um impacto indireto muito maior, pesando no frete de todos os produtos transportados por rodovias e em alguns custos industriais.

Assim, embora a estimativa dos analistas seja de uma inflação em 2021 abaixo da meta (de 3,53%, segundo o boletim Focus do Banco Central mais recente, contra meta de 3,75% para 2021), a alta do preço dos combustíveis, somada à carestia dos alimentos e à expectativa de um IPCA acumulado em 12 meses que pode superar os 6% em maio devem contribuir para o mal-estar da população com relação à dinâmica de preços esse ano.

A tal paridade internacional

A Petrobras adotou em 2016 o chamado PPI (Preço de Paridade Internacional), uma resposta à política de controle de preços dos combustíveis que vigorou durante o governo Dilma Rousseff (PT), que deteriorou a contabilidade da empresa, como parte de uma estratégia para controlar a inflação.

Quando foi estabelecida a nova política de preços, eles chegaram a variar quase que diariamente, seguindo a flutuação do mercado internacional. Em setembro de 2018, às vésperas da eleição daquele ano, esses reajustes passaram a ser quinzenais. E, em meados de 2019, deixaram de ter prazo fixo, passando a depender da avaliação da companhia sobre as condições de mercado e o ambiente externo.

A fórmula usada pela Petrobras para calcular a relação entre os preços praticados pela empresa no Brasil e o mercado internacional não é conhecida. Por conta disso, cada consultoria chega a um resultado diferente, com base em parâmetros como o preço da gasolina no Golfo do México, nos Estados Unidos, cotações em Bolsa e outros.

A Ativa Investimentos, por exemplo, calcula que a gasolina pode ter ainda um reajuste potencial de 9%.

Já o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) estima que a defasagem está em R$ 0,28 para o diesel e R$ 0,30 para a gasolina, equivalentes a cerca de 12% e 13% de diferença, respectivamente.

A consultoria StoneX, por sua vez, calcula que o diesel pode ser reajustado ainda em até R$ 0,22 e a gasolina, em R$ 0,11.

Independentemente do valor exato, o que chama a atenção é a avaliação consensual entre os analistas de que os preços internos estão defasados e, por isso, o caminho esperado é de mais reajustes de valores para cima.

Petrobras reajusta preços da gasolina e do diesel; governo neutraliza valor final

A Petrobras anunciou nesta 3ª feira (26.jan.2021) o reajuste da gasolina e do diesel. Os aumentos de 5,05% e 4,98%, respectivamente, começam a valer nesta 4ª feira (27.jan). Este já o 2º aumento do ano no valor da gasolina. O combustível terá aumento médio de R$ 0,10, ou seja, o preço médio por litro de gasolina será de R$ 2,08 para as distribuidoras. Já o diesel sofre o 1º reajuste do ano, passando de R$ 2,02 o litro para R$ 2,12.

O aumento se dá a poucos dias de uma possível paralisação por parte dos caminhoneiros marcada para 1º de fevereiro. Parte deles reivindica, justamente, o fim da política de paridade de preços com o mercado internacional praticada pela Petrobras. As importadoras, por outro lado, reclamam de defasagem no preço do diesel em relação ao mercado externo.

Pensando nisso, o Ministério da Economia já tem pronta uma medida para conter o aumento do diesel nas bombas: deve reduzir a cobrança de PIS/Cofins sobre o combustível e, assim, manter o preço final igual para os caminhoneiros.

Como não pode baixar a alíquota do PIS/Confins de um determinado setor e assumir uma queda de receita, o governo estuda aumentar a taxa de automóveis adaptados para deficientes que custem mais de R$ 70.000. Isso porque a Receita Federal descobriu que havia pessoas com deficiência comprando BMWs para fazer a adaptação e, assim, não pagar o imposto devido. Carros mais simples continuarão com a isenção nesses casos.

No Ministério da Infraestrutura, a percepção é de que a chance de greve dos caminhoneiros é pequena. Por 3 razões:

  • transportadoras: não apoiariam a manifestação, diferentemente do que ocorreu em 2018;
  • repetição: nas contas do governo, essa é a 13ª ameaça de paralisação desde a posse de Bolsonaro;
  • desarticulação: o movimento está dividido e os protestos tendem a ser pontuais.

Ainda assim, o governo já adotou pelo menos outras duas medidas para aplacar os ânimos da categoria: zerou o imposto de importação de pneus e incluiu o grupo entre os prioritários para vacinação contra covid-19.

Na nota (26 KB) em que anuncia o aumento no preço dos combustíveis, a Petrobras lembra –como faz sempre que anuncia reajustes– que o repasse do aumento não será imediatamente cobrado ao consumidor final nos postos de combustíveis. Depende da margem da distribuição e revenda, além dos impostos e da adição obrigatória de etanol anidro –mistura da solução final da gasolina.

A companhia alega ainda que, “segundo dados do Global Petrol Prices, em 18/01/2021, o preço médio ao consumidor de gasolina no Brasil era o 56º mais barato dentre 166 pesquisados, estando 17,8% abaixo da média de US$ 1,05 por litro. Já o preço médio de diesel ao consumidor no Brasil era o 42º mais barato dentre 165 pesquisados, estando 26,7% abaixo da média de US$ 0,95 por litro”.

Gás de cozinha pode chegar a R$ 200 este ano

O presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili, afirmou que o gás de cozinha poderá chegar a R$ 200 reais este ano. Porém, o preço pode variar de R$ 150 a R$ 200.

Na entrevista, ele criticou o constante aumento do preço do Gás Liquefeito do Petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha e vendido para as distribuidoras pela Petrobras. Em menos de 15 dias deste ano, a Petrobras já aumentou o preço do GLP. Já o reajuste anterior a este aconteceu no início de dezembro.

“Se persistirem esses aumentos consecutivos, sem limites, a previsão é de que o gás de cozinha chegue logo a R$ 150. Vai ser um pulo. Já para chegar a R$ 200 depende dessa política de preços”, estima.

Por enquanto, o brasileiro deve preparar o bolso para pagar, em média, R$75,04 por um botijão de 13kg. É o que apontam os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) atualizados nesta segunda-feira (11). Nos preços mais altos, o custo do botijão de 13kg pode chegar a R$ 105.

Aumentos constantes do gás de cozinha

O GLP acumulou alta de 21,9% ou R$ 6,08 por botijão em 2020. Isso contando apenas com o preço repassado às distribuidoras pela Petrobras. Ou seja, a alta para o consumidor final pode ter sido ainda maior.

A Petrobras revende para as distribuidoras, que compram e repassam o valor, junto com a porcentagem, dos seus lucros, para o consumidor final.

Hoje, o GLP é vendido pela petroleira estatal a distribuidoras, com um botijão de 13 kg por R$ 35,98. Antes do reajuste, o valor era de R$ 33,89 por 13 kg. Ou seja, o gás subiu R$2 com a nova mudança da estatal. O valor médio pago pelo consumidor final é mais que o dobro: R$75.

“Os ministros de Minas e Energia e da Economia prometeram publicamente que o preço do gás iria cair até 40% ou 50%, mas, desde então, o valor só sobe – e não há qualquer previsão de redução”, lembra Borjaili.

“Pelo contrário, o que temos são aumentos consecutivos. A Petrobras não passa um mês sem aumentar ao menos 5% do combustível [vendido às refinarias] e, alinhado a isso, tem o aumento dos estados via ICMS”, completa.

Para Borjaili a situação é um desrespeito à população mais vulnerável.

“Nós vendemos em média 35 milhões de botijões de gás todo mês. O país tem 15 milhões de famílias no Bolsa Família que vivem com uma renda per capita de até R$ 87. Então, nem gás podem comprar”, diz Borjaili. “Não é a classe A que precisa do gás de cozinha. Quem precisa é quem tem que fazer arroz, feijão, mingau todos os dias”, finaliza.

Gás de cozinha fica mais caro a partir desta quinta-feira

A Petrobras confirmou na última quarta-feira (6) o primeiro aumento do Gás este ano, após ter reajustado em 5% em 3 de dezembro. O aumento, válido a partir dessa quinta-feira (7), segue a alta do preço do petróleo no mercado internacional, que nesta quarta-feira fechou cotado a US$ 54,30 o barril do tipo Brent. 

A alta afeta tanto o GLP 13 Kg, o chamado gás de cozinha, que será vendido nas refinarias a R$ 35,98 o botijão, correspondente a 46% do preço total, quanto o GLP a granel, utilizado por indústrias, comércio, condomínios, academias, entre outros.

“Os preços de GLP praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento, também sendo influenciado pela taxa de câmbio”, informou a Petrobras.

Pandemia mostra que podemos viver gastando menos, diz economista

Diante desse contexto, a Agência Brasil consultou alguns especialistas, na busca por dicas de como conseguir montar uma reserva, mesmo em tempos de crise. Segundo eles, para isso, o primeiro e mais importante passo é pagar as dívidas com juros mais elevados.

“As reservas financeiras são, antes de tudo, importantes para gastos imprevistos. Por exemplo, em saúde ou no conserto do carro, ou do imóvel”, afirma o economista e professor licenciado da Universidade de Brasília (UnB) Newton Marques. Especialista em educação financeira, ele sugere que, tendo um dinheirinho sobrando, as pessoas procurem, primeiro, quitar dívidas que, em função dos juros, estejam crescentes.

“Quem receber o décimo terceiro salário pode utilizar da seguinte forma: pagar dívida com juros, consumir parte nas festas de fim de ano e guardar uma parte para gastos imprevistos em 2021”, resume.

Conselheiro da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), Andrew Frank Storfer diz que a pandemia deixou uma lição importante para as pessoas: “todos podemos viver gastando menos”. 

Para ele, “existe um produto que todos deveriam comprar: a tranquilidade. Ter alguma reserva para imprevistos é sempre bom. Independentemente da pandemia, quem pode olhar para trás e dizer que não teve algum imprevisto nos últimos cinco anos? Que não teve de fazer um tratamento, comprar remédios; quem não teve geladeira ou TV quebrada? Quem não bateu um carro, ou teve de ir ao mecânico? O mesmo se pode dizer dos próximos cinco anos. Sempre há um imprevisto”, disse o conselheiro da Anefac.

Ele lembra, no entanto, que muita gente recebe salário que mal dá para suportar os gastos básicos com alimentação e moradia. Mesmo assim, sugere, é fundamental fazer esforços, pelo menos no sentido de cortar gastos, na tentativa de guardar um pouco.

“O segredo é equilibrar o desejo de gastar com algum serviço, ou de comprar alguma coisa, com a necessidade de ter reservas e, assim, tranquilidade. Neste fim de ano, presentes podem ser o primeiro gasto a ser reduzido. Ainda mais tendo em vista que há limitações para sair de casa e frequentar lojas e shoppings. Os gastos com serviços e compras do dia a dia devem sempre ser revistos. Há itens que subiram de preço e podem ser substituídos por outros. Procurar alternativas com preços mais em conta pode fazer uma diferença”, sugere o especialista.

Compras online

Uma boa alternativa de compras que pode resultar em economia são as feitas pela internet. Segundo os especialistas, as compras online têm, entre suas vantagens, a possibilidade de comparação de preços, que é facilitada por não haver necessidade de deslocamento. Além disso, os produtos são em geral “bem mais baratos” do que estão à venda em lojas físicas.

“A compra online [ampliada desde que se adotou o isolamento social como medida de enfrentamento da pandemia] trouxe dois pontos importantes: a real comparação de preços e a redução das compras por impulso. Apesar de antes da pandemia ser possível comparar preços pela internet, muitos não faziam isso. Simplesmente iam às compras nas ruas e shoppings. A comparação passou a ser muito maior, e realmente há a vantagem de se comparar preços e artigos. Além disso, as compras por impulso tendem a diminuir porque se gasta um certo tempo buscando, comparando e analisando se realmente vale a pena gastar no que se imagina. E gastando menos, sobra mais”, explica Storfer.

Redução salarial

O ano de 2020 teve um fator que complicou ainda mais a situação financeira de muitas famílias, que tiveram de reorganizar seus orçamentos: a redução salarial combinada entre empresas e empregados, para se evitar demissões.

Nesses casos, o conselheiro da Anefac sugere que, em primeiro lugar, o problema seja compartilhado com a família. “Ter uma conversa direta com todos da família é muito útil porque alinha a situação e o entendimento, fazendo com que todos passem a dar mais valor ao dinheiro que entra, que cooperem na redução de gastos e que entendam o momento vivido”, disse.

“A partir daí, analisar o que pode ser cortado e que gastos podem ser adiados. É importante também entender que não se pode contar antecipadamente com uma melhora no futuro, e que fazer um empréstimo ou entrar em cheque especial nada mais é que empurrar para a frente a conta a ser paga”, acrescentou, ao lembrar que os juros no Brasil “continuam altíssimos e proibitivos”.

Inflação

Membro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), o professor Newton Marques concorda com a opinião de que quem teve redução renda, em especial após a chegada da pandemia no país, tem que reavaliar seus gastos essenciais e supérfluos, de forma a evitar endividamento.

“Ainda mais agora, que as expectativas inflacionárias são crescentes, é importante fazer reservas financeiras para enfrentar esses elevados custos, principalmente da alimentação. Também recomenda-se mudança de hábitos de consumo de alimentos com essa forte elevação de preços”, afirma.

Andrew Storfer diz que a “subida inesperada” da inflação este ano “foi muito mais por uma conjuntura”, referindo-se ao auxílio emergencial que suportou o poder de compra, os gastos com energia e a aquisição de itens alimentares.

“Apesar de ainda haver uma pressão na inflação, ela pode ser menor em 2021. De qualquer forma, vale ficar atento aos alimentos, por exemplo, e seguir monitorando preços e sempre buscando alternativas mais em conta, dependendo dos preços em cada época”, acrescenta.

Caderneta de poupança

Segundo Newton Marques, a caderneta de poupança ainda é a aplicação financeira recomendada para pequenos poupadores porque seu rendimento é líquido, sem imposto de renda.

A mesma opinião tem o executivo da Anefac, mesmo considerando que a poupança não esteja em um de seus períodos mais rentáveis. “Hoje em dia até que não é das piores, pela baixa taxa de juros atualmente vigente. Mas não importa. A poupança apresenta uma facilidade muito grande para se guardar reservas, quando comparada a alternativas do mercado financeiro que exigem um pouco mais de entendimento e, muitas vezes, volumes maiores de investimento”, disse ele.

“Para baixos valores, a poupança é simples, isenta de imposto de renda, não tem taxa de performance e tem liquidez imediata caso alguém precise do dinheiro para emergências. Na realidade, ela compete é com o gastar o dinheiro. Ou seja, podendo deixar as economias na poupança, em vez de gastar o dinheiro, já é um grande passo”.

Fonte: O Tempo

Sai tabela do IPVA 2021 em MG; veja datas e como pagar

Fim de ano, hora de enfrentar os impostos que chegam. O primeiro deles e um dos mais importantes é o IPVA, cuja tabela para 2021 foi divulgada nesta terça-feira (1º/12).

As informações sobre o IPVA 2021 foram apresentadas pelo subsecretário da Receita Estadual, Osvaldo Lage Scavazza, acompanhado do superintendente de Arrecadação e Informações Fiscais, Leônidas Torres Marques.

A expectativa de arrecadação com o imposto no próximo ano é de R$ 6,33 bilhões. O incremento previsto, em relação a 2020, é de 6,74% (R$399,8 milhões). O valor médio do imposto é de R$ 612,54.

Segundo a Receita, não houve reajuste no valor do imposto. As alíqutoas-base continuam sendo de 4% para veículos e 3% para motos. O que muda no valor é a base de cálculo, que é baseada na tabela Fipe, podendo o imposto ficar mais caro para alguns modelos ou mais barato para outros.

No entanto, a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) calcula que, em comparação ao IPVA 2020, haverá redução média de 4,12% da base de cálculo adotada.

A escala de pagamento começa em 18 de janeiro e se encerra em 24 de março. O valor mínimo a ser parcelado será de R$ 150. O contribuinte que decidir quitar à vista, terá o desconto de 3%.

Esse desconto também será aplicado aos contribuintes que quitaram, rigorosamente em dia, todas as obrigações referentes ao veículo nos anos de 2019 a 2020. O benefício, conhecido como programa “Bom pagador”, será aplicado automaticamente no cálculo do imposto.

Segundo a SEF, 20% do valor arrecadado são repassados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb); 40% ao caixa único do Estado e 40% para o município de licenciamento do veículo.

Como pagar


Para emitir a guia de arrecadação, é necessário acessar o site da SEF. “A secretaria não envia SMS, boleto por email nem por correio. Se receber qualquer link por mensagem, será golpe”, alertou Osvaldo.

O pagamento pode ser feito a partir desta terça-feira (1/12), diretamente nos terminais de autoatendimento ou guichês dos agentes arrecadadores – Bradesco, Mercantil do Brasil, Caixa Econômica Federal, Casas Lotéricas, Mais BB, Banco Postal, Santander e SICOOB –, bastando informar o número do Renavam do veículo. O Banco do Brasil e o Itaú aceitam o pagamento apenas de correntistas.

O pagamento fora do prazo gera multa de 0,3% ao dia (até o 30º dia), e de 20% após o 30º dia, além de juros calculados pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

Aumento da frota


De acordo com a SEF, o estado teve novos 241.444 veículos tributáveis em relação ao ano anterior (2,39%), totalizando 10.343.686 (dado contabilizado até 16 de outubro). Mais 90 mil veículos – entre zero quilômetro e transferidos de outros estados –, devem ser acrescidos à frota mineira até o fim de dezembro.

Mesmo assim, a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus pode ter provocado a diminuição de novos carros nas ruas. “Em função da pandemia, observamos crescimento da frota inferior ao que observamos no ano passado”, explicou o subsecretário da Receita Estadual. De 2019 para 2020, foi registrado um incremento de 3,74% na frota e 9,07% na estimativa de arrecadação.

Da frota do estado, 3.057.590 (29,56%) veículos se encontram na Região Metropolitana de Belo Horizonte e 1.943.360 (18,79%) estão na capital.

Taxa de Licenciamento


O valor da Taxa de Renovação do Licenciamento Anual de Veículos (TRLAV) para 2021 ainda não foi definido porque a Secretaria de Fazenda aguarda a tramitação do projeto de lei enviado pelo governo à Assembleia Legislativa que propõe mudança no atual critério usado para a correção anual do valor da Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (Ufemg).

Fonte: EM

Endividamento das famílias tem 3ª queda seguida e retorna ao nível pré-pandemia

O endividamento das famílias caiu em novembro, pelo terceiro mês seguido, e retornou ao nível pré-pandemia, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

No mês passado, 66% das famílias se declararam endividadas, contra 66,5% em outubro. Trata-se do menor percentual desde fevereiro (65,1%), antes das medidas de restrição para combater a pandemia do novo coronavírus. Em agosto, o indicador chegou ao nível recorde de 67,5%.

No comparativo anual, contudo, o indicador registrou aumento de 0,9 ponto percentual.

“Deve-se considerar, porém, que a proporção de consumidores endividados no país é elevada e grande parte do crédito dispensado durante a pandemia foi concedido com carência nos pagamentos”, alerta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Entre as famílias que recebem até 10 salários mínimos, o percentual de endividamento também caiu pela terceira vez seguida, chegando a 67,4% do total – após ter alcançado o recorde de 69,5%, em agosto. Já entre as famílias com renda acima de 10 salários, esta mesma proporção se manteve estável, em 59,3% em novembro.

O indicador considera dívidas os compromissos assumidos com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

Inadimplência também cai


O total de famílias com dívidas ou contas em atraso e, portanto, inadimplentes, caiu de 26,1% em outubro para 25,7% em novembro. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, a proporção de famílias inadimplentes cresceu 1 ponto percentual

Já a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso passou de 11,9% em outubro para 11,5% do total de famílias em novembro. O indicador havia alcançado 10,2% em novembro de 2019.

Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa, chama a atenção para o tempo médio de atraso na quitação das dívidas das famílias inadimplentes, que vem aumentando e chegou a 62,5 dias, o maior desde março.

“A proporção de famílias endividadas com atraso nas quitações acima de 90 dias vinha caindo desde antes do surto de Covid-19, mas adotou trajetória de crescimento a partir de agosto e, este mês, chegou a 42,9%”, observa.

Principais dívidas


Com relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito, historicamente o mais apontado pelas famílias como a principal modalidade de endividamento, caiu para 77,8% em novembro, ante 78,5% em outubro. Na sequência, aparecem os carnês (16,1%), financiamento de veículos (10,7%) e financiamento de casa (9,8%).

País tem recorde de empregos formais

Depois de ser atingido fortemente nos primeiros meses da pandemia de coronavírus, o mercado de trabalho formal brasileiro registrou em outubro a abertura de 394.989 vagas, um recorde histórico. Foi o quarto mês consecutivo de resultado positivo, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Ministério da Economia.

Em setembro, a abertura de postos de trabalho somou 311.552. O resultado de outubro decorreu de 1,548 milhão de admissões e 1,153 milhão de demissões. Em outubro de 2019, houve a abertura de 70.852 vagas com carteira assinada. O resultado do mês passado veio bem acima do projetado pelo mercado financeiro. O intervalo das estimativas de analistas previa abertura líquida de vagas de 149.797 a 340.000.


No acumulado do ano até outubro, o saldo do Caged ainda ficou negativo em 171.139 vagas. Os piores meses no Caged foram março, com perda de 268.999 vagas, o fundo do poço de abril, com a destruição de 942.774 empregos formais, e maio, com a demissão líquida de 363.412 trabalhadores. Os dados dos meses anteriores foram atualizados ontem pela pasta.


O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, ressaltou a abertura de vagas em todas as regiões do país no mês de outubro. De acordo com dados do Caged, a região Sudeste foi a que registrou o maior saldo positivo (186.884), seguida pela região Sul (92.932) e Nordeste (69.519). Na região Centro-Oeste foram abertas 25.024 vagas e, na Norte, 20.658 postos de trabalho.  Dalcolmo destacou ainda o fato de as admissões estarem subindo depois de sofrerem forte contração nos primeiros meses da pandemia. Por outro lado, as demissões estão abaixo do nível registrado no ano passado, já que houve muitas contratações recentes.

“O volume de demissão é 20% menor do que o ano passado”, acrescentou.
O secretário ressaltou ainda a recuperação dos setores de comércio e serviços, que foram os mais atingidos pelas medidas de restrição à circulação adotadas para impedir maior propagação do coronavírus. “Há focos inflacionários em comércio e serviços que devem ser corrigidos brevemente”, acrescentou. Apesar de todos os setores terem registrado abertura de vagas em outubro, no acumulado do ano, comércio e serviços ainda contabilizam mais demissões do que contratação, com saldos negativos de 231.245 e 268.049 respectivamente.

Otimismo

Após a abertura recorde de vagas formais em outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o país pode terminar o ano com perda zero de empregos com carteira assinada. Até outubro, o saldo é negativo em 171.139. Guedes não deu projeções para os próximos meses para explicar a estimativa de saldo zero. Historicamente, dezembro registra fechamento de vagas. Em um pronunciamento no início da coletiva, Guedes ressaltou que a abertura de 394.989 vagas em outubro é o maior número da série histórica, desde 1992. “A economia continua retomando em V e gerando empregos em ritmo acelerado. Reagimos com resiliência, soubemos fazer distanciamento social e ao mesmo tempo manter economia girando”, afirmou.


O ministro deixou a coletiva sem responder perguntas, como tem feito nessas ocasiões. Após críticas de que a equipe econômica estaria sem rumo, Guedes disse que isso não ocorreu. “Não perdemos o rumo nesta recessão, estamos nos levantando e criando emprego”, completou. Ele agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro por ter mantido a equipe econômica que, segundo ele, foi várias vezes ameaçada, e disse estar bastante satisfeito.

“Preservamos a vida no que foi possível e preservamos empregos. Ligamos agora a máquina de criar empregos de novo. Se terminarmos o ano com zero perda de emprego formal, terá sido ano histórico”, acrescentou.

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