Jornal Folha Regional

São josé barrense, estudante de medicina na Argentina, cria perfil no Instagram para auxiliar internautas que desejam fazer intercâmbio

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio mostrou que o número de brasileiros que viajaram para fora do país aumentou em 2022. Mesmo com a pausa imposta pela pandemia, até 2019 foram 386 mil brasileiros. No ano passado, o número saltou para 455 mil.

A experiência fora do país traz ganhos diversos para os brasileiros, seja no aprendizado de uma nova língua, na possibilidade de um novo emprego ou até mesmo na possibilidade de cursar um ensino superior, como é o caso da são josé barrense Crislaine Vilela Marques, de 25 anos.

Crislaine residiu no município mineiro sua vida toda, durante 23 anos, quando decidiu se mudar para a Argentina e cursar medicina. Um dos principais motivos da mudança radical foi a dificuldade para ingressar em uma universidade no curso em que desejava.

‘’Como todos sabemos no Brasil é complicadíssimo o ingresso nas faculdades públicas de medicina, os valores para fazer as provas dos vestibulares são altíssimos e muito concorridos. Vejo pessoas estudando por anos e mesmo assim não aprovam, pagam caro para fazer cursinhos, se dedicam e infelizmente desistem da carreira por falta de oportunidade’’, disse a mineira.

Oriunda de uma família humilde, Crislaine não podia pagar uma faculdade de medicina, mas o desejo não a impossibilitou de realizar o que tanto queria.

‘’As faculdades particulares são um rim de caro, infelizmente eu não tinha condições. Sou filha de pessoas humildes e sem condições de pagar 10 mil reais por mês’’, informou.

Cris, como é chamada pelos amigos, reside a dois anos na cidade de Mar del Plata, cerca de 300 km da capital Buenos Aires.

A estudante conta que seu maior desafio foi a mudança repentina da língua. ‘’Para mim fazer curso no exterior foi um grande desafio por conta da cultura e do espanhol, porém não me arrependo em nenhum momento pois estou evoluindo cada vez mais’’.

Para auxiliar os internautas e amigos que desejam realizar um intercâmbio, principalmente para o país dos ‘los hermanos’, Cris criou um perfil no Instagram. Na rede social, além de oferecer dicas e motivações, a estudante ainda mostra sua rotina para quem deseja realizar seu sonho de estudar ou apenas visitar ‘a gringa’.

‘’Criei o perfil Medicina na Argentina (@medicinaarg_) para mostrar um pouco do meu dia a dia, e também para incentivar as pessoas a não desistirem do seus sonhos, pois se torna muito distante da realidade cursar medicina no Brasil, com esse perfil vejo muitas pessoas voltando a sonhar realizar o sonho que talvez por anos lutou e não conseguiu no Brasil. Espero de alguma forma ajudar com motivações, afinal se estou aqui enfrentando esse desafio outros brasileiros também podem, porém não é uma caminhada fácil, todos os dias levanto da cama e peço ajuda a Deus, pois além de cursar medicina, curso em outro idioma’’.

Além da Argentina, Crislaine pretende conhecer outros países para aprimorar seu currículo. ‘’Ainda não decidi se quero voltar para o Brasil para exercer minha profissão, pois estou apaixonada por viver na Argentina’’.

São josé barrense, estudante de medicina na Argentina, cria perfil no Instagram para auxiliar internautas que desejam fazer intercâmbio – Vídeo: redes sociais
São josé barrense, estudante de medicina na Argentina, cria perfil no Instagram para auxiliar internautas que desejam fazer intercâmbio – Vídeo: redes sociais

Criança passa por 17 médicos em três anos, e só descobre doença rara após usar ChatGPT

Criança passa por 17 médicos em três anos, e só descobre doença rara após usar ChatGPT – Foto: arquivo pessoal

O ChatGPT, um algorítmico que funciona por meio de inteligência artificial (IA), detectou nos Estados Unidos uma doença rara em um garoto, identificado como Alex. O menino foi examinado por 17 médicos antes de ser diagnosticado com a síndrome da medula ancorada pela IA.

Essa patologia faz com que a medula vertebral se fixe de forma anormal ao canal, restringindo o fluxo sanguíneo à medida que as crianças crescem. No corpo de Alex, segundo informações do site americano Today.com, o garoto começou a sentir dores crônicas.

De acordo com a mãe da criança, Courtney, se Alex não tomasse analgésicos todos os dias, ele teria colapsos “gigantescos”. Ela revelou que, após o início das dores, os sintomas provocaram mau humor, dores de cabeça e cansaço no filho. 

Suspeitas

O quadro, na avaliação de Courtney, aparentava ser de problema dentário. Ela, então, o encaminhou a um dentista. O profissional orientou que Alex estava com bruxismo e prescreveu uma placa oclusal para ele usar ao dormir dormir.

Esse procedimento foi feito durante a pandemia de covid-19. Os problemas de Alex, porém, não foram resolvidos. 

Ele, então, foi levado a um pediatra. O médico disse que a causa das dores era a pandemia que, segundo o profissional, estaria afetando negativamente o desenvolvimento da criança.

Após essa consulta, Courtney contou que seu filho foi levado a um neurologista, um otorrino e outros especialistas. Nenhum deles acertou o diagnóstico de Alex.

ChatGPT

Criança passa por 17 médicos em três anos, e só descobre doença rara após usar ChatGPT – Foto: reprodução

Diante da frustração de não chegar ao diagnóstico do filho, Courtney recorreu à inteligência artificial e baixou o ChatGPT. Como base, ela disse que viu um estudo que aponta que a IA é capaz de acertar em até 72% das vezes em diagnósticos médicos.

Courtney compartilhou com o ChatGPT todos os sintomas e dados das ressonâncias magnéticas que ele realizou ao longo dos anos. Imediatamente, o ChatGPT sugeriu o diagnóstico de síndrome da medula ancorada.

Após o diagnóstico da inteligência artificial, a mãe levou o menino em outro neurocirurgião, que confirmou a sugestão da tecnologia. O garoto é acompanhado pelo novo médico.

Brasileiro condenado a prisão perpétua por matar ex-namorada e que estava foragido nos EUA é capturado

Brasileiro condenado a prisão perpétua por matar ex-namorada e que estava foragido nos EUA é capturado – Foto: divulgação

Danilo Cavalcante, o brasileiro condenado à prisão perpétua que fugiu da cadeia nos Estados Unidos, foi capturado nesta quarta-feira (13), anunciou a polícia da Pensilvânia.

A captura acontece no 14º dia das buscas, que envolveram uma megaoperação com 500 policiais, participação do FBI e mobilização de prefeituras e governos regionais. Mesmo assim, Cavalcante, que matou a facadas uma ex-namorada e escalou as paredes da prisão para fugir, conseguiu caminhar por 38 quilômetros, roubar uma van e um rifle e trocar tiros com um morador (leia mais detalhes abaixo).

“A captura de Cavalcante dá fim ao pesadelo das duas últimas semanas, e agradecemos a cada um dos policiais regionais, estatuais e federais que saíram às ruas em todas as condições, dia e noite”, declarou a polícia do condado de Chester, na Pensilvânia, em comunicado.

Danilo Cavalcante, condenado por matar a ex-namorada Débora Evangelista Brandão, estava foragido desde 31 de agosto, quando conseguiu escapar da prisão escalando paredes (leia mais abaixo).

Cavalcante foi preso pouco depois das 08h no horário local (09h no horário de Brasília). O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, liderou a entrevista coletiva para informar da captura. Ele afirmou que ninguém ficou ferido durante toda a megaoperação e que a polícia não teve de disparar nenhum tiro para a prisão.

Autoridades temiam a possibilidade de vítimas pelo fato de que o brasileiro estava armado (leia mais abaixo).

Câmera térmica

A operação final para capturar Cavalcante durou várias horas. Um dos investigadores revelou à agência de notícias Associated Press, que policiais usaram imagens térmicas de aeronaves para identificar uma possível localização. A partir daí, homens em terra fora até o ponto e capturaram Cavalcante.

No período de fuga, o brasileiro foi visto algumas vezes por câmeras de segurança e moradores. A última delas antes da captura foi na cidade de South Coventry, no condado de Chester, no leste da Pensilvânia.

Lá, ele roubou um rifle na porta da garagem de um morador de South Coventry, que estava aberta. O morador viu e trocou tiros com o brasileiro, mas os investigadores acreditavam que Cavalcante não chegou a ser atingido, porque, segundo a investigação, ele conseguiu correr para uma floresta – até a última atualização desta reportagem, a polícia não havia detalhado se ele tinha algum tipo de ferimento ao ser encontrado.

Um cerco foi então montado na região, a 32 quilômetros da prisão de onde ele escapou, e a 74 quilômetros da cidade da Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia e perto também de Nova York.

“Nós o consideramos desesperado, o consideramos perigoso, toda a dinâmica confirma para nós que ele tem uma arma”, afirmou o tenente-coronel George Bivens, responsável pela megaoperação, na terça-feira (12).

Bivens afirmou na ocasião ter certeza que Cavalcante estava dentro do perímetro de buscas estabelecido e que ele seria preso “o quanto antes”.

As últimas pistas que fizeram a polícia fechar o cerco e checar mais perto do brasileiro foram:

  • Pegadas “idênticas” às dos sapatos que Cavalcante usava na prisão;
  • O caminho até uma área de floresta que ele provavelmente fez após roubar um rifle na porta da garagem de uma casa em South Coventry.
  • A rota de fuga não-linear. Segundo a polícia, Cavalcante começou caminhando em direção ao sul da Pensilvânia, mas agora anda em direção ao norte;

A operação de buscas durou 14 dias e angariou críticas pela demora em encontrar o fugitivo dentro de um perímetro de poucos quilômetros. O tenente-coronel George Bivens negou falhas. Ele disse que a tática foi cercar o brasileiro e “estressá-lo” até que ele ficasse acuado e fosse finalmente encontrado.

“A polícia está fazendo um ótimo trabalho. Sabemos que ele está dentro do nosso perímetro de buscas, e Cavalcante será preso o quanto antes”, disse Bivens na terça-feira.

Durante as operações de busca, escolas chegaram a cancelar aulas, e as autoridades pediram que moradores evitassem sair de casa e trancassem portas.

“Os residentes da área são solicitados a trancar todas as portas e janelas, proteger os veículos e permanecer em casa. Não se aproxime”, publicou a polícia em uma rede social esta semana.

Recompensa e Interpol

Ao longo dos dias, as autoridades da Pensilvânia também foram subindo as recompensas para quem encontrasse Cavalcante. A mais recente delas oferecia US$ 25 mil (cerca de R$ 123 mil).

Além disso, o nome do brasileiro também foi incluído na lista de procurados da Interpol.

A fuga de Danilo também provocou a prisão da irmã dele, que mora nos Estados Unidos. As autoridades não forneceram detalhes sobre a motivação. No entanto, ela deve ser deportada.

Nesta quarta, em entrevista ao jornal “The New York Times”, a mãe do brasileiro, Iracema Cavacalte, afirmou que o filho foi treinado para lutar pela sobrevivência e negou que ele pudesse ser uma ameaça.

Danilo Cavalcante nasceu e cresceu no Tocantins.

Roubo de carro

Nos primeiros dias após fugir da prisão, Danilo estava em uma área de vegetação que a polícia tentou isolar. No entanto, a densidade da mata ajudou com que ele conseguisse escapar.

Logo depois, de acordo com as autoridades, Danilo conseguiu encontrar um carro com chave dentro em uma região próxima da que estava cercada – a região, de cidades pequenas, é tranquila, e moradores costumam deixar chaves em carros e portas abertas.

Crime

Danilo Cavalcante foi condenado por matar a ex-namorada Débora Evangelista Brandão. O crime aconteceu em abril de 2021, na cidade de Phoenixville. No dia 31 de agosto, ele conseguiu escapar da prisão. Desde então, buscas são feitas.

O crime pelo qual o brasileiro foi condenado aconteceu em abril de 2021, na cidade de Phoenixville.

O brasileiro também é suspeito de ter matado o estudante Valter Júnior Moreira dos Reis em Figueirópolis, nos arredores de Palmas, em 2017.

O caso ainda corre na Justiça do Tocantins.

Número de mortos no terremoto no Marrocos sobe para 2.862

Jovem carrega móvel no dia 11 de setembro de 2023 em vilarejo nos arredores de Talat N'Yaaqoub, no Marrocos, destruído por terremoto — Foto: Hannah McKay/Reuters
Jovem carrega móvel no dia 11 de setembro de 2023 em vilarejo nos arredores de Talat N’Yaaqoub, no Marrocos, destruído por terremoto — Foto: Hannah McKay/Reuters

O número de mortos no forte terremoto que atingiu o Marrocos na semana passada subiu para 2.862, segundo um novo balanço do Ministério do Interior divulgado nesta segunda-feira (11).

O tremor, um dos mais destrutivos no mundo nos últimos anos, atingiu os arredores de Marraquexe na noite de sexta-feira (8) com uma magnitude de 6,8, segundo os serviços geológicos norte-americanos, e de 7, segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica.

O tremor foi o mais poderoso desde que começaram os registros modernos no país e atingiu uma região muito habitada. Outras cerca de 2.562 pessoas ficaram feridas, ainda de acordo com o ministério marroquino, e há também centenas de desaparecidos.

O balanço anunciado na manhã de domingo (10), indicava 2.122 mortos.

Tremores secundários ainda estão sendo registrados , de acordo com relatos de moradores locais.

Buscas

Também nesta segunda-feira, centenas de membros de equipes de buscas de Marrocos e de outros países buscavam por desaparecidos, principalmente na província de Al Haouz, o epicentro do terremoto.

Militares do Reino Unido, da Espanha, dos Emirados Árabes e do Catar já estão no país, com equipamentos avançados de buscas, como microcâmeras para vistoriar escombros.

Um dos principais fatores que dificultam as buscas, segundo relataram membros das equipes à agência de notícias Reuters, é o tipo de construção de casas na região afetada: muitas são feitas de barro, pedra e madeira bruta.

“É difícil retirar as pessoas vivas porque a maioria das paredes e tetos se transformaram em escombros de terra quando caíram, enterrando quem estava lá dentro sem deixar espaços aéreos”, disse à Reuters um socorrista militar, que não quis se identificar.

Ajuda internacional empacada

Outro fator que dificulta a ajuda internacional é a demora do governo marroquino em aceitar ofertas e de solicitar oficialmente auxílio, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Até a última atualização desta reportagem, a ONU disse que o Marrocos ainda não havia enviado a solicitação oficial de ajuda humanitária. É a partir dessa solicitação que agências das Nações Unidas podem enviar equipes.

Rabat alegou estar ainda avaliando as ofertas de ajuda para que as operações não fiquem descoordenadas.

O país decretou três dias de luto nacional no sábado (9), e líderes de todo o mundo enviaram condolências a Rabat.

A Argélia, um país vizinho em conflito com Marrocos, abriu o seu espaço aéreo, fechado há dois anos, a aviões que transportam ajuda humanitária e resgatam os feridos.

O Banco Mundial também afirmou que dará “todo o seu apoio” ao país.

Edifício danificado na estrada entre Amizmiz e Ouirgane, após terremoto em Marrocos — Foto: Ahmed El Jechtimi/REUTERS
Edifício danificado na estrada entre Amizmiz e Ouirgane, após terremoto em Marrocos — Foto: Ahmed El Jechtimi/REUTERS
Epicentro do terremoto que atingiu o Marrocos — Foto: BBC
Epicentro do terremoto que atingiu o Marrocos — Foto: BBC

Pobreza na Argentina atinge 38,7% da população

Pobreza na Argentina atinge 38,7% da população – Foto: Daniel Garcia/AFP/Getty Images

A pobreza na Argentina atinge 38,7% da população, segundo Pesquisa Permanente de Domicílios divulgada pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos). É um aumento de 4,5 p.p. em relação a 2022. Os dados dizem respeito ao 1º trimestre e foram divulgados na 6ª feira (4.ago.2023) –as informações são do Clarín.

Já a extrema pobreza subiu de 8,2% para 8,9%.

A pesquisa considera 31 áreas urbanas do país, onde vivem cerca de 29 milhões de pessoas. Se o percentual do estudo for estendido para toda a população do país, incluindo as áreas rurais, estima-se que 18 milhões de pessoas vivam na pobreza –o país tem 45,8 milhões de habitantes. A taxa de pobreza estimada no 2º trimestre é de 43%.

SITUAÇÃO ECONÔMICA DA ARGENTINA

A inflação anual na Argentina atingiu 115,6% em junho, o maior nível desde agosto de 1991. Para controlar a alta nos preços, o Banco Central da República Argentina (BCRA) aumentou em maio a taxa básica de juros, a LELIQ, de 91% para 97% ao ano. O índice está no maior patamar da série histórica, iniciada em dezembro de 2015.

O reflexo do avanço da pobreza no país foi capa dos jornais argentinos recentemente. Em 27 de junho, um caminhão que transportava 23 toneladas de carne tombou numa rodovia do país. A carga foi saqueada por moradores de uma cidade próxima. Imagens nas redes sociais mostram pessoas arrastando grandes pedaços de carne aparentemente bovina.

Pobreza na Argentina atinge 38,7% da população – Foto: reprodução / La Nación

Vídeo: piloto morre após avião cair durante chá revelação

Um chá revelação se transformou em tragédia quando o avião usado para anunciar o sexo do bebê caiu em San Pedro, no México, causando a morte do piloto. Segundo o jornal El Universal, Luis Ángel, de 38 anos, chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

No vídeo feito por um convidado, que viralizou neste domingo (3/9), é possível ver o avião de pequeno porte passando por cima do casal que realizava a festa e liberar uma fumaça rosa, sinalizando que o bebê é uma menina. Logo depois as asas parecem se partir e o avião fica sem controle, caindo logo depois. 

O exército isolou o local da queda e peritos da Aeronáutica Civil realizaram investigação para determinar as causas do acidente.

Nas redes sociais, internautas se surpreenderam com o fato de que os presentes na festa parecem não perceber que algo estava errado com a aeronave, uma vez que seguiram comemorando o gênero da criança. “O que me dá raiva é que enquanto o avião caía, todo mundo festejava” disse um usuário no X.

Enfermeira britânica pega prisão perpétua por matar sete bebês

Enfermeira britânica pega prisão perpétua por matar sete bebês – Foto: Cheshire Constabulary via Getty Images

Uma enfermeira britânica foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional na última segunda-feira (21) pelo assassinato de sete bebês e pela tentativa de assassinato de outras seis pessoas no hospital onde ela trabalhava na Inglaterra.

Lucy Letby, de 33 anos, recebeu uma ordem perpétua do Manchester Crown Court, no norte do país, o que significa que ela passará o resto da vida na prisão.

Letby recusou-se a comparecer ao banco dos réus, levando a pedidos de alteração das leis para que os réus compareçam às audiências de sentença.

Ela foi considerada culpada na sexta-feira (18) por um júri, em um caso que horrorizou o país e fez dela a assassina infantil mais prolífica da Grã-Bretanha dos últimos tempos.

O primeiro-ministro Rishi Sunak condenou Letby por não comparecer ao tribunal.

“Acho covarde que pessoas que cometem crimes tão horrendos não enfrentem suas vítimas e não ouçam em primeira mão o impacto que seus crimes tiveram sobre elas, suas famílias e entes queridos”, informou a PA Media.

“Estamos procurando e temos mudado a lei para garantir que isso aconteça e isso é algo que apresentaremos no devido tempo.”

Letby atacou bebês sob seus cuidados administrando ar em seu sangue e estômago, superalimentando-os com leite, agredindo-os fisicamente e envenenando-os com insulina, ouviu o tribunal na sexta.

Enfermeira britânica pega prisão perpétua por matar sete bebês – Foto: redes sociais

As alegações contra Letby e sua subsequente condenação desencadearam uma investigação do governo em meio a questões sobre como ela conseguiu escapar da detecção por tanto tempo.

Ela agrediu secretamente 13 bebês na ala neonatal do hospital Condessa de Chester entre 2015 e 2016, disse o Crown Prosecution Service (CPS) da Grã-Bretanha em um comunicado na sexta.

Os promotores argumentaram que a intenção de Letby era matar os bebês enquanto enganava seus colegas fazendo-os acreditar que havia uma causa natural da morte.

“Eu sou má, fiz isso”

Enfermeira britânica pega prisão perpétua por matar sete bebês – Foto: redes sociais

A mãe de duas crianças disse que confiava “completamente” no conselho de Letby, enquanto prestava depoimento ao tribunal. No entanto, ela disse que “sabia que havia algo errado” quando seu bebê começou a gritar na unidade de terapia intensiva uma noite.

Descobriu-se que antes de Letby assassinar um dos bebês, ele começou a sangrar quando ela tentou agredi-lo. O irmão gêmeo desse bebê mais tarde sobreviveu a uma tentativa de Letby de matá-lo por envenenamento por insulina. E foi revelado que a polícia encontrou uma série de notas manuscritas de Letby, incluindo uma que dizia: “Eu sou má por ter feito isso”.

Em 2018 e 2019, Letby foi presa duas vezes pela polícia em conexão com a investigação, disse a PA. Ela foi presa novamente em novembro de 2020. As autoridades encontraram as notas que Letby havia escrito durante as buscas em seu endereço.

“Eu não mereço viver. Eu os matei de propósito porque não sou boa o suficiente para cuidar deles”, escreveu ela em um memorando, acrescentando em outro: “Sou uma pessoa horrível e má” e em letras maiúsculas: “Sou má, fiz isso”.

O governo do Reino Unido emitiu um inquérito independente sobre os assassinatos, incluindo como os reguladores e o Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha lidaram com as preocupações levantadas pelos consultores.

Os médicos do hospital notaram um aumento no número de bebês que estavam morrendo ou desmaiaram inesperadamente na unidade neonatal, ouviu o tribunal de Manchester. Mas a administração do hospital inicialmente rejeitou as preocupações levantadas pelos médicos sobre o aumento da taxa de mortalidade dos pacientes sob os cuidados de Letby, informou a PA.

Os advogados das famílias das vítimas disseram que o inquérito “não era bom o suficiente”, pois não tem poderes para convocar testemunhas.

Incêndios no Havaí: moradores enfrentam o luto dos mais de 100 mortos e milhares de desabrigados

Sobreviventes dos incêndios mortais em Maui, no Havaí, lutam contra a falta de energia e serviço de telefonia instável enquanto tentam reconstruir suas casas. Ao mesmo tempo, equipes de resgate trabalham na árdua tarefa de encontrar os mortos e identificá-los, em um momento em que o número de vítimas ultrapassa 100 pessoas.

Uma unidade móvel de necrotério com legistas adicionais chegou ao Havaí na terça-feira, 15, para ajudar a separar os restos mortais das 106 vítimas já contabilizadas. O governador Josh Green alertou que uma nova tempestade poderia complicar a busca e recuperação de vítimas.

Incêndio florestal

Uma semana depois de um incêndio florestal quase incinerar a cidade histórica de Lahaina, a comunicação na ilha ainda era difícil. Algumas pessoas caminhavam de tempo em tempo até uma área com um paredão quebra-mar, onde as conexões telefônicas eram mais fortes, para fazer ligações. Voando baixo, um avião de pequeno porte usava um alto-falante para emitir informações sobre onde moradores poderiam obter água e suprimentos.

Milhares de pessoas estão hospedadas em abrigos, quartos de hotéis e unidades Airbnb, ou com amigos. Cerca de 2 mil residências e empresas ainda não têm eletricidade, escreveu o condado de Maui na noite de terça-feira, depois que a empresa de energia restaurou o fornecimento para mais de 10 mil clientes. O incêndio também contaminou o abastecimento de água em muitas áreas.

Victoria Martocci, que perdeu sua empresa de mergulho e um barco planejava viajar para sua unidade de armazenamento nesta quarta-feira, 16, para guardar documentos e lembranças dadas a ela por uma amiga cuja casa pegou fogo. “Essas são as coisas que ela agarrou, as únicas coisas que ela conseguiu pegar, e eu quero mantê-las seguras para ela”, disse.

Estados Unidos interefere

Incêndios no Havaí: moradores enfrentam o luto dos mais de 100 mortos e milhares de desabrigados – Foto: redes sociais

O presidente Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden pretendem visitar Maui na próxima semana e se encontrar com os sobreviventes, assim como socorristas e funcionários do governo, de acordo com o anúncio da Casa Branca nesta quarta-feira. Biden prometeu que “todos os ativos de que precisam estarão disponíveis para eles”.

O incêndio que atingiu Lahaina na semana passada destruiu quase todos os prédios da cidade de 13 mil habitantes. Esse incêndio foi 85% contido, de acordo com o condado. Outro incêndio conhecido como incêndio no Upcountry estava 75% contido na noite de terça-feira.

Prejuízos

O incêndio em Lahaina causou cerca de US$ 3,2 bilhões em perdas de propriedades seguradas, de acordo com cálculos da Karen Clark & Company, uma importante empresa de modelagem de riscos e desastres. Isso não conta danos à propriedade não segurada. A empresa disse que mais de 2.200 edifícios foram danificados ou destruídos pelas chamas, com cerca de 3.000 danificados pelo fogo, fumaça ou ambos.

O morador de Lahaina, Kekoa Lansford, ajudou a resgatar pessoas enquanto as chamas varriam a cidade. Agora ele está coletando histórias de sobreviventes, na esperança de criar uma linha do tempo do que aconteceu. A cena era assustadora. “Horrível, horrível”, disse Lansford. “Você já viu o inferno nos filmes? Isso é o que parecia. Fogo em todos os lugares. Pessoas mortas.”

O governador afirmou que os oficiais estão considerando cortar a eletricidade durante os temporais previstos para os próximos como uma medida preventiva. A concessionária de energia local enfrentou críticas por deixar a energia ligada enquanto ventos fortes de um furacão que passava atingiram uma área ressequida na semana passada, e um vídeo mostra um cabo pendurado em um pedaço de grama carbonizado, cercado por chamas, nos primeiros momentos do incêndio florestal. A causa dos incêndios florestais alguns dos quais ainda estão queimando, ainda está sob investigação.

O presidente e CEO da Hawaiian Electric Co. Inc., Shelee Kimura, disse que vários fatores estão envolvidos na decisão de cortar a luz, incluindo o impacto sobre pessoas que dependem de equipamentos médicos especializados e preocupações de que um desligamento em uma área de incêndio teria derrubado as bombas de água.

Incêndios no Havaí: moradores enfrentam o luto dos mais de 100 mortos e milhares de desabrigados – Foto: redes sociais

Autoridades correm com esforços para identificar corpos

Na terça-feira, o governo divulgou o nome de duas vítimas residentes de Lahaina: Robert Dyckman, de 74 anos, e Buddy Jantoc, de 79. Essas foram as primeiras pessoas a serem identificadas até o momento. Equipes com cachorros farejadores estão correndo para proteger os restos mortais, disse o governador Josh Green, antes da previsão de possíveis tempestades para o fim de semana.

“Ironicamente, eu quero a chuva, mas é por isso que estamos correndo agora para fazer toda a recuperação que pudermos, porque ventos ou chuva forte naquele cenário de desastre tornarão ainda mais difícil chegar na determinação final de quem perdemos”, disse. As equipes usando cães de cadáver vasculharam aproximadamente 30% da área incendiada, segundo os oficiais.

O chefe de polícia de Maui, John Pelletier, mais uma vez fez um apelo para famílias com parentes desaparecidos para que forneçam amostras de DNA. Funcionários federais enviaram uma unidade móvel de necrotério com legistas, patologistas e técnicos ao Havaí para ajudar a identificar os mortos, disse Johnathan Greene, vice-secretário adjunto do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. A unidade do necrotério incluía 22 toneladas de suprimentos e equipamentos, como mesas de exame mortuário e unidades de raio-X, disse Greene.

Green disse ao Hawaii News Now que crianças estão entre os mortos. “Quando os corpos são menores, nós sabemos que é uma criança”, disse ele, descrevendo alguns dos locais de busca como “muito para compartilhar ou ver apenas de uma perspectiva humana”

França tem nova epidemia de Covid com subvariante da ômicron

França tem nova epidemia de Covid com subvariante da ômicron – Foto: Gonzalo Fuentes

A França enfrenta uma nova epidemia de Covid-19 em meio às temperaturas elevadas do verão no hemisfério norte. As infecções em alta são provocadas por uma subvariante da ômicron, a cepa EG.5.1, denominada Éris, que se propaga em países do oeste da Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que está monitorando este novo subtipo do coronavírus, que provoca febre alta, dor de garganta, tosse, dores musculares e cansaço.

À medida que a Éris se espalha entre franceses e turistas, as visitas aos prontos-socorros têm aumentado em várias regiões do país. Médicos e cientistas dizem não estar surpresos com este retorno da Covid-19, pois a temporada de verão é marcada por festas de rua, shows, casamentos, entre outras atividades que reúnem um número expressivo de pessoas.

Já se sabe que as aglomerações são favoráveis à transmissão dos vírus. No caso da Covid-19, neste momento, o contágio é facilitado pela queda de imunidade global proporcionada pelas vacinas, que diminui com o tempo, e uso menos frequente de máscaras de proteção facial.

Os primeiros indícios da nova epidemia de Covid-19 surgiram depois das Festas de Bayonne, no País Basco francês (sudoeste). A tradicional celebração de vários dias atraiu 1,3 milhão de pessoas no início de agosto.

Durante o evento, as farmácias e consultórios médicos da região registraram um aumento da procura de pacientes com sintomas gripais. Muita gente se surpreendeu com um resultado positivo para Covid-19.

Na quarta-feira (9), a doença voltou à lista dos dez diagnósticos mais frequentes da rede SOS Médicos, de acordo com a agência nacional de Saúde Pública (Santé Publique France).

Há suspeitas de que essa nova subvariante da ômicron seja mais contagiosa do que suas antecessorasNo boletim de monitoramento publicado ontem pelas autoridades, as visitas ao pronto-socorro por suspeita de Covid-19 estavam em alta de 56% entre crianças com menos de dois anos de idade e de 34% entre adultos.

As regiões do país com o maior número de casos positivos são País do Loire (+210%), seguido pela Normandia (+71%).

Em entrevista ao jornal Le Parisien, o epidemiologista Mircea Sofonea, da Universidade de Montpellier (sul), afirma que a França registra uma retomada incontestável da epidemia.

Ele atribui esse quadro à combinação de três fatores: o declínio imunológico, a evolução viral relacionada com as novas mutações e as aglomerações de verão. Os hospitais não estão sobrecarregados, segundo o médico, mas é preciso ficar vigilante e adotar os gestos de prevenção para evitar um agravamento da situação no outono.

Candidato à Presidência do Equador é assassinado em Quito; suspeito é morto

O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, do Movimento Construir, foi assassinado na última quarta-feira (9), em Quito, capital do país. Ele deixava um comício político realizado no Anderson College, quando foi baleado três vezes na cabeça.

O Ministério do Interior e, posteriormente, o presidente Guillermo Lasso confirmaram o homicídio por meio de comunicados nas redes sociais.

“Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”, comentou Lasso, em seu perfil na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.  

Após a confirmação da morte, os principais candidatos à Presidência anunciaram a interrupção das suas atividades eleitorais.

Lasso informou que o Gabinete de Segurança da Presidência da República fará reunião extraordinária. Também devem participar a presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint; a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar e o Presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela. 

Logo após o ocorrido, imagens mostrando o momento do ataque começaram a circular nas redes sociais. Em um dos vídeos Villavicencio aparece deixando o Anderson College e se dirigindo a um carro, acompanhado de sua comitiva e apoiadores, quando se ouvem tiros e um grande tumulto toma conta do local.

Suspeito morto

Um dos suspeitos de assassinar Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador, foi morto em Quito na noite de quarta-feira (9). A informação foi confirmada pelo Ministério Público do país.

O suspeito, que ainda não teve a identidade divulgada, foi atingido durante uma troca de tiros com seguranças pessoais do candidato. Gravemente ferido, ele chegou a ser transferido para a Unidade de Flagrantes de Quito, mas não resistiu.

“Uma ambulância dos bombeiros confirmou a morte dele”, disse o ministério.

O órgão também informou que, até o momento, outras nove pessoas ficaram feridas durante a troca de tiros, entre eles uma candidata a deputada e dois policiais.

Eleições

Fernando Villavicencio concorria à presidência do Equador – Foto: Rodrigo Buendia

Villavicencio era um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação. As avaliações de tendências eleitorais do país é deficiente em comparação a outros países sul-americanos como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maior índices de acerto.

Em junho, segundo o Centro de Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%), Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%) e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

O pleito acontece no próximo dia 20, de forma antecipada, depois que o presidente Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, que decretou a dissolução da Assembleia Nacional e reduziu o tempo de seu próprio mandato.

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