Após protesto de prefeitos e vereadores por estradas no Sul de Minas, deputado abre reunião na ALMG – Foto: divulgação
Após a manifestação de prefeitos e vereadores em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta quinta-feira (15 de maio), em protesto contra o cancelamento de uma audiência pública sobre as condições das estradas estaduais no Sul, Sudoeste e Sudeste de Minas, o deputado Ricardo Campos (PT), presidente da Comissão de Participação Popular, abriu um auditório para a realização de um debate improvisado com as lideranças municipais.
A audiência oficial havia sido marcada com 45 dias de antecedência a partir de solicitação da Frente Parlamentar dos Municípios (FPM), movimento que reúne parlamentares de mais de 100 municípios. A mobilização denuncia o abandono da malha rodoviária estadual e cobra soluções do governo mineiro. A reunião foi cancelada na véspera, sob a justificativa de que o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) não poderia participar.
Mesmo sem a presença de representantes do Executivo, Ricardo Campos decidiu garantir um espaço de escuta para as lideranças municipais. “Ao chegar nesta Casa na manhã de hoje, nos deparamos com um grande volume de lideranças que querem manifestar sua insatisfação, seu repúdio. E, na condição de presidente da Comissão de Participação Popular, temos a obrigação de receber o público”, afirmou o parlamentar.
O deputado ainda explicou que a audiência oficial não foi cancelada por decisão da comissão. “O maior motivo de não ter havido hoje audiência pública para tratar os graves problemas das estradas do Sul de Minas, do Sudoeste, e de outras regiões é a ausência do DER e da Secretaria de Infraestrutura. O DNIT me ligou hoje de manhã, informando que só não compareceria porque foi comunicado do cancelamento.”
Segundo ele, a reunião realizada nesta quinta tem caráter institucional e será o ponto de partida para novas ações. “Independente da presença desses órgãos ou não, nós faremos uma escuta organizada de cada liderança para apontarmos os requerimentos necessários. Na próxima terça-feira, às 15h, vamos deliberar sobre essas demandas e, se houver consenso, aprovar a convocação do DER e da Secretaria de Infraestrutura”, afirmou o deputado. “O papel do Parlamento é fiscalizar, aprovar leis, definir prioridades. E é aqui que estamos fazendo isso, com respeito a todos que vieram de até 800 km de distância para estar aqui.”
As lideranças municipais relataram durante a reunião as dificuldades enfrentadas por causa da malha rodoviária. “Estamos falando de ambulâncias transportando pacientes oncológicos, estudantes indo para a faculdade e produtores rurais escoando a safra. Toda semana tem morte na estrada”, afirmou Mário Alves, presidente da Câmara Municipal de Caxambu e coordenador da FPM.
O deputado também justificou a ausência dos parlamentares que requereram a audiência e não compareceram. Segundo ele, Ulysses Gomes (PT) está afastado por motivos de saúde, enquanto Betinho (PV) teria agenda externa e sinalizou que tentaria comparecer mais tarde. Já a deputada Ione Pinheiro (PP), que também assinou o requerimento, estaria viajando.
A reunião contou com a presença do deputado estadual Rodrigo Lopes (União) e da deputada federal Ana Paula Leão (PP).
Mineiros morrem em explosão de fábrica de explosivos no Peru — Foto: Reprodução/RPP
Gabriel Lourenço dos Santos, de 18 anos, e Marcelo Augusto Correa, de 57, morreram em um acidente em uma fábrica de explosivos no Peru. Eles eram moradores de Córrego Fundo e Santo Antônio do Monte, em Minas Gerais. A explosão ocorreu no distrito de Cerro Colorado, em Arequipa.
O acidente foi na segunda-feira (12), segundo familiares. Os corpos devem chegar ao Brasil em até sete dias para o sepultamento.
Acidente
Gabriel Lourenço dos Santos e Marcelo Augusto Corrêa morreram após a explosão da fábrica de explosivos no Peru — Foto: Kênio Márcio/Arquivo Pessoal
Ainda segundo familiares, o acidente aconteceu dentro de um galpão alugado pela empresa brasileira para a produção de explosivos. O peruano Wilfredo Huanca Canahuire também morreu. Saul Challco Huanca, de 32 anos, sobreviveu, mas fraturou uma das pernas.
O padrasto de Gabriel contou que o jovem e Marcelo estavam na empresa desde março deste ano. “Gabriel estava realizando um sonho. Estava feliz, realizado com o salário um pouco melhor. Estava entusiasmado em ajudar a família, principalmente a mãe, que nesse momento está desolada”, disse Kênio Márcio Alves Andrade.
O jovem já havia passado no período de testes da empresa.
“Ele já foi sabendo executar o serviço. Além disso, trabalhava com o Marcelo, que era o mais experiente de toda empresa. Ele tinha mais de 30 anos de experiência com fabricação de explosivos. Pela dinâmica do acidente imaginamos que estavam as quatro pessoas no mesmo galpão. O item que eles fabricavam era um similar de dinamite. Um item perigoso que não admite falha”, pontuou o padrasto que também trabalha com explosivos.
Um grupo de cachorros do Centro-Oeste de Minas tem encantado internautas nas redes sociais. É que um vídeo publicado pela Associação de Proteção aos Animais de Candeias (Apacan), em 10 de abril, viralizou ao mostrar a matilha “professando sua fé” durante a execução de uma música religiosa. Segundo os especialistas, a reação é mais comum do que se imagina.
As imagens gravadas por Elison José, morador da cidade, mostram um grupo de cães deitados na praça Monsenhor Joaquim de Castro, no Centro de Candeias. O sossego é interrompido quando os sinos da Igreja Matriz Nossa Senhora das Candeias começam a tocar, acompanhados por um louvor à Nossa Senhora Aparecida. Imediatamente, os animais se dirigem até a capela e começam a uivar.
Lilian Bonaccorsi, líder da Apacan, explica que o ‘louvor canino’ ocorre diariamente. “Muitos desses cães moram na rua. Como a gente cuida, põe água e ração na praça, eles se concentram por ali. Aí, na hora da Ave Maria, às seis da tarde, eles vão pra porta da igreja. É bem bonito e emocionante”, diz.
Segundo ela, o “mais devoto” do grupo é o cachorro Floquinho, que marca presença em todas os cultos religiosos. “Ele sabe todas as músicas, vai em todas as missas, até de madrugada. Esse é ‘rezador’ mesmo”, brinca Lilian. Floquinho também é conhecido por ser um cachorro estudioso. “Além da Apacan, eu trabalho numa escola de Candeias, e ele sempre aparece por aqui”, ri.
Explicações
Embora inusitado, o fenômeno de cães ‘rezadores’ tem explicação científica. Segundo Angélica da Silva Vasconcellos, professora adjunta da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e pesquisadora na área de comportamento e bem-estar animal, a mobilização dos cachorros pode ter dois motivos: a busca por recompensas ou a manifestação de ligeiro incômodo.
“Uma das possibilidades é o condicionamento. Provavelmente, quando toca o sino, as pessoas se aproximam da igreja. Nisso, os cães são recompensados com carinho, com algum alimento, e ficam condicionados, isto é, se acostumam a repetir a ação sempre que ouvem aquele som. Eu diria que essa é a explicação mais provável”, aponta a professora.
“A outra, tem a ver com o fato deles uivarem. Os cães têm uma audição muito mais apurada do que a nossa, então, um barulho alto pode incomodar. Nesse caso, uivar é uma forma de manifestar esse incômodo, um tentativa de eliminar aquilo”, apresenta Angélica. Segundo ela, entretanto, o som não é nocivo para a saúde dos animais. “Se fosse insuportável, em vez de se aproximarem, eles se afastariam”, afirma.
Ajude!
Apesar de ser considerado fofo, o registro compartilhado pela Apacan escancara o problema dos animais abandonados em Candeias. De acordo com Lilian, a Associação não é capaz de ajudar a todos.
“Nós temos um galpão e fazemos o resgate de alguns animais. Tentamos cuidar dos doentes, dos filhotes abandonados, dos idosos, aqueles que não têm condições de sobreviver sozinhos, mas ainda sobram muitos. Nosso esforço vai na medida do possível”, diz.
O coletivo conta ajuda financeira da Prefeitura de Candeias, que paga o aluguel do espaço utilizado e o salário de uma funcionária, mas, ainda assim, depende de doações. “A gente precisa comprar remédio, ração e várias outras coisas, né? O vídeo dos cachorros viralizou, porém, não conseguimos monetizar com ele”, conta.
A Apacan aceita doações de quaisquer valores. Doe pelo CNPJ 34.376.531/0001-03.
Idoso é preso ao tentar matar a esposa intoxicada com gás de cozinha em Pouso Alegre – Foto: reprodução
Um idoso de 61 anos foi preso no final da noite da última terça-feira (13) em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Ele é suspeito de tentar matar a companheira, de 59 anos, e de ameaçar a própria filha, de 34 anos.
A Polícia Militar foi acionada no bairro Santa Rosa, onde o idoso ameaçava matar a mulher e se matar em seguida. Para isso, o homem começou a liberar gás de cozinha no interior do imóvel. A filha do casal relatou que os pais estavam trancados no quarto e que o idoso teria enviado mensagens com ameaças, além de ter exibido um botijão de gás aberto e objetos semelhantes a munições.
Segundo a filha, ao entrar no imóvel após forçar uma janela, encontrou a mãe desmaiada na cadeira de rodas e o pai deitado na cama. Ao ver a filha no local, ele passou a ameaçá-la. Ainda conforme a filha, o homem deu doses elevadas de Diazepam, um ansiolítico, à esposa, que tem mobilidade reduzida devido a um AVC.
Diante do risco, os policiais entraram na residência e perceberam o forte cheiro de gás. O idoso tentou pegar a arma de um dos militares, mas foi contido e algemado. O Corpo de Bombeiros realizou vistoria e confirmou que não havia mais risco de explosão. A mulher foi encaminhada a um hospital da cidade, onde ficou sob cuidados médicos.
O idoso foi preso em flagrante e levado à delegacia. O boletim de ocorrência não traz a versão do suspeito para o crime.
Acidente entre carreta e van deixa 9 mortos e 10 feridos na BR-251, em MG – Foto: divulgação/CBMG
Um grave acidente na noite da última terça-feira (13) deixou nove pessoas mortas e outras 10 feridas na BR-251, na altura do km 446, em Grão Mogol (MG). O acidente envolveu uma van e uma carreta e foi perto da comunidade de Barrocão.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a carreta seguia no sentido Montes Claros, enquanto a van ia na direção da Bahia. Após a colisão, os dois veículos ficaram em um barranco de difícil acesso. Os bombeiros constataram que várias vítimas ficaram presas às ferragens.
As nove pessoas que morreram no acidente estavam na van, sendo oito adultos e uma criança. Na van ainda foram socorridas oito pessoas feridas, além dos dois ocupantes da carreta. Os bombeiros realizaram o desencarceramento das vítimas que estavam presas às ferragens e atendeu as vítimas feridas em conjunto com o Samu.
As vítimas foram encaminhadas para hospitais de Francisco Sá e Montes Claros. A Polícia Rodoviária Federal atuou na ocorrência na segurança da cena e no controle do trânsito. Já a Policia Civil realizou a perícia no local. O trânsito ficou interditado nos dois sentidos durante o atendimento.
Acidente entre carreta e van deixa 9 mortos e 10 feridos na BR-251, em MG – Foto: divulgação/CBMG
Imposto maior sobre os cigarros pode diminuir mortalidade infantil – Foto: reprodução
O aumento na carga tributária dos cigarros pode diminuir a mortalidade infantil e também a associação entre essas mortes e as desigualdades socioeconômicas. É o que mostra um estudo internacional, publicado na revista científica The Lancet, e que avaliou dados de 94 países de baixa e média renda, incluindo o Brasil.
Os pesquisadores ressaltam que a exposição ao tabaco, seja no útero ou de forma passiva durante a infância, causa aproximadamente 200 mil mortes anuais de crianças menores de 5 anos no mundo, apesar de ser um fato completamente evitável.
“Como as populações de baixa renda tendem a suportar de forma desproporcional a carga da morbidade e mortalidade relacionadas ao tabaco, descobrir se as medidas de controle alcançam ou não os grupos mais vulneráveis é fundamental para reduzir as disparidades de saúde relacionadas ao tabaco” mostra o estudo.
O estudo também aponta que tanto a prevalência do tabagismo quanto a exposição de crianças à fumaça secundária costumam ser maiores entre pessoas de menor status socioeconômico. Os 94 países de baixa e média renda selecionados também respondem por 90% das mortes gerais de crianças nessa faixa etária, e concentram a maior quantidade de fumantes.
Apesar de o imposto total médio desses países ter subido de 39% para 44%, de 2008 a 2020, neste último ano apenas dez deles tinham uma alíquota igual ou superior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é 75% do valor total de varejo. Os estudiosos acreditam que, se esse nível tivesse sido alcançado por todas as nações avaliadas, mais de 281 mil mortes de crianças poderiam ter sido evitadas em 2021, sendo quase 70 mil deles entre as famílias mais pobres.
Mortalidade
Ainda assim, os dados mostram que as taxas médias de mortalidade infantil diminuíram entre 2008 e 2020 em todas as faixas de renda. Mas, mesmo em 2020, entre os mais pobres, a taxa média de mortes infantis foi de 47,6 crianças a cada mil nascidos vivos, quase o dobro dos 24 óbitos registrados na faixa de renda mais alta.
Além disso, a queda entre os dois anos foi ligeiramente mais acentuada entre os mais ricos: 34,9% contra 33,4%.
Brasil
O pesquisador André Szklo, do Instituto Nacional do Câncer, diz que os dados dessa nova pesquisa corroboram conclusões semelhantes resultantes de levantamentos nacionais:
“Se você implementa medidas de controle, principalmente medidas tributárias, você consegue potencializar a redução da proporção de fumantes, e automaticamente você vai evitar doenças pulmonares, cardiovasculares mas também as doenças relacionadas aos desfechos materno-infantis ou àqueles primeiros 5 anos após o nascimento. E quando você aumenta o preço do produto derivado do tabaco, você consegue atingir muito fortemente a população de baixa renda e baixa escolaridade, onde está concentrada a maior proporção de fumantes”, diz.
Entidades tributárias calculam que o Brasil já impõe uma alíquota superior ao mínimo preconizado pela OMS: cerca de 83%. Em 2024, depois de oito anos, o governo federal reajustou o preço mínimo da cartela com 20 cigarros – de R$ 5,00 para R$ 6,50 – e a alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados, de R$ 1,50 para R$ 2,25. Mas se os valores fossem corrigidos conforme a inflação oficial desse período deveriam ter sido aumentados para R$ 11,88 e R$ 3,45, respectivamente, segundo cálculo da Receita Federal.
O pesquisador do Inca destaca que o aumento da taxação em cima do preço de varejo não é suficiente para diminuir o consumo, se o preço mínimo continuar baixo, e se essa alta for inferior ao aumento do custo de vida calculado pela inflação.
“Desde 2017, o Brasil sofreu uma estagnação na política de preços e impostos. A consequência disso é que houve uma queda no preço real do cigarro. A cada ano, desde 2017 até 2024, o cigarro ficou mais barato. O cigarro convencional brasileiro é o segundo cigarro mais barato da região dos Américas e um dos mais baratos do mundo. E esses 8 anos tiveram um um impacto terrível, a gente vê uma estagnação na queda na proporção de fumantes e vê, inclusive, um aumento na proporção de fumantes entre adolescente”, ele acrescenta.
Da mesma forma, o novo imposto seletivo criado pela reforma tributária, que vai taxar de forma adicional os produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente, como o tabaco, precisa ter alíquota acima da inflação e do ganho de renda do trabalhador, para ser efetivo, defende Szklo.
“A gente está querendo garantir que ele vai realmente desestimular o consumo e vai ser realmente reajustado anualmente, mantendo um preço mínimo, que também tem que ser reajustado acima desses padrões.”
INSS notificará beneficiários vítimas de descontos a partir de terça – Foto: reprodução
A partir desta terça-feira (13), os aposentados e pensionistas que sofreram descontos em seus benefícios por meio de associações irão receber uma notificação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A mensagem será enviada pelo aplicativo Meu INSS.
Na mensagem, irão constar os descontos (valores) e os nomes das entidades.
O aposentado ou pensionista que for notificado deverá indicar se autorizou ou não o desconto já na quarta-feira (14).
Se o beneficiário informar que não autorizou, poderá pedir o ressarcimento dos valores também na quarta-feira.
No total, segundo o INSS, 9 milhões de beneficiários receberão a mensagem.
Os aposentados e pensionistas vítimas de descontos não autorizados de mensalidades associativas serão ressarcidos pelos prejuízos sofridos entre março de 2020 e março de 2025.
Alerta
O INSS alerta que:
A notificação será enviada somente pelo aplicativo Meu INSS
Não haverá contato por telefone, envio de SMS para celular. O INSS não tem intermediários.
Em caso de dúvida, ligue para central de teleatendimento 135. A central funcional de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Acesse o aplicativo Meu INSS para facilitar que as notificações apareçam automaticamente em seu celular.
Como será o reembolso
Assim que o beneficiário informar que não autorizou o desconto, o INSS irá acionar a associação para que faça o pagamento e apresente documentação.
O instituto informa que o aposentado e pensionista não precisa apresentar qualquer documento.
A associação terá 15 dias úteis para fazer o pagamento. As que não realizarem serão acionadas judicialmente.
Câmara dos Deputados faz audiência pública para discutir trabalho escravo no Sul de Minas – Foto: reprodução
A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados promove uma audiência pública sobre trabalho escravo em propriedades rurais do Sul de Minas, nesta terça- feira (13) .
O debate, que começa às 10h, atende a pedido do deputado Padre João (PT-MG). É possível acompanhar a audiência pela internet.
“Lamentavelmente, em pleno Século XXI, no qual vivenciamos avanços antes inimagináveis, principalmente tecnológicos, ainda devemos enfrentar a escravidão”, afirmou o deputado.
Dados do Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, de outubro de 2024, apontam que Minas Gerais está no tipo da lista dos estados com mais autuações, com 165 de um total de 727 (22% do total).
Das 6.148 trabalhadores resgatados no país, 26,6% – o correspondente a 1.635 pessoas – estavam em Minas Gerais.
Participam da audiência o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Alberto Menezes de Calazans, além de outros representantes do MTE, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da União.
Reunindo especialistas que atuam diretamente nas respostas de desastres, o curso representa uma das diversas ações de investimento em formação e capacitação diante das situações de emergência.
Em 2025, diversos órgãos públicos, privados e do terceiro setor participaram da capacitação, além dos coordenadores Municipais de Proteção e Defesa Civil. Representantes da Cemig, Copasa, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Cruz Vermelha Brasileira, Agência e Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidente e Alto Paraopeba (Adesiap), Ambipar, dentre outros, tiveram a oportunidade de se inteirar do Sistema de Comando de Operações (SCO).
O SCO é uma ferramenta gerencial que padroniza ações de resposta em situações críticas de qualquer natureza ou tamanho. Utilizando práticas de administração, o sistema se baseia em três pilares: maior segurança para equipes de resposta e demais envolvidos; alcance de objetivos e prioridades previamente estabelecidas; e uso eficiente dos recursos disponíveis.
“A Defesa Civil Estadual de Minas Gerais trabalha na integração das diversas agências do Estado em quaisquer das fases do ciclo de defesa civil. E quando se trata das atividades de resposta, uma das grandes ferramentas para a gestão dos desastres é o sistema de comando em operações, o SCO”, explica o tenente-coronel BM Wenderson Duarte Marcelino, coordenador estadual adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais.
“A Defesa Civil promove ao longo de todos os anos, vários treinamentos, visando preparar os agentes para atuar em conjunto com outros órgãos, com a finalidade de facilitar as ações de resposta e deixar o Estado de Minas cada vez mais seguro”, conclui.
Governo do Estado prioriza capacitação, treinamento e prevenção em Defesa Civil em Minas Gerais – Foto: reprodução
O curso foi ministrado em formato híbrido e contou com a carga horária de 50 horas/aula. A parte prática abrangeu atuação simulada em quatro cenários, que representam quatro tipos de desastres: hidrológico, epidemiológico, de incêndio e acidentes com carga perigosa. Diante das supostas crises, os alunos são chamados a atuar e a apontar as ações adequadas, montando o posto de comando e fazendo os ajustes conforme os ensinamentos adquiridos nas normas de SCO e nas prioridades estabelecidas.
Tal iniciativa e investimento em capacitação visa preparar de forma contínua não só os agentes das Defesas Civis, mas também os demais integrantes do Sistema de Defesa Civil, para atuação coordenada e eficiente em momentos de crise, garantindo uma resposta adequada e rápida para proteger a população e minimizar os danos causados por desastres naturais, acidentes ou qualquer outra situação de emergência.
Além disso, são promovidas, também, melhorias nos serviços prestados e no aprimoramento das estratégias de prevenção e mitigação de desastres, para proteger a vida e o patrimônio da população mineira.
Harsco Environmental, do grupo Enviri, vai construir planta de SteelPhalt na região do Vale do Aço para produzir asfalto que utiliza 95% de agregados reciclados
Governo de Minas e multinacional firmam acordo de R$ 100 milhões para implantação de fábrica de asfalto sustentável no estado – Foto: divulgação
Uma comitiva do Governo de Minas Gerais, liderada pelo vice-governador Mateus Simões, está em missão nos Estados Unidos com o objetivo de gerar oportunidades e atrair mais investimentos para beneficiar os mineiros. E um dos resultados da iniciativa foi anunciado nesta segunda-feira (12/5), primeiro dia da missão.
Em visita às instalações da multinacional especializada em soluções ambientais, Harsco Environmental, na Filadélfia (Pensilvânia), a empresa anunciou projeto de investimento de R$ 100 milhões para a construção de uma planta da SteelPhalt, indústria especializada na produção de um tipo de asfalto sustentável. O produto utiliza 95% de agregados reciclados, resultando em uma emissão de carbono cerca de 40% menor do que as alternativas de materiais naturais.
“A economia circular é uma oportunidade que Minas Gerais não deixa para trás. O Race to Zero, nosso compromisso de zerar as emissões de carbono, e a busca internacional de soluções para que Minas continue na dianteira da indústria verde são compromissos do governo Zema. Este acordo assinado hoje para produção do asfalto verde em nosso estado a partir dos resíduos da siderurgia é mais um passo em direção a uma Minas cada vez mais verde”, enfatizou o vice-governador Mateus Simões.
A nova planta deverá ser construída no Vale do Aço, com a implantação prevista a partir de julho de 2026 e o início das operações em dezembro de 2027. O projeto prevê a produção de 100 mil toneladas de SteelPhalt por ano, com a expectativa de gerar 20 empregos diretos.
Na oportunidade, os servidores estaduais puderam conhecer melhor o produto e apresentar as sinergias com as quais Minas Gerais compartilha, como o interesse pela descarbonização, representando um ganho para ambas as partes o desenvolvimento do projeto no estado.
“A assinatura do protocolo reforça a atratividade de Minas Gerais como destino para negócios sustentáveis e tecnologicamente avançados. A região do Vale do Aço tem muito a ganhar com essas novas oportunidades que serão geradas”, destaca a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.
“O Governo de Minas tem construído uma política sólida para atrair investimentos que aliam inovação e baixo impacto ambiental. A SteelPhalt representa esse novo momento, em que a transição para uma economia de baixo carbono se conecta com a força industrial do estado. Este anúncio é resultado de um trabalho contínuo da Invest Minas, aproximando empresas comprometidas com o futuro sustentável que queremos para os mineiros”, ressalta o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.
“Celebramos muito essa parceria com o Governo de Minas, que agora nos permite dar um passo decisivo rumo a um futuro mais sustentável para infraestrutura nacional com a chegada do asfalto sustentável, o nosso SteelPhalt, ao Brasil. É motivo de orgulho iniciar essa jornada por Minas Gerais, estado que tem assumido o protagonismo na construção de uma economia mais verde, onde desenvolvimento econômico e transição para uma indústria de baixo impacto ambiental caminham juntos. Com o Steelphalt iremos, literalmente, pavimentar caminhos para um amanhã mais limpo, eficiente e consciente”, destaca o CEO da Harsco na América Latina, Wender Alves.
Governo de Minas e multinacional firmam acordo de R$ 100 milhões para implantação de fábrica de asfalto sustentável no estado – Foto: divulgação
Harsco em Minas
Além do projeto, a Harsco possui estreita parceria com o Governo do Estado, onde conta com quatro fábricas (Ipatinga, Timóteo, Ouro Branco e Jeceaba), especializadas em transformar os resíduos da produção de aço, a chamada escória siderúrgica, em fertilizantes de alta qualidade, a linha AgroSilício, britas recicladas, a chamada Neobrita, e, ainda, metal recuperado, que volta para o processo de produção das aciarias, reduzindo desperdícios.
Assim como ocorreu em 2024, dentro de um programa que tem um horizonte de cinco anos de parceria firmada, a Harsco se comprometeu a doar, anualmente ao estado, 10 mil toneladas de AgroSilício e 30 mil toneladas de Neobrita. O AgroSilício é um fertilizante e corretivo de solo de origem 100% reciclada, com certificação de redução em 95% de gases de efeito estufa.
“Trata-se de uma parceria público-privada muito bem-vinda para o segmento agropecuário do estado, disponibilizando um insumo de reconhecida importância para melhor condicionamento do solo e aumento da produção e produtividade agropecuária. Em 2024, primeiro ano da parceria, foram beneficiados 90 municípios, com cerca de 1,4 mil agricultores recebendo e aplicando o AgroSilício em suas áreas de cultivo”, destaca o secretário Thales Fernandes.
Já a Neobrita, uma brita ecológica de origem 100% reciclada, é usada para melhorar a pavimentação de acessos rurais e do anel viário no Vale do Aço, desta vez em colaboração com a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra-MG).
“O DER-MG já possui uma estreita relação com a Harsco desde 2023, quando passamos a utilizar a Neobrita. Ela proporciona economicidade, valor social e benefícios ambientais em nossas obras. Executamos serviços com o material nos empreendimentos de melhoramento e pavimentação de 7,5 quilômetros de extensão da AMG-4030 (Marliéria – Parque Estadual do Rio Doce) e no encascalhamento do trecho não pavimentado da LMG-789 (Naque ao entroncamento com LMG-758, para Belo Oriente)”, explicou o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), Rodrigo Tavares.
A missão internacional do Governo de Minas vai até sexta-feira (16/5), com passagens por centros estratégicos como Nova Iorque e Filadélfia, onde estão localizadas as sedes e unidades operacionais da Harsco nos Estados Unidos. Também em Nova Iorque, a comitiva participa da Brazilian Week, onde empresários e autoridades debatem o cenário econômico do país e do exterior.
A empresa
A Harsco Environmental é uma empresa multinacional, fundada em 1856, líder global em soluções ambientais e reaproveitamento de resíduos industriais, com sede na Filadélfia, no estado da Pensilvânia. A empresa faz parte do grupo Enviri e está presente em 30 países, contando com cerca de 8,5 mil colaboradores no total, sendo em torno de 1,6 mil deles no Brasil.
Com 14 unidades produtivas no Brasil, a empresa é capaz de processar 2,75 milhões de toneladas por ano de resíduos siderúrgicos (escória) e, com isso, produz anualmente mais de 250 mil toneladas de fertilizantes, 1,87 milhões de toneladas de Neobrita e recupera cerca de 630 mil toneladas de sucata metálica. Em 2025, a empresa conta com 772 empregados em seu quadro de funcionários somente em Minas Gerais.
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