Jornal Folha Regional

Minas recebe 561 mil doses da CoronaVac, vacina contra a COVID-19

Ministério da Saúde informou que 6 milhões de doses começaram a ser distribuídas aos estados brasileiros na manhã desta segunda-feira

O Ministério da Saúde divulgou, na noite desse domingo, a planilha com a distribuição das doses da CoronaVac por estado. A vacina contra a COVID-19 recebeu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação para uso emergencial. 

A vacina é fabricada pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac. A distribuição feita pelo governo federal considera 6 milhões de doses fornecidas pelo instituto. 

Minas Gerais recebeu 561.120 doses do imunizante. O Ministério da Saúde contabiliza 275.088 pessoas no público-alvo da Fase 1 da campanha da vacinação contra o coronavírus no estado. O planejamento também já mostra as doses que são reservadas para a população indígena. Em Minas, serão 16.560 doses da CoronaVac. 

Como mostrou a reportagem do Estado de Minas na tarde desse domingo, a equipe da Prefeitura de Belo Horizonte espera começar a vacinação na quarta-feira, dia 20, como prevê o plano federal. As primeiras doses da CoronaVac foram aplicadas em São Paulo (SP). 

Em entrevista coletiva na tarde deste domingo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a distribuição das caixas com o imunizante começaria às 7h. As vacinas foram distribuídas no Departamento de Logística em Saúde (DLOG), em São Paulo. 

“O Ministério da Saúde terá o apoio da Associação Brasileira de Empresas Aéreas por meio das companhias aéreas Azul, Gol, Latam e Voepass, para transporte gratuito da vacina COVID-19 às unidades federadas do país que necessitam do transporte aéreo para a chegada das doses”, diz a nota do Ministério da Saúde. 

A distribuição das vacinas para cada município será de responsabilidade dos governos estaduais e do Ministério da Defesa.

Prefeito se Passos se reúne para cobrar mais leito de UTI e solicita reunião em caráter emergencial na Ameg

Na noite deste domingo (17), o prefeito de Passos Diego Oliveira, solicitou uma reunião emergencial para puxar a responsabilidade e cobrar mais leitos de UTI na cidade.


A ação se deu após, a ocupados da UTI na Santa Casa de Passos chegar ao limite máximo.


Na ocasião o prefeito solicitou em caráter de urgência uma reunião na AMEG amanhã, para uma decisão conjunta com os demais executivos.

Vacinação contra Covid-19 começa na quarta, às 10h, diz Pazuello

Pazuello afirma que vacinação começará simultaneamente no país e diz que aplicação da primeira dose em São Paulo está ‘em desacordo com a lei.

O Ministério da Saúde anunciou neste domingo, 17, que a vacinação contra a Covid-19 no Brasil terá início na quarta-feira, 20, às 10h. Para isso, a distribuição da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan com a Sinovac, começará a ser distribuída aos estados às 7h da segunda-feira, 18.

“Está dado o primeiro passo para o início da maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, afirmou o ministro da Saúde , Eduardo Pazuello.

O anúncio foi feito logo após a aprovação do uso emergencial da CoronaVac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca pela Anvisa.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ressaltou que a imunização começará simultaneamente em todo o Brasil e criticou a aplicação da primeira dose em São Paulo. Segundo Pazuello, a aplicação da vacina na enfermeira Mônica Calazans, está “em desacordo com a lei”.

 “Poderíamos num ato simbólico ou numa jogada de marketing iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, acrescentou o ministro.

Primeira vacinada é enfermeira do Emílio Ribas em SP

Mônica Calazans, de 54 anos, é diabética, obesa e hipertensa e trabalha há oito meses no hospital


A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, se tornou neste domingo, 17, a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Ela foi imunizada com a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.


Com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) neste domingo, do uso emergencial do fármaco, Calazans e outros profissionais de saúde indicados por hospitais públicos e que trabalham na linha de frente do combate à Covid-19 estão sendo vacinados pelo governo de São Paulo.


Diabética, obesa e hipertensa, a enfermeira faz parte de grupo de risco e trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Emílio Ribas, em São Paulo. A instituição é referência no tratamento de doenças infecciosas.


– Agora vamos começar a voltar à vida normal. Todo mundo vacinado. Estou feliz. Me sinto representante dos profissionais da saúde e da população brasileira – declarou Calazans.
Doria destacou a importância do momento.
– A emoção de fazer aquilo que é necessário para salvar vidas. Mônica e outras milhões de profissionais de saúde salvaram vidas. Esse é o exemplo que o Brasil precisa. A Mônica representa isso, o valor da vida – afirmou o governador.


Em maio, quando a pandemia atingia alguns de seus maiores picos, Mônica Calazans se inscreveu para trabalhar no Emílio Ribas, mesmo ciente de que a unidade estaria no epicentro do combate à pandemia. A vocação falou mais alto, diz. A informação foi antecipada pela Folha de S.Paulo.


Mônica Calazans trabalhou como auxiliar de enfermagem durante 26 anos. O diploma universitário veio mais tarde, aos 47. Viúva e mãe, nem ela nem o filho de 30 anos se infectaram com a Covid-19. A família, entretanto, não passou isenta pela pandemia. Seu irmão caçula, auxiliar de enfermagem de 44 anos, ficou internado por 20 dias com a doença.

Mônica foi vacinada pela enfermeira Jéssica Pires de Camargo, de 30 anos, mestre de Saúde Coletiva pela Santa Casa de São Paulo. Na sequência, ela recebeu do governador um selo simbólico com os dizeres “Estou vacinado pelo Butantan” e uma pulseira com a frase “Eu me vacinei”.


Entrega de vacinas


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou neste domingo que determinou ao Instituto Butantan a entrega das doses de CoronaVac ao Ministério da Saúde para que sejam distribuídas a outros estados brasileiros logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial. “O Brasil tem pressa para salvar vidas”, escreveu, no Twitter. Ele não detalhou a quantidade de doses que serão entregues ao governo federal.

Prefeito de Alpinópolis é o primeiro executivo manifestar na região após aprovação da vacina pela Anvisa e anuncia criação da “Casa da Vacina”

“Informo que Alpinópolis (MG), está pronta para receber as doses do Governo Federal e que temos um bom estoque de seringas, agulhas e demais insumos necessários para a aplicação. Nosso plano de vacinação também foi elaborado e estamos providenciando a criação da Casa da Vacina que será num espaço maior para melhor atender a população”. Informou Rafael Freire.

Por unanimidade, Anvisa aprova o uso emergencial das vacinas de Oxford e Coronavac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 da Oxford/AstraZeneca e da chinesa Sinovac (CoronaVac), cujos pedidos foram feitos, respectivamente, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan.


Os cinco diretores da Anvisa votaram a favor do uso emergencial das vacinas contra Covid-19. Os diretores acompanharam o voto de Meiruze Freitas, relatora dos pedidos.

Primeira pessoa vacinada no Brasil será mulher negra e enfermeira do Emílio Ribas

A primeira pessoa escolhida para tomar a Coronavac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria, no Brasil, com o Instituto Butantan, é Mônica Calazans, de 54 anos. Ela é mulher, negra e enfermeira. As informações são de Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo.


Ela receberá a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, em ato simbólico. Enfermeira do hospital Emílio Ribas, Mônica é integrante do grupo de risco da covid-19, ela é obesa, hipertensa e diabética.


Mônica mora em Itaquera, na zona leste da capital paulista, e trabalha na UTI em dias alternados, em escalas de 12 horas. O setor tem 60 leitos exclusivos para pacientes de Covid-19.


A enfermeira trabalhou como auxiliar de enfermagem por 26 anos e decidiu fazer faculdade numa fase já madura, se formando aos 47 anos.

O que é a CoronaVac?

A CoronaVac é uma vacina contra a Covid-19 que funciona a partir da utilização de vírus expostos a uma técnica que os coloca em exposição ao calor e produtos químicos para que eles não sejam capazes de evoluir. Não existe presença do vírus Sars-Cov-2 vivo na solução e, por isso, os riscos desse tipo de imunizante são menores.

Qual foi a eficácia da CoronaVac? O que isso significa?


A CoronaVac atingiu uma eficácia global de 50,38%.


Este dado não havia sido revelado até então. Na prática, ele significa que quem for imunizado tem 50,38% de chance de não ser infectado pela Covid-19.


O índice mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aprovação é 50%.

A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado.

Para o Butantan obter esse dado, foi preciso analisar o número de casos entre os voluntários que receberam a CoronaVac e comparar com o número de infectados no grupo que recebeu um placebo — uma substância salina sem efeito no organismo.

Foram 9.242 voluntários ao todo: 4.653 receberam a CoronaVac, e outros 4.599 receberam o placebo.

Durante os testes, o grupo da vacina apresentou 85 infecções por Covid-19, correspondendo a 1,8% (85 infectados / 4.653 voluntários).


Enquanto isso, o grupo da substância salina manifestou 167 casos positivos, equivalendo a 3,6% (167 casos / 4.599 voluntários).


Portanto, ao confrontar os percentuais, chega-se ao patamar de 50,38%.

Por que a eficácia da CoronaVac foi menor no Brasil do que em outros países?
Esse ponto foi fortemente comentado pelos diretores do Butantan durante a coletiva.

Testada também em outros países além do Brasil, a CoronaVac apresentou uma eficácia global de 91,25% na Turquia, e de 65,3% na Indonésia.


A explicação para a diferença, segundo o Butantan, está no grupo selecionado para servir como voluntários. No Brasil, apenas profissionais de saúde puderam se inscrever para os testes da CoronaVac, tanto para o grupo do placebo quanto para o da vacina.

Na coletiva, Palacios explicou que a seleção dos profissionais de saúde foi proposital visto que essa população está muito mais exposta ao vírus do que outras pessoas no geral.


“O teste não é a vida real exatamente. É um teste artificial, no qual selecionamos dentro das populações possíveis, selecionamos aquela população que a vacina poderia ser testada com a barra mais alta”, afirmou Palacios. “Fizemos deliberadamente para colocar o teste mais difícil para essa vacina, porque se a vacina resistir a esse teste, iria se comportar infinitamente melhor em níveis comunitários”, completou.


O presidente do Butantan, Dimas Covas, estima que a chance de infecção nos profissionais de saúde chega a ser 5 vezes maior do que em outras classes.

Portanto, quanto mais exposta à Covid-19 está a população, mais ela tem chance de ser contaminada e, consequentemente, menor será o percentual da eficácia do teste.


Outro ponto destacado por Covas na coletiva foi o parâmetro adotado pelo Butantan para considerar a definição de caso positivo de Covid-19. Os voluntários que apresentassem os seguintes sintomas por 2 dias ou mais eram selecionados para fazer o teste de RT-PCR:

Febre ou calafrios; tosse; falta de ar; fadiga; dor muscular; dor de cabeça; perda do olfato e paladar; dor de garganta; coriza; náusea; ou diarreia.


Na avaliação de Dimas Covas, o mesmo critério para submeter o voluntário ao teste não foi adotado por outros estudos clínicos.


Como comparar a eficácia da CoronaVac com as outras vacinas?


O anúncio de um percentual pouco acima dos 50% mínimos pode levantar uma desconfiança quanto à segurança e eficácia da CoronaVac na comparação com as demais vacinas pelo mundo.


Os pesquisadores alertam, no entanto, para a imprecisão que se obtém ao comparar dois estudos diferentes.


“A gente quer comparar os diferentes estudos, mas é o mesmo que comparar uma pessoa que faz uma corrida de 1km em um trecho plano e uma pessoa que faz uma corrida de 1 km em um trecho íngreme e cheio de obstáculos”, relatou Palacios, diretor do Butantan.


Os 50,38% são abaixo dos dados acima de 90% de eficácia divulgados, por exemplo, pelas vacinas que utilizam a nova tecnologia de RNA, na qual material genético é usado para levar proteína estimulante do sistema imune ao paciente.

Contudo, a “lupa” também parece ser maior no estudo do Butantan, enquanto os demais testes também apresentaram dados que estão sendo contestados.


No caso da vacina da Pfizer-BioNTech, com 95% de eficácia geral, houve 162 infectados com Covid-19 entre quem tomou placebo e apenas 8 entre vacinados, entre 44 mil voluntários.

Só que o relatório da FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, aponta a exclusão de 3.410 pessoas que sofreram sintomas de Covid-19, mas não foram testados. Desses casos suspeitos, 1.594 faziam parte do grupo vacinado e 1.816, do que recebeu placebo.


A discrepância foi ressaltada em postagem de Peter Doshi, editor associado do prestigioso British Medical Journal.


A diferença entre as duas publicações é que a Pfizer fez uma exposição detalhada de seus dados, enquanto o Butantan alega que é preciso esperar a análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tornar público um relatório com mais de 10 mil páginas.


CoronaVac: quantas doses serão produzidas para o Brasil?

Não se tem um número preciso de quantas doses da CoronaVac estarão disponíveis para o Brasil. Em setembro de 2020, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que receberia 46 milhões de doses após pagamento de US$ 90 milhões.


O número não é preciso, no entanto, porque não se sabe se o acordo citado pelo governador paulista envolve ou não os R$ 85 milhões que o governo de São Paulo afirmou, em junho de 2020, ter pago ao laboratório.


Os dois acordos não foram divulgados na íntegra para a imprensa e o grande público.

Voto de relatora da Anvisa aprova uso emergencial da CoronaVac

O primeiro voto da diretoria colegiada da Anvisa, da relatora Meiruze Freitas aprovou neste domingo (17) o uso emergencial da CoronaVac. O uso emergencial é considerado um experimental e temporário, até que a vacina receba o registro definitivo no país. Outros quatro votos serão declarados ainda nesta tarde.


Freitas afirmou que a Anvisa revisou seu marco regulatório e flexibilizou requisitos técnicos de maneira alinhada às recomendações internacionais e afirmou que, na avaliação do uso emergência, os benefícios devem superar seus potenciais riscos. “No contexto da pandemia e dos eventuais benefícios desta vacinação, entendo que a Anvisa deve prosseguir com o processo”, afirmou.


Esta é a primeira vez que uma reunião pública da Diretoria Colegiada da Anvisa acontece num domingo.

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