Jornal Folha Regional

São Sebastião do Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi

São Sebastião do Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi - Foto: reprodução
São Sebastião do Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi – Foto: reprodução

A receita com exportações de café em São Sebastião do Paraíso (MG) cresceu 42% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2023. Na região, o aumento foi um pouco acima dos 31%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Entre janeiro e junho deste ano, Paraíso exportou 27,7 mil toneladas de café, o que gerou US$ 101,5 milhões. No primeiro semestre de 2023, o município enviou 20,3 mil toneladas do produto para outros países e obteve receita de US$ 71,4 milhões.

Este é o segundo melhor desempenho de Paraíso no mercado externo desde 2021 para o período, atrás somente do primeiro semestre de 2022, quando exportou 30,7 mil toneladas e faturou US$ 124,3 milhões.

Na região, as exportações de café atingiram 36,7 mil toneladas nos primeiros seis meses deste ano, com receitas de US$ 137,8 milhões. Paraíso responde por pouco mais de 75% das remessas e por cerca de 73% das receitas na região.

Entre os três maiores exportadores de café na região, Ibiraci aparece na segunda posição do ranking no primeiro semestre de 2024, com venda de 4,7 mil toneladas e receita de US$ 19,4 milhões, à frente de Piumhi, que enviou 3,9 mil toneladas e obteve US$ 15,1 milhões em receitas.

Em 2023, Piumhi ocupava a segunda posição no ranking de exportações de café no primeiro semestre, com 5,3 mil toneladas e receita de US$ 21,3 milhões.

Desde 2021, Ibiraci quase quintuplicou a participação nas exportações de café no primeiro semestre, passando de 998,7 toneladas para 4,73 mil toneladas. As receitas subiram de US$ 2,8 milhões para US$ 19,4 milhões no período.

São Sebastião do Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi - Imagem: divulgação
São Sebastião do Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi – Imagem: divulgação

Brasil atinge volume histórico de 47,3 milhões de sacas exportadas

A exportação brasileira de café alcançou o volume histórico de 47,3 milhões de sacas de 60 quilos no ano safra 2023/24, o que implica alta de 32,7% na comparação com os 35,632 milhões apurados de julho de 2022 a junho de 2023.

O montante atual, embarcado para 120 países, também representa crescimento de 3,6% sobre o recorde anterior, de 45,675 milhões de sacas no ciclo 2020/21. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) referente ao mês de junho.

Também foi registrado um incremento de 20,7% na receita cambial obtida com os embarques realizados nos últimos 12 meses encerrados em junho passado. O valor saltou de US$ 8,142 bilhões, na temporada 2022/23, para os atuais US$ 9,826 bilhões. Essa cifra é a maior na história do levantamento das exportações brasileiras de café, iniciado em 1990.

O desempenho foi atingido com os 3,573 milhões de sacas remetidos ao exterior pelo país em junho, o maior montante registrado para este mês em cada ano, e os US$ 851,4 milhões em receita, também recorde para os meses de junho.

Os embarques dos cafés do Brasil no acumulado do primeiro semestre de 2024 somaram 24,286 milhões de sacas, gerando US$ 5,331 bilhões, níveis que implicam incrementos, respectivamente, de 49,6% e 50%, aferindo, da mesma forma, performances históricas para esse intervalo de seis meses.

De acordo com o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, o resultado alcançado pelas exportações brasileiras reflete contextos díspares do mercado cafeeiro, envolvendo menor disponibilidade de outras origens produtoras, mas, também, a continuidade de intensos problemas na logística.

“Do lado bom, o Brasil, com uma safra melhor, após dois ciclos de colheita menor, ampliou seu market share no comércio global, ocupando espaços deixados por oferta reduzida de outros produtores, como Indonésia e Vietnã, principalmente com o conilon e o robusta nacionais”, aponta.

Ele ressalta que outro ponto positivo é a receita cambial recorde, que reflete bons momentos de alta no mercado internacional ao longo da safra 2023/24. “Os cafés arábica e canéforas (robusta + conilon), assim como o produto solúvel, tiveram suas maiores receitas cambiais da história, o que possibilitou o recorde na entrada de divisas ao país, uma leve amenizada dos altos custos no fluxo de caixa dos exportadores e, principalmente, repasses significativos do valor (Free on Board) FOB aos produtores, a uma média de 85%”, comenta. (Clic Folha)

Governo manda recolher 16 marcas de café impróprias para consumo; veja lista

Governo manda recolher 16 marcas de café impróprias para consumo; veja lista - Foto: reprodução
Governo manda recolher 16 marcas de café impróprias para consumo; veja lista – Foto: reprodução

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou uma lista de 16 novas marcas de café torrado desclassificadas após a detecção de matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido.

Os produtos desclassificados são considerados impróprios para consumo e deverão ser recolhidos pelas empresas responsáveis após a fase de análise dos laudos laboratoriais e cientificação das empresas responsáveis pelos produtos quanto aos resultados.

A ação está respaldada pelo artigo 29-A do decreto 6.268/2007, que prevê a aplicação do recolhimento em casos de risco à saúde pública, adulteração, fraude ou falsificação de produtos.

O Mapa orienta que quem tenha adquirido esses produtos deixe de consumi-los, podendo solicitar sua substituição nos moldes determinado pelo Código de Defesa do Consumidor.

Caso seja encontrada alguma dessas marcas sendo comercializada, o ministério solicita que seja comunicado imediatamente pelo canal oficial Fala.BR, informando o estabelecimento e endereço onde foi adquirido o produto.

As fiscalizações de café torrado e moído no mercado interno são realizadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária.

“Após a realização da Operação Valoriza, em março de 2024, em que foram feitas fiscalizações de café torrado durante duas semanas de maneira concentrada, o Mapa continuou realizando fiscalizações de rotina durante os meses seguintes, incluindo o atendimento às denúncias feitas por cidadãos por meio da plataforma Fala.BR”, afirma Ludmilla Verona, coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal.

As ações fazem parte do Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal (PNFRAUDE), que visa diminuir a ocorrência de fraudes e promover a regularidade de estabelecimentos produtores de produtos de origem vegetal.

O Mapa lembra que a adição de matérias estranhas ou elementos estranhos ao café é considerada fraude, gernado dano ao consumidor, motivo pelo qual o produto foi incluído nas ações do programa.

Veja quais marcas e lotes não devem ser consumidos:

Governo manda recolher 16 marcas de café impróprias para consumo; veja lista - Imagem: divulgação
Governo manda recolher 16 marcas de café impróprias para consumo; veja lista – Imagem: divulgação

Começam as inscrições para o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais 2024

Competição promovida pela Emater atrai cafeicultores familiares de todas as regiões produtoras do estado

Começam as inscrições para o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais 2024 - Foto: reprodução
Começam as inscrições para o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais 2024 – Foto: reprodução

Estão abertas as inscrições para o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais 2024. A competição é considerada a maior do país em participação de agricultores familiares. São esperadas mais de 1,5 mil amostras inscritas. Este ano, o concurso comemora sua 21ª edição.

Os produtores rurais têm até o dia 6/9 para preencher a ficha de inscrição e entregá-la impressa, junto com as amostras concorrentes, nos escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). A participação é gratuita. A ficha está disponível neste link.

“Apesar das dificuldades climáticas que os produtores enfrentaram na última safra, acreditamos que iremos receber amostras de excelente qualidade, graças à dedicação dos cafeicultores. O estado de Minas Gerais está hoje consolidado como maior produtor de cafés finos do mundo”, afirma o coordenador técnico estadual da Emater-MG, Willem de Araújo.

Podem se inscrever produtores dos municípios mineiros, com amostras de café Arábica, tipo 2 para melhor (máximo quatro defeitos), colhidas neste ano. Os cafés concorrentes também devem ser passados na peneira 15 (ou acima), com vazamento máximo de 5% e umidade entre 10% e 12%. A lavoura de origem da amostra deve ser georreferenciada.

A competição é promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Emater-MG e Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).

Categorias

O Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais tem duas categorias e cada produtor pode participar de apenas uma delas. A primeira é a Café Natural. Neste sistema, o café recém-colhido é levado para secar logo após passar por um processo de lavagem.

A outra categoria é a do Café Cereja Descascado, Despolpado ou Desmucilado. Nestes tipos de café, após a lavagem, há uma separação dos frutos verdes e secos dos frutos maduros. Depois, eles passam por um descascador e seguem para secagem. No caso dos cafés despolpados e desmucilados, há ainda uma fase onde o produto passa por um tanque de fermentação.

Análises

Os cafés concorrentes irão passar por análises físicas e sensoriais feitas por uma comissão julgadora formada por, pelo menos, oito classificadores e degustadores de café. Na primeira etapa de análise, só serão classificados os cafés que obtiverem o mínimo de 85 pontos, de acordo com as normas da Associação de Cafés Especiais (SCA, em inglês), entidade internacional de referência do setor.

A produção dos cafés participantes também passará por uma avaliação socioambiental. O produto será pontuado em quesitos como a proteção de nascentes da propriedade, preservação de mata ciliar dos cursos d’água, entre outros.

As amostras selecionadas na primeira etapa seguirão para uma nova avaliação. A comissão julgadora fará a classificação das melhores das duas categorias, em cada macrorregião cafeeira de Minas Gerais: Cerrado Mineiro, Sul de Minas, Matas de Minas e Chapada de Minas.

A solenidade de encerramento do concurso será em dezembro. Serão anunciados os vencedores estaduais das duas categorias, além dos primeiros colocados em cada região produtora. Também será destacada a cafeicultora que obtiver a melhor pontuação entre os finalistas e o cafeicultor participante do programa Certifica Minas Café que conseguir a melhor nota.

O 21º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais tem apoio do Sicoob, da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e da rede de supermercados Verdemar.

O regulamento do concurso está disponível no site da Emater-MG ou clicando diretamente neste link.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (31) 3349-8075/8091/8173 ou pelo e-mail [email protected] .

Em 2023

Em 2023, pela primeira vez, um produtor da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi o campeão estadual do concurso. O agricultor Mamédio Martins dos Santos, do município de Sabará, surpreendeu ao desbancar concorrentes de áreas com tradição no cultivo de cafés especiais de Minas Gerais.

O café vencedor do concurso atingiu, na categoria Café Natural, 91,7 pontos numa escala que vai até 100, de acordo com a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA). O concurso da safra 2023 contou com 1.563 amostras inscritas.

O café campeão estadual e os primeiros e segundos lugares regionais terminaram o concurso de 2023 com a venda garantida para a rede supermercado Verdemar, de Belo Horizonte. Foram adquiridas cinco sacas de 60 kg de cada produtor, que farão parte de uma linha de cafés especiais, lançada anualmente pela rede para venda aos consumidores.

Trabalhadores baianos são resgatados em lavouras de café em Alpinópolis e recebem cerca de R$ 44.000 mil de verbas rescisórias

Trabalhadores baianos são resgatados em lavouras de café em Alpinópolis e recebem cerca de R$ 44.000 mil de verbas rescisórias – Foto: reprodução

Cinco trabalhadores resgatados pela Inspeção do Trabalho em Alpinópolis (MG) na última sexta-feira (14) receberam o pagamento das verbas rescisórias devidas, no total de R$ 43.532,00, pagos pelo empregador após mediação realizada pela auditoria fiscal do Trabalho. Além das indenizações, todos os trabalhadores receberam também passagens de volta para suas cidades de origem.

O resgate foi realizado pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), vinculado à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego, que também providenciou a emissão e entrega das Guias de Seguro-Desemprego, garantindo o direito dos trabalhadores às três parcelas de um salário-mínimo cada.

A operação, iniciada em 11 de junho de 2024, contou com a participação do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Trabalho, da Defensoria Pública da União, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

Condições degradantes

Segundo relatório da fiscalização, os trabalhadores eram provenientes da Bahia e foram encontrados na colheita de café em uma propriedade rural sem carteira assinada ou qualquer vínculo formal. Eles estavam alojados em condições extremamente degradantes, ficando quatro deles em um espaço de aproximadamente 20 metros quadrados, contíguo a um curral, configurando a situação de trabalho análogo à escravidão. Sem condições mínimas de asseio e higiene, o alojamento eram dois cômodos. Em um deles havia camas e colchões, improvisados com restos de madeira, onde dividiam espaço com um fogão e botijão de gás. Os objetos pessoais e mantimentos ficavam espalhados pelo chão, misturados ao lixo e à poeira. No segundo alojamento, além da falta de higiene e estrutura inadequada, havia muito lixo no entorno e dentro da casa. A água utilizada era proveniente de minas subterrâneas e sem qualquer processo de purificação, sendo armazenada em condições precárias. Somado a isso, os alojamentos apresentavam instalações elétricas desprotegidas, representando riscos de acidentes.

Um dos trabalhadores resgatados havia sofrido um acidente de trabalho recentes e estava com duas infecções de pele, sem receber qualquer assistência por parte do empregador.

Diante das condições encontradas, o empregador foi notificado a adotar providências imediatas.

A auditoria fiscal do Trabalho paralisou de imediato as atividades e os contratos de trabalho dos cinco trabalhadores foram rescindidos, sendo todos retirados da fazenda no mesmo dia, sendo encaminhados para hospedagem num hotel na cidade de Alpinópolis, às custas do empregador.

Na mesma operação, o GEFM fiscalizou outros três estabelecimentos nos municípios mineiros de Juruaia, Botelhos e Machado, encontrando mais de 90 trabalhadores em situação irregular, sem vínculo formalizado, mas em situações que não configuraram condições análogas à escravidão. As irregularidades trabalhistas encontradas resultarão na lavratura de aproximadamente 60 autos de infração.

‌Denúncias

Flagrantes de trabalho análogo ao de escravo podem ser denunciados anonimamente pelo Sistema Ipê ( https://ipe.sit.trabalho.gov.br/#!/ ), da Secretaria de Inspeção do Trabalho, que reforça o compromisso do GEFM e das autoridades brasileiras na erradicação do trabalho escravo, assegurando condições dignas de trabalho e vida para todos.

Exportadora de Café de MG é suspeita de dar calote que pode ultrapassar R$ 300 milhões

Exportadora de Café de MG é suspeita de dar calote que pode ultrapassar R$ 300 milhões – Foto: reprodução

Uma exportadora de café de Varginha (MG) é suspeita de dar um calote a produtores e corretores de café. O prejuízo pode ultrapassar a casa dos R$ 300 milhões. De acordo com as vítimas, elas teriam vendido sacas de café ao armazém e não teriam recebido no prazo estabelecido. 

Várias vítimas já procuram a polícia para registrar um boletim de ocorrência. De acordo com o documento, as vítimas que já procuraram a delegacia, esperam receber cerca de R$ 73 milhões. 

Em entrevista, uma das vítimas relata que se somado todas as pessoas lesadas pela exportadora, o valor ultrapassa R$ 300 milhões. Ainda de acordo com a vítima, outras regiões de Minas e até de São Paulo, estão entre os lesados pela exportadora.

A vítima ainda relata que metade do pagamento era pago em 10 dias, depois passou para 12, 15 dias. Depois novos prazos foram acordados, porém, a exportadora não cumpriu os novos prazos e os pagamentos não foram feitos.

A exportadora por meio de sua assessoria jurídica, soltou uma nota afirmando que atua no de café desde 2014 e reafirma o compromisso com os clientes e parceiros. 

Ainda na nota, a empresa ressalta que este período de crise econômica financeira é passageira e que está relacionado com a inadimplência de terceiros, além da frustração de safras anteriores.

Ainda segundo a empresa, visando resguardar os interesses de seus credores, ela buscou meios para superar a crise que se instalou quanto aos inúmeros processos distribuídos, que em resumo, visavam cortar a continuidade das atividades.

A nota diz, ainda, que a empresa reúne os requisitos para um pedido de concessão de recuperação judicial. Onde deseja a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e do interesse dos credores, promovendo a preservação da empresa, da função social e o estímulo da atividade econômica.

A Polícia Civil investiga o caso.

Via: Varginha Online

MG ganha Centro de Excelência em Cafeicultura

MG ganha Centro de Excelência em Cafeicultura – Foto: divulgação

Maior produtor de café do Brasil, Minas Gerais vai ganhar do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) um polo de ensino e pesquisa voltado para essa cadeia produtiva: o Centro de Excelência em Cafeicultura, localizado em Varginha, no Sul do estado. O empreendimento oferecerá cursos técnicos e de graduação, formando profissionais bem-preparados para o mercado, além de estabelecer parcerias e desenvolver projetos visando ao desenvolvimento da cafeicultura de todo o país. A inauguração do Centro de Excelência em Cafeicultura será no dia 26 de outubro.

A implantação do centro é uma iniciativa da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio do Senar Nacional, em parceria com o Sistema Faemg Senar. “Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelos cafeicultores, continuamos avançando. A nossa missão é levar inovação e melhoria contínua para as propriedades rurais. Precisamos, mais do que nunca, de conhecimento técnico, prático e gerencial, que prepare os cafeicultores e forme profissionais capacitados para todas as atividades da cadeia produtiva”, destacou o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.

O Centro de Excelência em Cafeicultura representou um investimento de mais de R$ 13 milhões em obras. A área construída é de 5.100 m² em um terreno de 20 mil m², que foi doado pela Prefeitura de Varginha. O prédio tem oito blocos e conta com seis salas de aula, quatro laboratórios (classificação, torra, moagem e degustação de cafés e cafeteria gourmet), três salas de informática, uma biblioteca, um auditório com capacidade para 260 pessoas e uma área de convivência. Esta será a terceira unidade inaugurada dentro do projeto de implantação de dez centros nacionais de educação profissional e tecnológica, em diversas regiões do país, voltados às várias cadeias produtivas.

“Com o Centro de Excelência em Cafeicultura, que vem se somar aos de Fruticultura, em Juazeiro (BA), e de Bovinocultura de Corte, em Campo Grande (MS), o Senar mais uma vez cumpre sua missão ao levar qualificação profissional com inovação, tecnologia e conhecimento de ponta que atenda as demandas do campo não só nas regiões produtoras onde os centros estão inseridos, mas em todo o Brasil. Assim, o Senar contribui de forma significativa para formar profissionais, gerar emprego, melhorar a qualidade de vida dos produtores de alimentos, de seus familiares, de trabalhadores, além de trazer competitividade e avanços sociais para o campo com uma produção cada vez mais sustentável”, afirmou o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.

Investimento em educação

A propostas dos centros de excelência é produzir conhecimento e incentivar a pesquisa, proporcionando aos alunos acesso a boas práticas de gestão, produção, comercialização e inovações tecnológicas e ampliando competências e oportunidades, de modo a promover a competividade da cafeicultura nacional.

O Centro de Excelência em Cafeicultura inicia sua operação com o Curso Técnico em Cafeicultura, reconhecido pelo MEC, com 80% desenvolvido presencialmente e 20% a distância a partir de 2024. Além disso, será oferecido ensino a distância (EaD) da Rede e-Tec, como o Curso Técnico em Agronegócio, em parceria com o Senar Nacional; e cursos de graduação tecnológica a distância por meio da Faculdade CNA.

Também há espaços para a realização de cursos de formação profissional e promoção social e ações do Programa de Assistência Técnica e Gerencial, desenvolvidos pelo Sistema Faemg Senar. Além disso, sediará ações e eventos por meio de parcerias para o fortalecimento da cafeicultura em âmbito local, estadual e nacional.

“Nosso objetivo será formar técnicos qualificados e competentes, uma das maiores necessidades do mercado. Por isso a importância de fazer parcerias com todos os elos da cadeia do agronegócio café e envolver as principais regiões produtoras do país. Ao final do curso, o aluno estará preparado para atuar em atividades antes, dentro e depois da porteira. Queremos ser referência na formação de técnicos em cafeicultura e em inovação e tecnologia nesta cadeia produtiva. Com isso, contribuiremos para o fortalecimento e competitividade da cafeicultura nacional, que tantas divisas traz para Minas e para o Brasil”, afirmou o diretor do Centro de Excelência, Roberto Barata.

“Os Sindicatos dos Produtores Rurais de Varginha e de toda a região também são importantes parceiros para capacitar os cafeicultores para que eles sigam firmes com seu trabalho de gerar riquezas para o estado e levar alimento para milhares de famílias”, complementou o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.

Cafeicultura em Minas Gerais

O Brasil é o maior país produtor de café, respondendo por 38% da produção mundial. E a produção mineira representa cerca de 52% do montante nacional. Se Minas Gerais fosse um país, seria o maior produtor do mundo.

O café é o principal produto da agropecuária em Minas. De janeiro a julho deste ano, contabilizou US$ 2,9 bilhões em faturamento e 12,8 milhões de sacas destinadas a 87 países, principalmente aos Estados Unidos, à Alemanha e à Itália. Nos sete primeiros meses deste ano, o segmento foi responsável por 36% das vendas externas do agronegócio no estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O Centro de Excelência em Cafeicultura em Varginha está localizado em uma região estratégica na produção, pesquisa e comercialização de cafés no estado, o Sul de Minas, onde fica o maior número de municípios produtores, responsáveis por 50% do café produzido no estado, o que corresponde ao montante produzido pela Colômbia, 3º maior produtor mundial.

Além do Sul de Minas, o estado conta com outras três importantes macrorregiões produtoras: Cerrado Mineiro, Chapada de Minas e Montanhas de Minas. 99% do café produzido no estado é do tipo arábica, que confere alto grau de qualidade à bebida, reconhecida por seu sabor, aroma e acidez.

A primeira indicação de procedência e demarcação de origem de cafés no Brasil é do Cerrado Mineiro desde 2005. É nessa região que fica o maior município produtor do Brasil: Patrocínio, no Alto Paranaíba.

Sul-mineiro vai representar o Brasil em campeonato internacional de degustação de café nos EUA

Sul-mineiro vai representar o Brasil em campeonato internacional de degustação de café nos EUA – Foto: reprodção

Um sul-mineiro vai representar o Brasil em um campeonato internacional de degustação de café. A competição mundial está marcada para 2024 e vai acontecer na cidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Para garantir a vaga, Dionathan Almeida, de 28 anos, natural de Três Pontas (MG), foi campeão, no final de semana, Campeonato Brasileiro de Cup Tasters da BSCA (Brazilian Specialty Coffee Association, ou Associação Brasileira de Cafés Especiais, em tradução livre).

“Foi a segunda vez que participei. Em 2022, fiquei em terceiro lugar. Esse ano, graças a Deus, consegui ser campeão. Fiquei muito nervoso durante a competição, tinham muitos competidores, grandes profissionais do café. O nível estava muito difícil este ano, cafés muito difíceis. Mas deu tudo certo”, disse.

Dionathan diz que a paixão pelo café teve início na infância e, com o passar dos anos, o amor foi crescendo, se tornando a carreira dele.

“Nasci e fui criado em uma fazenda produtora de cafés. Profissionalmente, minha carreira começou com café em 2011, quando eu tinha 16 anos. Comecei trabalhando no setor de pós-colheita, rodando café, trabalhei em lavoura. No final de 2015, comecei a os primeiros treinamentos sobre classificação, degustação, torra. Em 2016, assumi o controle de qualidade da fazenda, comecei a direcionar e provar os cafés da fazenda, direcionar para os clientes”, falou.

O Campeonato Brasileiro de Cup Tasters aconteceu entre a sexta-feira (22) e o domingo (24), em Varginha (MG). Dos 43 participantes da competição, 29 eram do Sul de Minas.

“O campeonato de prova de café é importante para, além de valorizar a profissão, também promover os cafés especiais brasileiros, mostrando para o mercado e para o mundo que temos excelentes provadores e excelentes cafés sendo produzidos no Brasil”, comentou o diretor executivo da BSCA, Vinícius Estrela.

A etapa mundial da competição de degustação de café está marcada para abril de 2024, nos Estados Unidos.

Concurso Paraíso dos Cafés Finos abre inscrições da 5ª edição

O grande vencedor na última edição foi o produtor rural Sebastião Pádua Silva, do Sítio Água Viva, representado pelo filho Ricardo – Foto: arquivo pessoal

A 5ª edição do Paraíso dos Cafés Finos será já está com inscrições abertas. O evento, que será realizado em 16 de novembro, tem como objetivo incentivar na melhoria da qualidade do produto e na busca por novos mercados. O prazo para concorrer termina em 31 de outubro.

Segundo informações da Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, o concurso é feito por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário (Sedeagro) em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) e com a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de São Sebastião do Paraíso (Acissp).

Ainda de acordo com a administração, o evento tem como objetivo incentivar a constante melhoria na qualidade do café produzido no município para conquistar novos mercados; agregar valor e atender à crescente demanda por cafés diferenciados; identificar os cafés de qualidade existentes nas microrregiões do município; incentivar a participação dos cafeicultores no processo produtivo e de qualidade e divulgar as qualidades dos cafés no município.

Podem se inscrever no Paraíso dos Cafés Finos os produtores cuja propriedade de origem do lote se localize em São Sebastião do Paraíso, com amostras de grãos da espécie “Coffea Arabica L.”, colhidos no ano de 2023, tipo 2 para melhor, de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de café. As amostras deverão ser nas peneiras 16 e acima, com vazamento máximo de 5% na peneira 16 e umidade entre 10% e 12%. Cada amostra deve conter um quilo e meio de café beneficiado.

Os primeiros 20 colocados receberão o Certificado de Participação no Concurso e autorização de uso do selo “O Paraíso dos Cafés Finos”. O primeiro colocado, além do certificado, receberá o troféu e R$ R$ 15 mil; o segundo colocado receberá R$ 10 mil e terceiro, R$ 5mi. O 4° colocado vai receber R$ 3 mil e o 5°, R$ 2mil. A associação onde está localizada a propriedade do 1° colocado receberá o prêmio de R$ 5 mil.

Cronograma

Inscrições e entrega das amostras na Emater até 31 de outubro de 2023, na cafeeiras participantes do concurso.

  • Codificação das amostras: de 1º a 8 de novembro, no escritório da Emater, na avenida – Afonso Pena, 452 – Jardim Coolapa.
  • Prova das amostras: de 9 a 14 de novembro, na Peneira Alta.
  • Resultados e premiação dos vencedores: 16 de novembro, às 19h, na Casa da Cultura.

Via: Clic Folha

Exportações do agro mineiro atingem cerca de US$ 9,5 bilhões de janeiro a agosto

Exportações do agro mineiro atingem cerca de US$ 9,5 bilhões de janeiro a agosto – Foto: reprodução

As exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 9,49 bilhões e 10 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e agosto deste ano. Os números representam um acréscimo de 12,5% no volume e uma retração de 7,6% na receita em comparação ao mesmo período de 2022. O cenário é influenciado pelo declínio de 17% no preço médio das commodities no mercado internacional, fator que impacta o comércio externo de todo o Brasil. 

“O recuo no valor pode ser explicado, de forma global, pela diminuição do preço médio pago pelas commodities, bem como, de forma pontual, pelo arrefecimento das compras dos nossos maiores parceiros comerciais, a China, a Alemanha e a Itália”, explica a assessora técnica da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira. 

Nos primeiros oito meses de 2023, o agro foi responsável por 36,1% das vendas de Minas Gerais no exterior. Os principais destinos da produção agropecuária mineira foram China (US$ 3,3 bilhões), Estados Unidos (US$ 750 milhões), Alemanha (US$ 554 milhões), Japão (US$ 382 milhões) e Itália (US$ 378 milhões). No total, 171 países receberam produtos do estado.  

Os itens mais exportados do catálogo em Minas, no intervalo, foram café (36%), complexo soja (31%), complexo sucroalcooleiro (11%), carnes (9%) e produtos florestais (8%). O levantamento é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).  

Café 

O café, carro-chefe das exportações do agronegócio mineiro, registrou vendas no valor de US$ 3,40 bilhões, com o embarque de 15 milhões de sacas no acumulado dos oito primeiros meses de 2023.  

O produto, que vem sofrendo recuos de preços ao longo do ano, apresentou recuperação em agosto, com alta de 22% em comparação ao oitavo mês do ano passado, enquanto o volume cresceu 31% no período. Os registros correspondem a US$ 463 milhões e 2,17 milhões de sacas. A boa notícia reforça a perspectiva de restabelecimento no segundo semestre deste ano.  

Complexos soja e sucroalcooleiro 

O complexo soja segue na segunda colocação do ranking de produtos mais exportados do agro em Minas, seguido pelo complexo sucroalcooleiro. O faturamento das vendas externas da soja em grãos, farelo e óleo somou US$ 2,9 bilhões. Os grãos representam os itens mais comercializados no segmento. 

Já o complexo sucroalcooleiro apresentou receita de US$ 1 bilhão, com expressivo aumento de 39% em comparação ao período de janeiro a agosto de 2022. O açúcar é o campeão do segmento, com US$ 992 milhões e acréscimo de 43%. O desempenho do álcool também foi positivo, de US$ 86 milhões, 5% superior ao intervalo semelhante do ano passado.  

Carnes 

O cenário das carnes permanece arrefecido, com US$ 870 milhões e 264 mil toneladas, números que correspondem às baixas de 25% no valor e 6,5% no volume exportado, no comparativo com janeiro a agosto de 2022.  

As carnes bovinas lideram o comércio exterior no período, registrando US$ 601 milhões e 129 mil toneladas, seguidas pelas suínas, com US$ 31 milhões e 14 mil toneladas. A carne suína teve o melhor desempenho no intervalo, com avanço de 43%, e a novidade de o Uruguai ter ultrapassado Hong Kong como o maior parceiro comercial na compra do produto. 

Produtos florestais 

As vendas externas dos produtos florestais mineiros continuam aquecidas, tendo contabilizado US$ 749 milhões e 1,14 milhão de toneladas de janeiro a agosto. A celulose é novamente o item mais embarcado do segmento, especialmente para a China, que adquiriu 46% das remessas. 

Região da Canastra lança marca território do café em Piumhi

Região da Canastra lança marca território do café em Piumhi – Imagem: reprodução

A cafeicultura tem ganhado destaque com uma produção significativa. E para valorizar ainda mais a origem produtora, a Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra) e o Sebrae Minas lançam, na próxima terça-feira, 27, em Piumhi, a marca território ‘Café da Canastra’, uma estratégia de promoção e posicionamento do produto no mercado para fortalecer a união dos produtores e a identidade do território.

Nos últimos anos, a cafeicultura na Região da Canastra tem se desenvolvido, beneficiando todos os elos da cadeia – fornecedores de insumos, assistência técnica, produtores, armazéns e empresas de torrefação – dando visibilidade ao território como ofertante de cafés diferenciados no estado.

Anualmente, a Região da Canastra produz cerca de 750 mil sacas de café de 60 kg, em mais de 1,1 mil propriedades, em um total de 33 mil hectares de área plantada. O território é formado por 10 municípios aptos para a produção sustentável de cafés especiais. São eles: Bambuí, Capitólio, Delfinópolis, Doresópolis, Medeiros, Pimenta, Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita.

Em 2019, as duas associações de produtores de café existentes na região buscaram o apoio do Sebrae Minas para unir forças e criar uma nova instituição que representasse os cafeicultores da Região da Canastra, sendo constituída a Acanastra, que hoje contabiliza 35 associados. A entidade surge com o objetivo de criar uma identidade própria para os cafés produzidos na região e colocar a origem Canastra no mapa das regiões produtoras de cafés do Brasil.

Neste período também foram promovidas ações voltadas para a melhoria dos processos da produção cafeeira na região. Por meio do programa Educampo – importante ferramenta de gestão da atividade cafeeira disponibilizada pelo Sebrae Minas – e de consultorias e acompanhamentos do pós-colheita, foi possível gerar aumento na produtividade e na melhoria da qualidade do café produzido.

“Há uma década, o Sebrae Minas promove diversas ações na região para resgatar a tradição e identidade em torno da produção do agronegócio. A exemplo do queijo, agora com o café, o resultado pode ser visto nos ganhos de qualidade, sabor e, principalmente, de valor. Tudo isso graças ao esforço e comprometimento dos produtores da região que não têm poupado esforços para buscar mais conhecimento técnico e novas soluções para suas lavouras, garantindo a qualidade do produto”, afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Estratégia

Em 2022, o Sebrae Minas e a Acanastra deram início ao trabalho de branding do café produzido na Região da Canastra. Para isso, foi realizado um diagnóstico que identificou as características regionais e as diferenciações do produto, que resultaram na criação da marca território Café da Canastra. “Essa estratégia expressa e comunica o propósito, valores, identidade, tradições e o posicionamento da região no mercado. Mais do que isso, serve para mostrar que não se trata de um simples café, mas de um produto com origem determinada e controlada, gerando valor para o território, produtores, compradores e consumidores”, disse Marcelo Silva.

Após o lançamento, a marca território ‘Café da Canastra’ será incluída, gradativamente, nas embalagens dos produtos, assim como em materiais promocionais da região. O próximo passo será a elaboração de um plano de ação com o objetivo de regulamentar, proteger, controlar e promover a marca território. O lançamento da marca território tem o apoio dos Sicoob Credialto, Credibam, Credicapi e Sarom.

Para o presidente da Acanastra, José Carlos Bacili, o trabalho de reposicionamento do café da região vai elevar o patamar da atuação dos cafeicultores locais no mercado.

“Estamos na Serra da Canastra, na nascente do Rio São Francisco. Aqui não usamos sequer um litro de água do Rio São Francisco e dos seus afluentes para irrigarmos nossos cafés. Ao longo dos anos, desde a introdução da cafeicultura na região, criamos um jeito único de produzir café, integrado com a valorização do ambiente e de nossa cultura. Nossas plantações são indústrias de ‘céu aberto’ e a natureza governa tudo. Sendo assim, estamos atentos a novas tecnologias e manejo que favorecem o armazenamento de água no solo e, consequentemente, mais produtividade e qualidade dos nossos cafés. Com a parceria do Sebrae Minas, organizamos nossa governança para valorizarmos ainda mais o trabalho dos produtores e o reconhecimento da região. A criação da marca território é um importante marco em todo esse processo”, comemora Bacili.

Iniciativa da Acanastra busca valorização de origem da bebida

A Canastra se torna a sétima região em todo o estado beneficiada com o trabalho do Sebrae Minas em relação ao desenvolvimento local em torno da cafeicultura. Outras regiões contempladas são: Cerrado Mineiro, Matas de Minas, Mantiqueira de Minas, Chapada de Minas e a Região Vulcânica – sendo as três primeiras citadas, já com a Indicação Geográfica (IG).

O ‘Café da Canastra’ difere de outras regiões do estado, por possuir características climáticas e geográficas que influenciam na qualidade do produto, além de métodos de cultivo e colheita utilizados pelos produtores locais. Em geral, os cafés da região apresentam aroma e sabor de mel, frutas amarelas, tropicais e cítricas e chocolate ao leite com nuances de castanha, limão-cravo e laranja. Possui doçura alta com notas de açúcar mascavo e cana-de-açúcar em equilíbrio com a acidez elevada e predominantemente cítrica. O corpo é denso, cremoso e sedoso com finalização longa e doce.

Devido a essas caraterísticas únicas, que em 2022, a Acanastra, com apoio do Sebrae Minas, deu entrada ao pedido de registro de IG, na modalidade Denominação de Origem (DO), no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A opção pela modalidade de DO garante que o nome do território ou localidade do produto possui qualidades e características exclusivas ou essencialmente ligadas ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

Para dar embasamento ao pedido feito ao INPI, entre 2021 e 2022, foram realizados estudos para delimitação da área geográfica do Café da Canastra, além da organização da governança, elaboração do Caderno de Especificações Técnicas da DO, constituição do conselho regulador da DO e a criação de um estatuto da Associação dos Cafeicultores da Canastra.

Assim, como foi para o ‘Queijo da Canastra’, a conquista da Indicação Geográfica garantirá a qualidade e a autenticidade dos cafés produzidos nos 10 municípios que fazem parte da região, valorizando a cultura e a tradição local, agregando valor à produção, impulsionando o desenvolvimento econômico do território e fortalecendo a imagem da Canastra, garantindo assim um diferencial competitivo do café no mercado. A expectativa é que futuramente outros produtos da Canastra recebam o mesmo apoio da valorização de origem dada ao queijo e ao café. (Clic Folha)

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