Jornal Folha Regional

Ano de 2023 é o mais quente da série histórica no Brasil

Ano de 2023 é o mais quente da série histórica no Brasil – Foto: reprodução

O ano de 2023 é o mais quente da história do planeta e também foi o mais quente da série histórica do Brasil. A média das temperaturas no país ficou em 24,92 graus Celsius (ºC) – sendo 0,69 °C acima da média histórica de 1991/2020, que é 24,23 °C. No ano anterior, em 2022, a média anual foi de 24,07 ºC, 0,16 ºC abaixo da média histórica.

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dos 12 meses do ano de 2023, nove tiveram médias mensais de temperatura acima da média histórica, com destaque para setembro, que apresentou maior desvio (diferença entre o valor registrado e a média histórica) desde 1961, com 1,6 ºC acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica).

Ao longo do ano, o Brasil enfrentou nove episódios de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño (aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial), que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta. Além disso, segundo o Inmet, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos.

Após análise dos desvios de temperaturas médias anuais do Brasil desde 1961 a 2023, o Inmet verificou uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos, que pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais.

As temperaturas mais elevadas foram observadas no sul do Pará, Mato Grosso, sul de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, áreas de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco e Ceará.

Temperatura global

De acordo com a versão provisória do Estado Global do Clima 2023, publicada pela OMM, em 30 de novembro de 2023, a temperatura média da superfície global ficou 1,4°C acima da média histórica de 1850/1900, até outubro do ano passado.

Com este valor, o ano de 2023 já é considerado o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas, superando os anos de 2016, com 1,29°C acima da média, e 2020, com 1,27°C acima da média.

Ontem (9), o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, confirmou que o ano passado foi o mais quente registrado no planeta e provavelmente o mais quente do mundo nos últimos 100 mil anos.

El Niño promete chuva e calor de até 2°C acima da média em MG

El Niño promete chuva e calor de até 2°C acima da média em MG – Foto: reprodução

Minas pode ter chuva até 100 mm e temperatura até 2°C acima das médias históricas nos primeiros três meses do ano devido ao El Niño 2023/2024, que já está entre os cinco mais intensos registrados desde 1950.

O relatório de tendência climática elaborado pelo Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), prevê que a maior parte do estado fique com até 1°C acima da média histórica, podendo chegar a 2°C no extremo norte mineiro, como nas regiões Norte de Minas e Jequitinhonha.

O motivo é a continuidade do El Niño, o fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por anomalias positivas da Temperatura da Superfície do Mar (TSM), com águas mais quentes no Oceano Pacífico Tropical Centro-Oriental, próximo à costa oeste da América do Sul.

“Vale ressaltar que o El Niño 2023/2024 já está entre os cinco mais intensos já registrados (desde 1950) e a tendência é que persista influenciando no clima por toda a estação do Verão, ou seja, até o final de março de 2024”, afirma o meteorologista do Simge Heriberto dos Anjos.

Em relação às chuvas no primeiro trimestre de 2024, a tendência é que a porção norte do estado (Noroeste, Norte de Minas e Jequitinhonha) apresente mais precipitações, com cerca de 50 mm a 100 mm acima da média. Nas outras regiões de Minas, a previsão é de chuvas dentro da normalidade.

Segundo o Simge, e importante ressaltar que o El Niño contribui para uma atmosfera mais aquecida em todo o país, com destaque para o Norte, interior do Nordeste e boa parte do Centro-Oeste do Brasil, onde devem registrar temperatura acima de 2°C. No extremo sul da Região Sul do Brasil, a tendência é de temperatura ligeiramente acima ou dentro da normalidade.

Para a porção norte do Sudeste brasileiro, que inclui o norte de Minas (Noroeste, Norte de Minas e Jequitinhonha), além dos estados do Tocantins e norte do Mato Grosso, a previsão é de chuvas entre 50 mm e 100 mm acima da média histórica. Nas demais regiões do estado de Minas Gerais e em boa parte do Norte, Centro-Oeste e Sul do Brasil, a previsão é precipitações dentro da normalidade. Nos estados de Roraima, Amapá, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul as chuvas devem ficar abaixo da média, entre 50 mm e 100 mm. (Clic Folha)

Verão começa nesta sexta-feira; estação será com onda de calor acima da média no país e muita chuva no Sudeste

Verão começa nesta sexta-feira; estação será com onda de calor acima da média no país e muita chuva no Sudeste – Foto: reprodução

O verão começou nesta sexta-feira (22) e os mineiros podem se preparar para uma estação chuvosa e com temperaturas acima da média. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), tanto no estado quanto na capital o cenário será parecido. O El Niño – que deve ter pico de atuação entre dezembro e janeiro de 2024 – continua influenciando as temperaturas e o regime de chuvas. Neste primeiro dia de verão e até o Natal o tempo tende a ficar nublado, com pancadas de chuva na capital mineira, enquanto as temperaturas variam entre 20°C e 29°C.

O verão no Hemisfério Sul começou à 0h27 (horário de Brasília) de hoje e termina à 0h06 de 20 de março de 2024. A estação é caracterizada pela elevação da temperatura em todo o país devido à posição da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos do que as noites e provocando rápidas mudanças nas condições do tempo. Assim, segundo o Inmet, há condição favorável para chuva forte, queda de granizo, vento de intensidade moderada a forte e descargas elétricas.

Minas Gerais segue o padrão, com a estação também marcada pelo calor e pelas chuvas. Segundo o meteorologista Claudemir Azevedo, em Belo Horizonte, por exemplo, o volume acumulado durante os três meses que compõem a estação é de 700mm, em média. “É um período bastante chuvoso”, reforça. “Em termos de temperatura, a média máxima para a capital é de 28°C, e a mínima, de 20°C.” Ele ressalta que, nesta época do ano, é comum as pancadas de chuva ocorrerem, principalmente, à tarde. Elas podem ser de forte intensidade, acompanhadas de raios e rajadas de vento.


SEM ONDA

Em BH, as chuvas devem ficar acima da média, assim como as temperaturas (cerca de 2°C acima da média). “Diferentemente do que aconteceu na primavera, com ondas de calor forte, em princípio, elas não devem ocorrer, pelo menos nesse início de estação.” Uma onda de calor é caracterizada por uma sequência de pelo menos três dias consecutivos de temperaturas máximas acima da média história para determinado local.

O meteorologista pontua que o começo do verão deve ser marcado por pancadas de chuva em Belo Horizonte e Região Metropolitana, assim como em todo o estado. Em Minas Gerais, o cenário se repete em relação às chuvas e à temperatura. Os maiores volumes devem se concentrar nas regiões Central, Sul, Zona da Mata e Triângulo. “Mas, de maneira geral, chove bem em todas as regiões do estado, incluindo o Norte e o Vale do Jequitinhonha.”

As zonas de convergência, comuns na primavera e no verão, devem ser afetadas pelo El Niño, que continua atuando para deixar as temperaturas acima da média. “De acordo com o meteorologista, com o fenômeno, a tendência é de um início de verão típico, com pancadas de chuva. “Aqueles cenários de vários dias consecutivos de chuva branda ainda não estão previstos.” Há expectativa de chuvas mais fortes, neste início de estação, na Zona da Mata.

NO BRASIL

No verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste da Região Nordeste, onde os acumulados de chuva costumam ser inferiores a 400mm.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a chuva é provocada, principalmente, pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Já no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pelo período chuvoso.

Em média, os maiores volumes de chuva podem ocorrer nas regiões Norte e Centro-Oeste, com acumulados entre 700mm e 1.100mm.

O Inmet alerta que, atualmente, estamos sob a influência de um El Niño forte. O pico do fenômeno deve ocorrer entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. A partir de fevereiro, o fenômeno perde intensidade gradualmente até o outono do ano que vem. Até lá, junto com outros fatores, ele deve continuar influenciando o clima no país, como a manutenção das temperaturas elevadas em algumas regiões.

Onda de calor começa nesta quinta e atinge quase toda MG; veja cidades

Onda de calor começa nesta quinta e atinge quase toda MG; veja cidades - Foto: reprodução
Onda de calor começa nesta quinta e atinge quase toda MG; veja cidades – Foto: reprodução

Uma nova onda de calor começa em Minas Gerais nesta quinta-feira (14 de dezembro). O alerta foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e é válido por quatro dias, até o domingo (17), podendo ser prolongado. Segundo a previsão, as temperaturas vão voltar a ficar até 5ºC acima da média, o que indica “risco à saúde”.

A capital Belo Horizonte e as cidades da região metropolitana estão entre os municípios que vão passar pela nova onda de calor. Em novembro, o fenômeno fez BH marcar temperaturas acima de 37ºC por uma semana. Já no interior de Minas os termômetros foram além. Foi durante a onda de calor que a cidade de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, marcou 44,8°C e se tornou a cidade mais quente da história das medições. 

Para os próximos dias, o Inmet prevê 41ºC em Minas Gerais no próximo domingo. Já em Belo Horizonte, a temperatura máxima deve ficar em 33ºC.

Quadros de desidratação são a ocorrência mais comum durante ondas de calor. Crianças e idosos precisam reforçar os cuidados por serem mais vulneráveis. O Inmet recomenda o contato com a Defesa Civil (telefone: 199) ou com o Corpo de Bombeiros (telefone: 193) em casos de emergências. 

Veja lista de cidades de MG que devem passar por onda de calor, segundo o Inmet:

  1. Abadia dos Dourados
  2. Abaeté
  3. Abre Campo
  4. Acaiaca
  5. Açucena
  6. Água Boa
  7. Água Comprida
  8. Aguanil
  9. Águas Formosas
  10. Águas Vermelhas
  11. Aimorés
  12. Aiuruoca
  13. Alagoa
  14. Albertina
  15. Além Paraíba
  16. Alfenas
  17. Alfredo Vasconcelos
  18. Alpercata
  19. Alpinópolis
  20. Alterosa
  21. Alto Caparaó
  22. Alto Jequitibá
  23. Alto Rio Doce
  24. Alvarenga
  25. Alvinópolis
  26. Alvorada de Minas
  27. Amparo do Serra
  28. Andradas
  29. Andrelândia
  30. Angelândia
  31. Antônio Carlos
  32. Antônio Dias
  33. Antônio Prado de Minas
  34. Araçaí
  35. Aracitaba
  36. Araçuaí
  37. Araguari
  38. Arantina
  39. Araponga
  40. Araporã
  41. Arapuá
  42. Araújos
  43. Araxá
  44. Arceburgo
  45. Arcos
  46. Areado
  47. Argirita
  48. Aricanduva
  49. Arinos
  50. Astolfo Dutra
  51. Ataléia
  52. Augusto de Lima
  53. Baependi
  54. Baldim
  55. Bambuí
  56. Bandeira do Sul
  57. Barão de Cocais
  58. Barão de Monte Alto
  59. Barbacena
  60. Barra Longa
  61. Barroso
  62. Bela Vista de Minas
  63. Belmiro Braga
  64. Belo Horizonte
  65. Belo Oriente
  66. Belo Vale
  67. Berilo
  68. Berizal
  69. Betim
  70. Bias Fortes
  71. Bicas
  72. Biquinhas
  73. Boa Esperança
  74. Bocaina de Minas
  75. Bocaiúva
  76. Bom Despacho
  77. Bom Jardim de Minas
  78. Bom Jesus da Penha
  79. Bom Jesus do Amparo
  80. Bom Jesus do Galho
  81. Bom Repouso
  82. Bom Sucesso
  83. Bonfim
  84. Bonfinópolis de Minas
  85. Bonito de Minas
  86. Borda da Mata
  87. Botelhos
  88. Botumirim
  89. Brasilândia de Minas
  90. Brasília de Minas
  91. Brás Pires
  92. Braúnas
  93. Brazópolis
  94. Brumadinho
  95. Bueno Brandão
  96. Buenópolis
  97. Bugre
  98. Buritis
  99. Buritizeiro
  100. Cabeceira Grande
  101. Cabo Verde
  102. Cachoeira da Prata
  103. Cachoeira de Minas
  104. Cachoeira de Pajeú
  105. Cachoeira Dourada
  106. Caetanópolis
  107. Caeté
  108. Caiana
  109. Cajuri
  110. Caldas
  111. Camacho
  112. Camanducaia
  113. Cambuí
  114. Cambuquira
  115. Campanário
  116. Campanha
  117. Campestre
  118. Campina Verde
  119. Campo Azul
  120. Campo Belo
  121. Campo do Meio
  122. Campo Florido
  123. Campos Altos
  124. Campos Gerais
  125. Canaã
  126. Canápolis
  127. Cana Verde
  128. Candeias
  129. Cantagalo
  130. Caparaó
  131. Capela Nova
  132. Capelinha
  133. Capetinga
  134. Capim Branco
  135. Capinópolis
  136. Capitão Andrade
  137. Capitão Enéas
  138. Capitólio
  139. Caputira
  140. Caraí
  141. Caranaíba
  142. Carandaí
  143. Carangola
  144. Caratinga
  145. Carbonita
  146. Careaçu
  147. Carlos Chagas
  148. Carmésia
  149. Carmo da Cachoeira
  150. Carmo da Mata
  151. Carmo de Minas
  152. Carmo do Cajuru
  153. Carmo do Paranaíba
  154. Carmo do Rio Claro
  155. Carmópolis de Minas
  156. Carneirinho
  157. Carrancas
  158. Carvalhópolis
  159. Carvalhos
  160. Casa Grande
  161. Cascalho Rico
  162. Cássia
  163. Cataguases
  164. Catas Altas
  165. Catas Altas da Noruega
  166. Catuji
  167. Catuti
  168. Caxambu
  169. Cedro do Abaeté
  170. Central de Minas
  171. Centralina
  172. Chácara
  173. Chalé
  174. Chapada do Norte
  175. Chapada Gaúcha
  176. Chiador
  177. Cipotânea
  178. Claraval
  179. Claro dos Poções
  180. Cláudio
  181. Coimbra
  182. Coluna
  183. Comendador Gomes
  184. Comercinho
  185. Conceição da Aparecida
  186. Conceição da Barra de Minas
  187. Conceição das Alagoas
  188. Conceição das Pedras
  189. Conceição de Ipanema
  190. Conceição do Mato Dentro
  191. Conceição do Pará
  192. Conceição do Rio Verde
  193. Conceição dos Ouros
  194. Cônego Marinho
  195. Confins
  196. Congonhal
  197. Congonhas
  198. Congonhas do Norte
  199. Conquista
  200. Conselheiro Lafaiete
  201. Conselheiro Pena
  202. Consolação
  203. Contagem
  204. Coqueiral
  205. Coração de Jesus
  206. Cordisburgo
  207. Cordislândia
  208. Corinto
  209. Coroaci
  210. Coromandel
  211. Coronel Fabriciano
  212. Coronel Murta
  213. Coronel Pacheco
  214. Coronel Xavier Chaves
  215. Córrego Danta
  216. Córrego do Bom Jesus
  217. Córrego Fundo
  218. Córrego Novo
  219. Couto de Magalhães de Minas
  220. Crisólita
  221. Cristais
  222. Cristália
  223. Cristiano Otoni
  224. Cristina
  225. Crucilândia
  226. Cruzeiro da Fortaleza
  227. Cruzília
  228. Cuparaque
  229. Curral de Dentro
  230. Curvelo
  231. Datas
  232. Delfim Moreira
  233. Delfinópolis
  234. Delta
  235. Descoberto
  236. Desterro de Entre Rios
  237. Desterro do Melo
  238. Diamantina
  239. Diogo de Vasconcelos
  240. Dionísio
  241. Divinésia
  242. Divino
  243. Divino das Laranjeiras
  244. Divinolândia de Minas
  245. Divinópolis
  246. Divisa Nova
  247. Dom Bosco
  248. Dom Cavati
  249. Dom Joaquim
  250. Dom Silvério
  251. Dom Viçoso
  252. Dona Eusébia
  253. Dores de Campos
  254. Dores de Guanhães
  255. Dores do Indaiá
  256. Dores do Turvo
  257. Doresópolis
  258. Douradoquara
  259. Durandé
  260. Elói Mendes
  261. Engenheiro Caldas
  262. Engenheiro Navarro
  263. Entre Folhas
  264. Entre Rios de Minas
  265. Ervália
  266. Esmeraldas
  267. Espera Feliz
  268. Espinosa
  269. Espírito Santo do Dourado
  270. Estiva
  271. Estrela Dalva
  272. Estrela do Indaiá
  273. Estrela do Sul
  274. Eugenópolis
  275. Ewbank da Câmara
  276. Extrema
  277. Fama
  278. Faria Lemos
  279. Felício dos Santos
  280. Felixlândia
  281. Fernandes Tourinho
  282. Ferros
  283. Fervedouro
  284. Florestal
  285. Formiga
  286. Formoso
  287. Fortaleza de Minas
  288. Fortuna de Minas
  289. Francisco Badaró
  290. Francisco Dumont
  291. Franciscópolis
  292. Francisco Sá
  293. Frei Gaspar
  294. Frei Inocêncio
  295. Frei Lagonegro
  296. Fronteira
  297. Fruta de Leite
  298. Frutal
  299. Funilândia
  300. Galiléia
  301. Gameleiras
  302. Glaucilândia
  303. Goiabeira
  304. Goianá
  305. Gonçalves
  306. Gonzaga
  307. Gouveia
  308. Governador Valadares
  309. Grão Mogol
  310. Grupiara
  311. Guanhães
  312. Guapé
  313. Guaraciaba
  314. Guaraciama
  315. Guaranésia
  316. Guarani
  317. Guarará
  318. Guarda-Mor
  319. Guaxupé
  320. Guidoval
  321. Guimarânia
  322. Guiricema
  323. Gurinhatã
  324. Heliodora
  325. Iapu
  326. Ibertioga
  327. Ibiá
  328. Ibiaí
  329. Ibiracatu
  330. Ibiraci
  331. Ibirité
  332. Ibitiúra de Minas
  333. Ibituruna
  334. Icaraí de Minas
  335. Igarapé
  336. Igaratinga
  337. Iguatama
  338. Ijaci
  339. Ilicínea
  340. Imbé de Minas
  341. Inconfidentes
  342. Indaiabira
  343. Indianópolis
  344. Ingaí
  345. Inhapim
  346. Inhaúma
  347. Inimutaba
  348. Ipaba
  349. Ipanema
  350. Ipatinga
  351. Ipiaçu
  352. Ipuiúna
  353. Iraí de Minas
  354. Itabira
  355. Itabirinha
  356. Itabirito
  357. Itacambira
  358. Itacarambi
  359. Itaguara
  360. Itaipé
  361. Itajubá
  362. Itamarandiba
  363. Itamarati de Minas
  364. Itambacuri
  365. Itambé do Mato Dentro
  366. Itamogi
  367. Itamonte
  368. Itanhandu
  369. Itanhomi
  370. Itaobim
  371. Itapagipe
  372. Itapecerica
  373. Itapeva
  374. Itatiaiuçu
  375. Itaú de Minas
  376. Itaúna
  377. Itaverava
  378. Itinga
  379. Itueta
  380. Ituiutaba
  381. Itumirim
  382. Iturama
  383. Itutinga
  384. Jaboticatubas
  385. Jacuí
  386. Jacutinga
  387. Jaguaraçu
  388. Jaíba
  389. Jampruca
  390. Janaúba
  391. Januária
  392. Japaraíba
  393. Japonvar
  394. Jeceaba
  395. Jenipapo de Minas
  396. Jequeri
  397. Jequitaí
  398. Jequitibá
  399. Jequitinhonha
  400. Jesuânia
  401. Joaíma
  402. Joanésia
  403. João Monlevade
  404. João Pinheiro
  405. Joaquim Felício
  406. José Gonçalves de Minas
  407. Josenópolis
  408. José Raydan
  409. Juatuba
  410. Juiz de Fora
  411. Juramento
  412. Juruaia
  413. Juvenília
  414. Ladainha
  415. Lagamar
  416. Lagoa da Prata
  417. Lagoa dos Patos
  418. Lagoa Dourada
  419. Lagoa Formosa
  420. Lagoa Grande
  421. Lagoa Santa
  422. Lajinha
  423. Lambari
  424. Lamim
  425. Laranjal
  426. Lassance
  427. Lavras
  428. Leandro Ferreira
  429. Leme do Prado
  430. Leopoldina
  431. Liberdade
  432. Lima Duarte
  433. Limeira do Oeste
  434. Lontra
  435. Luisburgo
  436. Luislândia
  437. Luminárias
  438. Luz
  439. Machado
  440. Madre de Deus de Minas
  441. Malacacheta
  442. Mamonas
  443. Manga
  444. Manhuaçu
  445. Manhumirim
  446. Mantena
  447. Maravilhas
  448. Mar de Espanha
  449. Maria da Fé
  450. Mariana
  451. Marilac
  452. Mário Campos
  453. Maripá de Minas
  454. Marliéria
  455. Marmelópolis
  456. Martinho Campos
  457. Martins Soares
  458. Materlândia
  459. Mateus Leme
  460. Mathias Lobato
  461. Matias Barbosa
  462. Matias Cardoso
  463. Matipó
  464. Mato Verde
  465. Matozinhos
  466. Matutina
  467. Medeiros
  468. Medina
  469. Mendes Pimentel
  470. Mercês
  471. Mesquita
  472. Minas Novas
  473. Minduri
  474. Mirabela
  475. Miradouro
  476. Miraí
  477. Miravânia
  478. Moeda
  479. Moema
  480. Monjolos
  481. Monsenhor Paulo
  482. Montalvânia
  483. Monte Alegre de Minas
  484. Monte Azul
  485. Monte Belo
  486. Monte Carmelo
  487. Monte Formoso
  488. Monte Santo de Minas
  489. Montes Claros
  490. Monte Sião
  491. Montezuma
  492. Morada Nova de Minas
  493. Morro da Garça
  494. Morro do Pilar
  495. Munhoz
  496. Muriaé
  497. Mutum
  498. Muzambinho
  499. Nacip Raydan
  500. Nanuque
  501. Naque
  502. Natalândia
  503. Natércia
  504. Nazareno
  505. Nepomuceno
  506. Ninheira
  507. Nova Belém
  508. Nova Era
  509. Nova Lima
  510. Nova Módica
  511. Nova Ponte
  512. Nova Porteirinha
  513. Nova Resende
  514. Nova Serrana
  515. Nova União
  516. Novo Cruzeiro
  517. Novo Oriente de Minas
  518. Novorizonte
  519. Olaria
  520. Olhos-d’Água
  521. Olímpio Noronha
  522. Oliveira
  523. Oliveira Fortes
  524. Onça de Pitangui
  525. Oratórios
  526. Orizânia
  527. Ouro Branco
  528. Ouro Fino
  529. Ouro Preto
  530. Ouro Verde de Minas
  531. Padre Carvalho
  532. Padre Paraíso
  533. Paineiras
  534. Pains
  535. Pai Pedro
  536. Paiva
  537. Palma
  538. Papagaios
  539. Paracatu
  540. Pará de Minas
  541. Paraguaçu
  542. Paraisópolis
  543. Paraopeba
  544. Passabém
  545. Passa Quatro
  546. Passa Tempo
  547. Passa Vinte
  548. Passos
  549. Patis
  550. Patos de Minas
  551. Patrocínio
  552. Patrocínio do Muriaé
  553. Paula Cândido
  554. Paulistas
  555. Pavão
  556. Peçanha
  557. Pedra Azul
  558. Pedra Bonita
  559. Pedra do Anta
  560. Pedra do Indaiá
  561. Pedra Dourada
  562. Pedralva
  563. Pedras de Maria da Cruz
  564. Pedrinópolis
  565. Pedro Leopoldo
  566. Pedro Teixeira
  567. Pequeri
  568. Pequi
  569. Perdigão
  570. Perdizes
  571. Perdões
  572. Periquito
  573. Pescador
  574. Piau
  575. Piedade de Caratinga
  576. Piedade de Ponte Nova
  577. Piedade do Rio Grande
  578. Piedade dos Gerais
  579. Pimenta
  580. Pingo d’Água
  581. Pintópolis
  582. Piracema
  583. Pirajuba
  584. Piranga
  585. Piranguçu
  586. Piranguinho
  587. Pirapetinga
  588. Pirapora
  589. Piraúba
  590. Pitangui
  591. Piumhi
  592. Planura
  593. Poço Fundo
  594. Poços de Caldas
  595. Pocrane
  596. Pompéu
  597. Ponte Nova
  598. Ponto Chique
  599. Ponto dos Volantes
  600. Porteirinha
  601. Porto Firme
  602. Poté
  603. Pouso Alegre
  604. Pouso Alto
  605. Prados
  606. Prata
  607. Pratápolis
  608. Pratinha
  609. Presidente Bernardes
  610. Presidente Juscelino
  611. Presidente Kubitschek
  612. Presidente Olegário
  613. Prudente de Morais
  614. Quartel Geral
  615. Queluzito
  616. Raposos
  617. Raul Soares
  618. Recreio
  619. Reduto
  620. Resende Costa
  621. Resplendor
  622. Ressaquinha
  623. Riachinho
  624. Riacho dos Machados
  625. Ribeirão das Neves
  626. Ribeirão Vermelho
  627. Rio Acima
  628. Rio Casca
  629. Rio Doce
  630. Rio Espera
  631. Rio Manso
  632. Rio Novo
  633. Rio Paranaíba
  634. Rio Pardo de Minas
  635. Rio Piracicaba
  636. Rio Pomba
  637. Rio Preto
  638. Rio Vermelho
  639. Ritápolis
  640. Rochedo de Minas
  641. Rodeiro
  642. Romaria
  643. Rosário da Limeira
  644. Rubelita
  645. Sabará
  646. Sabinópolis
  647. Sacramento
  648. Salinas
  649. Santa Bárbara
  650. Santa Bárbara do Leste
  651. Santa Bárbara do Monte Verde
  652. Santa Bárbara do Tugúrio
  653. Santa Cruz de Minas
  654. Santa Cruz de Salinas
  655. Santa Cruz do Escalvado
  656. Santa Efigênia de Minas
  657. Santa Fé de Minas
  658. Santa Juliana
  659. Santa Luzia
  660. Santa Margarida
  661. Santa Maria de Itabira
  662. Santa Maria do Suaçuí
  663. Santana da Vargem
  664. Santana de Cataguases
  665. Santana de Pirapama
  666. Santana do Deserto
  667. Santana do Garambéu
  668. Santana do Jacaré
  669. Santana do Manhuaçu
  670. Santana do Paraíso
  671. Santana do Riacho
  672. Santana dos Montes
  673. Santa Rita de Caldas
  674. Santa Rita de Ibitipoca
  675. Santa Rita de Jacutinga
  676. Santa Rita de Minas
  677. Santa Rita do Itueto
  678. Santa Rita do Sapucaí
  679. Santa Rosa da Serra
  680. Santa Vitória
  681. Santo Antônio do Amparo
  682. Santo Antônio do Aventureiro
  683. Santo Antônio do Grama
  684. Santo Antônio do Itambé
  685. Santo Antônio do Monte
  686. Santo Antônio do Retiro
  687. Santo Antônio do Rio Abaixo
  688. Santo Hipólito
  689. Santos Dumont
  690. São Bento Abade
  691. São Brás do Suaçuí
  692. São Domingos das Dores
  693. São Domingos do Prata
  694. São Félix de Minas
  695. São Francisco
  696. São Francisco de Paula
  697. São Francisco de Sales
  698. São Francisco do Glória
  699. São Geraldo
  700. São Geraldo da Piedade
  701. São Geraldo do Baixio
  702. São Gonçalo do Abaeté
  703. São Gonçalo do Pará
  704. São Gonçalo do Rio Abaixo
  705. São Gonçalo do Rio Preto
  706. São Gonçalo do Sapucaí
  707. São Gotardo
  708. São João Batista do Glória
  709. São João da Lagoa
  710. São João da Mata
  711. São João da Ponte
  712. São João das Missões
  713. São João del Rei
  714. São João do Manhuaçu
  715. São João do Manteninha
  716. São João do Oriente
  717. São João do Pacuí
  718. São João do Paraíso
  719. São João Evangelista
  720. São João Nepomuceno
  721. São Joaquim de Bicas
  722. São José da Barra
  723. São José da Lapa
  724. São José da Safira
  725. São José da Varginha
  726. São José do Alegre
  727. São José do Divino
  728. São José do Goiabal
  729. São José do Jacuri
  730. São José do Mantimento
  731. São Lourenço
  732. São Miguel do Anta
  733. São Pedro da União
  734. São Pedro dos Ferros
  735. São Pedro do Suaçuí
  736. São Romão
  737. São Roque de Minas
  738. São Sebastião da Bela Vista
  739. São Sebastião da Vargem Alegre
  740. São Sebastião do Anta
  741. São Sebastião do Maranhão
  742. São Sebastião do Oeste
  743. São Sebastião do Paraíso
  744. São Sebastião do Rio Preto
  745. São Sebastião do Rio Verde
  746. São Thomé das Letras
  747. São Tiago
  748. São Tomás de Aquino
  749. São Vicente de Minas
  750. Sapucaí-Mirim
  751. Sardoá
  752. Sarzedo
  753. Sem-Peixe
  754. Senador Amaral
  755. Senador Cortes
  756. Senador Firmino
  757. Senador José Bento
  758. Senador Modestino Gonçalves
  759. Senhora de Oliveira
  760. Senhora do Porto
  761. Senhora dos Remédios
  762. Sericita
  763. Seritinga
  764. Serra Azul de Minas
  765. Serra da Saudade
  766. Serra do Salitre
  767. Serrania
  768. Serranópolis de Minas
  769. Serranos
  770. Serro
  771. Sete Lagoas
  772. Setubinha
  773. Silveirânia
  774. Silvianópolis
  775. Simão Pereira
  776. Simonésia
  777. Sobrália
  778. Soledade de Minas
  779. Tabuleiro
  780. Taiobeiras
  781. Taparuba
  782. Tapira
  783. Tapiraí
  784. Taquaraçu de Minas
  785. Tarumirim
  786. Teixeiras
  787. Teófilo Otoni
  788. Timóteo
  789. Tiradentes
  790. Tiros
  791. Tocantins
  792. Tocos do Moji
  793. Toledo
  794. Tombos
  795. Três Corações
  796. Três Marias
  797. Três Pontas
  798. Tumiritinga
  799. Tupaciguara
  800. Turmalina
  801. Turvolândia
  802. Ubá
  803. Ubaí
  804. Ubaporanga
  805. Uberaba
  806. Uberlândia
  807. Unaí
  808. União de Minas
  809. Uruana de Minas
  810. Urucânia
  811. Urucuia
  812. Vargem Alegre
  813. Vargem Bonita
  814. Vargem Grande do Rio Pardo
  815. Varginha
  816. Varjão de Minas
  817. Várzea da Palma
  818. Varzelândia
  819. Vazante
  820. Verdelândia
  821. Veredinha
  822. Veríssimo
  823. Vermelho Novo
  824. Vespasiano
  825. Viçosa
  826. Vieiras
  827. Virgem da Lapa
  828. Virgínia
  829. Virginópolis
  830. Virgolândia
  831. Visconde do Rio Branco
  832. Volta Grande
  833. Wenceslau Braz

Venda de ventiladores dispara em Passos durante onda de calor

Venda de ventiladores dispara em Passos durante onda de calor – Foto: reprodução

A procura por ventiladores, climatizadores e aparelhos de ar-condicionado disparou com a última onda de calor e as vendas atingiram 300 unidades em uma semana em estabelecimentos comerciais de Passos.

No país, grandes redes varejistas registraram vendas de até 6 mil ventiladores na última segunda-feira, o que equivale a seis vezes o movimento de um dia considerado normal. Neste ano, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) prevê alta de 38% na comercialização de ar-condicionado, chegando a 4 milhões de unidades.

O vendedor Otávio Bueno, que trabalha em uma loja em Passos, afirma que, na última semana, as vendas chegaram a 300 unidades de refrigeradores de ar. “A procura nesse mês foi a maior do ano, o pessoal tem buscado muito ventilador, climatizador e ar-condicionado, mas varia de acordo com as condições do cliente”, disse.

Segundo ele, a procura teve alta de 100% e o estoque tem que ser reposto quase que diariamente. “Do mês passado até hoje, a procura dobrou e o estoque acabou facilmente, mas nós tentamos repor, no máximo, de um dia para o outro, a carreta chega aqui cheia de mercadoria para nossos clientes não ficarem sem”, afirma.

De acordo com Jéssica Aparecida Grizostomo de Souza, coordenadora administrativa em uma loja de eletrodomésticos em Passos, algumas fábricas anunciaram que o estoque de produtos acabou devido a problemas na logística por conta da crise hídrica que afeta a região de Manaus (AM) e da Zona Franca.

“Por causa da crise hídrica,  não estão conseguindo escoar os ares-condicionados, já estão começando a faltar em alguns depósitos de ventilador também, nos sites tem de 220 w, mas 110 w não têm mais”, diz. 

Para a secretária Marília Silva, a compra do ar-condicionado foi um investimento. “Antes eu tinha um ventilador e um climatizador, mas, com certeza, não eram tão eficientes nesse calor”, afirma. Segundo ela, mesmo tendo custado mais caro por conta do aumento na procura, valeu a pena. “Por ter comprado o aparelho nessa época de onda de calor, o valor aumentou muito, antes o mesmo equipamento que comprei estava no mínimo R$500 mais barato”, aponta. 

O historiador Pedro Paulo Abreu Barborana afirma que após comprar um ventilador, constatou aumento na conta de energia elétrica. “Notei uma  alta de cerca de R$50, mas, como antes na minha casa nós não tínhamos o aparelho, ficávamos com janelas e portas abertas, foi uma necessidade adquirir”, afirma.

A Abrava prevê que o Brasil venda 700 mil aparelhos de ar-condicionado a mais do que em 2022, com expectativas de vendas ultrapassando quatro milhões de unidades residenciais. Este número se aproxima do recorde de 2014, quando foram vendidos 4,3 milhões de aparelhos. Dados do IBGE mostram que nos últimos meses o preço no varejo subiu quase 10%. Só em outubro a alta de preços chegou a 6,09%, o segundo maior aumento entre os itens não alimentícios medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Via: Clic Folha

El Niño ainda atingirá seu pico do ano em dezembro, diz meteorologista

El Niño ainda atingirá seu pico do ano em dezembro, diz meteorologista – Foto: Reprodução/Internet

A meteorologista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, Ana Ávila, disse em entrevista que o El Niño – fenômeno sazonal responsável por promover um aquecimento atípico das águas do Oceano Pacífico equatorial – ainda atingirá seu pico deste ano em dezembro. “A temperatura das águas vai ficar cerca de 2,5°C acima do esperado. E os modelos indicam que até junho do ano que vem a gente deve ter o El Niño em curso.”

O El Niño favorece a ocorrência de ondas de calor porque as frentes frias ficam bloqueadas no sul do país e não conseguem avançar, explicou a meteorologista. “Outra questão é que o aquecimento das águas no Oceano Pacífico ajuda a aquecer a atmosfera em termos globais.”

Uma onda de calor, segundo definição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ocorre quando há temperaturas de pelo menos 5ºC acima da média da região para o período, durando no mínimo três dias consecutivos.

Ainda segundo as previsões do Cepagri, a onda de calor na Região Metropolitana de Campinas (RMC) deve continuar até sábado (18). A partir de domingo (19), a expectativa é que as temperaturas comecem a cair.

Negacionismo

Por conta da onda de calor observada nos últimos dias, o Ministério da Saúde disponibilizou uma página especial com recomendações e informou que correm risco todas as pessoas, mas especialmente idosos, crianças, diabéticos, gestantes, a população em situação de rua e aqueles com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação.

Entre negacionismos e visões apocalípticas, o fenômeno tem gerado ampla repercussão midiática e debates nas redes sociais sobre a relação dele com as mudanças climáticas. Afinal, do ponto de vista científico, é possível estabelecer com razoabilidade esse vínculo?

O meteorologista Bruno Bainy, do Cepagri, explica haver um ramo das ciências atmosféricas que busca responder justamente a relação das ondas de calor e as mudanças climáticas. É a chamada ciência da atribuição climática, que estuda o impacto da atividade humana na probabilidade de ocorrência de fenômenos específicos. Os pesquisadores utilizam recursos de simulação computacional para investigar se determinados eventos ocorreriam ou não – e, se ocorreriam, com que magnitude – sem a influência antropogênica no clima.

“Os estudos costumam apontar que as ondas de calor podem ter uma relação bastante íntima com as mudanças climáticas. Em geral, as pesquisas mais conclusivas quanto a essas atribuições são relativas às ondas de calor. Então, é uma das principais hipóteses que a gente tem para explicar esse calor extremo. Mas claro que temos outros fatores em jogo, como o El Niño”, esclarece Bainy.

O meteorologista explica ainda que o momento atual coincide com uma fase da chamada oscilação de Madden-Julian. “É um mecanismo de variabilidade climática que dura algumas semanas. E há ciclos. Algumas fases tendem a deixar a parte leste do país mais seca, como é o caso agora. E outras fases tendem a promover chuvas mais volumosas, como é o esperado a partir do final de semana.”

Onda de calor mata mais de 5 mil frangos em criadouro no interior de MG

onda de calor causou a morte de mais de 5 mil frangos em um criadouro localizado no Centro-Oeste de Minas, entre quarta (15) e quinta-feira (16).

No vídeo também é possível ouvir uma mulher desesperada com a situação: “Pelo amor de Deus, estou precisando de ajuda. Olha lá, olha as portas”.

Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) o criadouro, que fica em São Sebastião do Oeste, tem uma parceria com uma granja integrada em Pará de Minas, para fornecimento de frangos.

No local, são criadas cerca de 70.500 mil aves. O IMA informou que foi notificado nesta sexta-feira (17) sobre a mortandade de aves devido ao estresse calórico, gerado pelo forte calor.

O Instituto afirmou, ainda, que irá fazer uma análise da notificação e se necessário irá ao local fazer uma vistoria nos próximos dias.

Conta de luz deve ficar pelo menos 5% mais cara com onda de calor

Conta de luz deve ficar pelo menos 5% mais cara com onda de calor – Foto: reprodução

Com a onda de calor, a conta de luz de novembro já tem impacto de pelo menos 5% a mais em relação ao valor pago no mesmo período do ano passado. A estimativa é da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), com base no recorde de consumo de energia registrado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) nos últimos dois dias.

A carga de energia elétrica atingiu recorde em dois dias consecutivos, na segunda e terça-feira, impulsionada pelas altas temperaturas em todo o país, que aumentam o uso de equipamentos de refrigeração.

A demanda instantânea de carga do SIN (Sistema Interligado Nacional) ultrapassou 100.000 MW megawatts) pela primeira vez na história, na segunda-feira, com 100.955 MW. No dia seguinte, atingiu, às 14h20, o patamar de 101.475 MW. Já nesta quarta-feira (15), feriado da Proclamação da República, o consumo de energia ficou mais baixo. Às 14h24, era de 86.671 MW.

“Os recentes resultados demonstram que houve um incremento de 16,8% na carga, se considerada a demanda atendida nos primeiros dias de novembro, passando de 86.800 MW para os atuais 101.475 MW”, afirmou o ONS em nota.

“Acabamos de bater o recorde pela primeira vez na história do Sistema Interligado Nacional. Considerando variáveis, com dados que temos hoje, a gente pode colocar que deu 5% de acréscimo da potência, analisando só os dados do SIN. Considerando esse histórico que foi atingido, a gente pode falar que 5% já acrescentamos nessa potência”, afirma Alexandre Moana, diretor-financeiro da Abesco.

Para ele, isso mostra que a potência, que é tudo o que está ligado ao mesmo tempo, tem tido um salto enorme. “Como isso desencadeia por unidade de tempo, imagina que tenho um secador de cabelo ligado em 80% do máximo, só que agora chegou a 100%. Isso que está acontecendo. Se ficou um tempo na potência alta, tenho o consumo alto”, acrescenta Moana.

A energia elétrica residencial já tem alta de 8,59% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Presos ao Consumidor Amplo), de outubro, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado de 2023, o aumento chega a 7,78%.

Em agosto, já houve impacto dos reajustes das tarifas, influenciados, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores.

Demanda de energia

Em meio ao calor intenso, que deve se estender até sexta-feira (17), segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), com temperaturas acima de 40°C em algumas partes do país, o ONS passou a esperar crescimento de até 15,6% para a carga de energia em novembro.

A onda de calor que vem afetando boa parte do Brasil incidiu diretamente na demanda por energia elétrica. Para atender ao aumento do consumo de energia, o operador nacional tem acionado outras usinas termelétricas.

“O Operador reforça que o SIN é robusto, seguro, possui uma ampla diversidade de fontes e está preparado para atender às demandas de carga e potência da sociedade brasileira”, afirma o ONS.

Como economizar na conta de luz

O especialista em eficiência energética Wagner Carvalho, CEO da W-Energy, afirma que o consumo tende a aumentar de modo significativo com a utilização dos equipamentos de climatização.

Não só pelo uso do ar-condicionado, que está em 16,7% das residências do país, segundo ele. Mas também a geladeira, que aumenta o consumo em função do esforço da máquina para refrigerar os alimentos.

“As pessoas tendem a mudar a opção do chuveiro elétrico para o modo verão, que vai exigir menos da resistência. Porém, o número de banhos também aumenta. Esses são alguns dos motivos que geram alta no consumo de energia elétrica”, explica Carvalho, que dá diversas dicas:

• quem tem ar-condicionado, a primeira coisa a fazer é limpar o filtro. “Às vezes, o equipamento pode ser forçado em função da sujeira, que prejudica a ventilação. Isso tem aumento de até 20% do consumo da energia elétrica da máquina. Por uma questão de economia e saúde, é bom fazer a limpeza adequada do filtro e dimensionar direito a potência do equipamento no ambiente”;

• para usar o ar-condicionado à noite, a orientação é colocar a função “timer”. Quando já estiver climatizado, o equipamento desliga sozinho, sem ficar consumindo durante a noite inteira; 

• quem ainda não tem equipamento e for comprar, escolha sempre produtos com tecnologia inverter, que podem gerar economia de até 40%, porque baixa a rotação sem ficar ligando e desligando o compressor, como equipamentos convencionais;

• é bom manter a geladeira organizada, com as coisas no lugar certo, para não peder tempo com a porta aberta, procurando os produtos. Evite também colocar equipamentos quentes dentro da geladeira;

• quem for comprar uma nova geladeira deve optar pelos modelos de duas portas, para não ficar abrindo o congelador o tempo inteiro. Isso evita a troca de calor — além de escolher a tecnologia inverter;

• quem costuma viajar deve tirar os equipamentos da tomada. A função stand by continua consumindo energia. Outra dica é diminuir a potência da geladeira e deixar o menor número possível de alimentos nela.

“Com adoção de medidas como essas, a população pode economizar até 30% na conta de luz”, afirma Carvalho. “Lembrar que a tecnologia que mais economiza energia chama-se disciplina. As mudanças climáticas vieram para ficar. Então esse desequilíbrio e a ausência de padrão de temperatura vão ser cada vez mais comuns no nosso cotidiano daqui para a frente.”

Domingo é marcado pelo calor na região do Lago de Furnas: é só o começo, no meio da semana temperatura passará dos 40⁰C e turismo também aquece

Vista do Mirante dos Cânions em Capitólio – Foto: Ana Paula e Bruno

Apesar de estarmos na primavera, a tarde deste domingo (12), foi marcada por temperaturas típicas de verão nas cidades banhadas pelo Lago de Furnas em Minas Gerais.

Diversos municípios mineiros registraram temperaturas acima dos 35 graus. São José da Barra, foi a cidade com a maior temperatura registrada na região das cidades banhadas pelo Lago de Furnas nesta tarde: 40⁰C.

Capitólio, não ficou para trás: 38⁰C. Logo depois, aparecem as cidades de São João Batista do Glória, Guapé e Carmo do Rio Claro, todas no Sul de SC, com 37°C, 36°C e 36°C, respectivamente.

As informações são do INMET, Instituto Nacional de Meteorologia, onde as temperaturas passaram do que estava previsto.

Na próxima semana entre quinta (16) a sábado (18), os termômetros vão subir ainda mais, onde em algumas cidades a temperatura poderá chegar à 42⁰C, com mínimas de 20⁰ durante às madrugadas.

Turismo

Com altas temperaturas, Capitólio registrou alta procura por turistas das cidades da região que optaram por passeios de barcos e pelos complexos turísticos, assim como hotéis que oferecem piscinas e áreas de lazer.

O empresário Leonardo Cássio de Guaxupé (MG), está aproveitando o fim de semana no ‘Mar de Minas’ com toda família.

“Acreditem, moramos perto, mas nunca tínhamos visitado a região de Capitólio e foi o melhor destino de nossa vida. Passeamos de lancha, de 4×4, frequentamos restaurantes e lanchonetes de Capitólio e ficamos encantados com as belezas naturais e receptividade na cidade. Agora será nosso destino todos os meses durante a primavera e verão. As cachoeiras são encantadoras”, informou Leonardo.

MG se prepara para a terceira onda de calor em 2023, com temperatura de até 42°C

MG se prepara para a terceira onda de calor em 2023, com temperatura de até 42°C – Foto: reprodução

Minas Gerais terá durante os próximos dias a terceira onda de calor em 2023, um fenômeno considerado raro, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura deverá subir em todas as regiões do estado, ultrapassando a marca dos 40°C entre essa quinta-feira (9) e a próxima quarta-feira (15). A expectativa é de que no fim de semana, as regiões Norte, Noroeste e do Triângulo Mineiro tenham calor de 42°C. 

“A diferença deste ano para os outros é que agora vamos para a terceira onda de calor, quando o habitual é ter apenas uma”, explica a meteorologista Anete Fernandes, do Inmet. De acordo com a especialista, o fenômeno pode durar até seis dias, porém não deverá superar as temperaturas registradas na segunda onda de calor, que ocorreu no final do mês de setembro. “Os termômetros devem chegar, no máximo, aos 42°C. O que é inferior a última onda, quando tivemos, por exemplo, a cidade de São Romão, com 43,5°C”, justifica. 

A primeira onda de calor em Minas Gerais em 2023 ocorreu entre os dias 23 e 26 de agosto. Na ocasião, a temperatura média ficou na casa dos 38°C. O fenômeno se repetiu em setembro, entre os dias 23 e 28, quando  os termômetros se mantiveram em torno dos 40°C. “É um fenômeno muito comum no fim da primavera ou começo do verão. O que chama a atenção neste ano é o fato dessa reincidência, com temperaturas dessa grandeza”, explica a meteorologista.

Conforme o Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet), a onda de calor ocorre quando há a elevação da temperatura, por pelo menos três dias seguidos, em 5°C acima da média habitual registrada em determinada região. Segundo a meteorologista Anete Fernandes, o fenômeno é acompanhado pelas equipes do instituto e, por isso, será preciso reavaliar as condições climáticas na próxima semana, a fim de verificar se onda de calor prevista para esse mês poderá se estender por mais dias.

“Temos uma aproximação de uma frente fria, com possibilidade de chuva, o que pode interromper esse fenômeno. Porém, precisamos reavaliar como essa frente fria vai se manifestar em Minas”, conclui. 

Capital 

Em Belo Horizonte a expectativa é de um novo recorde de calor nos próximos dias. A capital pode registrar a maior temperatura do ano na segunda-feira (13 de novembro).

De acordo com o Inmet, a previsão é de que máxima chegue aos 38°C. A medição possibilita superar o recorde de 38,6°C, registrado no dia 25 de setembro, durante a segunda onda que atingiu o estado.  

A terceira onda de calor

A terceira onda de calor pode ser justificada pelo El Niño, que ocorre ao longo deste ano. O fenômeno consiste no aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico e provoca a distribuição de umidade e calor no planeta, principalmente na zona tropical.

“Quando você tem esse aquecimento irregular na faixa equatorial do Oceano Pacífico, que é a maior célula oceânica do planeta, isso interfere no clima de diferentes partes do mundo. É o que chamamos de teleconexão, ou seja, algo que acontece no Pacífico e influencia a América do Sul, a Europa e todos os continentes”, explica a meteorologista Anete Fernandes, do Inmet.

Cuidados 

A orientação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e da Defesa Civil é de que a população possa redobrar a atenção durante os dias de temperatura extremas. É aconselhável evitar a exposição ao sol durante os horários de maior calor, além de beber água a cada duas horas. Outras recomendações são em relação a utilização de roupas leves, assim como o consumo de alimentos como frutas e verduras. 

Esses cuidados são recomendados principalmente para crianças, idosos e pessoas com condições crônicas, que requerem medicação diárias. Isso proque estes grupos estão mais expostos aos riscos de complicações ou morte durante o dias de altas temperaturas.  

Para quem reside em áreas vulneráveis, a prevenção deve se intensificar, principalmente, em relação aos incêndios florestais. A orientação é evitar atividades que possam causar faíscas, como queimadas não autorizadas, e denunciar qualquer comportamento suspeito às autoridades.   

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