Jornal Folha Regional

Projeto aprovado na Câmara prevê prisão de até 12 anos para o crime de zoofilia

Projeto aprovado na Câmara prevê prisão de até 12 anos para o crime de zoofilia – Foto: reprodução

Mais um passo foi dado para que a zoofilia se torne crime de maus-tratos. O projeto de lei que prevê prisão de até seis anos para quem cometer esse tipo de violência foi aprovado nesta quarta-feira (9), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em casos de morte do animal, a pena dobra — podendo chegar a 12 anos. Agora, o texto segue para a apreciação do Senado.

Autor da proposição, o deputado federal Fred Costa (Patriota) destacou que a aprovação na Casa Legislativa é um “marco na defesa dos animais”. “Há três anos, aprovamos a Lei Sansão que prevê cadeia para quem comete crimes contra cães e gatos. Desta vez, aumentamos a pena para quem praticar zoofilia: de dois a seis anos. Em caso de morte, dobra”, disse.

O parlamentar mineiro afirmou ainda que o objetivo do projeto vai além do bem-estar animal. “Conforme a Teoria do Elo, o abominável crime de zoofilia está intimamente ligado à pedofilia e estupro. Quem comete o primeiro, tem a pretensão de praticar os outros crimes contra pessoas. Logo, é um avanço considerável em defesa dos animais, das mulheres, das crianças e dos vulneráveis”.

A zoofilia gera drásticas consequências nos animais, conforme pontua Costa. “As doenças infecciosas podem atingir tanto os animais, quanto às pessoas. Nos animais, além de afetar a saúde diretamente, causa estresse, depressão, agressividade e outros distúrbios comportamentais que podem surgir do abuso”, explicou.

Após a aprovação no Senado, o projeto segue para a sanção presidencial. “Ninguém é obrigado a amar os animais, mas respeitar com certeza. Aos poucos, conseguimos avançar na legislação. É resultado de uma união de esforços”, concluiu.

Vídeo: vereador de Conceição da Aparecida aponta suposto superfaturamento em shows realizados na cidade

O vereador Eleir Ribeiro de Carvalho, de Conceição da Aparecida (MG), apresentou supostas evidências de superfaturamento em shows promovidos durante a festa do peão na cidade no ano passado.

Durante a reunião da Câmara Municipal na última segunda-feira (07), Eleir apresentou documentos de shows da dupla Maria Cecília e Rodolfo que se apresentou no dia 03 de agosto de 2022.

Segundo o vereador, há diferenças em contratações feitas em datas próximas. Ele cita o show com a mesma dupla na cidade de Pindamonhagaba (SP), que teria custado R$ 60 mil. Já em Conceição da Aparecida, a prefeitura pagou R$ 120 mil pela apresentação.

Ele também questiona o valor pago à dupla Alysson e Adysson. Eles teriam se apresentado em Poços de Caldas dias antes por R$ 13 mil. E, em Conceição da Aparecida, o show custou R$ 30 mil.

Além de criticar o nível da grade de shows, Eleir questionou o valor de R$ 180 mil repassados da prefeitura para patrocinar o evento, realizado pela empresa Guto Eventos.

Eleir finalizou dizendo que levou o caso ao conhecimento do Ministério Público.

Via: Carmo Web.

Ministério Público apura supostas irregularidades na Câmara de São José da Barra dentre elas diárias dos vereadores

por Luciene Garcia

Ministério Público apura supostas irregularidades na Câmara de São José da Barra dentre elas diárias dos vereadores – Foto: reprodução

A Câmara Municipal de São José da Barra (MG) está sendo alvo de denúncias de irregularidades no Ministério Público de Alpinópolis (MG). Trata-se de manifestação oriunda da ouvidoria do MPMG, notícia de diversas eventuais irregularidades na Câmara Municipal, ligadas à contratações de servidores, contratação de serviço de assessoria e consultoria, pagamento de diárias a vereadores, dentre outras.

A manifestação foi objeto de instauração da Notícia de Fato 0019.23.000029-1, expediente utilizado para a coleta de dados preliminares, ainda sem caráter investigativo. Após a análise inicial da documentação apresentada, foram solicitados esclarecimentos à Câmara da Barra. A resposta foi apresentada em junho/2023 e a Notícia de Fato se encontra, no momento, aguardando a análise da Promotora de Justiça da Comarca de Alpinópolis, Larissa Brisola Bito Prado. Como não há prazo específico para análise e por se tratar de procedimento público, poderá ser solicitada vista do expediente, mediante formalização de pedido e justificativa.

Somente com diárias de vereadores, a Câmara gastou R$ 84.256,08 em 2020 e R$ 111.111,30 em 2022. De acordo com o setor contábil essas viagens retornaram ao município em emendas parlamentares R$ 4.349.925,22, mas não apresentou nenhum documento comprobatório, nenhuma nota de empenho (conforme documento em anexo).

O presidente da Câmara, Deusmar Raimundo de Morais (PSDB) foi procurado insistentemente por nossa reportagem, mas não deu retorno. A procuradora da Câmara, Fabiana Júnia de Carvalho, disse que é um procedimento normal do MPMG quando recebe uma denúncia.

Em um levantamento por meio dos portais da transparência das câmaras municipais da região, a Câmara de São José da Barra é que mais teve gastos com diárias nos últimos anos. Ainda de acordo com o setor contábil, em 2020 as diárias foram de R$ 10.265,02.

Veja quanto cada vereador recebeu de diárias:

Veja quanto o documento apresentado pela assessoria contábil referente à verbas recebidas e à receber:

Vereador afirma que Câmara assinou “cheque em branco” para prefeito de São José da Barra

por Luciene Garcia

Prefeito de São José da Barra – Paulo Sérgio Leandro de Oliveira – Foto: Redes Socias 

O clima esteve quente na reunião da Câmara de São José da Barra (MG) durante reunião extraordinária na tarde desta terça-feira (04). Os vereadores votaram a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) para 2024, mas um ponto foi polêmico. O prefeito Paulo Sérgio Leandro de Oliveira (PSB) enviou para ser votado um crédito suplementar de 15% do Orçamento, para gastar como quiser, sem autorização da Câmara. Os 15% representam R$ 8.023.787,97 (oito milhões, vinte e três mil, setecentos e oitenta e sete reais e noventa e sete centavos) do orçamento previsto para o município em 2024, de R$ 53.491.919,80 (cinquenta e três milhões, quatrocentos e noventa e um mil, novecentos e dezenove reais e oitenta centavos) para o ano que vem.

Vereador Darci Cardoso – presidente da Comissão Permanente de Administração Financeira – Foto: Redes Sociais 

O vereador e presidente da Comissão Permanente de Administração Financeira e Orçamentária, Darci Cardoso (PSD), apresentou uma emenda reduzindo esse percentual para 10%, tentando equiparar com 2023, onde o orçamento foi de aproximadamente R$ 51 milhões na Barra. Desta forma, o prefeito Seginho ficaria com o mesmo valor para gastar à sua vontade. A emenda do legislativo foi derrubada por 5 votos a 4.

Assim, os 15%, ou aproximadamente R$ 8 milhões para o prefeito gastar livremente no ano que vem sem autorização da Câmara, foram aprovados por Edmar Cabadão, Natan Calebe, Juliano do Can Can, Magela da Serrinha. Contrários: Darci Cardoso, Erica Machado, Mateus Júnior e Régis Freire. O voto de desempate foi do presidente Desmar, que votou sim aos 15%.

Depois da reunião, o prefeito Serginho gravou um vídeo acompanhado pelo vice-prefeito, André Luiz Lemos da Silva (PSD), agradecendo os vereadores que votaram a favor.

“Quero agradecer aos vereadores que votaram favor e o projeto vai dar continuidade os projetos em benefícios da comunidade. Isso que é ´importante”, comemorou mostrando o polegar direito.

Serginho disse à Folha Regional que todo ano tem 15% e que neste ano, porque trata-se de ano eleitoral em 2024, a oposição queria reduzir.

“Essa expressão cheque em branco não existe. A população que sairia prejudicada se parassem os programas, caso a oposição vencesse”, disse o prefeito.

Segundo o vereador Darci Cardoso, é completamente desnecessário os 15%, uma vez que a previsão para 2024 é muito boa, em torno de R$ 53 milhões.

“Nós, vereadores de um município tão pequeno, com cerca de 7 mil e poucos habitantes é desnecessário a cidade ter uma verba desse nível para ele gastar como ele quiser. A Câmara sempre foi parceira do Executivo, sempre votou a favor dos interesses da população. Nós aqui podemos dizer que não temos oposição, somos todos parceiros tanto do prefeito quanto da população, completamente desnecessário. Qualquer obra que ele quiser fazer é só mandar o projeto para nós, que vamos analisar, desde que seja em benefício da população, aprovaremos, com certeza. Então 15% eu acho desnecessário, se a gente tivesse aprovado os 10%, o prefeito teria dos R$ 53 milhões, R$ 5 milhões pra gastar sem autorização da Câmara e com esse cheque em branco automaticamente os vereadores que votaram a favor estão dando mais R$ 3 milhões para o executivo gastar como ele quiser, então eu acho desnecessário e quem votou a favor está votando automaticamente contra a população do município”, finalizou Darci.

Vereadores de Contagem aprovam reajuste dos próprios salários em 60%

Vereadores de Contagem aprovam reajuste dos próprios salários em 60% – Foto: reprodução

Foi aprovado na manhã desta terça-feira (27), na Câmara Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Projeto de Lei (PL) 78/2023, que trata dos salários dos vereadores da cidade na legislatura que começa em 2025 e vai até 2028.

A proposta estabelece que os vencimentos dos parlamentares sejam correspondentes a até 75% dos valores recebidos pelos deputados estaduais, ou seja, poderiam passar dos atuais R$ 12,5 mil para R$ 22 mil – aumento de aproximadamente 60%.

Chama a atenção a velocidade com que a matéria foi apreciada na Casa: em duas semanas, contadas a partir de 13 de junho, a redação foi protocolada, passou pelo aval da Procuradoria-Geral do Legislativo e recebeu pareceres positivos das comissões de Legislação e Justiça e de Administração e Serviços Públicos.

Apesar de estabelecer os parâmetros para o cálculo dos salários, o PL não determina se o índice de 75% será cumprido. De acordo com o presidente da Câmara, Alex Chiodi (Solidariedade), o projeto foi assinado por todos os vereadores e está em conformidade com o que prevê a Constituição.

Ele explica que é preciso “definir, antes do final do mandato, os subsídios do próximo mandato. Então estamos só ratificando que vai ficar em 75% do vencimento dos deputados estaduais”.

Chiodi destaca que “o último reajuste dos vereadores foi em 2008 para 2009, há 15 anos”  e defende que a correção de 60% é inferior à inflação acumulada no período. O vereador diz que “o IPCA nesse período ficou em torno de 125%, então se nós tivéssemos feito, anualmente, como a nossa Lei Orgânica permite, a recomposição salarial, nós estaríamos hoje já nesse teto”.

O presidente da Casa ainda acrescenta que o eventual aumento não vai impactar os cofres públicos, já que “a Câmara recebe, constitucionalmente, o duodécimo. No caso de Contagem, pela população, é 4,5% do orçamento do município. Esse valor não muda, independente do resultado da votação, não tem impacto no orçamento do município. Inclusive a gente devolveu, em 2020, 2021 e 2022, em torno de R$ 8 milhões para a prefeitura. Valores que vieram para a Câmara e não foram utilizados. Então o projeto não tem impacto no orçamento da Prefeitura, além daquele que já está previsto, que é o que a gente já recebe”.

A expectativa é que a tramitação do projeto, que agora volta para apreciação das comissões em segundo turno, seja concluída antes do recesso parlamentar, previsto para começar no dia 4 ou 11 de julho.

Mais vereadores

Também na legislatura que começa em 2025, a Câmara Municipal de Contagem vai contar com mais quatro cadeiras. No final do ano passado, os vereadores aprovaram uma Proposta de Emenda à Lei Orgânica que amplia de 21 para 25 o número de parlamentares que atuam na Casa.

A mudança foi justificada pelo crescimento populacional, já que, conforme previsto por lei, cidades com mais de 600 mil habitantes podem ter até 27 vereadores eleitos. A ampliação não deve impactar os cofres municipais, considerando que a Constituição prevê o repasse de uma porcentagem fixa do orçamento para o Legislativo.

Câmara de São João Batista do Glória aprova piso salarial dos cirurgiões-dentistas

No último dia 12 de junho, o CRO-MG comemorou mais uma grande vitória na luta pelo piso salarial da Odontologia em Minas Gerais! Desta vez, no município de São João Batista do Glória, entre o Rio Grande e a Serra da Canastra, no Sul de Minas. Aprovado definitivamente em segundo turno na Câmara Municipal, o piso salarial dos cirurgiões-dentistas na cidade era um desejo antigo do Dr. Anderson de Souza Bastos, Coordenador de Saúde Bucal no Glória. E junto do Dr. Thales Lemos, cirurgião-dentista, o trabalho pela aprovação começou a ser desenvolvido com o CRO-MG no ano passado.

O engajamento dos profissionais locais da Odontologia e o diálogo entre o CRO-MG, a Secretária de Saúde Silvania Vilela e o prefeito Celso Henrique Ferreira foram essenciais para o êxito do cumprimento da Lei 3.999/61. São João Batista do Glória ficou em primeiro lugar no Previne Brasil na região do Sul de Minas, sendo o 2° colocado no estado e 15° no Brasil. O Previne Brasil é o atual modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde, que traz uma série de critérios para que os municípios garantam o recebimento de recursos federais e levem saúde bucal de qualidade à população.

“Como Coordenador de Saúde Bucal de São João Batista do Glória, essa conquista só foi possível através de inúmeras reuniões com os vereadores, com a Secretaria de Saúde, com o prefeito, empenho dos colegas onde cito aqui o Dr. Thales Lemos Ribeiro e também o apoio primordial do nosso Conselho Regional de Odontologia. Somente nós, dentistas, sabemos o que lidamos no dia-a-dia no empenho de trazer uma saúde bucal necessária a toda à população carente e que procura os nossos serviços. Agradeço a todos que nos ajudaram a fortalecer essa luta”, destaca o Dr. Anderson de Souza Bastos.

Emenda impositiva é aprovada e vereadores passarão a indicar uso da receita de Carmo do Rio Claro

Por maioria, a Câmara de Carmo do Rio Claro (MG) aprovou a Proposta de Emenda à Lei Orgânica nº001/2022. Conhecida como Emenda Impositiva, é um instrumento legal que permite que os vereadores atuem de forma direta na indicação de emendas à Lei Orçamentária Anual, a LOA. Os vereadores Antônio Marcos Esteves (Marcos do Joaquim Batista), Suely das Graças de Melo (Lili das margaridas) e Carlos Antônio Ferreira (Carlinhos da padaria) foram os proponentes da Emenda 001/2022.

Com a aprovação, a partir do ano que vem, a Câmara poderá propor emendas individuais no limite de 1,2% da receita corrente do município. Cada vereador poderá indicar para a ação que julgar necessária, mas metade desse percentual precisa ser destinado a serviços públicos de saúde. “50% será creditado na saúde e os outros 50% para as entidades sociais, para alguma obra que o vereador vê que está desdeixada por parte do Executivo e o vereador vai poder agilizar essas obras. O vereador sempre participa do orçamento indicando, colocando emendas, acrescentando para alguma entidade. Agora, com o orçamento impositivo, ele vai participar efetivamente do orçamento. 1,2% do orçamento de 2024 será destinado aos 09 vereadores da câmara municipal”, explica o edil Antônio Marcos Esteves, o Marcos do Joaquim Batista.

Os vereadores José Joaquim Silva (Zé Pequeno), João dos Reis Vilela (João do Tiãozão) e Elton Costa votaram contra a alteração na Lei Orgânica do município. O vereador Elton foi autor de uma emenda que buscava destinar os outros 50% do orçamento impositivo para as entidades, mas ela foi rejeitada por maioria.  “É muito bonito se falar que o vereador vai ter uma verba para ajudar um segmento que ele acha justo ou um segmento que, de repente, não está sendo visto ou atendido pela administração. E a gente fala isso em um momento em que as finanças do município estão em dia, mas o que me preocupa nesse cenário é em um outro momento, onde prefeitura não tenha condições de estar atendendo suas entidades, de estar honrando com sua folha de pagamento. As entidades vão ser as primeiras prejudicadas por conta da emenda impositiva”, disse o vereador.

A emenda impositiva é uma ferramenta de planejamento com a participação direta da Câmara Municipal. É bom lembrar que os recursos indicados por meio dela são manuseados pelo próprio Poder Executivo e não passam pelos vereadores. Tornando-se lei, o chefe do Executivo é obrigado a acatar as designações dos vereadores. Na cidade de Muzambinho, a Câmara do município já trabalha há três anos com a Emenda Impositiva.

Projeto autoriza pagamento de despesas com cursos e exames exigidos para a função de motorista da prefeitura de Carmo do Rio Claro

Com o objetivo de promover as condições necessárias para que os servidores possam exercer adequadamente a função de motorista na prefeitura de Carmo do Rio Claro (MG), o presidente da Câmara, Cristian Reis Leandro, o Cristian da ambulância, apresentou o Projeto de Lei nº 016/2023. O projeto autoriza o Executivo a pagar despesas para a realização ou renovação de cursos especializados e exames obrigatórios para o despenho da função.

Estão expressas no texto do projeto despesas com taxas de inscrição, alimentação e viagem para efetivação de cursos e exames previstos nas normas do Conselho Nacional de Trânsito. Já a renovação da CNH não se inclui nas despesas autorizadas pelo projeto. 

O presidente da Câmara, que também é servidor público e pertence a classe dos motoristas, explicou os motivos pelos quais a prefeitura deveria atender aos dispositivos previstos no projeto 016/2023, aprovado pelos vereadores. “Muitas das vezes eles tem os cursos para fazer, os exames para fazer e só com o salário, eles não estão conseguindo fazer a regulamentação das coisas deles. A gente não está falando de carteira de habilitação, estamos falando de considerar os exames toxicológicos que são muito caros. A prefeitura tem um preço mais barato, ela tem o laboratório que ela pode encaminhar o servidor. E para colocar mais vantagens para eles, porque muita das vezes você vai fazer esses cursos, tem que ir em Alterosa, Areado, o motorista tem que se deslocar, passar final de semana fora. Então acredito que a prefeitura consiga trazer o curso para cá e dar curso para todos os funcionários”, disse o presidente Cristian.

Câmara de Cássia recebe pedido de troca do nome do município

A Câmara Municipal de Cássia recebeu um requerimento que pede a mudança do topônimo do município. Segundo a Câmara, um grupo de pessoas quer que o município volte a ser identificado com o nome primitivo, que homenageava Santa Rita de Cássia, que tem o maior santuário dedicado à santa das causas impossíveis do mundo. O projeto de resolução deve ser colocado em discussão na próxima reunião marcada para a próximo terça-feira (13).

Segundo o vereador, Dinaldo Machado, a Câmara está aberta a qualquer discussão que tenha origem em pleitos apresentados pela comunidade, independentemente da opção religiosa, política ou de qualquer natureza, desde que não seja de caráter ilegal.

“A alteração da denominação do município depende da vontade popular, que deve ser aferida em plebiscito. O pedido invoca razões culturais, tradicionais e relacionadas à história, não sendo exclusivamente de cunho religioso. Portanto, a Câmara não pode negar a consulta popular”, disse o vereador.

“Como vereadores, estamos viabilizando essa consulta, sem prejuízo de uma análise legal e constitucional pelos órgãos que tiverem interesse. Assim, não tem qualquer relação com a minha opção ou não por qualquer vertente religiosa. E estaremos sempre dispostos a discutir quaisquer questões relacionadas ao município. Para colaborar, elaborei o projeto de resolução, mas a aprovação não depende de mim, ou de qualquer outro vereador”, reforçou Dinaldo.

De acordo com a Câmara, para mudar o topônimo do município é preciso que a Casa aprove, por dois terços dos votos, ou seja, por seis vereadores e, caso passe por todas as etapa legislativas, o projeto segue para um plebiscito, que poderia acontecer, por exemplo, durante as eleições municipais para prefeito, vice e vereadores no ano que vem.

Uma das signatárias do documento entregue à Câmara, a professora aposentada Célia Mazaro, acha justo a proposta da mudança. “Acho que foi muito triste ser tirada ‘Santa Rita’ do nome da nossa cidade. Cabe a nós, cassienses, tentar recolocar nossa padroeira em nosso topônimo”, disse.

Procedimentos

O projeto de resolução é somente o primeiro passo para iniciar o processo. Caso seja aprovado pelos votos favoráveis de pelo menos dois terços dos vereadores, o assunto deve ser comunicado a Justiça Eleitoral, com pedido de realização de um plebiscito.

A alteração do topônimo nessa fase depende dos votos favoráveis de metade mais um dos eleitores do município. Depois disso, ainda é necessário a proposição e aprovação de uma lei estadual, autorizando a alteração.

História

Até 1919, o município de Cássia se chamava Santa Rita de Cássia, mas o governador da época, Arthur Bernardes, tirou o nome Santa Rita.

Para muitos, voltar o nome antigo é impossível pois já existe atualmente outro município com o mesmo nome, localizada na Bahia, que tem emancipação política a mais tempo que Cássia. (Clic Folha)

Câmara de Capitólio instaura CPI para investigar crimes ambientais

A Câmara Municipal de Capitólio instaurou Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar três supostos crimes ambientais cometidos pela prefeitura. Segundo a Câmara, nomeada CPI Ambiental, a comissão tem como objetivo investigar a construção de uma barragem clandestina, a remoção de terra em um barranco na entrada da cidade e a abertura de uma rua em área de preservação ambiental na comunidade Vila Santa Clara.

De acordo com a Câmara, todos os atos podem ter sido feitos sem as devidas licenças ambientais. Ao tomarem conhecimento das intervenções, os vereadores Lucas de Oliveira Silva e Ismael Pinto dos Santos requereram a criação da CPI, que foi assinada também pelo vereador da base do prefeito, Cláudio Sebastião de Oliveira.

Para o vereador Lucas de Oliveira Silva, a investigação é indispensável. “Independentemente de qualquer coisa, precisamos verificar essas denúncias. É o nosso papel enquanto vereador, devemos isso a população”, disse.

O vereador Cláudio Sebastião de Oliveira foi incisivo de que se houver culpados eles deverão arcar com as consequências. “Toda denúncia que chega nesta Casa precisa realmente ser apurada. Temos que ter transparência, se houve denúncia é porque existem rumores. Precisamos avaliar se realmente é verdade ou não e punir quem tiver que ser punido”, salientou durante sua fala na reunião ordinária.

Com as três assinaturas, o presidente da Câmara, Gabriel Sansoni da Mata, fez a portaria instaurando a comissão. “Muito bem colocado pelo vereador Cláudio a disponibilidade de assinar o requerimento. Não são denúncias inventadas, são fatos e precisamos receber essas denúncias com muita seriedade, investigá-las e responsabilizar os envolvidos”, disse.

Segundo a Câmara, para compor a CPI foram designados os vereadores Letícia Vallory, Míriam Rattis e Evandro Silva. “A portaria já foi feita, agora a comissão tem 60 dias para apresentar o primeiro relatório desta apuração. O trabalho será feito com muita lisura e transparência”, disse o presidente.

Na última quinta-feira, 1ª, a CPI fez a primeira reunião, na qual ficaram definidas a vereadora Letícia Vallory como presidente e a vereadora Míriam Rattis como relatora da CPI. As diligências terão início na próxima segunda, 12 de junho.

Barragem clandestina

O primeiro eventual crime a ser investigado pela Câmara diz respeito a construção de uma barragem de terra clandestina no antigo vertedouro da barragem do Rio Piumhi, localizado às margens da Rodovia MG-050, próximo à entrada da Comunidade Rural de Macaúbas. O fato chegou ao conhecimento da Câmara há três semanas, após a barragem clandestina romper e o nível de água da represa na entrada da cidade diminuir drasticamente.

Segundo a Câmara, após uma denúncia anônima, a Polícia Militar Ambiental vistoriou a área e emitiu um auto de infração, determinando multa de R$ 113.330,25 a ser paga pelo município por “causar intervenção de qualquer natureza que resulte em poluição, degradação ou danos aos recursos hídricos, às espécies vegetais e animais, ecossistemas e hábitats ou ao patrimônio natural ou cultural, ou que prejudique a saúde, a segurança e o bem-estar da população”.

De acordo com a Câmara, a construção desta barragem sem nenhum licenciamento ambiental põe em risco uma eventual indenização pleiteada junto à Furnas Centrais Elétricas, em decorrência do transbordamento da lagoa do Rio Piumhi que inundou a cidade de Capitólio no início do ano. Além dos prejuízos ambientais, o rompimento da barragem pode causar prejuízos financeiros aos piscicultores que possuem tanques às margens da lagoa.

Barranco na entrada da cidade

A intervenção realizada em um barranco na entrada da cidade, próximo à Estação de Tratamento de Esgoto é o segundo objeto de investigação da CPI Ambiental.

Segundo a Câmara, em questionamento ao Poder Executivo, foi apresentado o laudo do engenheiro indicando a necessidade de autorização ambiental para a remoção do grande volume de terra e supressão de inúmeros espécimes vegetais.

Conforme informações da Câmara, quando o Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (Codema) foi questionado sobre a autorização, informaram que não receberam nenhum processo a respeito deste para ser deliberado.

Abertura de rua em app

O terceiro e mais recente caso de possível crime ambiental em Capitólio refere-se a uma grande intervenção na Comunidade Vila Santa Clara, próxima ao Turvo.

Segundo moradores que pediram para não serem identificados, relataram aos vereadores que servidores municipais interviram em áreas de proteção ambiental para fazer abertura de ruas em loteamento privado, alegando falsamente que possuíam autorizações da Câmara, da Prefeitura e até mesmo do Poder Judiciário.

Ainda conforme a Câmara, foi relatado que após visitas de rotina, novamente a Polícia Militar Ambiental interrompeu a obra em evidente flagrante de crime ambiental, em situações que merecem esclarecimentos de modo evitar o espalhamento de boatos e notícias falsas. (Clic Folha)

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