Jornal Folha Regional

Falta de inseticida prejudica autoridades de saúde no combate à proliferação da dengue em Passos

Passos (MG) já registrou neste ano quase um terço da quantidade de casos de dengue que foram notificados em todo o ano passado. Além da falta de consciência de alguns, a cidade enfrenta uma dificuldade no combate ao mosquito transmissor: a falta de inseticida.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Passos, em uma semana, a cidade registrou 233 novos casos prováveis de dengue. Ao todo, desde o início do ano, a cidade teve 864 casos. O número representa quase 30% de todos os casos registrados em 2022.

Passos ainda enfrenta a mesma situação do ano passado: clima quente e chuvoso, o que contribui para a proliferação do Aedes aegypti. Mas o problema pode piorar, porque o município não tem recebido o inseticida responsável por quebrar o ciclo de transmissão do mosquito.

“O desabastecimento desse inseticida fornecido pelo Estado, atrapalha a ação de combate e controle do Aedes aegypti, porque nesse cenário que nós estamos agora seria crucial pra fazer o bloqueio vetorial, a gente fazer o controle da população de mosquitos adultos”, disse o diretor de Saúde Coletiva de Passos, Bruno Teixeira Guimarães.

O inseticida estava entre os mais eficazes para o combate à dengue. Era ele o responsável por quebrar a resistência do mosquito. Com a falta do produto, a medida agora será a aplicação de um novo inseticida adquirido pelo município.

“A diferença dele, do Estado fornecer para nós com esse atual que nós vamos adquirir, é que ele é um produto 100% natural, ele é extraído da planta pyridium, à base de piretrina, então ele não causa nenhuma intoxicação em organismos aquáticos, animais domésticos e nós, seres humanos”, completou o diretor.

A Secretaria de Estado de Saúde informou em nota que o fornecimento de insumos para o controle vetorial é de competência do Ministério da Saúde e que já solicitou o envio do insumo.

O Ministério da Saúde informou que, no último ano, enviou para Minas Gerais mais de 37 mil litros do inseticida para o controle do mosquito Aedes, além de outros insumos.

Novas remessas do inseticida deverão ser distribuídas aos estados conforme as solicitações realizadas.

Em novo contato com a Secretaria de Estado de Saúde, a produção da EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, questionou sobre a distribuição do material, mas ainda não recebeu retorno. (G1)

Prefeitura de Passos faz reunião emergencial para criar ações contra a dengue

Foto: Asscom PMP

O Prefeito de Passos (MG), Diego Oliveira realizou na manhã desta quarta-feira (8), uma reunião emergencial para tratar de ações estratégicas contra o mosquito da dengue.

Participaram o Secretário Municipal de Saúde, Thiago Agnelo Salum, o Diretor de Saúde Coletiva, Bruno Teixeira Guimarães e o Coordenador do Grupo de Zoonozes, Joaquim Sebastião Oliveira. Dentre as definições estão a realização de mutirão intensificado com os 107 agentes e o teste de um inseticida de controle rápido e efetivo, que será realizado às 8h desta quinta-feira (9), na Secretaria de Saúde.

Diego Oliveira foi enfático em pedir que as ações tenham início de forma rápida. “No que depender de nós da administração vamos mobilizar todos os órgãos, tanto de comunicação, as autoridades como as polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, as escolas, as igrejas, todos para uma ‘guerra’ contra o mosquito. A melhor forma de se evitar a proliferação de pernilongos e do mosquito Aedes Aegypti é combater os focos de acúmulo de água. Vamos todos ajudar nesta luta e, serão multados os donos de terrenos que estiverem deixando água acumular”, afirmou.


De acordo com Thiago Salum, desde março do ano passado que o Ministério da Saúde não tem enviado o insumo para a realização de fumacê – o uso de veículos equipados com pulverizador de Ultra Baixo Volume (UBV). A prefeitura vem realizando com frequência os mutirões de limpeza para evitar o acúmulo de água e a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti.


“Já tentamos junto à Superintendência Regional de Saúde conseguir o insumo, mas estão desabastecidos. Com isso, nós estamos fazendo a dispensa de licitação para a compra de um produto que o mercado aponta como bastante eficaz. Trata-se do Riptide, um inseticida sinergizado, de controle rápido e efetivo, à base de piretrinas naturais, em base aquosa. Este produto será testado nesta quinta-feira. Também estamos com o processo para compra de insumo para fazer o fumacê nos principais focos e, paralelo a isso, vamos dar continuidade ao programa de mutirão para retirada de focos”, apontou o Secretário.


Para coibir este tipo de local que acumula água, o mutirão está analisando casas fechadas, principalmente nos finais de semana.

Ainda sobre a aplicação de inseticida, o Diretor de Saúde Coletiva, Bruno Teixeira Guimarães disse que o mesmo sistema de aplicação do fumacê também poderá ser feito por moto, essa moto é adaptada para fazer essa aplicação do fumacê, e chama motofog.


“A vantagem desta moto é principalmente a possibilidade de entrar em locais de difícil acesso, nas periferias, onde a caminhonete não consegue. Também em locais de terrenos mais acidentados com o objetivo de cumprir o serviço em todas as áreas”, disse Guimarães.

Passos registra crescimento de mais de 1.000% em casos prováveis de dengue em apenas duas semanas

Passos (MG) registrou crescimento de casos prováveis superior a 1000% em apenas duas semanas. Conforme dados do município, o número de casos da doença pode passar de 600 na cidade.

Segundo os boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), no dia 10 de janeiro, a cidade tinha 32 casos prováveis da doença. Duas semanas depois, em 23 de janeiro, o número subiu para 357 registros prováveis.

Segundo o diretor de Saúde Coletiva de Passos, Bruno Teixeira Guimarães, o levantamento que aponta o índice de infestação pelo Aedes aegypti apontou alto risco.

“Segundo levantamento de índice rápido por infestação por aedes revisado na primeira semana de janeiro de 2023, tivemos uma infestação de 5,4%, isso indica um alto índice de infestação por aedes. Estamos aqui hoje adotando medidas preventivas para controle e combate da dengue no nosso município, onde estaremos realizando vários mutirões nos locais que apresentarem maior índice. Esses mutirões vão ter início a partir do dia 3 de fevereiro e as ações serão coleta de todo tipo de material inservível e depósitos passíveis de criadouros para o mosquito Aedes aegypti”, disse o diretor de saúde coletiva.

Brasil bate recorde anual de mortes por dengue em 2022

O Brasil chegou a 987 mortes por dengue este ano, segundo boletim divulgado na última segunda-feira (26) pelo Ministério da Saúde. O número é o novo recorde anual de óbitos pela doença, superando o maior patamar anterior, de 986 mortes, registrado em 2015.

Desde a década de 1980, quando a dengue ressurgiu no País, não se registraram tantas mortes em um único ano.

Como o levantamento considerou os casos registrados até o último dia 17 e ainda há 100 óbitos em investigação, o País ainda pode fechar o ano de 2022 com mais de mil mortes por dengue.

Total de mortes por dengue no Brasil

  • 2008: 561
  • 2009: 341
  • 2010: 656
  • 2011: 482
  • 2012: 327
  • 2013: 674
  • 2014: 475
  • 2015: 986
  • 2016: 701
  • 2017: 185
  • 2018: 201
  • 2019: 840
  • 2020: 574
  • 2021: 246
  • 2022: 978

As mortes este ano já superam em mais de 400% as registradas em todo o ano de 2021, quando houve 244 óbitos.

O Estado de São Paulo se mantém à frente em número de mortes, com 278 óbitos registrados, seguido por Goiás, com 154.

Os cinco estados com mais mortes por dengue em 2022

  • São Paulo: 278
  • Goiás: 154
  • Paraná: 108
  • Santa Catarina: 88
  • Rio Grande do Sul: 66

Em uma evidência de que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, está se adaptando aos climas mais frios, os Estados da Região Sul aparecem na sequência, completando a lista dos cinco com maior número de mortes: Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).

Mais casos de dengue

O número de casos prováveis de dengue chegou a 1.414.797, com taxa de incidência de 663,2 por 100 mil habitantes. Houve aumento de 163,8% em relação aos casos do mesmo período de 2021. A região Centro-Oeste teve a maior incidência até agora, com 2.028,4 por 100 mil habitantes. O município brasileiro com mais registros é Araraquara, no interior de São Paulo, com 8.716,1 casos por 100 mil moradores. Já em número absoluto, Brasília lidera com 68.654.

Pouca prevenção

Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os números indicam que houve descuido com a prevenção da doença. “Ainda nem acabou a contagem, pois tem dados represados e 100 óbitos em investigação, e já batemos o recorde histórico de mortes por dengue em um ano. Ultrapassamos também 1,4 milhão de casos. Com certeza é o pior ano da dengue em todos os aspectos e isso não aconteceu por acaso. Faltou ação do governo federal em prevenção”, disse.

O número baixo de casos no ano passado, segundo ele, pode ter contribuído para que a população relaxasse nos cuidados básicos, como a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor.

“Dengue é uma luta contínua, é preciso mostrar que a doença mata e isso se faz com campanhas. Em abril deste ano, nós da Sociedade Brasileira de Infectologia fizemos o primeiro alerta para o grande número de óbitos e a necessidade de retomar as campanhas. Não foi por falta de aviso.”

Segundo ele, a condição climática também contribuiu para o aumento de transmissão.

“Estamos vivendo um ano mais chuvoso por conta do fenômeno La Nina e o mosquito Aedes aegypti precisa de água e calor para se reproduzir. Outra questão é que, por conta do aquecimento global, o mosquito vai expandindo suas fronteiras, reproduzindo onde antes não aparecia. Não é à toa que temos um grande número de casos e de óbitos nos estados da Região Sul.”

Mais chikungunya

O infectologista chamou a atenção para o aumento de casos e mortes por chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito. “Isso indica que o Aedes ficou livre e solto para se reproduzir por falta de uma ação mais efetiva de controle.”

Até 17 de dezembro, foram confirmados 93 óbitos por chikungunya no Brasil, quase sete vezes mais que as 14 mortes de todo ano de 2021. O País já registrou 172.082 casos prováveis, 78% a mais do que no mesmo período de 2021.

O Ministério da Saúde informou que monitora de forma constante a situação epidemiológica da dengue e das demais arboviroses no Brasil.

A pasta destacou que investe em ações de combate ao mosquito de forma permanente, como a promoção de campanhas que ajudam a orientar a população sobre a prevenção da doença, distribuição de inseticidas e larvicidas aos Estados e municípios, bem como a realização periódica de reuniões com gestores para avaliação do cenário nacional e estratégias de combate.

Com verão, prevenção ao Aedes aegypti deve ser reforçada

A transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya ganha impulso no período do verão, que começou na quarta-feira (21). A combinação de calor e chuvas promove o ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças.

Os ovos do inseto podem permanecer em ambientes secos por mais de um ano. Quando entram em contato com a água, dão continuidade ao ciclo de vida do mosquito que inclui as fases de larva, pupa e adulto, quando ele é capaz de voar e transmitir os vírus.

Do ovo à fase adulta, o ciclo de desenvolvimento do Aedes aegypti leva de sete a dez dias. Por isso, a intervenção semanal pode interromper esse processo e diminuir significativamente a incidência das doenças.

“Cada fêmea pode colocar até 1.500 ovos, por isso é importante olhar a casa com ‘olhos de mosquito’, procurando todo e qualquer local que acumule água e possa ser usado para reprodução do vetor”, afirma Denise Valle, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Qualquer recipiente que permita o acúmulo de água parada pode se tornar um foco em potencial para a reprodução do Aedes aegypti. Pneus, vasos de planta, caixa d’água, bandeja da geladeira, calhas, galões, baldes, garrafas e entulho estão entre os principais criadouros do mosquito.

Força-tarefa para evitar epidemia de dengue é feita pela SES-MG na região de Passos

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) iniciou uma força-tarefa contra a dengue na região de Passos (MG). Foi enviada equipe especializada para atuar no combate e fazer a aplicação de inseticida nas áreas mais afetadas pela doença.

Segundo a SES-MG, a medida é para impedir ainda mais o aumento de casos de dengue em 17 municípios da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos. O objetivo da iniciativa é reforçar o trabalho de campo das equipes municipais no combate ao mosquito e conscientizar a população sobre cuidados para combater e evitar a dengue.

O secretário da SES-MG, Fábio Baccheretti, explica que a cada três anos, há um pico de casos de dengue. “Foi assim em 2013, 2016 e 2019 e estamos em 2022. Geralmente, o aumento ocorre em março e abril. Como estamos em maio e tivemos um pequeno crescimento, não acredito que isso vá se prolongar”.

O intuito é evitar uma epidemia em todo o estado, por isso, equipes da secretaria estão sendo enviadas para realizar esses trabalhos de combate e prevenção nas regiões de mais incidência da doença.

Entre as ações, de acordo com a SES-MG, há visitas domiciliares para o controle e redução do vetor, além de conscientização e mobilização da população. “Todo mundo sabe como evitar a dengue, em ações como cuidar da limpeza da casa, não deixar água parada, tampar caixas d’água”, reforça o secretário.

A SRS Passos também mobilizou prefeitos, gestores de saúde e profissionais de epidemiologia para discutir e alinhar um conjunto de ações para reduzir os riscos de epidemia de dengue na região. O índice de infestação do mosquito é crescente nos municípios, entre eles os de Passos (MG) e São Sebastião do Paraíso (MG), que têm as maiores populações da região.

Cenário epidemiológico

Na área da SRS Passos, formada por 27 municípios, foram registrados mais de 3,8 mil casos prováveis de dengue nas últimas quatro semanas epidemiológicas, com alta ou muita alta incidência em 17 deles. Só em abril, houve 57 internações, das quais oito foram por dengue hemorrágica.

Segundo Patrícia Mendes Costa, coordenadora adjunta do Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses (Crea), apesar dos esforços de prevenção, houve um aumento de registros e procura pelos serviços de saúde.

A coordenadora, que também é referência técnica em arboviroses, reforça que para ajudar no combate, algumas ações podem ser feitas, como o controle vetorial, mutirões de limpeza e intensificação das ações de mobilização social.

Via: G1.

Passos tem cerca de 180% de aumento nos casos confirmados de dengue em um mês

O número de casos de dengue em Passos subiu cerca de 180% em um mês, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). No dia 15 de fevereiro eram 24 casos, enquanto no dia 15 de março o número chegou a 68.

O número de contaminações vem crescendo semana a semana, conforme dados da SES-MG. Veja abaixo:

  • 12 de janeiro – nenhum caso confirmado pela SES;
  • 20 de janeiro – três casos confirmados;
  • 25 de janeiro – sete casos confirmados;
  • 15 de fevereiro – 24 casos confirmados;
  • 15 de março – 68 casos confirmados.

Já pelos dados da prefeitura, mais atualizados, a situação é ainda mais preocupante: são 100 casos confirmados este ano na cidade. O montante representa mais de um caso por dia em 2022, que teve, até esta quarta-feira (23), 82 dias.

O diretor de saúde coletiva de Passos, Thiago Agnelo de Souza Salum, destacou que calor e chuvas contribuíram para o aumento dos casos.

“Depois dessas chuvas, juntamente com o calor, nós que somos um município infestado e já sabemos disso, começamos a receber notificações das unidades de saúde. Diante disso, sabemos que a cidade que tem que ter muita ação e muito trabalho de mutirões, colocamos todas as equipes na rua para fazer o trabalho de retirada de materiais inservíveis e eliminação de focos”, falou.

Passos tem cerca de 180% de aumento nos casos confirmados de dengue em um mês — Foto: Reprodução/EPTV

O diretor revelou, ainda, os bairros que possuem maior incidência de contaminações pela dengue na cidade.

“Os bairros com maior incidência em Passos, que temos que ficar de olho, são os bairros da região da Penha, Bela Vista e Santa Luzia. São bairros mais populosos, com maior número de imóveis e são que têm pessoas que acumulam mais materiais dentro de casa, nos quintais. Por isso precisamos tanto da ajuda da população”, disse.

O diretor salientou que são mais de 110 agentes nas ruas, fazendo trabalho de busca, de ações e mobilizações contra a dengue. Ele destaca que é necessária a ajuda da população desde eliminação de qualquer objeto que esteja aparando água.

“Nos trabalhos que temos feito, a gente tem encontrado tanto pequenos depósitos, que são os depósitos atrás da geladeira, ralinho, o velho pratinho de planta, até mesmo lona, vasilhames e qualquer objetos fora de casa. É disso que precisamos do apoio da população, porque o agente de endemias tem de praxe passar na residência de dois em dois meses. Já o morador está na casa todos os dias”.

Minas confirma primeira morte por dengue em 2022; casos sobem quase 55% em uma semana

Minas Gerais confirmou a primeira morte por dengue em 2022. Segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta terça-feira (22), outros dois óbitos seguem em investigação.

Os dados constam no boletim epidemiológico divulgado pela pasta nesta manhã e foram registrados na semana entre 8 e 15 de fevereiro. Nesse mesmo período, o número de casos confirmados da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti disparou.

Desde o início do ano até o momento, o mosquito Aedes aegypti transmitiu a enfermidade para 1.289 pessoas no Estado. Isso representa um aumento de quase 55% em relação aos 833 confirmados até dia 8 deste mês.

Em relação à febre chikungunya, transmitida pelo mesmo vetor, a pasta aponta para 317 casos prováveis, dos quais 30 foram confirmados. Até o último dia 8, eram 22.

Com relação à zika, são nove os casos prováveis, com três confirmados. Até o momento, não há óbitos pela doença e por chikungunya.

Prevenção

Para combater as doenças, as medidas são as mesmas e consistem basicamente em eliminar os criadouros do mosquito, especialmente onde há retenção de água da chuva, como ralos, calhas, vasos de plantas e pneus.

Considerando que o ciclo de vida do Aedes tem duração média de sete dias, é preciso que a limpeza seja feita, pelo menos, duas vezes na semana.

Focos do Aedes Aegypti preocupam em Passos e prefeitura realiza mutirões de limpeza

A quantidade de focos do Aedes Aegypti encontrados em Passos preocupa por conta da proliferação do mosquito transmissor da dengue. Conforme levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), foram encontrados focos em 6% das casas da cidade, o que é considerado acima do aceitável pelo Ministério da Saúde.

O limite aceitável pelo Ministério da Saúde seria de focos em 1% das casas. Entretanto, Passos possui cinco vezes mais do que seria aceito no LIRAa. Por conta disso, a prefeitura estendeu os mutirões de limpeza no município. A ação teve início em 2021 e continua também este ano (veja mais abaixo o calendário de fevereiro).

“A realidade já de muitos anos no município de Passos é que os imóveis estão servindo para depósitos de materiais inservíveis. As pessoas, por costume, começaram a acumular materiais inservíveis em seus quintais, dentro das casas, por isso desse mutirão inédito que começamos em 2021 e estendemos para 2022, de retirada de materiais inservíveis e combate à dengue, para estar mexendo e limpando aquele ambiente”, explicou o diretor de saúde coletiva de Passos, Thiago Salum.

O diretor salientou, ainda, que os principais focos na cidade são os mais comuns pontos para proliferação do mosquito: latas, garrafas, sacos plásticos e vasos de plantas.

“Os principais focos ainda continuam sendo os materiais removíveis, os pequenos depósitos, aqueles depósitos que as pessoas poderiam estar eliminando nos descartes corretos das residências. Como latinhas, sacolas plásticas e também o pratinho de planta, onde fica acumulada a água e também serve de depósito”, disse.

Calendário de limpeza em ferreiro:

  • 03/02
    Serra das Brisas, Serra Verde, Monsenhor Messias, Embratel, Dedé Veloso, São Joaquim, Recanto da Teka e Jardim Canadá II
  • 10/02
    Nossa Senhora Aparecida, Vila Romana e Jardim Itália
  • 17/02
    Novo Horizonte, Santa Bárbara e Novo Mundo
  • 24/02
    Penha II, Nossa Senhora da Penha, Parque das Aroeiras e Alto dos Nobres

Região: casos prováveis de dengue aumentam 7,4% em setembro

Mosquito sucking blood on human skin with nature background

O mês de setembro teve alta de 7,44% no número de casos prováveis ​​de dengue na região, comparado a agosto. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) no dia 29 de setembro, os municípios da região registraram 332 notificações de dengue, 23 ocorrências a mais do que o último boletim de agosto, e uma notificação de Chikungunya em São Sebastião do Paraíso. Na comparação com o boletim do dia 15 de setembro, houve um aumento de 6,75% (21 notificações).

Passos e Piumhi, com 87 notificações cada, dividem o primeiro lugar no ranking dos municípios com mais casos prováveis ​​de dengue na região. Os dois municípios juntos representam 52,4% dos registros. São Sebastião do Paraíso aparece em segundo lugar, com 56 casos prováveis, seguido por Capitólio (35), Claraval (17), Itaú de Minas (11), Alpinópolis (8), Capetinga (5), São José da Barra (5) , Monte Santo de Minas (4), Doresópolis (3), Guapé (3), Claraval (2), Ibiraci (2), Jacuí (2), São Roque de Minas (2), Carmo do Rio Claro (1), Fortaleza (1) e Itamogi (1). Já Bom Jesus da Penha, Delfinópolis, Nova Resende, Pratápolis, São João Batista do Glória, São Tomás de Aquino e Vargem Bonita não registraram nenhuma notificação da doença.

Na comparação com o boletim do dia 15, houve um aumento de 16% nos casos prováveis ​​de dengue em Passos (12 novos casos) em uma semana. Em Piumhi e São Sebastião do Paraíso o aumento foi, respectivamente, de 3,57% e 3,7%. Já em Capitólio, houve um aumento de 2,94% nos registros.

Comparado com o último boletim do mês de agosto, os taxa de registros em Passos aumentaram em 22,53%. Em São Sebastião do Paraíso e Capitólio o aumento foi, respectivamente, de 3,7% e 6%. Já Piumhi, apresentou uma queda de 1,13% nas notificações.

Carmo do Rio Claro, Guapé e São Roque de Minas registraram, cada um, um novo caso provável de dengue no último boletim de setembro. Alpinópolis, Capetinga, Cássia, Claraval, Doresópolis, Fortaleza, Ibiraci, Itamogi, Itaú de Minas, Jacuí, Monte Santo de Minas e São José da Barra mantiveram o número de notificações.

Em minas gerais

Segundo o boletim da SES-MG, no Estado, foram registrados 22.242 casos prováveis ​​de dengue e, até o momento, 5 óbitos pela doença foram confirmados. Em relação à Chikungunya, foram 6.376 notificações e um óbito. Já em relação ao Zika, foram 94 casos prováveis ​​e nenhum óbito.

Via: Clic Folha.

Passos tem quase 10% dos casos de dengue registrados no Sul de Minas em 2021

O Sul de Minas contabiliza 884 casos de dengue em 2021. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e foram contabilizados até esta quinta-feira (30). Do total de contaminações, Passos possui quase 10% do somatório de toda região: são 87 casos na cidade.

Na região, 76 cidades registraram ao menos um caso provável de dengue do início do ano até a atualização desta quinta.

Além de Passos, as cidades que possuem mais casos são Três Corações, São Sebastião do Paraíso e Ijaci.

Conforme a SES-MG, Três Corações tem 71 casos de dengue confirmados entre o começo de 2021 e esta quinta-feira.

Ainda de acordo com a secretaria, São Sebastião do Paraíso possui 56 casos e Ijaci tem 54 contaminações de dengue.

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