Minas bate recorde de mortes por dengue; 2024 se torna o pior ano da epidemia – Foto: reprodução
Minas Gerais registrou recorde no número de mortes por dengue. Conforme dados atualizados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta segunda-feira (22), 288 pessoas perderam a vida pela doença em 2024. O número de óbitos é maior do que o registrado em 2016 – maior ano epidêmico, quando o Estado somou 281 mortes. As cidades mineiras já tinham apresentado o maior saldo de contaminados da história, porém, agora, o ano também é marcado como a fase em que a arbovirose foi mais fatal.
Segundo levantamento do painel de monitoramento de arboviroses, outros 730 óbitos estão em investigação. Ao todo, 495.490 casos de dengue foram confirmados no Estado em 2024 e mais de 1,1 milhão são classificados como prováveis. O número de casos prováveis também representa um recorde em relação a 2016, quando 521.047 casos prováveis foram notificados no Estado.
Em fevereiro de 2024, o secretário de Saúde do estado, Fábio Baccheretti, afirmou que o Estado viveria sua pior epidemia de dengue, superando os números de 2016. “Nunca vivenciamos uma inclinação tão grande de dengue. Nosso recorde era um pouco menos de 600 mil casos prováveis em 2016, que é a nossa base de comparação, já que nem todos os casos da doença são confirmados, mas vamos ultrapassar isso. Não temos dúvidas que esse será o pior ano de dengue da história de Minas”, disse à época.
A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Saúde sobre o caso e aguarda retorno. A matéria será atualizada tão logo um posicionamento seja enviado.
São Sebastião do Paraíso investiga morte de criança por suspeita de dengue – Foto: arquivo pessoal
A Secretaria Municipal de Saúde de São Sebastião do Paraíso (MG) investiga a morte de Isak Gabriel Calixto Lemos, de 4 anos, devido à suspeita de dengue. Ele foi sepultado na sexta-feira (19), em Paraíso.
O menino chegou a ser atendido na quarta-feira (17), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e foi submetido a em teste rápido para dengue, que deu positivo. Em Guaxupé, foi confirmada a primeira morte em decorrência da dengue neste ano. Na região de Passos, até esta sexta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde já havia confirmado nove mortes por dengue, sendo quatro em Passos, duas em Pimenta, uma em Cássia, uma em Piumhi e uma em São João Batista do Glória.
Na sexta-feira, familiares de Isack Lemos postaram em redes sociais o falecimento da criança citando o óbito por dengue. A criança foi levada à UPA na quarta-feira,17, onde foi atendida, medicada e recebeu autorização para retornar para casa, não sendo necessária a hospitalização. No entanto, um dia depois, com agravamento do quadro, foi levado novamente à unidade, onde foi constatado ter chegado sem os sinais vitais.
O prefeito Marcelo Morais, que também responde pela Secretaria Municipal da Saúde confirmou a passagem da criança duas vezes pela UPA. “Na primeira vez, fez-se o teste rápido e confirmou a dengue. Ela foi hidratada e atendida conforme o protocolo”, afirma. Não havendo necessidade de internação, foi liberada com a recomendação de que continuasse o tratamento com medicação prescrita.
No entanto, na noite de quinta-feira (18), Isack novamente foi levado à UPA onde chegou sem sinais vitais e apesar dos procedimentos, veio a óbito. “Comunicamos a regional e também a Secretaria de Saúde. Conforme protocolo foi coletado sangue para exames que deverão ajudar a esclarecer a causa da morte. Lamentamos profundamente e solidarizamos com a família”, disse Morais.
Este é o segundo caso de óbito ocorrido neste ano que está sob investigação. Não foram divulgados detalhes sobre a primeira ocorrência, ainda em apuração. Ano passado o município confirmou oito mortes por dengue, além de 5.359 pessoas que se contaminaram com a doença.
Em Guaxupé, a Prefeitura informou que na tarde de quarta-feira, a confirmação da primeira morte por dengue. De acordo com comunicado oficial, trata-se de uma mulher guaxupeana que foi internada no dia 09 de abril em um hospital da cidade de São José do Rio Pardo (SP), a paciente faleceu no dia 10 de abril.
A prefeitura não informou a idade da paciente e o local provável da infecção. Ainda conforme informações do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o município já havia registrado neste ano 1. 285 casos confirmados de dengue.
Quatro pessoas morrem por dengue nesta semana, em Passos; duas adolescentes, de 13 e 15 anos, estão entre as vítimas – Foto: redes sociais
Nesta semana, quatro pessoas morreram por complicações causadas por dengue em Passos (MG). Dessas, duas eram adolescentes e não tinham comorbidades. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
A adolescente Maria Fernanda, de 13 anos, morreu quatro dias após os primeiros socorros, às 2h32, da última quarta-feira (10).
Ana Luiza, de 15 anos, também não resistiu às complicações e faleceu. Além das adolescente, dois homens, ambos com mais de 50 anos, também morreram vítimas da dengue. Outras três mortes por suspeita da doença estão sendo investigadas em Passos.
Passos tem o maior número de mortes pela doença no Sul de Minas. Pelo menos 211 pessoas morreram em decorrência da doença em Minas Gerais, e outros 653 óbitos estão em investigação. O estado tem 977.829 casos prováveis de dengue, dos quais 396.708 já foram confirmados.
Após morte de aluna por dengue, escola faz passeata de alerta em Passos – Foto: reprodução
Diretores, supervisores, professores e alunos da Escola Estadual São José, em Passos (MG), promoveram na manhã desta sexta-feira (22), uma passeata com o objetivo de alertar a população sobre a necessidade de medidas de prevenção contra a dengue. A manifestação também serviu como homenagem à aluna Maria Fernanda Vieira de Paula Araújo, que morreu em decorrência da doença.
A passeata percorreu ruas do entorno da escola, localizada na rua Leopoldina, no bairro Jardim Califórnia. O ato iniciou às 8h e se encerrou às 9h. Maria Fernanda tinha 13 anos e foi sepultada no dia 7 deste mês.
Levantamento realizado pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) da Fiocruz/Unifase revela que a dengue tem atingido com maior gravidade crianças até 5 anos em 2024.
A análise mostra que adolescentes entre 10 e 14 anos apresentam o maior número de casos registrados este ano, enquanto crianças com menos de 5 anos têm as maiores taxas de letalidade, seguidas pelas de 5 a 9 anos. O Observa Infância analisou os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS) das primeiras 10 semanas epidemiológicas de 2024 (até 9 de março).
De acordo com o levantamento, foram notificados 239.402 casos em crianças até 14 anos, com maior incidência entre adolescentes de 10 a 14 anos, sendo 24,5% em menores de 5 anos, 33,7% entre 5 e 9 anos e 41,8% de 10 a 14 anos.
Segundo o estudo da Fiocruz, foram registrados 52 óbitos, sendo 16 deles já confirmados e 36 em investigação, em decorrência da dengue em crianças com menos de 14 anos no período. Deste total, 44,2% das vítimas tinham menos de 5 anos, enquanto a faixa de 5 a 9 anos representou 32,7% dos óbitos e a faixa de 10 a 14 anos correspondeu a 23,1% das mortes, demonstrando uma gradativa diminuição da proporção de óbitos com o aumento da idade. (Clic Folha)
Prefeitura de Passos decreta situação de emergência após aumento nos casos de dengue – Foto: reprodução
A Prefeitura de Passos (MG) decretou situação de emergência em saúde pública após aumento nos casos de dengue. Segundo o documento, o decreto está em vigor desde a última sexta-feira (15) e tem duração de 180 dias, podendo ser prorrogado, de acordo com a necessidade.
Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Passos tem 1.983 casos confirmados.
A gestão municipal considerou pontos como o aumento de casos prováveis e casos graves, alto índice de infestação de larvas do mosquito, o aumento dos atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), além do aumento da disseminação da doença devido ao clima.
O decreto autoriza convocar voluntários para realizar ações e campanhas de conscientização com objetivo de facilitar o combate ao mosquito. O documento também inclui visitas amplas e antecipadas nos imóveis públicos e particulares, principalmente em áreas com potenciais focos de transmissão.
A prefeitura também autorizou a limpeza de terrenos baldios quando caracterizada situação de abandono, além do recolhimento dos móveis, carros e sucatas. O documento também autoriza a entrada forçada nos imóveis, indústrias e comércios, em caso de abandono ou ausência de pessoas no local, que possa permitir a entrada do agente.
Passos registra 2ª morte com suspeita de dengue neste ano – Foto: reprodução
O número de óbitos em investigação com suspeita de dengue subiu para nove na região de Passos (MG). Dados do boletim epidemiológico e do painel de monitoramento de arboviroses divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) na última segunda-feira (11) apontam que o número de mortes em Passos aumentou para dois.
Desde o início deste mês, o número de casos prováveis de dengue aumentou 35,57% e o de confirmações da doença cresceu 36,61%. No dia 1º de março, eram 8.241 registros, sendo que 3.786 deles já haviam sido confirmados. Nesta segunda-feira, a SES registra 11.172 casos prováveis, sendo 5.172 deles já confirmados. Passos, com 4.165 casos prováveis e 1.983 confirmações, e o município com maior número de registros.
No mesmo período, o número de óbitos em investigação aumentou de oito para nove. Segundo a SES, além das mortes suspeitas em Passos, a secretaria também investiga dois óbitos em Piumhi, dois em Pimenta, um em Capetinga, um em Carmo do Rio Claro, e um em Itamogi.
Passos registra 2ª morte com suspeita de dengue neste ano – Foto: divulgação
Minas
Em Minas, a SES registrou, até esta segunda-feira, 514.830 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue, sendo 185.690 deles confirmados para a doença. Até o momento, Minas tem 66 óbitos confirmados por dengue no estado e 308 estão em investigação.
Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 50.115 casos prováveis da doença, dos quais 31.563 foram confirmados. Até o momento, 20 óbitos foram confirmados por Chikungunya em Minas Gerais e 20 estão em investigação.
Quanto ao vírus Zika, até o momento, foram registrados 98 casos prováveis. Foram confirmados sete casos da doença. Não há óbitos confirmados ou em investigação por Zika em Minas Gerais.
Cenário
Nesta terça-feira, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, apresenta à imprensa o cenário das arboviroses no estado e as ações do governo no enfrentamento da dengue e chikungunya.
Segundo a SES, além de um panorama dos casos, o secretário vai abordar a vacinação contra a dengue, estrutura do sistema de saúde para atendimento aos pacientes e preparativos para o próximo dia D.
Dengue: Limpeza em prédio de hospital desativado tem início no último dia do prazo em Passos, MG — Foto: Fabiano Minatto
A limpeza do prédio do antigo Hospital Psiquiátrico Otto Krakauer, em Passos (MG), teve início na última quinta-feira (7), último dia do prazo fixado pela prefeitura à fundação mantenedora do imóvel. A data havia sido fixada com multa estipulada que poderia chegar a R$ 36 mil por dia, em caso de descumprimento.
O imóvel virou ponto de reclamação de moradores próximos ao prédio, por conta do abandono poder fazer o local ter possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue.
No último dia do prazo a limpeza começou no prédio pela Fundação São João da Escócia. O matagal que era visto na parte da frente do prédio foi retirado. Já no telhado, trabalhadores realizam o serviço de retirada das telhas quebradas.
Por outro lado, no entanto, o principal problema do imóvel permanece sem ser solucionado, de acordo com moradores vizinhos. Na parte de trás do prédio, há uma área com entulho e lixo composto por garrafas, latas e plástico, materiais que podem acumular água e contribuir para a proliferação do mosquito.
Com o serviço de limpeza iniciado, a prefeitura destacou que, por boa fé, não irá aplicar a multa neste momento, mesmo se a empresa não terminar todo serviço nesta quinta. Conforme a Secretaria de Obras, isso por conta de que a limpeza começou.
A prefeitura ressaltou, entretanto, que, caso as obras e serviços forem paralisados, a multa diária que pode chegar a R$ 36 mil vai ser aplicada à fundação.
O hospital
Criado há 40 anos, por falta de recursos, o Hospital Otto Krakauer deixou de receber pacientes no fim de julho de 2016.
Em 2021, em uma parceria com a prefeitura, o local foi destinado a atender pacientes com Covid-19, mas como não havia estrutura necessária para esses atendimentos, a santa casa e a upa absorveram esses pacientes e o hospital fechou suas portas definitivamente. Desde então, ele está abandonado.
Casos de dengue têm aumento de 45% na semana no Sul de Minas; confirmações passam de 18 mil – Foto: reprodução
O Sul de Minas tem mais de 18 mil casos. Os dados foram atualizados na tarde da última segunda-feira (4) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Em uma semana, o número de casos aumentou em 45%, passando de 12,4 mil para 18 mil casos. Até o momento, três mortes foram confirmadas e outras 29 estão em investigação.
Na semana passada, a SES-MG chegou a confirmar uma 4ª morte, em Carrancas, mas fez a correção em seu “Painel de Monitoramento”. O óbito registrado na cidade segue em investigação.
Varginha segue liderando o número de casos na região: 3.686 casos. Passos (1.685), Areado (1.026) e Campo Belo (1.003) aparecem na sequência.
Conforme os dados da SES-MG, Varginha foi a cidade onde o número de casos mais aumentou nesta semana. Foram +1.372 confirmações. Campo Belo (+454), Passos (+367) e Delfinópolis (+334) aparecem na sequência.
Camanducaia, São João da Mata e Senador Amaral tiveram os primeiros casos confirmados da doença. Divisa Nova, São Tiago e Perdões registraram os maiores aumentos proporcionais em relação à última semana.
Governadores do Sul e Sudeste cobram ações do governo federal contra a dengue – Foto: reprodução
Os governadores dos sete estados do Sul e do Sudeste divulgaram uma carta conjunta em que cobram do governo federal “maior celeridade no desenvolvimento e na produção de vacinas” contra a dengue e “atualização dos critérios de distribuição de recursos federais”.
O documento foi divulgado durante o encerramento do 10º encontro do Consórcio Integrado do Sul e Sudeste (Cosud), que começou quinta-feira (29) e acabou sábado (2), em Porto Alegre (RS).
O grupo foi criado no ano passado. Juntos, os sete estados têm 114 milhões de habitantes, metade da população do país, conforme enfatizado pelos autores da carta.
Os governadores ressaltam ainda que Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina decretaram situação de emergência devido à grande quantidade de pessoas infectadas pelo Aedes aegypt, transmissor da dengue.
“Dado que a epidemia acomete neste momento particularmente o Sul e o Sudeste, contrariando a série histórica, os estados dessas duas regiões advogam pela atualização dos critérios de distribuição de recursos federais para a realidade atual”, diz trecho do documento.
“Deve ser enfatizada a premência de maior celeridade no desenvolvimento e na produção de vacinas e, ainda, uma distribuição que, a um só tempo, seja ágil e atenda a critérios transparentes e pactuados com os entes da federação”, completa.
Brasil registra mais de 1 milhão de casos em 2024 Na última sexta-feira (1º), o Brasil atingiu a marca de 1.038.475 casos de dengue no ano, entre prováveis e confirmados. Oficialmente, são 258 mortes causadas pela doença em todo o país. Estão em investigação 651 óbitos suspeitos. O número de casos resulta na proporção (coeficiente de incidência) de 511,4 /100 mil habitantes.
O Distrito Federal tem o pior cenário, em números absolutos e proporcionais. Com 3 milhões de habitantes, registrou 77 mortes por dengue em 2024, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde na sexta-feira. Até então, eram 102.757 casos prováveis da doença. Com uma população sete vezes maior, Minas Gerais, que tem o segundo maior número de mortes, anotou 37 vítimas.
Ministra admite falta vacina, e aposta em imunizante nacional
Até o momento, por causa da baixa quantidade de vacinas disponíveis – o imunizante é novo –, o Ministério da Saúde só liberou doses para vacinação de crianças de 10 e 11 anos na rede pública. Essa faixa etária concentra o maior número de hospitalizações por dengue. Clínicas particulares oferecem vacinas, pagas, mas também enfrentam a falta de doses.
No sábado (2), durante evento do Dia D de combate à dengue, no Espírito Santo, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, falou sobre a necessidade de mais vacinas para todo o país. Ela alegou que, diante da limitação de produção do laboratório japonês fabricante da Qdenga, a alternativa para aumento da oferta do imunizante é a produção nacional.
“Recebemos uma oferta pequena, compramos todo o estoque possível do laboratório produtor. E estamos em um trabalho para que laboratórios brasileiros, sob a liderança da Fundação Oswaldo Cruz, possam produzir a vacina no Brasil. Mas isso não é uma solução imediata”, ponderou a ministra.
Diante da situação, ela ressaltou que o foco deve ser combater os focos de mosquito transmissor aliado ao trabalho dos agentes de saúde dos sistemas estaduais e municipais de saúde para impedir o avanço da dengue e que vidas sejam perdidas.
A ministra também garantiu que o governo federal já comprou testes rápidos para diagnóstico precoce da doença, a partir do primeiro dia de sintomas e ajuda na diferenciação da fase aguda e tardia da dengue.
Abandono de prédio de hospital psiquiátrico preocupa por possíveis focos de dengue em Passos — Foto: Fabiano Minatto
Segunda cidade do Sul de Minas com mais casos confirmados da doença, uma das preocupações em Passos (MG) é a situação de prédios abandonados. Um deles é o do Hospital Otto Krakauer, que foi referência no tratamento psiquiátrico da região, mas que está fechado há três anos.
De acordo com o boletim divulgado esta semana pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), já são 1.318 casos confirmados de dengue em Passos. Na região, a cidade perde somente para Varginha no número de confirmações. Uma situação que assusta, claro, e que deixa todo o sistema de saúde em alerta.
Apesar do reforço dos cuidados da prefeitura, ainda existem muitos pontos de preocupação. E um deles, é o antigo hospital, abandonado desde 2021.
Famílias vizinhas ao Otto acreditam que o local seja o grande criadouro de focos do mosquito. inclusive, na casa de trás, moram três pessoas, entre elas, uma criança de 9 meses internada com suspeita de dengue.
Imagens aéreas mostram o mato alto e também locais em que água pode acumular no imóvel.
Há também imagens internas, que mostra lixo, água parada e mato alto.
Em contato com a prefeitura, o Secretário de Saúde, Tiago Salum, disse que a mantenedora do hospital, a Fundação São João da Escócia, já foi notificada e que uma notificação também foi enviada ao Ministério Público. Por ser uma questão de saúde pública, a Secretaria de Saúde também notificou a Secretaria de Obras, responsável pela limpeza urbana e fiscalização urbanística.
Conforme a Secretaria de Obras, os responsáveis pelo prédio tem até o dia 7 de março para fazer a limpeza. Se eles não fizerem, a multa é de R$ 1,50 por metro quadrado do imóvel.
Abandono de prédio de hospital psiquiátrico preocupa por possíveis focos de dengue em Passos — Foto: Fabiano Minatto
O hospital
Criado há 40 anos, por falta de recursos, o Hospital Otto Krakauer deixou de receber pacientes no fim de julho de 2016.
Em 2021, em uma parceria com a prefeitura, o local foi destinado a atender pacientes com Covid-19, mas como não havia estrutura necessária para esses atendimentos, a santa casa e a upa absorveram esses pacientes e o hospital fechou suas portas definitivamente. Desde então, ele está abandonado. (G1)
Gostaria de adicionar o site Jornal Folha Regional a sua área de trabalho?
Sim
Receber notificações de Jornal Folha Regional
Sim
Não