Jornal Folha Regional

Minas Gerais anuncia congelamento do ICMS no preço do diesel

O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta 2ª feira (25.out.2021) em seu perfil no Twitter que irá congelar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o diesel no Estado. O chefe do executivo mineiro não disse por quanto tempo a medida ficará em vigor. Ele também não deu detalhes sobre o impacto na arrecadação do Estado.

“Considerando que o aumento do valor do combustível, decorrente dos reajustes constantes da Petrobras, tem consequências diretas no custo de vida dos mineiros, o Governo de Minas vai congelar o ICMS do diesel no Estado a partir desta segunda-feira”, escreveu.

Em entrevista à CNN nesta 2ª feira o governador disse que o ICMS não tem papel determinante no preço do diesel, já que o valor é definido por outros fatores. Bolsonaro (sem partido) já havia atribuído a alta dos combustíveis ao ICMS dos Estados.

“O Governo Federal é fácil dizer que vai zerar PIS e Cofins, representa 1%, 2%. Para os estados, ICMS é 20%”, disse.

“O Governo Federal é fácil dizer que vai zerar PIS e Cofins, representa 1%, 2%. Para os estados, ICMS é 20%”, disse.

A medida é anunciada dias depois da greve de transportadores de combustível e derivados de petróleo que afetou a distribuição em Minas Gerais. A paralisação iniciou na madrugada do dia 21 de outubro e atingiu 100% dos tanqueiros do Estado, que protestavam contra os altos custos dos combustíveis e contra o valor do ICMS.

Minas Gerais e Maranhã já haviam apresentado uma proposta para o congelamento do imposto durante reunião extraordinária do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). O projeto, porém, não teve adesão dos Estados.

Postos repassam reajuste e gasolina sobe 3,3% em uma semana

Com o reajuste promovido pela Petrobras, o preço da gasolina nos postos brasileiros subiu 3,3% na semana passada, atingindo o valor médio de R$ 6,321 por litro, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

O reajuste, de 7,2%, entrou em vigor no último dia 9, segundo a estatal, para compensar parte da elevação das cotações internacionais do produto.

A Petrobras também aumentou o preço do gás de cozinha, no mesmo percentual.

Com os repasses, já é possível encontrar gasolina a mais de R$ 7 por litro em seis estados, segundo a pesquisa da ANP: Mato Grosso, Piauí, Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O preço mais alto, R$ 7,499 por litro, foi registrado em Bagé (RS).

De acordo com a ANP, o preço do botijão de 13 quilos teve alta de 1,8% nas revendas esta semana, atingindo o valor médio de R$ 100,44, superando pela primeira vez casa dos R$ 100 no preço médio nacional. Em Mato Grosso, Rondônia e no Rio Grande do Sul, é possível encontrar o botijão a R$ 135.

A escalada dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores de pressão sobre a inflação brasileira, que em setembro acelerou para 1,16%, a maior alta para o mês desde o início do Plano Real, quebrando a barreira simbólica dos dois dígitos no acumulado de 12 meses.

Para tentar reverter os impactos dos aumentos sobre sua popularidade, o presidente Jair Bolsonaro vem colocando o tema como principal prioridade do seu governo, com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Nesta quinta (14), a Câmara aprovou projeto de lei que altera as regras de cobrança do ICMS, imposto estadual que vem sendo apontado erroneamente pelo governo como principal causa dos aumentos dos preços dos combustíveis.

Criticado por governadores e especialistas, o projeto promete reduzir em 7% o preço da gasolina. Os estados alegam que perderão R$ 24 bilhões por ano com a nova fórmula, que segundo eles não resolveria o problema da alta de preços.

A pesquisa da ANP identificou também nova alta no preço do diesel, que foi reajustado nas refinarias no início do mês. Segundo a agência, o produto custa, em média, R$ 4,976, aumento de 0,3% em relação à semana anterior.

Assim, a alta acumulada desde o reajuste nas refinarias é de 5,7%.

O preço do etanol também manteve a tendência de alta e fechou a semana a R$ 4,819 por litro, valor 0,9% superior ao registrado na semana anterior.

Com a pressão política sobre os preços dos combustíveis, a Petrobras vem tendo dificuldades de cumprir os prazos de acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que prevê a venda de metade de sua capacidade de refino.

Até agora, apenas duas unidades foram vendidas, as refinarias da Bahia e do Amazonas. Outros três processos ainda estão em negociação e três, com prazo final para assinatura de contratos no fim deste mês, foram suspensos.

Com gasolina acima de R$6, Minas tem maior arrecadação com imposto

O preço dos combustíveis pesa no bolso do consumidor e pressiona a inflação no país, mas, para os estados, o reflexo é inverso. Minas Gerais apresentou a maior arrecadação de ICMS sobre combustíveis dos últimos cinco anos. Dados da Secretaria Estadual de Fazenda revelam que, de janeiro a agosto, a receita com o imposto chegou a R$ 8,3 bilhões. É o melhor resultado.

Para se ter ideia, no mesmo período do ano passado, a arrecadação foi de R$ 6,2 bilhões. Se continuar nesse ritmo, será também o melhor ano para os cofres públicos mineiros. 

Como ano passado foi uma base fraca, em decorrência da pandemia, o blog analisou os anos anteriores. Em 2019, a receita com o chamado imposto sobre combustíveis foi de R$ 7,1 bilhões. Em 2018, R$ 7 bilhões e em 2017 R$ 6,5 bilhões. Ou seja, o preço da gasolina, do diesel e etanol nas alturas está beneficiando a situação fiscal do Estado. 

Em tempo, 31% da composição do preço da gasolina, por exemplo, é de ICMS. Outros 33% dizem respeito ao preço líquido da Petrobras. 

Daí se depreende a guerra polítca travada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) com governadores.

A melhor arrecadação em Minas contribui para o fluxo de caixa, que permitirá, por exemplo, o pagamento do 13º salário do funcionalismo antes do Natal.

Reajuste no preço da gasolina já reflete em postos de combustível nas maiores cidades do Sul de MG

O reajuste de 4% no preço da gasolina anunciado pela Petrobras já reflete nos postos de combustível das maiores cidades do Sul de Minas. Em Pouso Alegre, o valor do litro está R$ 0,10 maior em alguns estabelecimentos. Em Varginha e em Passos este aumento deve ocorrer ainda nesta terça-feira (13). Já em Poços de Caldas, reajuste ainda não foi repassado.

O novo reajuste, que vale desde sábado (10), é o terceiro aumento consecutivo da gasolina imposto pela companhia desde o final do mês passado.

Já com preço maior

Alguns postos de Pouso Alegre consultados pela EPTV, afiliada Rede Globo, repassou R$ 0,10 no valor do litro da gasolina comum e também na aditivada. No caso da comum, o preço agora é de R$ 4,59. Já na aditivada o litro é encontrado por R$ 4.69. Há estabelecimentos na cidade em que o reajuste ainda não foi repassado.

O mesmo caso ocorre em Poços de Caldas em que o aumento ainda não foi repassado. O valor do litro da gasolina comum no município está em torno de R$ 4,49.

Em Varginha, no próprio sábado um dos postos da cidade já fez o reajuste de 4% nas bombas. Outro estabelecimento ainda vai repassar o aumento de R$ 0,10 nesta terça. O preço do litro do combustível na cidade é em torno de R$ 4,70.

Já em Passos, um dos postos da cidade ainda vai repassar o aumento da gasolina comum nesta quinta. Na cidade, o valor do combustível é em torno de R$ 4,90.

Além de reajustar o valor da gasolina nas refinarias, a Petrobras também reajustou o valor do diesel em 5%. A companhia defendeu que esse reajuste dos combustíveis leva em conta os preços do petróleo no mercado internacional e do câmbio, além de outros fatores.

Fonte: G1

Preço da gasolina continua sem alterações, mesmo com redução de 3% na refinaria

A redução de 3% no valor da gasolina foi anunciada essa semana pela Petrobras, mas os preços continuam os mesmos nos postos de combustíveis.

Em nota, a Petrobras informou que existem alguns fatores que influenciam diretamente nos valores: O valor cobrado pelo produtor ou importador, custo do etanol, cargas tributárias e margens de revenda e distribuição. Minas Gerais ocupa o terceiro lugar no ranking dos combustíveis mais caros do país. A carga tributária responde por parte relevante do preço final. Os demais agentes da cadeia de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis, também influenciam na formação do preço final.

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.