Jornal Folha Regional

Governo altera regra de transição do Bolsa Família; entenda

Governo altera regra de transição do Bolsa Família; entenda - Foto: reprodução
Governo altera regra de transição do Bolsa Família; entenda – Foto: reprodução

O governo federal atualizou nesta quinta-feira (15) as regras de transição para as famílias beneficiárias do Bolsa Família que passam a ter renda superior ao limite de entrada no programa. A nova norma de proteção entra em vigor a partir de junho e foi publicada em portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome no Diário Oficial da União..

Em nota, a pasta informou que a nova regra de proteção entra em vigor a partir de junho deste ano, com o objetivo de ampliar o foco em famílias em situação de maior vulnerabilidade e promover ajustes “para manter a sustentabilidade e a efetividade do programa”.

Apesar de entrar em vigor em junho, os efeitos na gestão dos benefícios do programa serão sentidos a partir da folha de pagamentos de julho de 2025. ”Ou seja, as alterações se aplicam exclusivamente às famílias que ingressarem na regra de proteção a partir do mês de junho”, destacou o ministério.

O que muda

Com a alteração, famílias que ultrapassarem o limite de renda para entrada no Bolsa Família – de R$ 218 per capita – poderão seguir no programa por mais 12 meses, recebendo 50% do valor do benefício a que a família faz jus, desde que a renda familiar per capita mensal não supere o valor de R$ 706.

“A fixação do novo limite de renda está alinhada à linha de pobreza internacional, estabelecida a partir de estudos sobre a distribuição de renda em diversos países do mundo”, ressaltou o comunicado.

Além disso, famílias cuja renda seja considerada estável ou permanente – como as que recebem aposentadoria, pensão ou Benefício de Prestação Continuada (BPC) – poderão permanecer com o auxílio do Bolsa Família por até dois meses.

“Nesses casos, já há uma proteção social contínua assegurada pelo Estado, o que contribui para maior previsibilidade ao orçamento familiar”, destacou o ministério.

Já no caso de famílias com pessoas com deficiência que recebem o BPC, o tempo máximo de permanência na nova regra de proteção será de 12 meses.

“A atenção diferenciada considera que o benefício, em seu regramento, passa por revisões periódicas em se tratando de pessoas com deficiência”, detalhou a pasta.

>> Como funcionava até maio de 2025?

Até essa data, famílias com renda acima de R$ 218 por pessoa, mas abaixo de meio salário mínimo, podiam permanecer no Bolsa Família por até 24 meses, recebendo 50% do valor original do benefício.

>> Como passa a funcionar a partir de junho de 2025?

A nova Regra de Proteção define três públicos distintos:

  • Público 1: Famílias que já estavam na regra de proteção até junho de 2025. Mantêm o limite de meio salário mínimo por pessoa (R$ 759) e podem seguir no Programa por até 24 meses, conforme as regras anteriores.
  • Público 2: Famílias que entram na regra de proteção a partir da folha de pagamento de julho e não têm integrantes com renda estável. Limite de renda: R$ 706 por pessoa. Permanência: até 12 meses.
  • Público 3: Famílias que entram na regra de proteção a partir da folha de pagamento de julho e possuem integrantes com renda estável (aposentadoria, pensão, BPC-Idoso). Limite de renda: R$ 706 por pessoa. Permanência no programa: até 2 meses.

O que não muda

Famílias que já estavam inseridas na regra de proteção vigente até junho de 2025, segundo o ministério, seguem protegidas pelo regramento anterior, que prevê o prazo de até 24 meses de permanência.

Caso a renda da família oscile novamente e retorne aos critérios de elegibilidade do programa, o valor integral do auxílio será restabelecido.

“As famílias na regra de proteção que, através da renda do trabalho, conseguirem superar a pobreza, após o período de 24 meses, terão o pagamento do Bolsa Família encerrado, com base no entendimento de que a família alcançou estabilidade na geração e manutenção de renda própria”, informou a nota.

Além disso, todas as famílias que deixarem o programa após o fim da regra de proteção poderão retornar com prioridade, caso voltem à situação de pobreza.

“Isso será possível por meio do mecanismo do retorno garantido, que é válido por até 36 meses e permite a reversão do cancelamento e a reintegração da família ao programa”, destacou a pasta.

Justificativa

De acordo com o ministério, a regra de proteção foi criada para garantir segurança extra às famílias que aumentam sua renda – especialmente quando um ou mais de seus integrantes ingressam no mercado de trabalho formal.

“A lógica é evitar o cancelamento imediato do benefício, reconhecendo que a superação da pobreza não ocorre de forma automática com a obtenção de um emprego. Trata-se de um processo gradual, que exige um período de adaptação e estabilização no novo cenário.”

Ao fixar o novo prazo em 12 meses, a pasta defende que as famílias terão tempo suficiente para acessar o seguro-desemprego e outros direitos da seguridade social sem ficarem desprotegidas.

“O programa acompanha as dinâmicas da economia e deve ser ajustado sempre que necessário para manter sua efetividade e garantir que os recursos cheguem às famílias que mais precisam”, completou o comunicado.

“As mudanças representam maior qualificação do gasto público e do atendimento às famílias que mais precisam, garantindo a segurança na transição para o mercado de trabalho e mantendo o Bolsa Família como um dos programas sociais mais eficientes do mundo”, concluiu o ministério.

Avaliação feita pelo Governo aponta um patrimônio de R$ 500 milhões em imóveis da UEMG

Avaliação feita pelo Governo aponta um patrimônio de R$ 500 milhões em imóveis da UEMG - Foto: reprodução
Avaliação feita pelo Governo aponta um patrimônio de R$ 500 milhões em imóveis da UEMG – Foto: reprodução

O governo Romeu Zema (Novo) avalia que a transferência da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) para o governo federal poderia abater R$ 500 milhões da dívida com a União. A avaliação foi feita pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) nesta quinta-feira (8 de maio) durante a reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) (leia mais aqui).

A estimativa corresponde a 25% do valor previsto pelo governo Zema entre bens imóveis que quer transferir para a União para abater a dívida de cerca de R$ 165 bilhões. O montante de R$ 2 bilhões apenas em imóveis é parte do cálculo feito pelo Palácio Tiradentes para reunir R$ 40 bilhões em ativos para entregar à União em busca de derrubar pela metade a taxa de juros de 4 pontos percentuais. 

Entretanto, além de entregar os imóveis, a intenção do governo Zema é oferecer para a União a gestão da UEMG. De acordo com Simões, caso apenas os imóveis fossem oferecidos, a universidade acabaria. “Se eu federalizo, eu não prejudico os alunos e os professores passam a fazer parte de uma carreira federal”, argumentou ele. 

O vice-governador lembrou que a UEMG já passou por um processo semelhante ao ser estadualizada. “Lá atrás, os institutos de ensino queriam, na verdade, se transformar em federais. Havia um movimento grande. Eles queriam ser federais, mas não conseguiram e a gente a transformou em UEMG”, citou Simões.

De acordo com ele, que é pré-candidato ao governo de Minas em 2026, a UEMG tem um “patrimônio enorme”. “O campus de Passos é uma enormidade. O campus de Ituiutaba é uma enormidade. O campus de Frutal é uma enormidade. Os campi de Belo Horizonte, o prédio da avenida Antônio Carlos, o prédio de Mangabeiras etc.”, exemplificou Simões. 

Questionado se a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) não poderia ser incluída no rol de ativos, Simões disse que, comparativamente, o patrimônio imobiliário da UEMG é maior. “Me parece que a Unimontes seria recusada pelo governo federal imediatamente. Já tomamos um ‘não’ prévio”, pontuou o vice-governador. 

A presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, Beatriz Cerqueira (PT), criticou a iniciativa de o governo Zema propor a federalização da UEMG sem conversar com a comunidade. “A UEMG acordou surpreendida como uma possibilidade de federalização não sabia e que, de acordo com o vice-governador, diz respeito a imóveis, a R$ 500 milhões de imóveis”, questionou a deputada.

PROFESSORES DA UEMG REAGEM COM CAUTELA

Os professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) ainda vêem com “cautela” o projeto do governo Romeu Zema (Novo) de transferir a gestão da instituição para a União. Diante da possibilidade de federalização, a Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (ADUEMG) informou que irá aguardar a divulgação do conteúdo do projeto de lei e se reunir com a categoria para definir um posicionamento sobre o tema.

Conforme o presidente da associação, Túlio Lopes, os professores pretendem participar de audiências públicas sobre o Propag, entre elas, uma a ser realizada em Brasília no dia 27 de maio. Ele destaca que o momento ainda é de “cautela”, considerando que pretendem verificar a proposta do governo de Minas, bem como os planos do governo federal para a universidade.

“Vamos buscar conhecer e analisar a proposta, consultar, caso tenha a transferência, quais serão as condições para os trabalhadores”, diz. “Mas nós não vamos aceitar demissões de funcionários ou retiradas de direitos. Vamos analisar e seguir defendendo a construção de uma universidade pública gratuita e popular de qualidade.”

Durante a reunião na ALMG, o vice-governador estimou que, ao passar a UEMG para a União, seria possível abater R$ 500 milhões da dívida de Minas, que beira os R$ 165 bilhões. Simões explicou que a ideia seria uma federalização da instituição, de forma que Minas consiga repassar o patrimônio da UEMG para o governo federal sem que haja “prejuízos” aos alunos e professores.

A UEMG é um dos ativos que Zema quer entregar à União para abatimento da dívida. Além da instituição, há também projetos envolvendo a Codemig, a Cemig, a Copasa e a Empresa Mineira de Comunicação (EMC). No total, foram apresentados à ALMG 12 projetos para adesão ao Propag.

Via: Observo

Anvisa aprova primeiro medicamento indicado contra Alzheimer

Anvisa aprova primeiro medicamento indicado contra Alzheimer - Foto: reprodução
Anvisa aprova primeiro medicamento indicado contra Alzheimer – Foto: reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (22/04), o primeiro medicamento indicado para tratamento de comprometimento cognitivo leve ou demência leve associados à doença de Alzheimer sintomática inicial.

O Kisunla (donanemabe), fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína beta-amiloide. Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro e o medicamento atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, prometendo um retardamento da progressão da doença.

Um estudo feito em oito países com 1.736 pacientes em estágio inicial mostrou que, com a posologia de 700 miligramas do medicamento a cada quatro semanas nas três primeiras doses e, depois, com 1.400 miligramas a cada quatro semanas, na 76ª semana, os pacientes tratados com donanemabe apresentaram progressão clínica menor e estatisticamente significativa na doença de Alzheimer em comparação aos pacientes tratados com placebo.

O produto injetável, administrado uma vez por mês, será comercializado em embalagem de ampola com doses de 20 mililitros sob prescrição médica e não é recomendado para pacientes de Alzheimer portadores do gene da apolipoproteína E ε4 (ApoE ε4).

Existe ainda a contraindicação do medicamento para pacientes que estejam tomando anticoagulantes (incluindo varfarina) ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral.
As reações mais comuns do medicamento são relacionadas à infusão, como febre e sintomas semelhantes aos da gripe, e dores de cabeça.

O donanemabe foi aprovado em julho do ano passado nos Estados Unidos, um ano após o Laqembi (lecanemabe), também destinado ao tratamento de Alzheimer. Os dois, no entanto, são alvos de controvérsias na comunidade médica. Alguns especialistas dizem que, embora sejam os medicamentos mais eficazes até agora contra a doença, é uma eficácia ainda muito limitada.

Na última semana, a Comissão Europeia aprovou o uso de lecanemabe para o tratamento de Alzheimer. Contudo, em março deste ano, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a recusa do uso de donanemabe para mesma finalidade.

No Brasil, a Anvisa publicou que irá monitorar a segurança e efetividade do donemabe sobre rigorosa análise. Segundo o Ministério da Saúde, a doença costuma evoluir de forma lenta e irreversível. A sobrevida média das pessoas com Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. e o quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios.

Os estágios do Alzheimer

O primeiro, a forma inicial da doença, causa alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. Foi nesse estágio da doença que estavam os pacientes participantes do estudo com donanemabe.

O segundo provoca dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia também são comuns nesta fase.

Já o estágio três é a forma grave de Alzheimer, com resistência do paciente à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva.

O último estágio da doença é o terminal, com restrição ao leito, dor à deglutição e infecções intercorrentes do paciente.

‘Minha Casa, Minha Vida’ é ampliado para quem ganha até R$ 12 mil

‘Minha Casa, Minha Vida’ é ampliado para quem ganha até R$ 12 mil - Foto: reprodução
‘Minha Casa, Minha Vida’ é ampliado para quem ganha até R$ 12 mil – Foto: reprodução

O governo federal anunciou a criação de uma nova faixa do programa de habitação “Minha Casa, Minha Vida”, voltada para famílias que possuem renda mensal de até R$ 12 mil. O decreto foi publicado nesta sexta-feira (4) no Diário Oficial da União (DOU).

Pessoas contempladas pela ampliação poderão adquirir financiamento de até 420 meses, com uma taxa de juros abaixo das oferecidas no mercado (10,50% ao ano), para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil, por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) 

A expectativa do governo é que pelo menos 120 mil famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil sejam beneficiadas.

O decreto não informa quando as novas linhas de financiamento estarão disponíveis, o que ainda deve ser detalhado pelo governo. A nova faixa do programa vai ser bancada pelo Fundo Social do Pré-Sal, de R$ 18 bilhões, que também vai compor o orçamento das Faixas 1 e 2.

“Estamos reforçando o Minha Casa, Minha Vida, para que ele possa atender a mais brasileiros. Agora a classe média também vai ser beneficiada. A gente tem feito um longo trabalho nestes últimos dois anos”, disse o ministro das Cidades, Jader Filho.

A medida foi apelidada pelo chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, de “Minha Casa, Minha Vida da classe média”, e faz parte de um conjunto de anúncios do governo Lula para beneficiar esse segmento.

Também mirando esse público, o presidente Lula tem exaltado a atualização do programa Celular Seguro, a implantação da TV 3.0 e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além de um foco maior na pauta da segurança pública.

Governo antecipa 13º salário de aposentados do INSS para abril e maio

Governo antecipa 13º salário de aposentados do INSS para abril e maio - Foto: reprodução
Governo antecipa 13º salário de aposentados do INSS para abril e maio – Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na última quinta-feira (3), um decreto que antecipa o pagamento do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas do INSS.

A informação já havia sido antecipada pelo ministério da Fazenda, mas o governo ainda estudava em quais meses os pagamentos seriam feitos.

Os depósitos acontecerão em abril e maio, considerando que os repasses ocorrem em duas etapas.

Esse pedido de antecipação foi feito pelo ministério da Previdência Social, chefiado por Carlos Lupi.

A medida vem no momento em que o governo está buscando soluções para aumentar e recuperar a popularidade do presidente.

Veja o calendário de antecipação do 13° salário para aposentados e pensionistas:

Calendário da 1ª parcela do 13° para benefício de até 01 salário mínimo

  • Número final 1: 24/04
  • Número final 2: 25/04
  • Número final 3: 28/04
  • Número final 4: 29/04
  • Número final 5: 30/04
  • Número final 6: 02/05
  • Número final 7: 05/05
  • Número final 8: 06/05
  • Número final 9: 07/05
  • Número final 0: 08/05

Calendário da 2ª parcela do 13° para benefício de até 01 salário mínimo

  • Número final 1: 26/05
  • Número final 2: 27/05
  • Número final 3: 28/05
  • Número final 4: 29/05
  • Número final 5: 30/05
  • Número final 6: 02/06
  • Número final 7: 03/06
  • Número final 8: 04/06
  • Número final 9: 05/06
  • Número final 0: 06/06

Calendário da 1ª parcela do 13° para benefício acima de 01 salário mínimo

  • Número final 1 e 6: 02/05
  • Número final 2 e 7: 05/05
  • Número final 3 e 8: 06/05
  • Número final 4 e 9: 07/05
  • Número final 5 e 0: 08/05

Calendário da 2ª parcela do 13° para benefício acima de 01 salário mínimo

  • Número final 1 e 6: 02/06
  • Número final 2 e 7: 03/06
  • Número final 3 e 8: 04/06
  • Número final 4 e 9: 05/06
  • Número final 5 e 0: 06/06

Falta de repasse do governo gera crise na APAC de Passos

Falta de repasse do governo gera crise na APAC de Passos - Foto: reprodução
Falta de repasse do governo gera crise na APAC de Passos – Foto: reprodução

A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Passos enfrenta uma grave crise financeira que coloca em risco a continuidade de suas atividades e a assistência aos 145 recuperandos na instituição. A situação se agrava em todas as unidades do estado pela falta do repasse trimestral que deveria ser enviado pelo governo de Minas Gerais através da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) até o final de fevereiro.

Sem o dinheiro, no valor de R$ 680 mil, a APAC do município se vê diante de uma realidade alarmante: a falta de alguns alimentos para todos que cumprem pena, impossibilidade de cumprir com a folha de pagamento dos 23 funcionários conveniados com o Estado e fornecedores. Atualmente, 95% da receita da instituição está comprometida, o que torna insustentável a manutenção das operações diárias.

A direção da instituição, através da advogada e presidente Renata de Lima Miranda, lançou uma campanha de arrecadação de alimentos para suprir as necessidades básicas dos sentenciados que cumprem pena, que incluem itens essenciais como macarrão, salsicha, feijão e carne. A escassez de produtos está afetando diretamente a alimentação de todos, cuja dieta deve ser adequada para garantir sua saúde e bem-estar.

 “A situação não é nada boa. Para amenizar um pouco, tivemos que lançar uma campanha junto à população com o objetivo de arrecadar alimentos em geral. Também necessitamos de dinheiro para comprar outros itens básicos no almoço e jantar. Quem puder ajudar, a chave pix é o telefone (35) 9-9700-8486”, explicou Renata.

Os recuperandos da APAC participam de diversas atividades diárias, que vão desde trabalhos na própria sede, onde contribuem para o acabamento de móveis, até estudos e tarefas domésticas, como cozinhar, lavar e realizar a higienização do espaço. Essas atividades são fundamentais não apenas para a rotina, mas também para a reintegração social dos que possuem o benefício de remição de pena em cumprimento.

Vale ressaltar que ninguém dorme fora da sede da associação, garantindo um ambiente seguro e estruturado para todos. Dentre os condenados, alguns foram absorvidos pela prefeitura através do regime semiaberto, o que demonstra que a instituição tem se esforçado para oferecer oportunidades de reintegração ao convívio social. No entanto, a falta de recursos financeiros compromete a capacidade da APAC de cumprir sua missão de ressocialização e assistência.

“A situação crítica exige uma resposta urgente das autoridades competentes, pois a continuidade das atividades da associação é vital tanto para os recuperando quanto para a comunidade. A campanha de arrecadação de alimentos é uma tentativa de mitigar a crise, mas sem o suporte necessário do governo, o futuro da instituição e das pessoas que dela dependem permanece incerto. A APAC de Passos clama por ajuda e apoio, em busca de soluções que garantam a dignidade e o sustento dos sentenciados”, comentou a presidente.

Além de Renata, o vice-presidente é Edson Aparecido Gazeta, e o diretor de metodologia, Hélio Martins de Araújo. Há também os conselhos administrativo e fiscal. Na APAC, há atualmente, 27 pessoas que contribuem voluntariamente em diversas frentes de serviços.

Via: Observo

Encontro entre vereadores e representantes do governo de MG discute rodovias em más condições no Sul de MG

Encontro entre vereadores e representantes do governo de MG discute rodovias em más condições no Sul de MG - Foto: reprodução
Encontro entre vereadores e representantes do governo de MG discute rodovias em más condições no Sul de MG – Foto: reprodução

Vereadores de várias cidades do Sul de Minas se reúnem durante dois dias com representante do governo do Estado em busca de melhorias em rodovias da região. O encontro acontece até esta quinta-feira (27) em Caxambu (MG) e logo após, deve ser formulado um documento para o governo estadual com propostas de melhorias.

Caxambu, por exemplo, recebe turistas de todo o país. Mas para chegar até a cidade, é preciso enfrentar a BR-267.

“Os turistas estão deixando de vir para Caxambu exatamente pela péssima condição das estradas de acesso à nossa cidade. Então, além disso, temos problema com as pessoas que usam a estrada para tratar de saúde”, disse o presidente da Câmara de Caxambu, Mario Alves (PSD).

No trecho que passa por Cambuquira, o fluxo de caminhões é grande. E com a imprudência dos motoristas, a rodovia fica ainda mais perigosa. A maior parte da BR-267 é sem acostamento, com pista simples e cheia de remendos. Na-BR 354 a situação é parecida e ainda tem as curvas perigosas do trajeto.

Já na MG 862, que liga luminárias a São Bento Abade, nem asfalto tem. Obstáculos que atrapalham, e muito, as cidades da região.

Nesta quarta-feira, vereadores de 36 cidades do Sul e Sudoeste Mineiro se reuniram em Caxambu para discutir a situação das estradas na região. O evento contou também com representantes do governo do Estado e do Legislativo Federal. As cidades apresentaram as dificuldades enfrentadas.

Em Luminárias, por exemplo, moradores que realizam tratamento oncológico em Varginha precisam escolher entre enfrentar 18 quilômetros de estrada de terra ou ir por um desvio que aumenta em uma hora o percurso.

“Fazem tratamento no Hospital Bom Pastor. São pessoas que, em razão da doença, já estão numa situação difícil. Ainda tem que fazer essa volta enorme por Lavras, que aumenta muito a viagem, porque não consegue fazer esse trânsito na estrada entre Luminárias e São Bento Abade em todo período do ano. E tem também os trabalhadores, os extratores de pedra que trabalham em São Tomé das Letras, que dependem dessa estrada. São muitas pessoas, muitos pais de família que necessitam fazer esse trajeto. Então a nossa cidade está enfrentando muita dificuldade em razão da não pavimentação desse trecho”, disse a presidente da Câmara de Luminárias, Roziane Ferreira (PSD).

Encontro entre vereadores e representantes do governo de MG discute rodovias em más condições no Sul de MG - Foto: reprodução
Encontro entre vereadores e representantes do governo de MG discute rodovias em más condições no Sul de MG – Foto: reprodução

Além do risco para a vida, a possibilidade de acidentes espanta os clientes de comércios como pousadas, que ficam às margens da rodovia.

“As pessoas hoje em dia procuram segurança também para viajar. Então você pega uma rodovia como essa, onde você pode ter um acidente muito sério, inclusive tem muitos acidentes na rodovia. Então o turista pode ter acidente muito sério, pode ter danos no veículo, então acaba prejudicando. Estrada ideal seria ao mínimo com asfalto de qualidade e sinalizada. Seria melhor ainda se tivesse uma duplicação, mas nem o básico tem, que é a sinalização e o bom asfalto”, disse o dono de uma das pousadas, Gilson Benatti Aquino.

Sobre o trecho entre Luminárias e São Bento Abade, o DER-MG, Departamento de Estradas de Rodagem do Estado, afirmou que um projeto para a pavimentação está em andamento com previsão de conclusão no segundo semestre deste ano.

Já na BR-267, no trecho entre Campanha, Cambuquira e Caxambu, está sendo desenvolvido um projeto de restauração e aumento da capacidade. O edital de obras deverá ser lançado ainda neste ano.

Isenção IR: compensação para Municípios indicada por governo é incerta e fere pacto federativo

Isenção IR: compensação para Municípios indicada por governo é incerta e fere pacto federativo - Foto: reprodução
Isenção IR: compensação para Municípios indicada por governo é incerta e fere pacto federativo – Foto: reprodução

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reitera a preocupação com os impactos decorrentes da medida de ampliação da isenção do Imposto de Renda. O texto apresentado nesta terça-feira, 18 de março, e as declarações de integrantes do Ministério da Fazenda sobre a forma de compensação a Estados e Municípios reforçam que o cenário é incerto, apresenta fortes distorções e fere o pacto federativo. Não se questiona o mérito da medida, mas sim a forma como o governo a executa. Infelizmente, a União tem uma longa tradição de fazer bondade com chapéu alheio. 

No que se refere às declarações de que os Municípios se beneficiarão do aumento da massa salarial recebida pelos trabalhadores e do consumo, trata-se de um futuro cujas estimativas ainda são prematuras. Imagine se a mesma justificativa fosse utilizada como fonte de compensação da União. Até é possível que haja esse efeito de ampliação da receita de impostos sobre o consumo, mas esse raciocínio também serve para União, e o governo federal, pelas estimativas da CNM, terá um ganho de arrecadação mesmo sem esse efeito indireto. Então, é justo que parte do ganho da União com a reforma seja revertido para compensação de Estados e Municípios. 

Destaca-se que, embora o Imposto de Renda seja federal, 48% da sua arrecadação pertencem constitucionalmente a Estados e Municípios, além da parcela retida dos servidores, que são integralmente dos entes subnacionais e cuja compensação está completamente descoberta pelo projeto. Dos 7,5 milhões de servidores municipais, 3,4 milhões já estão isentos pelas regras atuais e mais 2 milhões passarão a estar isentos depois de implementada a proposta do governo federal. Essa medida deverá causar uma perda de arrecadação própria dos Municípios de quase R$ 5 bilhões apenas em 2026. 

Entre receita própria e FPM, a perda estimada é de R$ 11,8 bilhões somente para os Municípios. Mesmo nas estimativas mais otimistas da compensação financeira anunciada pelo governo, os Municípios enfrentarão perdas em sua arrecadação própria que necessitarão de compensação. É importante lembrar ainda que os Municípios já enfrentam um quadro fiscal difícil. O ano de 2024 fechou com o maior déficit primário da história municipal.

A Confederação vai atuar fortemente junto ao Congresso Nacional a fim de estabelecer no texto da lei um mecanismo para garantir que seja posteriormente mensurado o resultado das mudanças sobre a partilha federativa e compensada qualquer perda sofrida pelos entes subnacionais. 

Lula assina projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

Lula assina projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil - Foto: reprodução
Lula assina projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil – Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira (18) o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais e prevê a taxação dos que ganham acima de R$ 50 mil. A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional.

Na cerimônia, que contou com a presença de ministros, aliados e do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-RS), ele defendeu a taxação dos mais ricos como forma de bancar o aumento da isenção do IR.

“Esse é um projeto neutro. Não vai aumentar 1 centavo na carga tributária da União. O que estamos fazendo é apenas uma reparação. Estamos falando de 141 mil pessoas que vão contribuir para que 10 milhões de pessoas não paguem IR”, disse o presidente.

“É como se fosse dar um presente para uma criança. Não vai machucar ninguém, não vai deixar ninguém pobre. Mas vai permitir que o pobre possa comer um pouco de carne”, completou.

No mesmo discurso, Lula disse que “se for para melhorar”, o Congresso pode fazer alterações no texto, mas “para piorar, jamais”. E se dirigiu a Hugo Motta dizendo que o projeto “vai fazer história” quando ele for enviado pelos parlamentares para a sanção presidencial.

“É a gente fazer com que a sociedade brasileira volte a acreditar nas pessoas que eles elegeram. Chegou a hora de vocês fazerem parte da concepção da história brasileira. […] Agora, a bola sai do Palácio do Planalto e vai pro Congresso Nacional”, declarou.

Promessa de campanha de Lula em 2022, a proposta é uma das apostas do presidente para recuperar a popularidade, com vistas à eleição de 2026. O petista enfrenta o pior índice de aprovação nos seus três mandatos, de acordo com diferentes institutos de pesquisa.

  • Renda de até R$ 5 mil por mês: Isento
  • Renda de R$ 5.500 por mês: 75% de desconto
  • Renda de R$ 6 mil: 50% de desconto
  • A partir de R$ 7 mil: sem redução

Compensação

A isenção do IR vai ter um custo de R$ 27 bilhões aos cofres públicos em 2026, de acordo com a equipe econômica do governo federal. Para compensar esse valor, o Ministério da Fazenda propõe uma taxação dos mais ricos.

A matéria prevê que o aumento da isenção será compensado pela criação de um imposto mínimo de até 10% sobre quem recebe acima de R$ 50 mil por mês, ou seja, R$ 600 mil por ano.

Essa alíquota será acrescida ao teto atual de 27,5% sobre a renda e aumentará de forma progressiva conforme os rendimentos do contribuinte, podendo chegar a até 10% adicionais.

Além disso, para fins de cálculo da renda, também serão considerados rendimentos como lucros e dividendos, juros sobre capital próprio, aluguéis e outros. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida impactaria 141 mil contribuintes. 

O Palácio do Planalto argumenta que a medida, além de beneficiar pessoas que estiverem dentro da nova faixa, trará mais “justiça tributária”, já que hoje, proporcionalmente, pessoas mais ricas pagam menos impostos.

Tramitação

O intuito do governo é que a medida comece a valer em 2026, mas para isso terá que ser aprovada pelo Congresso Nacional. A tramitação começa pela Câmara dos Deputados e, em caso de aprovação pelos deputados, segue para o Senado.

Presente no evento, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que Lula pode contar com “lealdade” na tramitação da matéria na Casa, mas destacou que, além de dar “total prioridade”, o Congresso “com certeza” realizará alterações no texto.

Farmácia Popular oferece todos os medicamentos gratuitamente

Farmácia Popular oferece todos os medicamentos gratuitamente - Foto: reprodução
Farmácia Popular oferece todos os medicamentos gratuitamente – Foto: reprodução

O programa Farmácia Popular, uma iniciativa do governo brasileiro para facilitar o acesso a medicamentos essenciais, anunciou uma importante mudança: a gratuidade total de todos os 41 itens disponíveis. Essa medida, anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, representa um avanço significativo na política de saúde pública do país, especialmente para a população idosa que anteriormente arcava com parte dos custos de alguns produtos.

Com a nova política, espera-se que mais de um milhão de pessoas sejam beneficiadas, ampliando o alcance do programa e promovendo uma maior inclusão social. A gratuidade total abrange itens como fraldas geriátricas e medicamentos para diabetes associada a doenças cardiovasculares, reforçando o compromisso do governo com o cuidado integral à saúde dos cidadãos.

Quais são os Benefícios da Gratuidade Total no Farmácia Popular?

Alívio financeiro

  • Eliminação da necessidade de coparticipação em medicamentos essenciais.
  • Liberação de recursos para outras necessidades básicas familiares.

Melhoria na adesão ao tratamento médico

  • Remoção de barreiras financeiras que impedem o acesso aos medicamentos.
  • Maior adesão aos tratamentos prescritos, resultando em melhores resultados de saúde.

Inclusão de fraldas geriátricas

  • Alívio financeiro para famílias com idosos que necessitam de fraldas geriátricas.
  • Maior dignidade e qualidade de vida para os idosos.

Atenção ao envelhecimento da população

  • Resposta ao envelhecimento populacional, garantindo acesso facilitado a itens essenciais para a saúde dos idosos.
  • Promoção da saúde e bem-estar da população mais velha.

Impacto social

  • Redução das desigualdades no acesso à saúde.
  • Maior acesso a medicamentos para famílias de baixa renda.
  • Melhora na qualidade de vida da população.

Como Será o Credenciamento de Novas Farmácias?

Além da gratuidade total, o programa Farmácia Popular está ampliando sua rede de atendimento através do credenciamento de novas farmácias. Esta expansão visa alcançar municípios que ainda não são atendidos pelo programa, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso aos benefícios oferecidos. Atualmente, o programa está presente em 4.812 municípios, com 31 mil farmácias credenciadas, mas a expectativa é de que esse número cresça significativamente.

O credenciamento de novas farmácias privadas é uma estratégia para garantir que o programa cubra todo o território nacional. Essa expansão é crucial para assegurar que os medicamentos e produtos essenciais cheguem a todas as regiões, especialmente aquelas mais remotas ou com menor infraestrutura de saúde.

Qual é o Impacto Esperado da Expansão do Programa?

A expansão do programa Farmácia Popular e a gratuidade total dos itens têm um impacto direto na saúde pública do Brasil. Ao facilitar o acesso a medicamentos e produtos essenciais, o programa contribui para a prevenção e o tratamento de doenças, reduzindo a necessidade de internações hospitalares e melhorando a qualidade de vida da população.

Além disso, a medida fortalece o sistema de saúde pública, promovendo a equidade no acesso aos serviços de saúde. A inclusão de novas farmácias no programa também impulsiona a economia local, gerando empregos e estimulando o desenvolvimento das comunidades atendidas.

Em suma, a gratuidade total e a expansão do credenciamento de farmácias no programa Farmácia Popular representam um avanço significativo na política de saúde pública do Brasil, promovendo inclusão, equidade e qualidade de vida para todos os cidadãos.

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